Os hospitais e clínicas que tem salvado vidas em todo o Brasil precisam de algo que é fundamental para seu funcionamento, a energia elétrica. Em tempos da pandemia do Covid 19, não pode haver falhas, não existe a possibilidade de um corte (mesmo que em pouco tempo) de energia, vidas poderiam ser perdidas, em todo o país, são milhares de unidades de terapia intensivas e respiradores que estão ligados, hospitais e clínicas precisam estar 24h em funcionamento.
Quando ocorre a falta, desligamento ou corte de energia das concessionárias, o sistema de emergência é acionado automaticamente após a interrupção de energia. Desta forma, aparelhos da UTI, centro cirúrgico e pronto-socorro seguem funcionando normalmente. Hospitais que tem vidas sob a sua total responsabilidade não podem depender exclusivamente das concessionárias, pois, em situações emergenciais, não podem esperar pelo restabelecimento da rede, esse sistema emergencial são os geradores de energia auxiliares. A utilização desses geradores acaba custando um alto preço aos hospitais e clínicas, comprometendo muitas vezes o orçamento das mesmas.
Custos
A inflação energética nos últimos 18 anos teve um aumento de 230%, segundo cálculos da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), frente a uma elevação de 189% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que representa a inflação oficial medida pelo governo, no mesmo período. A diferença de 41 pontos percentuais a mais nos preços da energia é decorrente, principalmente, do aumento dos custos da cadeia energética. Nesse contexto, um grave problema aos hospitais e clínicas tem sido o alto preço pago em contas de energia elétrica.
Com a instalação de um sistema solar fotovoltaico, um hospital consegue além de reduzir a burocracia envolvida com a tarifação, também se livra deste tipo de cobrança. Adotando a energia solar como principal fonte elétrica, os custos podem chegar a uma redução de até 95% do valor total após o período de retorno do investimento inicial na instalação das placas solares.
“A aplicação de novas tecnologias para elevar a qualidade do atendimento dos seus pacientes, é o novo normal. Com a instalação de um sistema solar fotovoltaico, você reduz em até 95% o seu gasto com energia elétrica, possibilitando assim, investimentos que proporcionem um atendimento mais humanizado e sofisticado.”, afirmou o engenheiro eletricista Diego de Paula Silva, da Solarprime, líder em franquias em energia solar no Brasil
Incentivos Fiscais
O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) oferece taxas diferenciadas a projetos de energia solar fotovoltaica e eficiência energética em hospitais. Por meio da Lei Federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ficou obrigada a dar descontos de no mínimo 50% às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição no caso de hospitais que optem por um sistema de energia distribuída.
Segundo os números anuais da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) os investimentos mundiais em energia solar somaram US$ 160,8 bilhões em 2017, representando um aumento de 18% a mais que o ano anterior. Dentre as energias renováveis, a solar é a que mais tem se destacado nos últimos anos, representando 48% de todo o investimento mundial em energia limpa. Já no Brasil, o investimento no ano passado foi de US$ 6,2 bilhões com alta de 10% em relação a 2016.
De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia SolarFotovoltaica (ABSOLAR) o país recentemente atingiu 1 gigawatt (GW) em projetos operacionais da fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica. Esta potência é suficiente para abastecer 500 mil residências do país, produzindo energia renovável, limpa, sustentável e competitiva capaz para atender o consumo de dois milhões de brasileiros.
“A marca histórica de 1GW de potência instalada em energia solar é um marco, um divisor de águas. Os projetos e as instalações estão ganhando escala, um fator extremamente importante para os fabricantes e para toda cadeia na geração solar fotovoltaica. Nós acreditamos muito no potencial do país. Hoje, graças a nossa empresa, o Brasil pertence a um seleto grupo dos 30 países que mais implantaram energia solar no mundo”, complementa Anaibel Novas, gerente solar da Fronius.
Investimentos
Segundo a ANEEL, até 2024, cerca de 1,2 milhão de geradores de energia solar ou mais deverão ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil, representando 15% da matriz energética brasileira e até o ano 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões.
