Escola: Ensino Médio está autorizado a voltar em novembro

Retorno das aulas para estudantes do Ensino Médio está autorizado para as redes de ensino, municipal, estadual e particular. Desde que sejam seguidas todas as normas estabelecidas no Protocolo de retorno às aulas

Está autorizado o retorno das aulas para o Ensino Médio, a partir de 3 de novembro, na cidade de São Paulo, para as redes públicas e particulares da cidade. Todas as escolas podem observar as diretrizes do Protocolo de Volta às Aulas , escrito em parceria com os professores da rede municipal de ensino.

A rede municipal conta com 8 escolas de Ensino Médio e todas retornaram com as aulas presenciais, a partir de 03 de novembro. Serão realizadas atividades de acolhimento e uma prova diagnóstica que pretende verificar os índices de aprendizado e traçar a partir daí trabalhos para a recuperação das aprendizagens.

Para os demais ciclos de ensino, a Prefeitura de São Paulo anunciou que manterá a atenção para as atividades extracurriculares, que estão permitidas desde 07 de outubro, na cidade. Novas datas de retorno foram anunciadas, dias 03 e 19 de novembro. A decisão final caberá ao Conselho de cada escola. Essas duas datas visam permitir que as escolas tenham tempo para se reunir com os Conselhos de Escola e, caso decidam pelo retorno, a Pasta terá prazo para enviar, merenda, acertar a equipe de limpeza e organizar demais questões necessárias.

Para as unidades que seguem o protocolo de atendimento das extracurriculares a recomendação é que se dê maior atenção para as atividades de recuperação de aprendizagens para o 9º ano. As unidades poderão receber até 20% dos alunos, por turno. Estudantes e profissionais deverão utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e respeitar o distanciamento social mínimo de 1,5m.

Estudantes a partir do 1º ano do Ensino Fundamental poderão realizar, preferencialmente, atividades extracurriculares, como: atividades culturais, cursos de idiomas, atividades esportivas (exceto aquelas que demandem contato físico e organização coletiva) e atividades de reforço escolar, preferencialmente de Língua Portuguesa e de Matemática.

Os bebês e crianças matriculados em educação infantil poderão participar de atividades de acolhimento, teatro de fantoches, contos literários, atividades recreativas, entre outras. A permanência dos estudantes nas escolas será limitada a duas horas diárias e dois dias da semana.

Está assegurado o fornecimento de alimentação escolar aos estudantes que participarem das atividades extracurriculares, bem como o oferecimento de Transporte Escolar Gratuito (TEG) aos alunos que fazem parte do programa.

Unidades da Rede Parceira

As Organizações Sociais/ Instituições que mantém Termo de Colaboração com à SME deverão por meio do seu Conselho Gestor decidir se irão ofertar atividades extracurriculares às crianças atendidas. As Organizações que optarem pela oferta de atividades extracurriculares deverão promover consulta aos pais e responsáveis a fim de definir o número de crianças que serão atendidas.

Centros Educacionais Unificados – CEUs

Os Centros Educacionais Unificados não poderão realizar atividades nos teatros e nas piscinas. As atividades extracurriculares nestas unidades poderão contar com a participação somente das crianças e estudantes matriculados na Rede Municipal de Ensino.

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DICAS PARA FACILITAR A VOLTA ÀS AULAS DAS CRIANÇAS

 

Psicóloga do Colégio Humboldt dá dicas para que pais estejam tranquilos com o retorno ou início das atividades escolares

 

A volta às aulas é um momento de mudança na vida das crianças, seja devido à rotina escolar que começará novamente e os pequenos terão que deixar o conforto de suas casas diariamente, ou então porque é o início de um novo ciclo e alguns estarão adentrando ao ambiente escolar pela primeira vez.

De acordo com Karin Kenzler, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Humboldt, instituição bilíngue e multicultural (português/alemão), localizada em Interlagos, em São Paulo, algumas dicas que podem auxiliá-los são: “ajude seu filho a organizar o material, separar o uniforme, encoraje-o, mostre ou retome as coisas que são legais e significativas, o quanto será prazeroso reencontrar ou conhecer novos amigos”.

