Rafaela Silva no pódio: primeiro ouro do Brasil

A carioca Rafaela Silva entrou para a história dos Jogos Olímpicos e do esporte brasileiro: ela é a primeira a conquistar uma medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas do Rio 2016. Nascida e criada na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, a judoca comemorou a conquista: “a arena chegou a tremer”, disse ela após o título.

No mesmo local, Rafaela Silva foi campeã mundial em 2013 – um feito para poucos atletas, já que são poucas as conquistas brasileiras de mundiais e olimpíadas simultaneamente, ou seja, alguns possuem mundiais, mas não ouros olímpicos, e outros possuem conquistas em jogos, mas não títulos mundiais.

PENSOU EM DESISTIR

Rafaela esteve perto de jogar tudo para o alto há quatro anos. “Eu ia largar o judô, mas minha psicóloga fez um trabalho comigo e não deixou”, disse, relembrando a traumática derrota em Londres 2012, quando aplicou um golpe ilegal e foi eliminada nas oitavas de final. Na época, as críticas foram pesadas: “Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que eu era uma vergonha para minha família, para meu país. E agora sou campeã olímpica”, disse.

Nos últimos anos, subiu ao pódio na maioria das disputadas que participou e  após a desclassificação em Londres se recuperou e se tornou campeã mundial e líder no ranking da Federação Internacional de Judô.

Rafaela Silva no alto do pódio – Rio 2016

Rio 2016: Atletas de clubes paulistas representam um terço da delegação brasileira

Clubes  como maiores formadores de atletas no Brasil, já não chega a ser novidade. Porém, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, cabe reiterar o protagonismo do Estado de São Paulo no fornecimento de atletas.  Do número total de representantes da delegação brasileira, as agremiações esportivas do estado mais populoso do país são responsáveis por encaminhar 154 atletas de alto rendimento, em diversas modalidades esportivas.  O número representa, aproximadamente, 1/3 do total geral do chamado Time Brasil.

O Esporte Clube Pinheiros é o maior destaque nacional na indicação dos atletas, com 65 competidores, em 11 modalidades. Esportes que deverão ser carro-chefe do país nos jogos, com grandes chances de medalhas, como atletismo, canoagem, judô, handebol, natação e ginástica artística – só para citar algumas – têm em sua fonte de talentos o trabalho de clubes de São Paulo.

O Estado de São Paulo tem em equivalência de medalhas conquistadas durante toda a história olímpica (por atletas nascidos na cidade), quase o dobro do número registrado pelo segundo colocado, que é o Rio de Janeiro. São 159 medalhas contra 82, respectivamente.

Para que se tenha ideia da importância dos clubes para o cenário esportivo mundial, cabe ressaltar que o Brasil ganhou, na última edição dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Toronto, no Canadá, 141 medalhas em diversas especialidades, terminando a competição em 3º lugar no quadro geral de medalhas. Do total de atletas agraciados, mais da metade é oriunda de clubes. Mais de 40% dos medalhistas mencionados foram (e são) treinados e preparados em clubes paulistas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi-Clube), Cezar Roberto Leão Granieri, Betinho, além de servir como vitrine para destacar o papel dos clubes na formação e preparação de atletas por meio de investimento em estrutura, tecnologia e constante profissionalização, a Olimpíada deverá gerar um legado importante para a próxima edição dos jogos não só para os clubes paulistas, mas para o país como um todo.

“Vivemos uma expectativa muito grande com os resultados de nossos atletas nesses jogos e estamos certos que a realização do mais importante evento esportivo do mundo em solo nacional aumentará significativamente o interesse pelos esportes, alçando o Brasil a um patamar de potência olímpica para os próximos anos. Quero parabenizar as agremiações e desejar sucesso aos nossos competidores”.

Olimpíadas: conheça os direitos do consumidor na compra de ingressos

Advogado especialista em direitos do consumidor explica quais os direitos dos consumidores que irão assistir aos Jogos Olímpicos

A venda de ingressos para os Jogos Olímpicos 2016 já começaram e já batem recordes. Segundo o Comitê Rio 2016, já foram arrecadados R$ 960 milhões em vendas de ingressos. Para comprar os ingressos, basta acessar a página da Rio 2016 (www.ingressos.rio2016.com) e escolher as modalidades que deseja assistir. Mas atenção, para concluir a compra, o consumidor deve ser residente no Brasil, ter mais de 18 anos e CPF válido.

Segundo o advogado especialista em direitos do consumidor, Dori Boucault, a principal recomendação para quem vai comprar ingressos para ver os Jogos Olímpicos, é evitar os ingressos falsos.

Abaixo o advogado listou algumas dicas para os consumidores assistirem aos jogos sem dores de cabeça:

– Antes de comprar, verifique com muita cautela a forma de pagamento: Dori orienta a pesquisar se é possível pagar com cartão de crédito ou somente em dinheiro, além de checar os locais onde são aceitos essa forma de pagamento. “Cheque com antecedência as formas de pagamentos aceitas nos locais onde acontecem os jogos”, orienta Dori.

– Cancelamento ou troca de ingressos: o especialista explica que caso o consumidor encontre algum impedimento para usar o ingresso, ou desistir de assistir aos jogos, é possível revendê-lo na própria página de ingressos Rio 2016, e receber todo o valor pago. “Se o consumidor decidir cancelar o seu pedido, todos os ingressos do pedido serão automaticamente cancelados”, comenta Boucault.

– Evite comprar ingressos de cambistas: Dori explica que os consumidores que compram ingressos falsificados podem não ser protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor, o que impede de reclamar em eventuais problemas.

Evite armazenar os ingressos em lugares úmidos ou com alta temperatura: não plastifique, amasse, rasgue ou dobre os ingressos, além disso, não destaque o canhoto. Dori explica que isso evita eventuais contratempos na hora de assistir aos jogos.

 – Cancelamento de jogos: Segundo o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor, se o fornecedor se recusar a cumprir a oferta, o consumidor pode exigir o cumprimento forçado da oferta, aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente ou reincidir o contrato com direito a restituição da quantia paga. “Caso algum jogo tenha sido cancelado ou algum serviço que foi prometido não for cumprido, o consumidor pode exigir o seu dinheiro de volta”, explica o advogado.

Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações, os consumidores podem enviar um e-mail ou ligar para a central de relacionamento dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A central de atendimento irá funcionar das 08 às 21h, de segunda a sábado.