Pix: não dispensa cuidados e direito à proteção das informações

Coordenador dos cursos de TI do Centro Universitário UniMetrocamp explica que novo recurso do Banco Central também é regulado pela LGPD e dá dicas de segurança aos usuários

Previsto para entrar em operação no próximo dia 16 de novembro, o Pix – novo sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central – promete facilitar a vida de usuários e empresas.

Os recursos poderão ser transferidos entre contas corrente ou poupança em poucos segundos, a qualquer hora do dia ou da noite, sem custo para pessoas físicas e a taxas potencialmente menores que os atuais TED e DOC para pessoas jurídicas.

O cadastro será simplificado, basta escolher apenas uma informação, como CPF, número do celular, e-mail ou senha aleatória criada pelo próprio Pix, que funcionará como a sua chave de acesso para pagar ou receber. É essa vinculação de dados que exige que os operadores se adequem à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que o usuário tenha atenção redobrada na sua utilização. 

“As transações financeiras utilizam dados pessoais, portanto a LGPD é válida como um todo também para o sistema Pix, especialmente o Parágrafo único da Seção III Artigo 44, que estabelece que as empresas devem responder pelos danos decorrentes da violação da segurança das informações”, destaca o Coordenador dos cursos de TI do Centro Universitário UniMetrocamp, Ronaldo Barbosa. “Os operadores do Pix têm responsabilidade tecnológica e legal, devendo utilizar processos robustos para evitar sanções decorrentes da guarda inadequada  das chaves e quaisquer outros dados sensíveis que venham a público”, diz, acrescentando que, de acordo com o manual do Banco Central, o Pix utiliza autenticação e criptografia da conexão, além da assinatura digital das mensagens com certificados digitais ICP-Brasil no padrão SPB, ou seja, um nível de segurança semelhante aos sistemas financeiros já existentes.  

Se por um lado a LGPD prevê ações indenizatórias para as eventuais falhas no Pix, por outro, se houver o vazamento das chaves e outras informações decorrente de mal uso – como, por exemplo, a ausência de medidas de segurança no acesso ao celular –, o usuário também poderá ser responsabilizado. “Além disso, se antes tínhamos problemas com código de barras de boletos falsificados, é possível que agora passemos a receber QR Codes falsos, já que a geração deste tipo de código é uma das opções do Pix”, alerta Barbosa. “É necessário redobrar a atenção e usar todos os meios de proteção oferecidos pelos aplicativos e por seu dispositivo”, completa. 

Dicas de segurança no sistema Pix:

  • A chave que utilizar no Pix deverá ficar em repositório seguro, caso contrário, alguém poderá assinar e realizar transações por você;

  • Amplie a segurança do seu dispositivo utilizando o recurso de dois fatores de autenticação, de preferência incluindo a biometria, o que dificulta a utilização indevida;

  • Não abra links enviados por sites financeiros. Em caso de dúvida, contate o seu banco. O mesmo cuidado vale para todas as mensagens de fontes não confirmadas recebidas por qualquer canal. Se não tiver certeza da veracidade do remetente, não abra;

  • Tenha atenção redobrada com o recebimento de QR Codes falsos. Ao ler o código com a câmera do seu celular, se o link de acesso exibido não for de fonte conhecida, não abra e confira com o remetente.

Para mais informações sobre o sistema Pix, acesse www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix

PIX: como pequenas e médias empresas devem se estruturar para atender à nova demanda

Novo meio de pagamento deve exigir soluções de conectividade de alta performance para absorver o número de transações online

Não se fala em outra coisa! O PIX, novo meio de pagamento criado pelo Banco Central, deve mudar o cenário de transações bancárias por todo o País, permitindo que pagamentos e transferências sejam feitas em segundos, em qualquer dia da semana, com recebimento imediato. A novidade é tendência forte e bastante vantajosa para pequenos negócios, por seu baixo custo (com isenção de tarifas para MEIs) e pela facilidade e agilidade do pagamento em segundos.

Mas como os pequenos negócios devem se estruturar para essa nova forma de receber dinheiro e o que muda, de fato, no dia a dia dos estabelecimentos comerciais?

Para Arnaldo Mapelli, gerente comercial da Zyxel, multinacional taiwanesa especializada em soluções de conectividade e redes corporativas, os estabelecimentos precisarão oferecer uma conexão de internet segura e estável para garantir esses recebimentos e é importante estruturar o TI para receber essa demanda.

“Um restaurante ou uma loja, por exemplo, pode receber diversas transações ao mesmo tempo. Para evitar transtornos, o empreendedor precisa assegurar que todos os clientes possam se conectar à sua rede para realizar os pagamentos e ainda, ter essa rede bem estruturada para poder gerar QR Codes dinâmicos e personalizados de acordo com o tipo e valor de venda. Vale dizer que o próprio estabelecimento também poderá conduzir seus pagamentos a fornecedores a partir da mesma dinâmica”, explica o executivo.

Pode parecer complexo, mas apenas a implementação de access points profissionais já devem ser suficiente para trazer a performance necessária para o bom desempenho nessas transações. Esse tipo de solução simples, porém robusta, não requer a contratação de um profissional para sua implementação, suporta conexão de diversos usuários simultâneos e ainda tem capacidade para wi-fi 6, o que já garante o bom desempenho de internet, com sinal que se ajusta de acordo com o ambiente em que está localizado.

Além de garantir o ganho de conectividade e aumento do desempenho da internet, o access point possui tecnologia de gerenciamento escalável, permitindo o controle local e à distância. A solução também monitora e adapta continuamente todas as conexões a todos os dispositivos, evitando inconsistências na conexão a partir de uma antena inteligente.

A rede também pode ser gerenciada na nuvem, com plataforma unificada e intuitiva que traz ainda mais praticidade para o processo de gestão.

A Zyxel possui uma linha completa de access points profissionais com recursos premium em seu portfólio, para atender a todas as necessidades de pequenas e médias empresas, de acordo com o perfil de cada negócio, oferecendo melhor extensão e cobertura de Wi-fi com alta performance e autonomia de gerenciamento.

Para saber mais sobre essa e outras soluções Zyxel para pequenas e médias empresas, acesse: https://www.zyxel.com.br

O que é e como o Pix vai mudar a forma das pessoas usarem o dinheiro no Brasil

O novo sistema vem sendo desenvolvido desde 2018 e deve começar a funcionar efetivamente no próximo dia 16 de novembro

O Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos idealizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), tem previsão de chegada oficial ao mercado no próximo dia 16 de novembro. A nova ferramenta poderá ser utilizada por qualquer instituição de pagamento, mesmo aquelas que não possuem vínculos diretos com o Bacen. Bancos, fintechs e outras instituições financeiras terão novas formas de realizar e receber pagamento em todo país. Mas afinal, o que é Pix?

A grande mudança proposta pelo Pix é que as transações serão realizadas em até 10 segundos, 24 horas por dia e todos os dias do ano, incluindo finais de semana e feriados. Para o especialista em tecnologia e Product Manager da Juno, Gustavo Schmidt, o Pix nada mais é do que uma nova forma de transferir dinheiro entre duas contas bancárias. “O grande benefício é que qualquer movimentação será muito mais moderna, ágil e barata. O Bacen se inspirou em modelos internacionais para criar o equivalente digital ao dinheiro de papel e a ideia é que ele seja bem simples”, detalha Schmidt.

Até o momento, as transferências entre contas bancárias sempre foram feitas por meio de TEDs, que são as Transferências Eletrônicas Disponíveis, e DOCs, que são os Documentos de Ordem de Crédito. E os pagamentos de contas são realizados via boleto bancário, cartões, transações físicas ou até mesmo com dinheiro vivo. “Algumas dessas operações bancárias podem levar dias para serem realizadas e ainda podem acarretar custos para os clientes. Em bancos tradicionais, por exemplo, uma TED pode custar entre R$ 8 e R$ 16. E é justamente nesses fatores que o Pix veio para fazer toda a diferença”, destaca o especialista.

O novo sistema de pagamentos do Banco Central foi criado com o objetivo de facilitar a transferência de valores entre contas bancárias, o pagamento de boletos e contas e muito mais. Para realizar as transações do sistema Pix, vai ser preciso que tanto quem envia o dinheiro quanto quem recebe tenha uma conta, não necessariamente corrente, em um banco, uma instituição de pagamento ou em uma fintech. “O mais legal do Pix é que ele vai nos possibilitar novas formas para fazer pagamentos e transferências, agilizando muito mais o nosso dia a dia. Hoje para fazermos uma transferência para alguém, é preciso digitar todos os dados da pessoa (CPF, banco, agência e conta), um processo que muitas vezes pode ser até complicado, com o Pix isso será igual, mas para agilizar o processo o Bacen criou duas funcionalidades, as Chaves Pix e o QR Code Pix”, explica Schmidt.

As novas funcionalidades

As Chaves Pix são a nova forma de identificar endereços bancários. Por meio dessas chaves, o Bacen reconhece sua conta no banco e valida suas transações bancárias. As chaves de endereçamento Pix são dados como telefone, e-mail ou CPF/CNPJ, que ficam vinculados aos seus dados bancários.

As transações via Pix acontecem por meio de QR Codes Estáticos e Dinâmicos. O QR Code estático poderá ser utilizado em diversas transações, como transferências entre duas pessoas, por exemplo. Já o QR Code dinâmico por sua vez, desempenha a função de uma cobrança mais formal, de um modo geral associada a um boleto. É o tipo de código que vai ser muito utilizado para realizar pagamentos ou cobranças em e-commerces, por exemplo. “Com todos esses diferenciais, o Pix chegou para facilitar muito a vida de quem depende de pagamentos ágeis e eficientes, além de ser extremamente seguro”, completa o especialista.

O cadastro dessas chaves estará disponível a partir do dia 05 de outubro em todas as instituições, a primeira Chave Pix para clientes Juno poderá ser cadastrada direto pelo app, em suas versões para iOs e Androis. O Pix em si, tem previsão de entrar em funcionamento no próximo mês de novembro. Mais informações no site oficial do Banco Central: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pagamentosinstantaneos.