Cinco dicas para empreender com sucesso em espaços de coworking
A crescente velocidade com que a espécie humana se desenvolve faz surgir a cada dia novas atividades e oportunidades a desbravar no mundo dos negócios. Criado em 2005 por um norte-americano que decidiu dividir o apartamento para trabalhar com amigos, os espaços de coworking têm acompanhado essa evolução e se firmado cada vez mais como ótima opção para quem deseja empreender com criatividade, sem arcar com os elevados custos que acompanham modelos m ais tradicionais de negócios. Com base em sua experiência à frente da empresa HLS, que completa um ano como primeiro coworking de beleza do Brasil, o empresário e arquiteto Xico Ekman dá cinco dicas para empreender com sucesso em espaços compartilhados de trabalho.
1) Economia
Além de oferecer toda infraestrutura de suporte profissional e um local físico para trabalhar, atender clientes e fazer reuniões, a economia para o bolso e a perspectiva de autonomia financeira são fatores atraentes. Coworkings oferecem planos bem flexíveis de locação, inclusive por hora – algo que passa bem longe dos engessados contratos de aluguel com cláusulas sobre pagamentos e multas de rescisão antes do período.
2) Liberdade
No coworking, o empreendedor é o mestre de seu domínio, com autonomia para escolher carga horária e dias de trabalho, possibilitando assim conciliar a iniciativa empreendedora com trabalhos que por ventura exerça em paralelo. E, verdade seja dita: quanto maior a segurança e a flexibilidade, maior a gana empreendedora para correr atrás dos próprios sonhos.
3) Networking
Uma das principais vantagens dos espaços compartilhados é a socialização que o ambiente propicia. A comunicação e a troca de ideias são espontâneas entre os profissionais, expandindo horizontes e contatos. Coworkings também são ótimos para turbinar a criatividade. Estar ‘antenado, atento e aberto’ faz a diferença e facilita qualquer relação.
4) Estilo de Vida
Empreender é pesquisar, estudar, planejar, correr atrás e botar a mão na massa para produzir, sem preguiça. É apostar na valorização profissional e na geração de oportunidades. Nesse sentido, o coworking subverte e muda a atual lógica de business, favorecendo o empreendedorismo e a possibilidade de praticar valores mais justos de mercado. Isso não tem nada a ver com sorte. Empreender é um estilo de vida. Mas, se ainda assim quiser usar a palavra ‘sorte’, lembre-se que sorte só existe quando o preparo encontra a oportunidade.
5) Oportunidade
O futuro é vasto demais para ser calcado em apenas um padrão dominante. O coworking é um dos modelos que mais vem se estabelecendo a nível global como base possível e inteligente nas relações de trabalho, encontrando e oferecendo oportunidades possíveis e adequadas para diversas atividades. Ainda há muito a analisar em relação às possibilidades e a tudo que pode ser feito em termos de coworking. O que vem pela frente, nesse mercado, vai nos deixar sem fôlego. Acredite!
Levantamentos de instituições renomadas, que se dedicam ao estudo das realidades e tendências no fascinante mundo das vendas complexas, vêm trazendo dados cada vez mais substanciais sobre o crescimento de uma nova revolução. Trata-se da chamada “venda social”.
De forma bastante resumida, a “venda social” está umbilicalmente relacionada ao perfil do “novo cliente” no mundo das vendas de alta complexidade. Um cliente muito mais informado, exigente e reticente. E, algumas vezes, até arisco aos vendedores das antigas, que ainda não se deram conta de que hoje todos nós, vendedores, dispomos de inúmeros novos meios sociais para estabelecer conexões mais inteligentes com nossos clientes e prospects.
Venda social está, portanto, ligada à crucial tarefa de bem utilizarmos as redes sociais para construir diálogos mais próximos, customizados e efetivamente ligados às necessidades e desafios que nossos clientes têm enfrentado.
E está relacionada também à cada vez mais fundamental tarefa de fazer o bom uso dos meios sociais para pesquisar mais sobre nossos clientes, para criar novos canais de prospecção, utilizando, por exemplo, o LinkedIn com maior eficácia. Sem falar no compartilhamento de conteúdos que, de fato, sejam relevantes e atraentes para os públicos que são atendidos por nossas organizações.
Dentro deste conceito, podemos destacar o crescimento acelerado das estratégias de marketing de conteúdo. Empresas de diversos portes e indústrias têm dedicado esforços e investimentos cada vez mais substanciais na produção de bons conteúdos que sejam altamente orientados e focados nos problemas, desafios e oportunidades que são enfrentados pelos seus clientes e prospects.