Para se ter uma ideia, a multinacional austríaca Fronius líder no setor fotovoltaico, ano passado venderam mais de 500 mil unidades de inversores ao redor do mundo. No Brasil foram mais de nove mil inversores. A empresa obteve crescimento de mais de 50%.
A especialista e gerente da Unidade de Negócio de Energia Solar da empresa, Anaibel Novas, está otimista e acredita que o negócio brasileiro está aberto para receber novos investimentos. “ O mercado continua em expansão com um ritmo de crescimento exponencial; novos perfis de clientes residenciais querem obter os benefícios da própria instalação solar; grandes grupos de consumidores comerciais estão analisando seriamente a adesão; a indústria e o agronegócio aumentaram seu interesse em energia limpa e sustentável”, comenta.
Para Anaibel, o Brasil possui todas as condições geográficas e climáticas para as diversas aplicações das tecnologias de produção de energia fotovoltaica. Como todo mercado emergente, ainda são tímidas as opções de financiamento disponíveis que possam facilitar e impulsionar o investimento do consumidor final. “Embora ainda haja dificuldade de financiamento, o mercado busca por alternativas para reduzir seus gastos a todo custo. Os consumidores estão mais cautelosos e buscam por informações reais sobre determinado produto antes de efetuarem qualquer compra. Exemplo disto é a procura por treinamentos de energia fotovoltaica, realizado pela Fronius, in company. Existe uma grande necessidade, por parte dos consumidores, de conhecer o produto em detalhes: sua tecnologia; suporte; manutenção; funcionalidades; custos e retornos financeiros do novo investimento. Esta ferramenta tem nos ajudado e muito em nossos negócios”, complementa a gerente.
Expectativas 2018
A expectativa da multinacional austríaca para este ano é estar ainda mais presente em todos as unidades de negócios da empresa. “Durante 2018, a Fronius continuará com fortes investimentos em pessoas e em estrutura para melhorar nossa capacidade operacional e logística. Estamos desenvolvendo parcerias estratégicas para melhorar o atendimento as demandas dos clientes e estamos aplicando ferramentas tecnológicas para aumentar a qualidade”, finaliza Anaibel.
Cerca de 170 pessoas interessadas no Programa de Energia Solar Fotovoltaica para Pequenos Negócios (PLUZ) lotaram o auditório e salão do Centro Sebrae de Sustentabilidade.
CUIABÁ – O sol vai aumentar sua parceria com a economia de Mato Grosso. O astro-rei já é fator decisivo na produção de grãos no estado e, agora, vai ajudar os pequenos negócios, permitindo a redução dos custos de micro e pequenas empresas com o consumo de energia. Esta é a previsão de José Valdir Santiago Jr, gerente da Unidade de Sustentabilidade nos Pequenos Negócios do Sebrae MT, declarada no evento de lançamento do PLUZ-Programa de Energia Solar Fotovoltaica para Pequenos Negócios, na noite de quinta-feira (26), no Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), em Cuiabá.
Cerca de 170 pessoas, entre empresários e profissionais de Cuiabá e do interior do estado, lotaram o auditório e o grande salão do CSS, onde foram instalados telões para que todos pudessem acompanhar as palestras e fazer perguntas. O programa PLUZ é fruto da parceria entre Sebrae MT, Banco do Brasil e WEG. Participaram do evento de lançamento: o superintendente do Sebrae MT, José Guilherme Barbosa Ribeiro; o superintendente do Banco do Brasil em MT, Sotero Sierra Neto; o gerente geral de vendas de energia solar fotovoltaica da WEG, Harry Schemelzer Neto.
“É a hora de abraçar esta oportunidade que está surgindo. A energia solar é o que vai dominar o mercado, principalmente em MT, por causa do sol”, afirmou Manuel Cordeiro da Silva, da MM Energia de Pontes e Lacerda. Ele será um dos capacitados pela WEG em MT para prestar serviços em energia solar fotovoltaica. Entusiasmado, Manuel disse que o PLUZ vai gerar emprego, renda e estabilidade para sua empresa.
FCO
O PLUZ conta com recursos do BB/ Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que opera atualmente com taxas de juros atrativas, entre 6 e 7% ao ano, para financiar a implantação de tecnologia solar nas empresas interessadas. O prazo para a adesão ao BB/FCO tem duração de 60 dias e se encerra em 31/07/2018. O Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), garantindo até 80% da operação no BB.
