Fundação do Câncer dá dicas de prevenção ao câncer de pele

Com a chegada do verão, é preciso redobrar os cuidados com a pele. A exposição solar sem proteção e fora dos horários recomendados é a principal causa de câncer de pele não-melanoma, o mais comum na população brasileira. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Para o biênio 2016-2017, de acordo com o Inca, são estimados 175.760 novos casos da doença. Apesar de ser o que acomete mais pessoas, o câncer de pele é o tipo com mais baixa mortalidade e altos índices de cura, podendo chegar a 90%, se diagnosticado precocemente, aliado ao tratamento adequado.

A boa notícia é que com a adoção de medidas simples no dia a dia e acompanhamento médico regular é possível prevenir o câncer de pele. Confira as dicas do médico epidemiologista e do oncologista clínico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff e Frederico Müller.

  • Horários recomendados para exposição ao sol

Deve ser antes das 10h e após as 16h. Fora desses períodos, a radiação solar é muito perigosa, pois favorece o envelhecimento precoce e aumenta os riscos de desenvolver câncer de pele. Com o banho de sol nos horários recomendados é possível garantir ainda boa absorção de vitamina D, que, entre os benefícios, fortalece os ossos.

  • Cuidados na praia ou piscina

Na praia, na piscina ou em qualquer outro local onde haja exposição ao sol, a proteção é sempre a melhor opção. Por isso, use sempre chapéus, bonés, roupas com proteção UV e guarda-sol (feito de algodão ou lona, evitando barracas de nylon). É essencial o uso de filtro solar com, no mínimo, FPS 30, contra radiação UVA e UVB, no corpo e nos lábios. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Eles ajudam a bloquear a ação dos raios solares. Também é importante a utilização de óculos escuros com filtro ultravioleta, que previnem lesões oculares.

  • Profissionais que trabalham ao ar livre

Os tumores de pele estão relacionados a alguns fatores de risco e, principalmente, à exposição aos raios ultravioletas do sol. Pessoas que trabalham sob o sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma. Além dos cuidados básicos de proteção, quem trabalha ao ar livre durante o dia deve usar camisas de manga longa e calças compridas e buscar abrigo na sombra. O protetor solar deve ser repassado na frequência indicada pelo profissional de saúde. Vale ressaltar que, fora do prazo, eles não oferecem proteção. Essas orientações também são válidas para quem pratica atividades físicas ao ar livre.

  • Sintomas que podem indicar câncer de pele

Feridas na pele que demoram a cicatrizar (em um período maior que quatro semanas), variações na cor de sinais que já existiam, manchas que coçam ou sangram e o surgimento de pintas com bordas irregulares podem ser indicativos da doença.

Importante destacar o chamado “ABCD” da transformação de uma pinta em melanoma. Ou seja: Assimetria – uma metade diferente da outra; Bordas irregulares – contorno mal definido; Cor variável – várias cores em uma mesma lesão; Diâmetro – maior do que seis milímetros. Caso perceba algum desses sintomas em você ou alguém da sua família, procure um profissional de saúde o mais rápido possível. O diagnóstico precoce é um bom aliado no tratamento da doença. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico periódico.

  • Grupos de risco na população

O câncer de pele se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos, pessoas albinas, histórico de câncer de pele pessoal ou na família e em forma de feridas, nódulos ou pintas em qualquer parte do corpo. A doença é relativamente rara em crianças e pessoas de pela negra, com exceção dos portadores de lesões cutâneas anteriores.

  • Riscos do bronzeamento artificial

As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde, e, em 2009, foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol. A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.

Saúde repassa R$ 175,8 mi aos estados e municípios para ações de prevenção

O Ministério da Saúde repassou, em dezembro, aos estados e municípios R$ 175,8 milhões para a realização de ações de vigilância em saúde. O recurso, previsto na Portaria GM/MS 2.942/2016, possibilitará a realização de ações de vigilância, promoção, prevenção, controle de doenças e agravos à saúde, além do custeio dos agentes de combate a endemias (ACEs). O envio desses recursos, que está em dia, é efetuado mensalmente por meio de transferência do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos Fundos Municipais e Estaduais de Saúde.

Do total de R$ 175,8 milhões, R$ 74,8 milhões são do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS), repassado pelo Ministério da Saúde para ações de vigilância, promoção, prevenção, controle de doenças e agravos à saúde. Outros R$ 47,9 milhões referentes à Assistência Financeira Complementar da União (AFC), e R$ 2,5 milhões, de Incentivo Financeiro (IF). No mês de dezembro os gestores ainda receberam do Ministério recursos adicionais de mesmo valor da AFC e IF, destinados exclusivamente ao pagamento do 13º salário do piso salarial profissional nacional dos Agentes de Combate a Endemias (ACEs).

O valor do recurso para os ACEs é definido de acordo com o monitoramento do mês anterior do quantitativo de agentes constante no (CNES) que, no caso dessa portaria, se referem ao mês de novembro. “Para receber recursos ao pagamento do piso salarial dos ACEs, o município precisa cadastrar os agentes no CNES e cumprir as exigências legais. Por isso, a importância de manter sempre o sistema atualizado”, ressalta o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A Assistência Financeira Complementar (AFC), repassada pela União, corresponde a 95% do valor do piso salarial dos ACE, que atualmente é de R$ 1.014,00. Os recursos do Piso Fixo de Vigilância em Saúde, enviado a todos os estados e municípios e que é destinado ao financiamento das ações de vigilância em saúde, podem, inclusive, ser utilizados para pagamento de pessoal.

Em cumprimento à Lei 12.994 de 2014, a Portaria a 535/2016 revisa o quantitativo máximo de Agentes de Combate às Endemias passível de contratação com o auxílio da assistência financeira complementar da Uniãodefinindo um total de 89.708 ACE para todo o Brasil. Os parâmetros em função da população e das peculiaridades locais estão relacionados às ações de campo de vigilância e controle de vetores e das endemias prevalentes em todo território nacional.

A Assistência Financeira da União, a ser repassada pelo Ministério da Saúde aos estados, Distrito Federal e municípios, está condicionada aos requisitos estabelecidos em lei e será proporcional ao número máximo de ACE, passível de contratação com o auxílio desse recurso, em atividade no SUS, carga horária de 40 horas, vínculo direto e devidamente inserido no Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).

O recurso da Assistência Financeira Complementar será deduzido até o limite de 50% do montante do Piso Fixo de Vigilância em Saúde do respectivo ente federativo, na medida em que o mesmo realizar o cadastro dos ACEs no SCNES.

Recurso adicional – Caso o limite estabelecido de 50% do PFVS seja ultrapassado, o Ministério da Saúde complementará os recursos financeiros na forma de AFC até o quantitativo máximo de ACE passível de contratação com a assistência financeira. Além disso, cada um dos mais de 5.500 municípios do país receberá um incentivo financeiro mensal para fortalecimento de políticas voltadas à atuação de agentes de combate a endemias, que será de 5% sobre o valor do piso salarial por ACE cadastrado no SCNES.

Atualmente em todo o Brasil existem 49.764 ACEs cadastrados no SCNES e passíveis de contratação com AFC. No entanto, os municípios são entes autônomos e, portanto, livres para contratar com recursos próprios segundo o interesse e necessidades locais número de agentes acima do quantitativo estabelecido em portaria.

Incor realiza campanha aberta à população, nesta quinta-feira (24/9)

O Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) realizará na quinta-feira, 24 de setembro de 2015, das 10h às 14h, campanha do Dia Mundial da Hipercolesterolemia Familiar, aberta à população (serão distribuídas 300 senhas de atendimento). Haverá medição de colesterol e dicas de nutrição saudável e atividade física, por especialistas do Instituto do Coração. A campanha se insere nas atividades do Hipercol Brasil, programa do Incor de rastreamento e tratamento da hipercolesterolemia familiar que é um dos maiores do mundo. A ação do Incor de alerta à população tem parceria da Associação de Hipercolesterolemia Familiar, entidade formada por portadores da doença e seus familiares.

 

SERVIÇO

Campanha Incor do Dia Mundial da Hipercolesterolemia Familiar

Organização:       Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, em parceria com a Associação de Hipercolesterolemia Familiar

Data:                      24 de setembro de 2015, das 10h às 14h

Limite:                   serão distribuídas 300 senhas

Local:                      Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 – Cerqueira César – andar Térreo do Bloco I.

Sintomas atípicos como suor excessivo e azia podem indicar infarto

Apenas 2% dos brasileiros sabem reconhecer os sintomas de um infarto. Além de dor no tórax e formigamento, a doença pode produzir azia, falta de ar, sudorese e até dor na mandíbula
Quando se trata de doenças do coração, a falta de informação pode ser fatal. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a cada dois minutos morre uma pessoa devido a uma enfermidade cardiovascular. Entretanto, pouca gente sabe reconhecer os sintomas do infarto – apenas 2% dos brasileiros que já sofreram desse problema sabem reconhecer os seus sintomas, de acordo com uma pesquisa encomendada ao DataFolha pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O principal sinal do infarto é a dor aguda no peito. Mas ele também pode se manifestar por meio de outros sintomas atípicos e igualmente importantes como fadiga, azia, suor excessivo, dores nas costas e no pescoço, indigestão e sensação de obstrução na garganta. Ou seja, além da sensação de que algo aperta o coração, a pessoa que está enfartando pode sentir dores e desconforto em toda a região torácica.
“Isso acontece porque os órgãos e tecidos do corpo são interligados e interdependentes. O músculo cardíaco não funciona sozinho, ele precisa de uma boa oxigenação promovida pelos pulmões, da pressão sanguínea (ou bombeamento de sangue) eficiente e constante. Além de um sistema circulatório sadio, livre de placas de gordura ou coágulos que impeçam a chegada do sangue e do oxigênio aos diversos órgãos”, esclarece Dr. Ricardo Pavanello, Supervisor de Cardiologia do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo.
O infarto agudo do miocárdio é a morte das células do coração por falta de oxigenação adequada. “Para que o coração funcione, é preciso que as artérias coronárias levem o oxigênio até o músculo cardíaco. Quando uma dessas artérias está obstruída, esse fornecimento é interrompido. Se nada for feito para frear essa obstrução, as células cardíacas morrem”, explica Dr. Pavanello.
De acordo com o especialista, os sintomas do infarto são agudos. “Dependendo de qual artéria estiver obstruída, o paciente pode apresentar um conjunto de sintomas diferentes. A dor de infarto costuma durar poucos minutos e pode vir acompanhada de palidez, mal-estar e dificuldade para respirar”, explica.
Sinais de alerta:
Os sintomas atípicos são mais comuns em três grupos de pacientes: nos idosos, em diabéticos e nas mulheres. Neles, o sintoma “dor” deve ser olhado com mais atenção. O quadro clássico de dor no peito, que irradia para o braço esquerdo, é muito comum até os 60 anos, mas 50% dos idosos, diabéticos e mulheres podem apresentar sintomas menos comuns.
“Isto faz com que o paciente leve mais tempo para pensar que tem um problema cardíaco e demora mais para procurar ajuda. O ideal é não esperar sentir dor para procurar atendimento. No cenário ideal, todos deveriam procurar saber se têm fatores de riscos e se cuidar para prevenir algo mais grave”, comenta Dr. Pavanello.
Quando procurar ajuda em casos de sintomas atípicos?
Diabéticos, em especial, podem sofrer diminuição da sensibilidade à dor. Idosos e mulheres, podem atribuir as dores, a outras causas não cardíacas. Qualquer pessoa que tenha antecedente familiar com doenças cardíacas também entra no grupo de risco dos que não devem menosprezar mesmo os sintomas mais leves e aparentemente insignificantes. É por isso que é tão importante estar atento a qualquer sinal que o corpo manda.
“Se você não se enquadra em nenhum dos casos anteriores, também deve ficar alerta se ocorrer, por exemplo, azia ou queimação com vômitos e náuseas persistentes ou falta de ar súbita e limitante, pois esses sintomas devem ser avaliados por um médico. Nos casos de infarto que não são atendidos adequadamente, podem ocorrer complicações graves e até óbitos, que com abordagem precoce certamente seriam evitados”, finaliza o supervisor de cardiologia do HCor.