Outubro Rosa 2017 promove empoderamento de pacientes com câncer de mama

Lançamento de campanha da FEMAMA acontece em 27 de setembro, durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer

Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa visa conscientizar pacientes com câncer, bem como seus familiares, amigos e colegas sobre a importância de munir-se de informação e participar ativamente da tomada de decisões no enfrentamento da doença. Sob o mote “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a ação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer os direitos que garantem acesso ao diagnóstico e tratamento.
Cerca de 960 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2017, de acordo com o INCA. Destes, aproximadamente 60 mil novos casos são de câncer de mama. Hoje milhares de pacientes e suas famílias, amigos, colegas convivem com a doença.
De acordo com a organização European Patients Forum, empoderar as pessoas que lutam contra o câncer promove o desenvolvimento e a implantação de políticas, estratégias e serviços de saúde, direcionados a capacita-las para envolverem-se na gestão de sua condição.
“Essa abordagem amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle”, afirma a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA, instituição que trouxe, em 2008, o Outubro Rosa de forma organizada ao Brasil.
A iniciativa estende-se a todos que convivem com os pacientes, uma vez que um diagnóstico de câncer pode afetar o relacionamento social, familiar e profissional. “O dia a dia com a doença traz diversos desafios. Por isso é importante que os envolvidos sejam protagonistas nessa jornada, cientes de todas as possibilidades e capazes de reconhecer quando algo lhes é negligenciado”, reforça a especialista.
A campanha contará com hotsite, quizz, vídeo, mobilização online, conteúdo para mídias sociais e materiais gráficos. Para participar, visite www.pacientesnocontrole.org.br a partir de 26 de setembro.
Lançamento Oficial
O grande lançamento da campanha Outubro Rosa acontecerá durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer, no dia 27 de setembro. Em painel dividido em cinco palestras, abordará o empoderamento de pacientes na rotina médica, bem como a busca pelo diagnóstico e pelo tratamento.
“Quando se recebe o diagnóstico de câncer, é normal sentir medo, mas preciso coragem para enfrentá-lo ativamente. Incentivar pacientes com câncer a conversar com a equipe médica, aproximar-se de instituições de apoio e conhecer os seus direitos são os objetivos da campanha #PacientesNoControle idealizada pela FEMAMA. Convidamos a todos para participarem do painel e conhecerem essa realidade possível por meio do olhar de especialistas no assunto”, diz a Dra. Maira.
Além da Dra. Maira Caleffi, também estarão presentes: Patrícia Taddeo, fisioterapeuta da Universidade Estadual do Ceará; Lucy Bonazzi, psico-oncologista do Hospital Moinhos de Vento; Jô Nunes, presidente de honra e fundadora da Associação Brasileira de Síndrome de Williams; e Márcia Fernandes, paciente e embaixadora do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul.
A Federação estará presente durante todo o TJCC com um estande – nele, haverá oficina de turbante, oficina de chaveiro (Chaveiro do Bem) e um Flash Mob.

Lançamento Outubro Rosa: “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”
Data: 27 de setembro
Horário: 11h às 13h
Local: 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer – WTC | Events Center
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12551 – Brooklin Novo, São Paulo – SP
Mobilize-se 
Dentre as ações organizadas pela FEMAMA para o mês de outubro integrantes da campanha #PacientesNoControle está uma mobilização online solicitando que projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados relativos ao acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer tornem-se direitos efetivos para milhares de pacientes oncológicos no país. Alguns dos projetos tramitam há anos sem desfecho. Neste pacote está um PL que determina a realização do diagnóstico em até 30 dias no Sistema Único de Saúde, prazo que consiste no período entre a suspeita do câncer até sua confirmação em biópsia. “Quando identificado cedo, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%; porém, atualmente não há nenhuma regulamentação neste sentido”, conta a presidente voluntária da FEMAMA.
Também consta projeto de lei a respeito da inclusão de testes que apontem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 no SUS, capazes de avaliar a predisposição ao câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença, permitindo medidas preventivas. Hoje, esses exames estão disponíveis somente na rede privada e o acesso a eles ainda ocorre de forma limitada.
Além da mobilização online, ONGs associadas à FEMAMA em todo o país farão caminhadas em suas cidades para conscientizar e mobilizar para o câncer de mama. As caminhadas devem se concentrar principalmente no dia 29 de outubro, repercutindo a campanha #PacientesNoControle em diversas regiões do Brasil. Em breve a agenda de caminhadas será divulgada.