Equipamentos
A WEG, uma grande empresa brasileira, atuante em 14 países e fabricante de equipamentos elétricos, é uma das empresas fornecedoras de kit fotovoltaico (módulos fotovoltaicos, inversores, proteção, cabeamento, e estrutura) e que também se dispõe a capacitar e contratar pequenos integradores (profissionais e pequenos negócios que atuam no segmento de energia e eletricidade) no Estado para serviços de instalação e manutenção dos sistemas implantados por meio do programa PLUZ, proporcionando oportunidades para empresas locais.
Consultoria
O Sebrae MT vai apoiar os empresários, elaborando o estudo de viabilidade técnica e financeira e também desenvolvendo o projeto elétrico do sistema de energia solar fotovoltaica. É importante destacar que um sistema de geração de energia solar fotovoltaica é capaz de produzir energia elétrica por cerca de 25 anos e reduzir o consumo energético em 100%.
BB
O superintendente do BB informou que, em 2017, o banco aplicou R$ 3 bilhões do FCO em MT. Cinquenta e oito por cento (58%) foram destinados às micro, pequenas e médias empresas. “Agora, temos mais R$ 3 bilhões, para este ano, e novamente não vamos devolver nada. Não há taxa de juros melhor no mercado do que a nossa. O projeto estará pago em quatro anos e meio a cinco anos”, informou Sotero. Ele salientou que investir na redução de custos das empresas é a estratégia ideal para o momento atual. O investimento em um projeto de energia solar será pago, em aproximadamente cinco anos, segundo Sotero.
O custo da energia elétrica em Mato Grosso é o terceiro mais caro do país, atrás apenas do Pará e Estado do Rio de Janeiro, segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A energia é insumo fundamental e estratégico, utilizado por 79% das empresas e podendo representar mais de 40% de seus custos de produção, ainda de acordo com a Firjan.
Referência solar
O superintendente do Sebrae MT, José Guilherme, destacou que o índice de irradiação solar no estado mato-grossense é um dos mais altos do Brasil. “O sonho é que o Mato Grosso se torne referência em energia solar. Buscamos o Banco do Brasil e a WEG, porque sozinhos não conseguiríamos realizar o PLUZ. Cooperação é a palavra de ordem no mundo atual. Temos de juntar nossos saberes para termos sucesso”, declarou.
José Guilherme ressaltou que é preciso diversificar a economia de Mato Grosso, reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) nas atividades empresariais e que as comunidades mais carentes também serão beneficiadas pela energia solar fotovoltaica.
“Em missões técnicas do Sebrae MT à Alemanha, vimos que lá eles aproveitam tudo que têm. Nós contamos com tanto sol, mas não sabemos aproveitar”, lamentou. Segundo o Atlas Solamétrico Brasileiro, o índice máximo de irradiação solar em Mato Grosso é de 2.000 KWh/ano/m², e no Brasil é de 2.800 kWh/ano/m², enquanto que na Alemanha é de 1.200 KWh/ano/m².
De acordo com José Valdir Santiago, engenheiro eletricista e coordenador do PLUZ no Sebrae MT, o sol pode realmente se tornar fonte renovável e limpa de energia mais barata para o estado mato-grossense. Até o momento, em MT apenas 2%, cerca de 500 unidades, estão conectadas ao sistema de geração distribuída de energia do país – no Brasil são mais de 25 mil unidades, acrescentou.
Boom solar
O representante da WEG, Harry Schemelzer Neto, disse que a energia solar fotovoltaica teve seu boom (explosão) no Brasil, em 2016. Antes, o ritmo de adesão à energia solar era devagar. A primeira usina de energia fotovoltaica montada pela WEG foi em Fernando de Noronha (PE), em 2011, quando a energia solar começou a acontecer no Brasil.
Ele explicou que a WEG tem parceria com chineses para a fabricação dos módulos solares, mas a produção dos inversores – o coração do sistema – é feita pela própria empresa.
Neto destacou a implantação de usina solar fotovoltaica flutuante, dentro de um lago, feita pela WEG em Goiás; a parceria com a construtora MRV, que está construindo e entregando condomínios de apartamentos, desde o ano passado, com energia solar fotovoltaica; e uma usina compartilhada de 6 MW (megawatt) em MG, cujos proprietários vão alugar energia para interessados.
“Queremos ter mais integradores em MT”, anunciou o gerente da WEG. A linha do FCO é a mais atrativa do mercado e o preço da energia no estado deverá ficar em torno de R$ 3,5/kWp, um preço bem agressivo, avaliou.
Competitividade e eficiência
O analista e economista do Sebrae MT, Fábio Apolinário da Silva, chamou a atenção dos presentes para a redução de custos das empresas como fator de aumento da competitividade. “Para lucrar mais, é preciso aumentar receitas e produtividade e diminuir custos”, afirmou. Para ele, o Brasil está perdendo em competitividade, porque está perdendo em produtividade. A energia solar fotovoltaica significa inovação e mais eficiência, destacou.
“Quanto mais cara é o custo da energia, o tempo de retorno do investimento em tecnologia solar é menor”, resumiu o economista.
Aqui você também poderá saber um pouco mais sobre energia solar fotovoltaica.
Ronaldo Koloszuk foi eleito o novo presidente do Conselho de Administração da entidade e será acompanhado por um time diversificado e abrangente de conselheiros de diferentes elos produtivos do setor
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade nacional que representa o setor solar fotovoltaico no País, acaba de eleger seu novo Conselho de Administração para o período de 2018 a 2020. A nova gestão assume a partir de primeiro de maio deste ano, com a missão de fortalecer e ampliar a atuação da ABSOLAR como a voz nacional do setor no Brasil, bem como de ampliar a base de associados da entidade.
O Conselho de Administração da ABSOLAR é responsável pelo planejamento estratégico das ações da associação, definição das diretrizes de atuação da entidade frente a seus interlocutores, como governo, mídia, ONGs e instituições setoriais, entre outros, e definição de metas de curto, médio e longo prazo.
O Conselho da entidade para 2018 a 2020 possui composição diversificada e abrangente, incluindo empresas atuantes nos segmentos de geração distribuída, geração centralizada, cadeia produtiva (fabricantes), geradoras de energia elétrica, comercializadoras de energia elétrica, consultorias e uma instituição financeira. O colegiado apresenta, ainda, participação geográfica nacional, com conselheiros atuando nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Além do Conselho de Administração, a ABSOLAR possui, também, um Conselho Fiscal, composto por três membros titulares e três membros suplentes, eleitos em 2017 para atuação até 2019, cuja composição permanece inalterada.
Com isso, Ronaldo Koloszuk, diretor da empresa Solar Group, assume a presidência do Conselho de Administração da associação, destacando em seu discurso na Assembleia Geral Ordinária o sucesso atingido pela ABSOLAR em seus primeiros anos de estruturação. “O mercado solar fotovoltaico brasileiro passa por um crescimento acelerado, repleto de oportunidades, mas também de novos desafios.
O Conselho de Administração trabalhará para que a ABSOLAR, com todo seu conhecimento técnico, expertise setorial e inteligência de mercado, atue como a autoridade fotovoltaica de referência nacional, tanto no diálogo com o governo, contribuindo para o desenvolvimento de novas políticas públicas e programas de desenvolvimento da energia solar fotovoltaica, quanto como a casa das empresas atuantes no setor, oferecendo novos benefícios e serviços valiosos aos nossos associados”, aponta Koloszuk.
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, responsável pela gestão executiva e representação institucional da entidade, o novo conselho traz uma combinação positiva e sinérgica entre experiência e novas propostas, contribuindo para o amadurecimento interno da entidade e a inserção, desenvolvimento e democratização da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica e na sociedade brasileiras. “Temos uma ótima mistura entre conselheiros experientes e novos entrantes, com perfis empresariais e visões de mercado diversificadas, contribuindo para uma atuação setorial mais abrangente e transversal.
Passo a passo, o setor solar fotovoltaico está se tornando cada vez mais presente na matriz elétrica e na sociedade brasileiras. Estamos honrados e motivados para trabalhar com este novo time de profissionais altamente qualificados e comprometidos com a fonte solar fotovoltaica”, comenta Sauaia.
Segundo a entidade, a fonte renovável deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano, atingindo a marca histórica de 1 gigawatt em projetos operacionais no País
O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia, integra a delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23), em Bonn, na Alemanha, e participa hoje (16) de um evento oficial no pavilhão brasileiro sobre os avanços da fonte solar fotovoltaica no País e suas perspectivas de crescimento nos próximos anos.
Segundo Sauaia, a energia solar fotovoltaica é estratégica para apoiar o governo federal, estados e municípios no cumprimento da meta brasileira de reduzir 37% as emissões de gases de efeitos até 2025, com indicativo de chegar ao corte de 43% em 2030. “Ao gerar energia elétrica a partir do Sol, o Brasil evita emissões, diversifica a matriz elétrica, alivia os reservatórios hídricos, hoje em situação crítica, reduz custos e emissões com o uso das termelétricas a combustíveis fósseis e ainda impulsiona a geração de empregos locais de qualidade, atraindo investimentos privados e reaquecendo a economia nacional. Ou seja, ganha o meio ambiente, o cidadão, o setor privado e o poder público”, comenta o presidente executivo da ABSOLAR.
Para tornar o Brasil uma potência solar fotovoltaica, a entidade propõe, conforme apresentado recentemente ao Ministro de Minas e Energia, uma contratação anual de 2 gigawatts (GW) de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica, uma meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural, a abertura de linhas de financiamento competitivas para pessoas físicas e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.
“O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. Também deverá atingir a marca histórica de 1 gigawatt (GW) em projetos da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, ante os 90 MW verificados em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período”, aponta Sauaia.
O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol.
Segundo a Aneel, até 2024 Brasil poderá ter 1,2 milhão de consumidores geradores de energia
São Bernardo do Campo, outubro de 2017 – A energia fotovoltaica continua avançando no país e o número de conexões instaladas continua crescendo de acordo com os dados que vem sendo divulgados pela Aneel. Em junho do ano passado, o país registrava quatro mil conexões e atualmente este número está próximo de 15 mil instalações, representando um aumento de 300%. Para Aneel, se a taxa de crescimento continuar com a mesma velocidade, a expectativa é que até 2024 o Brasil alcance 4,5 GW (Giga Watt) da capacidade de energia instalada. O setor segue acirrado devido às diversas movimentações que estão ocorrendo, especificamente os leilões de energia.
Os leilões públicos ainda são a principal forma de contratação on-grid (conectado à rede) de energia no Brasil e é a Aneel a responsável por sua realização. Quem tem a menor tarifa geralmente vence, visando a eficiência na contratação de energia. Por enquanto foram realizados por volta de dois leilões de energia solar seguindo os mesmos padrões dos leilões de energia convencionais.
Na primeira ocasião, em outubro de 2014 contratou-se 1 GW, que foi injetado na rede elétrica do país a partir deste ano. No segundo, em agosto de 2015, também foi comercializada, praticamente, a mesma quantidade de energia. A expectativa segundo o Ministério de Minas e Energia (MME) é que até o final de 2017 ocorra mais dois leilões de energias renováveis. Atualmente a energia solar fotovoltaica representa 0,2% da matriz energética brasileira e a expectativa é que até o final do ano ultrapasse 1 GW de capacidade.
O sistema on-grid é mais comum no Brasil e tende a ser mais rentável para o consumidor. O sistema conectado à rede funciona como um armazenamento de energia, pois quando há produção de energia excedente a mesma retorna a rede e é revertida em créditos que podem ser utilizados em até 60 meses para abatimento de valores futuros. Já o sistema off-grid (fora da rede) é mais comuns em locais com pouco ou nenhum acesso à energia elétrica pública, e também em veículos que necessitam de energia (moto home). O sistema consiste no uso de baterias para armazenagem de energia.
Dificuldade do setor
Apesar do país apresentar grande potencial para este tipo de energia, ele ainda segue engatinhando. De acordo com o especialista e vendedor técnico Denilson Tinim da multinacional austríaca Fronius, “ o Brasil é um país rico em bases hídricas, diferente de outros países da Europa. Por este motivo, as hidrelétricas são bem exploradas ainda” explica. Outro fator que dificulta é a falta incentivo do governo ao uso de energias alternativas e o aprimoramento do conhecimento geral de toda a população dos benefícios da utilização de energia renovável
Segundo Tinim, o investimento em energia solar depende do tamanho do projeto e a quantidade de energia que será gerada “trata-se de um investimento em que o consumidor será ressarcido entre cinco e sete anos, na maioria dos casos, e o sistemas com os inversores tem vida útil estimada em 25 anos. Além disso, a economia de energiaelétrica é muito grande. Na ponta do lápis, os rendimentos são maiores do que investir o dinheiro em uma conta poupança. ”
Apesar das dificuldades, já existem diferentes tipos de financiamentos em bancos privados e algumas linhas de créditos especiais para energia solar fotovoltaica. “Um dos deles é o PRONAF, criado para pequenos agricultores, que pode financiar sistemas fotovoltaicos de até R$ 300 mil, com uma taxa anual entre 2,5% a 5,5% anuais, o agricultor só começa a pagar após 36 meses da aquisição do crédito” esclarece Denilson.
Energia alternativa pode ser essencial
O Brasil tem muito potencial para ser um dos maiores produtores de energia solar do mundo, inclusive pode estar entre uma das principais fontes de energia do país, entre outras renováveis. “A Fronius tem investido na ideia de mundo sustentável e acredita num mundo totalmente abastecido 100% por energias renováveis” complementa Tinim.
As estatísticas de energias renováveis e empregos publicadas no balanço anual da IRENA (Agência Internacional de Energias Renováveis) revelam que o número de pessoas empregadas na indústria global de energia renovável cresceu 5% em 2015, chegando a 8,1 milhões. É com energia solar que trabalham os empregadores mais importantes desse setor, responsáveis por 2,8 milhões de postos de trabalho nesse mesmo ano.
No segmento de energias renováveis, o setor de energia solar é globalmente o maior empregador. A maioria dos empregos criados nesse setor foi em operação e manutenção, e os maiores empregadores são a China, o Brasil e a Índia.
No Brasil, atualmente, o maior número de empregados na indústria de energia renovável está nos setores de bioenergia e de grandes hidrelétricas, embora também cresçam os empregos no setor eólico, graças a um aumento nas instalações e manufatura nacional.
Dessa forma, há potencial para que o setor solar fotovoltaico ganhe mercado, à medida que aumentam as instalações e cresce a capacidade planejada para 3,3 GW até 2018. Além dos 60.000 a 90.000 empregos possíveis a serem gerados, a produção nacional de módulos promete um grande potencial à medida que o foco se desloca da instalação.
Na Alemanha, por exemplo, havia 100.000 empregos no setor fotovoltaico quando o mercado atingiu 7 GW em 2012. Várias empresas do setor solar FV já demonstraram interesse em investir em produção local; portanto o mercado de trabalho brasileiro nesse setor, com 4.000 empregados, pode tornar-se uma parte essencial da economia dentro de alguns anos.
Globalmente, as instalações solares FV cresceram em 20% em 2015, com a China, o Japão e os Estados Unidos na liderança. O maior empregador solar FV é a China, com 1,7 milhão de empregos em 2015. Como os Estados Unidos e a União Europeia vêm cobrando impostos sobre as importações de painéis chineses, alguns fornecedores chineses de módulos reagiram implantando novas instalações em países como o Brasil. Além disso, à medida que aumenta a energia solar FV distribuída, torna-se mais fácil implantar localmente certas partes da cadeia de valor – tais como montagem, distribuição ou serviços pós-venda –, criando assim ainda mais empregos.
A geração de vagas e a expansão prevista no setor solar FV no Brasil serão questões fundamentais a serem discutidas no fórum de empregos e carreiras durante a Intersolar South America. O evento oferece uma plataforma para quem procura oportunidades e para outros profissionais discutirem as tendências atuais e também contará com a presença de empresas e especialistas em RH para debaterem sobre ofertas de emprego. A plataforma está sendo organizada com o apoio do Portal Solar como parceiro de mídia que estará no local para trazer as últimas novidades sobre o mercado brasileiro de trabalho.
A edição da Intersolar South America deste ano, em São Paulo, também oferecerá aos jovens engenheiros várias oficinas e sessões de treinamento em meio período para estimular os recém-chegados ao mercado de trabalho da indústria de energia renovável. O programa levará aos jovens talentos informações sobre o mercado e sobre oportunidades oferecidas por empresas e associações. Haverá também sessões de treinamento e oficinas para ajudar instaladores a aprimorar seus conhecimentos práticos, aprender novos métodos e compreender as regulamentações.
Com formato inédito, convênio tem como objetivo estudar a viabilidade técnica e econômica da energia renovável no campo; acordo foi assinado nesta quarta-feira (19), em Medianeira
Na próxima semana começam as atividades práticas do projeto de implantação de unidades de geração distribuída de energia elétrica a partir de módulos solares em propriedades rurais no oeste do Paraná. A proposta é fruto de parceria entre Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sebrae/PR, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Sistema Ocepar e cooperativas Lar, C. Vale e Copacol, instituições que assinaram convênio para atuação no projeto neta quarta-feira (19), na sede da Lar, em Medianeira.
O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu Binacional, Herlon de Almeida, explica que a iniciativa surgiu a partir de demandas das quatro Câmaras Técnicas de Proteína Animal do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), partindo de provocação da Ocepar em busca de respostas sobre a viabilidade e eficiência desse tipo de energia renovável no meio rural. “A ideia é instalar os sistemas de módulos solares em três propriedades rurais e monitorar o desempenho por um período de três anos. Acreditamos que, ao final, teremos as respostas que desejamos”, projeta.
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, afirma que o projeto é uma resposta à altura da provocação feita no decorrer das ações do POD. “A região oeste é o lugar certo para começar esse estudo, pois conta com um grupo alinhado de instituições que fazem parte de um projeto maior, que é o Oeste em Desenvolvimento. Tenho recebido perguntas sobre o que tem sido feito na região para chegarem aonde estão e, esses projetos, são uma resposta. As três cooperativas que darão o empuxo para essa pesquisa também serão exemplos pioneiros”, destaca.
De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Danieli Doneda, não há estudos que indiquem essas respostas para o meio rural no Brasil, da forma com que as cadeias de proteína animal precisam para avaliar o uso da energia solar fotovoltaica em propriedades. “Portanto, é um projeto inédito, que pretende ser referência e gerar respostas sobre a viabilidade técnica e econômica do sistema, bem como investimento e tempo de retorno, qualidade da geração distribuída e, ainda, medir a eficiência de diferentes painéis fotovoltaicos existentes no mercado”, indica.
Anfitrião da reunião de assinatura do convênio para execução do projeto, o diretor-presidente da Lar Irineo da Costa Rodrigues acredita que é um dos papeis das cooperativas, encontrar caminhos para o desenvolvimento dos associados. “A região deu um salto nos últimos anos e, ao contrário de empresas privadas que atuam no mesmo setor, as cooperativas sustentaram esse crescimento. Nosso foco são as pessoas. Queremos ver, ao final de cada projeto, que houve melhoria na qualidade de vida do produtor rural. Aderimos ao projeto, pois acreditamos que vai dar certo e ser modelo”, opina.
Funcionamento
Cada instituição tem papeis definidos no projeto. Itaipu, Sebrae/PR e Ocepar estão à frente da gestão do convênio, cada qual dentro de seus focos de atuação; PUCRS e PTI na operacionalização técnica dos sistemas de módulos de energia solar fotovoltaica; e as cooperativas, integrantes primordiais para a prática do processo, indicarão as três propriedades associadas para a instalação, farão o acompanhamento dos sistemas e disseminação do projeto com os demais associados.
Conforme Adriano Moehlecke, coordenador do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da PUCRS (NT-Solar), os módulos fotovoltaicos serão instalados nas propriedades a fim de converter energia solar em energia elétrica. “Isso é possível desde 2012, com a Resolução Normativa nº 482, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Entretanto, não se têm uma padronização para a implantação do sistema em meio rural. Por isso, a importância do projeto”, enfatiza.
