Aumento da tarifa de integração em SP é prejudicial e injusto, afirma Idec

Em carta enviada aos órgãos de transporte, Idec aponta que a alteração no custo da tarifa afeta, principalmente, os usuários da zona leste da cidade

 

Nesta segunda-feira (17), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou carta à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e à Secretaria dos Transportes Metropolitanos para se manifestar contra o reajuste da tarifa de integração de ônibus, metrô e CPTM que começou a valer no último sábado (15). Para o Idec, o aumento é prejudicial e injusto, principalmente para os usuários da zona leste da cidade.

No ofício, o Instituto apresentou uma análise dos dados da Pesquisa de Mobilidade Urbana de 2012, do Metrô de São Paulo, que constatou que 49% das viagens com integração entre ônibus e trilhos (trem ou metrô) são realizadas por moradores da região leste e apenas 11% por moradores do chamado Centro Expandido.

“O aumento do custo da integração pode desestimular as pessoas a utilizar a combinação de trilhos e ônibus, causando lotação em linhas de coletivos. Além disso, nenhum estudo sobre esse impacto foi realizado antes da implementação do reajuste”, diz o pesquisador em mobilidade urbana do Idec, Rafael Calabria.

Na carta, o Instituto também questionou que o aumento da integração aconteça a apenas um mês do processo de licitação de ônibus da capital esteja aberto. Prevista para maio, um dos pontos da licitação é discutir o custo do transporte e, consequentemente, o valor da tarifa para o usuário.

“Esperamos que a Prefeitura abra uma discussão organizada sobre o financiamento da passagem, aproveitando o momento de discussão da licitação de ônibus para reverter esta medida, que dificulta a integração e prejudica a mobilidade na região metropolitana de São Paulo”, conclui Calabria.

 

Passageiros elogiam linha com wi-fi no extremo sul da zona sul da capital

 

Os passageiros que embarcam nos 18 ônibus da linha 6030, que liga o bairro Vila São José/Unisa ao Terminal Santo Amaro, que opera no extremo sul da capital, tem acesso ao serviço wi-fi. A linha percorre dez bairros num trajeto de cerca de 13 km. Grande parte dos passageiros vai para as universidades Unisa e Uninove.

Esta linha também atende aos pacientes do hospital Unisa Campus I, Ama do Jd. Clipper e Ama do Icaraí. Para acessar o serviço, o usuário deve digitar o prefixo da linha mais o número do carro. A reportagem da Transwolff embarcou nos dois sentidos da linha para ouvir os passageiros e avaliar o serviço, que é 4G, funcionou desde baixar vídeos e fotos.

O motorista de um dos ônibus da linha, Francisco de Assis Carvalho de Souza disse que sempre ouve comentários  de passageiros de que  deixam de pegar outros ônibus para subir no ônibus da Transwolff por conta do wi-fi. “Isso acontece todo dia. Pelo retrovisor sempre percebo os passageiros no celular”, diz Francisco.

A estudante de Farmácia Fabrícia Oliveira, 27, moradora de Pedreira (zona sul), ao se acomodar no banco, já saca o celular da bolsa olha o número da linha e do ônibus e já conecta o wi-fi. “Uso todo dia quando vou para a faculdade. É ótimo”, afirma a universitária.

Para Luiz Carlos Pacheco, presidente da Transwolff, a ideia da empresa é instalar o serviço gradativamente em todas as linhas que opera. “Percebo que o wi-fi é bem utilizado pelo usuário, inclusive por ser uma linha que percorre duas universidades e há interação entre os alunos, além de ajudar em pesquisa para matéria da faculdade”, diz Pacheco.

O empilhador Rafael Oliveira, 21, morador de Interlagos (zoa sul) também elogiou o serviço. Disse que  utiliza para navegar nas redes sociais. “É rápido e funciona durante todo o caminho.” A promotora de vendas Eliane de Almeida, 36, moradora de Imbuias, aprovou o serviço. “É bom, né. Ainda mais agora que as operadoras reduziram os megas e colocaram limite na internet.”

A estudante Mayara Santos, 16, que pega o ônibus para ir para a escola classificou o serviço como rápido. “É bom baixa áudio e vídeo super rápido. Todos os ônibus (de São Paulo) tinham de ter”, sugere. Já a estudante Jennifer Lourenço, 15, disse que as poucas vezes que usou não encontrou dificuldade.