Peço também sua especial atenção a outros dados importantes:
• Segundo a plataforma Influitive, 84% dos compradores no mundo das vendas consultivas (B2B) têm iniciado seus processos de compra a partir de recomendações;
• De acordo com o LinkedIn, 3 entre 4 compradores no mundo das vendas complexas confiam nas mídias sociais para se engajar com pares e amigos sobre suas decisões de compra;
• A consultoria Forrester estima que 1 milhão de profissionais de vendas consultivas deverão perder seus empregos até 2020 em virtude de clientes que irão privilegiar o processo de compra via e-commerce;
• No mundo das vendas inteligentes e da “venda social”, fazer bom uso de ferramentas como o LinkedIn para pesquisar mais sobre os prospects, de ferramentas de CRM para um melhor e mais disciplinado controle de todas as interações com nossos clientes e também de ferramentas de automação de marketing nunca foi tão essencial quanto agora.
Diante de tantos dados consistentes e até alarmantes, ofereço uma “dica de ouro” para você, que é líder ou profissional de vendas consultivas: inclua as habilidades e competências de mídias sociais e da chamada “venda social” ao ferramental de treinamento e capacitação dos seus colaboradores. O processo de vendas no mundo das vendas consultivas passará cada vez mais pela Internet e pelo emergente poder das recomendações.
Quem não dedicar muita atenção a estes pontos pode ficar para trás! Ou melhor: já está ficando!
* José Ricardo Noronha é vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Formou-se em Direito pela PUC/SP e tem MBA Executivo Internacional pela FIA/USP. Possui especialização em Marketing, Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Vendas pela Owen Graduate School of Management e é Professor dos MBAs da FIA. É autor dos livros “Vendedores Vencedores” e “Vendas. Como eu faço?”. www.paixaoporvendas.com.br
Sobre José Ricardo Noronha
É vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Tem como sonho e missão transformar a carreira e a vida de milhares de profissionais e os resultados de vendas de empresas através do compartilhamento de lições, experiências, dicas e da sua própria história de superação pessoal.
Formou-se em Direito pela PUC/SP e tem MBA Executivo Internacional pela FIA/USP. Possui especialização em Marketing, Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Vendas pela Vanderbilt University (Owen Graduate School of Management) e atua como professor dos Programas de MBA da FIA e também do Programa de Educação Continuada do Corretor de Imóveis do CRECI/SP.
Escreveu os livros “Vendedores Vencedores” e “Vendas. Como eu faço?”, que contam com a participação especial de experts como Gustavo Cerbasi, Robert Wong, Eugenio Mussak, Raul e James Hunter, entre outros. É considerado um dos 5 maiores palestrantes e professores de vendas do Brasil.
Em março, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo IBGE, mostra que a taxa de desemprego no Brasil disparou e fechou em 8,5%. Já a economia brasileira deve fechar 2016 com o segundo pior desempenho do mundo, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). A estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) “encolha” 3,5%. Esses números mostram que o momento é delicado e é preciso ter coragem para empreender. Por outro lado, são nessas horas que surgem as oportunidades para reconstruir e inovar.
Foi o que aconteceu com a ex-empregada doméstica Ranael Ribeiro Nascimento (41), mais conhecida como Teka. No primeiro semestre de 2015, quando seu patrão informou que se mudaria com a família para o exterior, Teka sentiu um frio na barriga. “Com todas essas notícias sobre crise econômica, desemprego… O que vai acontecer agora?”, foi seu pensamento imediato, típico de quem se vê obrigado a sair de sua zona de conforto que, no caso dela, durou 10 bons anos. Porém, no caso dela, a fase que veio depois se mostrou bem melhor do que era esperado.
Nascida no município de Ruy Barbosa, a 321 km de Salvador – BA, e morando em São Paulo há 15 anos, Teka aproveitou a mudança de cenário e colocou em prática a realização de um sonho antigo. “Meu patrão me perguntou se eu gostaria de voltar para a Bahia e abrir um negócio lá, pois ele me ajudaria. Nem esperava uma oferta dessas. Mas, na verdade, meu objetivo sempre foi abrir um negócio aqui, em São Paulo: Um restaurante. E ele me ajudou”, conta Teka, que, desde pequena, sempre amou cozinhar.
A chef e empreendedora Teka em seu restaurante Pitada Caseira
Rodrigo Bueno, o patrão, confiando no talento de Teka para a culinária, decidiu investir nesse sonho, junto com mais três amigos, todos executivos bem sucedidos: Marcio Oliveira, Ricardo Villela e Fernando Cardoso. Os quatro empresários se tornaram sócios de Teka e, em julho de 2015, o restaurante Pitada Caseira começou a funcionar na Rua Guilherme Mainard, no Jardim Ana Maria, zona sul de São Paulo.
Há nove meses, Teka tem equilibrado a sua maior expertise – a cozinha – com o desafio de ser empreendedora. O restaurante funciona de segunda-feira a sábado, é self-service e também oferece o famoso “prato feito”, servindo uma média de 50 pratos por dia. “De julho para cá, a clientela tem aumentado bastante. Há muito comércio na região e as pessoas têm gostado da comida caseira que servimos. Elas, inclusive, já perguntaram se fazemos delivery, que começamos a fazer agora em abril”, explica Teka.