OUTUBRO ROSA: ginecologista lista principais exames necessários a cada faixa etária

Campanha mundial de prevenção da doença abre espaço para conscientização da saúde da mulher como um todo; veja lista de exames de acordo com a sua idade

Outubro é globalmente conhecido como o mês de alerta e prevenção do Câncer de Mama. A campanha, intitulada como Outubro Rosa, se popularizou na década de 1990, com o objetivo de apoiar e alertar as mulheres diagnosticadas com a condição, que, somente no Brasil, deverá acometer mais de 50 mil mulheres até o final de 2016, gerando possíveis 10 mil mortes (dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA).

Esses números reforçam a importância da informação e prevenção, não somente no que se trata de câncer de mama, mas sobre saúde da mulher, como um todo. A realização de exames periódicos de acordo com a faixa etária é um importante instrumento de prevenção para investigação e diagnóstico de possíveis problemas, conforme explica Cintia Pereira, ginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Esse cuidado e controle pode permitir a detecção de doenças sérias, que podem vir a se tornar a causa de morte ou morbidade do público feminino, quando não diagnosticadas.”

A periodicidade para se realizar os exames preventivos é, geralmente, de um ano, exceto os casos nos quais é necessário maior controle e o médico responsável recomende intervalos menores. Além do hemograma completo, as mulheres precisam realizar, essencialmente, os seguintes exames, conforme detalhou Cintia Pereira:

Entre 20 e 40 anos:

– Papanicolau: também conhecido como preventivo ginecológico ou citologia oncótica do colo uterino, verifica infecções e alterações nas células do colo do útero, além de possíveis infecções por fungos, herpes e verrugas no órgão genital feminino. O exame deve ser feito anualmente um ano depois do início da atividade sexual.

– Colposcopia, Vulvoscopia e pesquisa de HPV de colo: exames complementares ao Papanicolau necessário a esta faixa etária. São geralmente realizados como rotina, para prevenção e/ou planejamento do tratamento de infecções causadas pelo vírus HPV e outras DST.

– Ultrassom transvaginal: procedimento tem como objetivo detecção de doenças ginecológicas como cistos no ovário, miomas, pólipos endometriais, endometriose e tumores, além de prevenir ou detectar câncer de endométrio e ovário.

– Ultrassom das mamas: utilizado para a identificação de possíveis cistos, nódulos e tumores na região mamária. Deve ser realizado anualmente ou a cada seis meses, se essa for a recomendação médica.

– Ultrassom da tireoide: utilizado na detecção de nódulos e tumores na tireoide, uma vez que alterações na região são bastante comuns em mulheres jovens.

A partir dos 40 anos, se acrescentam:

– Mamografia anual: exame de avaliação das mamas por meio do raio-X. O primeiro deve ser feito entre 35 e 40 anos. O objetivo da análise é prevenir ou detectar o câncer de mama.

– Densitometria Óssea: procedimento que mede a densidade dos ossos e a possível perda de massa óssea, além de prevenir ou detectar a osteoporose (perda anormal da massa óssea). Nas mulheres, o exame deve ser feito anualmente após a menopausa.

“É importante ressaltar que, além da realização dos exames preventivos, a mulher deve adotar uma postura de vida saudável para evitar o surgimento de patologias malignas”, complementa a ginecologista. “O bem estar físico, psíquico e social depende também de atitude em relação à vida. Portanto, é sempre benéfico manter a alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, tomar banhos de sol sempre que possível, dormir suficientemente todos os dias e evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo, excesso de álcool e drogas.”

Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a equipe do Centro de Saúde da Mulher garante a realização de todos os exames necessários às faixas etárias, bem como o rastreamento e detecção precoce do câncer de mama, câncer do colo uterino e outras enfermidades. “O acompanhamento é oferecido à paciente em todas as fases: prevenção, diagnóstico e tratamento. Sempre da melhor forma e o menos invasivo possível”, conclui Cintia.

Serviço – Centro de Saúde da Mulher
Localizado na Unidade Santana da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o atendimento às pacientes é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h em pronto atendimento, com suporte 24 horas para emergências em ginecologia. O atendimento ambulatorial com horário marcado ocorre de segunda a sexta, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 13h.

Outubro Rosa: saiba como se prevenir contra o câncer de mama

O rosa colore o mês de outubro por uma boa causa. A cor representa a campanha internacional Outubro Rosa, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O objetivo é orientar a sociedade, por meio do compartilhamento de informações sobre o câncer de mama, e também promover a conscientização acerca da importância da detecção precoce da doença. A Oncomed-BH também fará sua parte e prepara uma séria de ações para reforçar o mote da campanha.

De acordo com o Dr. Leandro Ramos, oncologista da Oncomed-BH, a doença não tem causa única. “Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, sendo a idade o mais importante para o câncer de mama entre as mulheres. A incidência da doença cresce progressivamente com o envelhecimento, sendo que a ocorrência desse tipo de câncer pode ser externa ou interna ao organismo, interagindo de várias formas, o que aumenta a probabilidade de transformações malignas nas células normais”, explica o médico.

Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença são:

  • História familiar positiva;
  • História pessoal de câncer de mama;
  • História menstrual: pela maior exposição aos hormônios femininos, mulheres que tiveram sua primeira menstruação antes dos 12 anos e ou entraram na menopausa após os 55 anos, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
  • História reprodutiva: Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 30 anos, e ainda as que não amamentaram, também compreendem o grupo de maior risco;
  • Uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados);
  • Obesidade;
  • Ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool;
  • Presença de mutação genética (incluindo BRCA1, BRCA2, entre outros): embora apenas de 5% a 10% de todos os cânceres de mama sejam causados por estas mutações, sabe-se que a mulher que as possui tem risco muito aumentado de desenvolver tal neoplasia.

 

Já as chances de cura dependem do tipo de tumor, da idade e das condições de saúde do paciente e do estágio em que o câncer for detectado. Por isso, a prevenção secundária, que significa garantir o diagnóstico precoce no controle da doença, é tão importante. “A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Cerca de 95% dos pacientes em bom estado de saúde, que descobrem o câncer de mama em fase inicial e seguem o tratamento recomendado, se livram da doença após cinco anos”, afirma o Dr. Leandro Ramos.

Não é possível parar de envelhecer, mudar o histórico familiar ou interferir na idade da primeira menstruação da mulher, porém, é factível seguir importantes recomendações para a prevenção primária. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e da prática regular de exercícios físicos, além de não ingerir bebidas alcoólicas, são algumas das recomendações importantes na prevenção primária do câncer de mama”, diz o médico. O autoexame também é uma forma de prevenção, porém, não elimina a necessidade da consulta de rotina, destaca o oncologista.

 

*Autoexame: como fazer?

De acordo com as orientações do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC), o autoexame deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação. Existem duas formas de fazer o autoexame, são elas:

 

No chuveiro ou deitada:

Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

 

Diante do espelho:

1-      Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico.

2-      Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração.

3-      Finalmente, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção. A observação de alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos, e de secreções mamárias, não significa necessariamente a existência de câncer.

 

O que procurar?

  • Caroços (nódulos).
  • Abaulamentos ou retrações da pele e do complexo aréolo-mamilar (bico do seio).
  • Secreções mamilares existentes.

 *Informações do site do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC)