Selic cai com inflação sob controle, mas situação fiscal ainda preocupa

Com a queda da inflação observada desde o fim de 2016, a Taxa Selic vem caindo sistematicamente e passou de 14,25% em outubro de 2016 para 7,5% em outubro de 2017. A expectativa é de um corte adicional na última reunião do COPOM do ano, que levaria a taxa para 7% ao ano (o menor patamar da história).

A despeito das boas notícias no que se refere ao comportamento dos preços, da taxa de juros e às expectativas de retomada consistente do crescimento econômico para os próximos anos, a situação fiscal ainda é bastante delicada, de acordo com o professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, “já que a dívida pública bruta se aproxima do patamar de 80% do PIB e, segundo algumas estimativas, em um cenário futuro pessimista este percentual poderia ultrapassar os 100% do PIB, já em 2020. Em 2011, a razão dívida/PIB estava em torno de 50%”.

Dívida pública elevada implica necessidade de aumento de impostos e/ou corte de gastos no futuro, segundo o economista. Para Vartanian “a experiência recente tem mostrado que o corte de gastos, apesar de mais adequado que o aumento de impostos, não tem avançado significativamente, o que sinaliza, no futuro, a criação ou aumento de impostos. ” É fato também que o crescimento da economia mais consistente a partir do próximo ano contribuirá para a redução da razão dívida/PIB, mas vale lembrar que o afrouxamento monetário dos Bancos Centrais dos países desenvolvidos está sendo revertido, com potenciais impactos para os países emergentes nos próximos anos.

 

Procon-SP constata queda de 0,30% na cesta básica semanal

O valor da cesta básica no município de São Paulo registrou queda de 0,30%, no período de 12/6/15 a 18/6/15, revela pesquisa diária da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 11/6 era R$ 441,40 passou para R$ 440,09 em 18/6.

Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:

Alimentação = -0,15%; Limpeza = 0,47%; Higiene Pessoal = -2,57%

 

A variação no mês de junho/2015 ficou em 1,07% (base 29/5/15) e nos últimos 12 meses 7,52% (base 18/6/14).No período de 12/6/15 a 18/6/15, os produtos que mais subiram foram:

 

Cebola (kg) 5,57%
Biscoito maisena (pacote 200g) 2,56%
Ovos brancos (dz) 2,42%
Macarrão c/ ovos (pacote 500g) 2,15%
Salsicha avulsa (kg) 1,84%

 

As maiores quedas foram:

 

Desodorante spray (embalagem 90-100 ml) -7,32%
Sabonete (unidade 90-100g) -4,30%
Alho (kg) -3,56%
Feijão carioquinha (pacote 1 kg) -2,17%
Farinha de mandioca torrada (pacote 500g) -2,13%

 

Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 14 apresentaram alta, 16 diminuíram de preço e um permaneceu estável. Os produtos que mais pressionaram a queda no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram, nesta ordem:

 

Desodorante spray (embalagem 90-100 ml) -0,11%
Arroz (pacote 5 kg) -0,10%
Carne de primeira (kg) -0,10%
Sabonete (unidade 90-100g) -0,09%
Feijão carioquinha (pacote 1 kg) -0,07%