Abaixo, ela compartilha cinco dicas para que as famílias se organizem e retomem a rotina escolar.

1-Traçar objetivos para o ano letivo:

 

Pensar em metas para o ano letivo como fazer as lições em dia, estudar com antecipação para as provas, passar direto, fazer novos amigos, é o passo inicial para a realização de qualquer projeto.

A família propor se reunir e se ajudar, perguntando ao filho quais as expectativas para o ano, é vista como uma iniciativa bem saudável, algo compartilhado, pois não é só responsabilidade da criança ir bem na escola. “É uma iniciativa positiva a família se reunir para que cada membro compartilhe suas expectativas e planos para ao ano, motivando a criança a fazer o mesmo. A discussão é válida, pois aquece para o tema escola que está por vir e cria um clima favorável ao sucesso.”

2-Voltar à rotina de forma gradual:

 

Não deixar para voltar de viagem na véspera da volta às aulas, para que a criança tenha tempo de se organizar e voltar à rotina de dormir e acordar mais cedo.

Para o aluno retomar a rotina do contexto escolar, a dica é voltar de uma viagem de férias dois dias antes. “Se a família programa uma viagem, antecipar o retorno em dois dias auxilia a criança a retomar o ritmo e a organizar o horário, de forma gradual. O aluno também deve tentar dormir sempre mais cedo nesses dias”.

3-Cuidar da organização do material:

 

A compra e organização do material também é uma atividade que ajuda no processo de volta às aulas, preparando o aluno psicologicamente para a retomada dos estudos.

Focar na organização do material escolar, mala, lancheira e uniforme como se estivesse se preparando para uma partida de futebol, auxilia a retomada de forma animada, além de encorajar e motivar a criança. “É como num pré-jogo, em que atletas fazem pensamento positivo e bolam sua estratégia: neste ano, vou tentar fazer lição, estudar com antecipação, dar o máximo de mim…”, diz Karin.

4-Fazer um planejamento das atividades:

 

Fazer uma agenda semanal com os horários das aulas e atividades extracurriculares separando também, tempo para os estudos, lazer e esportes, e um calendário mensal para inserir as datas de provas, entrega de trabalhos, eventos e feriados.

O ideal é fazer uma agenda semanal dos filhos, para que todos compartilhem o que a família vai fazer, pois a criança não tem a noção de tempo como um adulto tem. Com um planejamento semanal do dia a dia e um mensal, a família consegue se programar ao longo do ano com férias, viagens, passeios e provas. “Tudo o que programamos tem mais chances de dar certo e é possível fazer ajustes ao longo da jornada, além de todos ficarem sabendo como vai o andamento das atividades de cada um. Isso gera menos ansiedade e todos se ajudam também”, indica a orientadora educacional.

5-Cuidar do emocional das crianças e adolescentes:

 

Conversar e checar os sentimentos da criança em relação ao ano escolar permite trabalhar eventuais ansiedades e medos, assim como balizar expectativas e buscar motivações.

 É preciso estar ao lado da criança e transformar o momento de ansiedade em um momento gostoso e agradável. Os pais devem questionar como a criança está para começar mais um ano, se está animada, motivada ou apavorada, e trabalhar suas expectativas e angústias de acordo com o estado emocional. “É importante que a família converse a respeito das emoções para que a criança esteja preparada física e psicologicamente para fazer frente às exigências escolares”, diz Karin.

 Recompensa e ameaças: “Cobranças como “se você tirar nota azul, te dou um iPhone”, colocam mais expectativa na criança podendo gerar muita ansiedade. A motivação não deve vir por meio de recompensa, mas sim, pelo próprio benefício do aprendizado e aquisição de conhecimentos que será significativo pela vida afora e futuro sucesso profissional. Ela precisa entender que é capaz de dar conta, e de que a aprendizagem é um processo contínuo na vida”, completa Karin.