A proposta é encontrar a melhor forma de uso dos módulos fotovoltaicos nas propriedades, monitorando e avaliando os resultados nestes três anos do projeto, complementa Moehlecke. “Vamos chamar o sistema de Agrosolar e buscar criar uma padronização para o uso com base nos resultados práticos”, observa.
Objetivo é fechar parceria com empresas nacionais e/ou internacionais para oferecer ao mercado soluções de eficiência energética e economia de recursos na construção.
A Regatec, empresa com 27 anos no mercado de soluções sustentáveis para irrigação e pioneira em sistemas de automação, estuda a ampliação de negócios no Brasil e na América Latina no segmento de energia solar para construções. O objetivo é aproveitar o conhecimento que a Regatec tem sobre o mercado e sua infraestrutura para oferecer tecnologia e serviços que utilizem energia solar.
Segundo Marcia Buzzacaro, diretora comercial da empresa, o principal foco da Regatec é fechar parceria com companhias, brasileiras e estrangeiras, interessadas em aproveitar a penetração que a Regatec tem no mercado de construção civil e estabelecer negócios com viés sustentável, que incorporem a energia solar em soluções e projetos.
Segundo a executiva, os clientes da Regatec têm demandado outras soluções de eficiência energética e economia de recursos. “Queremos aproveitar essa oportunidade para dispor tecnologia e serviços que possam garantir a segurança e a qualidade que oferecemos ao mercado atualmente,” diz Marcia.
Em função de um novo olhar mundial para as questões ambientais motivados, principalmente, pelas preocupações ligadas ao aquecimento global, a demanda por energias renováveis cresce em todo o mundo. No Brasil, onde 75% da energia elétrica consumida ainda são provenientes de fontes renováveis tem grande potencial para ampliar este segmento de mercado, principalmente devido às características geográficas, com sol praticamente o ano todo.
O plano da Regatec é começar a operar com esse novo segmento de negócio a partir do segundo semestre deste ano. “Estamos conversando com algumas empresas nacionais e internacionais e estamos abertos para outras que tenham interesse em aproveitar nossa infraestrutura e conhecimento de mercado para ampliar seus negócios”, conclui a diretora.
A empresa se destaca por uma atuação focada na sustentabilidade e uso responsável dos recursos naturais, e oferece ao mercado soluções completas para captação, coleta, filtragem, armazenagem e gestão da água de chuva. Tem em seu portfólio mais de três mil obras personalizadas para cada necessidade, em segmentos como paisagismo, jardins verticais, irrigação em geral, campo de futebol, agronegócio, golfe, despoeiramento, entre outros.
São Paulo, junho de 2017 – Por conta da redução dos altos custos de manutenção das lojas e para ampliar as oportunidades de negócios, por meio da diversificação do mix de suas lojas, os varejistas do mundo todo têm, cada vez mais, se interessado pelas fontes de energia solar. Atenta a essa tendência, a Eletrolar Show passa a contar com essa categoria no evento.
A Astro Solar é uma das expositoras, apostando no apelo deste novo nicho de mercado junto ao varejo nacional. Em seu estande, vai apresentar uma tecnologia de baixo investimento para a fabricação de painéis solares, que aquecem a água, e voltaicos, que geram energia.
Outra solução que será destaque na edição deste ano é o kit solar da Elgin Soluções Fotovoltaicas, que também expõe produtos dessa categoria. Além disso, a Elgin lança as linhas de ar condicionado Eco Logic e Eco Power, com capacidade de 9.000 a 30.000 btu/h, versões frio e quente/frio, gás ecológico R-410A e Selo Procel. O diferencial é o filtro ativo Ion Air, que elimina 99% de vírus, bactérias e ácaros. Opcionalmente, vem com conexão Wi-Fi, que permite ajustar as funções pelo celular. Composta de placas solares, caixas de proteção, inversor solar, estrutura e cabeamento, a novidade, em fase de pré-lançamento, gera energia e diminui custos.