Nenhum país do mundo possui uma rede de gasodutos, de transporte e distribuição, que atenda 100% da população. O custo para a construção de um gasoduto varia entre US$ 60,00 e US$ 100, por polegada/metro.
Para implantar um duto de 10 polegadas de diâmetro, por exemplo, o investimento está entre US$ 600,00 e US$ 1 mil por metro, valor que inviabiliza o investimento para atender a polos de menor consumo e localidades distantes. Esta é a situação da grande maioria das cidades brasileiras. Hoje, em todo o Estado de São Paulo, que possui a maior rede de dutos de distribuição de gás natural do país, apenas 94 dos 645 municípios possuem áreas com gás natural encanado.
Entretanto, um novo modelo de transporte do gás natural, rodoviário, seja GNC ou GNL, chamado de Gasoduto Virtual, torna a distribuição de gás natural viável para indústrias e pequenas localidades, afastadas das malhas de distribuição construídas pelas concessionárias distribuidoras. “Gasoduto Virtual é a solução economicamente viável para levar o gás natural até localidades que não compensam o investimento de um gasoduto convencional, contribuindo para a “Democratização” do uso do gás natural, um dos energéticos mais “Verdes”, seguro e econômico”, explica Horácio Andrés, CEO da CTG (Companhia de Transporte de Gás), empresa pioneira no Brasil neste segmento.
A disponibilidade desta alternativa de transporte do gás natural, somado as facilidades criadas, por exemplo, pelo Governo do Estado de São Paulo através da ARSESP (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) tem permitido fazer realidade os denominados “Projetos Estruturantes”.
Nestes projetos as distribuidoras concessionárias de gás natural constroem redes secundárias de distribuição de gás natural para municípios afastados dos dutos de transporte. As distribuidoras de gás natural comprimido transportam o gás natural, seja comprimido ou liquefeito, através de caminhões, até estas redes independentes, que posteriormente distribuem para a população local e as indústrias. “A cidade de Campos do Jordão é um bom exemplo prático. O baixo consumo não compensaria levar um rede de gasoduto até lá. A solução foi o gasoduto virtual, com a construção de uma estação de armazenamento e distribuição e o abastecimento realizado através de caminhões”, revela Andres.
A CTG enxerga alto potencial nesta matriz energética. Para isso, utiliza um sistema modular que permite o dimensionamento da infraestrutura no tamanho necessário para cada projeto, além de que os equipamentos são facilmente desmontados para implantação em outro projeto. Na área de concessão da Comgás existem 6 projetos estruturantes em operação, dos quais 4 estão sendo realizados em parceria coma CTG . Para participar da demanda que virá nos próximos anos, a CTG tem disponível para investimentos R$ 80 milhões. “Ainda em 2017 participaremos de mais projetos com a tecnologia de gasoduto virtual. É um segmento com grande potencial, quase inexplorado e com poucos players, em função da sua complexidade operacional, tecnológica e necessidade intensiva de capital”, finaliza Horácio Andrés.
Sobre DMI Group
Constituída em 2011 a DMI Group é uma empresa focada na estruturação e gestão de fundos de Private Equity, no entanto, possui também sob gestão Fundos Multimercados e de Direitos Creditórios. Habitualmente investe em companhias que possuam nichos diferenciados de mercado e apresentem alta expectativa de retorno.
Com acesso a recursos de até R$ 2 bilhões para investimentos até 2029, a DMI Group estuda investimentos em empresas de capital aberto e fechado. A expertise do grupo é a fusão e aquisição de empresas de um mesmo setor, visando sua consolidação e posterior venda a um player estratégico ou processo de IPO no Brasil e no exterior. Recentemente a DMI Group adquiriu 50% da Companhia de Transporte de Gás (CTG) e já projeta um investimento de R$ 80 milhões durante os próximos 5 anos na matriz brasileira e no projeto de expansão na América Latina. |