A chef e administradora avalia que a empreitada, apesar de muito recente, tem gerado resultados positivos. O restaurante recebeu um investimento inicial de R$ 60 mil, mas ainda está no ponto de equilíbrio, onde não há lucro e nem prejuízo. De qualquer forma, Teka está positiva de que o lucro virá até o fim de 2016. “Além de todo o conhecimento que estou adquirindo na prática, que é uma coisa que não conseguiria se estivesse trabalhando na casa do meu ex-patrão e atual sócio, ainda planejo muitas melhorias para o Pitada e para a minha vida profissional. Já estamos disponibilizando o espaço para eventos à noite e, até o final de abril, queremos servir de manhã salgados e café da manhã. E, ainda nesse semestre, quero fazer cursos de administração, de conservação de alimentos e até mesmo de aperfeiçoamento gastronômico. Minha expectativa é dobrar o número de pratos servidos por dia até o fim do ano. Eu quero é crescer”, afirma confiante. Atualmente, Teka está investindo em publicidade (folders) e itens de papelaria (guardanapos, comunicação interna).
A chef e empreendedora Teka em seu restaurante Pitada Caseira
Adepto da política de apostar na perseverança e ter foco no resultado, Robinson Shiba, presidente do Grupo TrendFoods, que administra as redes China in Box, Gendai e Gokei, acredita que o empreendedor precisa ter coragem e proatividade. Não pode ficar parado e deixar os planos apenas no papel. Não pode ficar paralisado na crise. “O melhor caminho para realizar algo é manter uma visão sempre otimista daquilo que se quer e se espera. Com criatividade, gestão, comprometimento e propósito, é possível passar por esse período turbulento”, destaca.
Enormes pitadas de esforço
O amor e o talento de Teka pela culinária começaram cedo, aos dez anos de idade, quando iniciou todo o aprendizado com a mãe, Terezinha Carmo de Araújo, na Bahia. Enquanto era empregada doméstica, Teka fazia salgados para fora como uma forma de renda extra. Hoje, a administradora conta com a ajuda de duas pessoas para o dia a dia do restaurante, possui um contador e está sempre em contato com seus sócios. Além disso, ela também coloca a mão na massa, chegando todos os dias às 7 da manhã para decidir e preparar o cardápio, que muda a cada dia. “Faço tudo fresquinho, já sei a quantidade certa para cada prato e consigo aproveitar tudo sem causar desperdício”, conta orgulhosa. Junto com as suas funcionárias, ela organiza o restaurante para o almoço, principalmente no horário de pico das 11h30 às 14h, e o fecha por volta das 17h. Duas vezes na semana, sai do Pitada e vai aos atacadões para repor o estoque. E, todos os dias, ainda tem a “jornada noturna” em casa, com os dois filhos (o caçula tem três anos).
Para ficar sempre por dentro das tendências gastronômicas, Teka procura acompanhar programas de TV, como “Mais Você” (Globo) e “Melhor pra Você” (Rede TV). Teka diz que gosta de cozinhar de tudo, mas os pratos mais elaborados e típicos, como feijoada, caruru e vatapá, são a sua preferência. “Adoro fazer pratos típicos porque são bem mais desafiadores. Aqui em São Paulo, as pessoas costumam pedir mais o básico – arroz, feijão, frango assado… A gente agrada a freguesia, mas também dou um ‘toque baiano’ para me diferenciar da concorrência”, diverte-se.
Para quem acha que a instalação do restaurante foi um processo rápido, se engana. “Durante dois meses, eu mesma fiz várias pesquisas nos bairros próximos à minha casa e, com a ajuda dos meus sócios, escolhi um local estratégico, fora dos grandes centros, onde havia pouca oferta de comida de qualidade. Na rua do Pitada há três outros negócios, mas todos servem refeições mais simples. Mesmo com pouco tempo de funcionamento, já recebi vários elogios e estou super feliz”, comemora Teka.
A chef e empreendedora Teka em seu restaurante Pitada Caseira
A animação da empreendedora pode ser comprovada com as respostas dos frequentadores do Pitada Caseira. Para Talita Santos, 19 anos, vendedora de uma loja de confecções na região, o restaurante foi um achado. “Aqui no bairro não tinha muita opção de comida com um sabor mais caseiro. Era fácil de enjoar. Aí, com a chegada do Pitada, fui conhecer e gostei demais. A gente sente que a comida é feita no dia, com tudo fresco e natural. Além disso, o ambiente é muito tranquilo e, mesmo quando não consigo sair meio-dia para almoçar, eu tento passar lá mais tarde, tipo 14h. Sempre indico o restaurante para os colegas do serviço e até para os clientes com quem tenho mais proximidade”, explica Talita.
O motorista de entregas rápidas, Wagner Teixeira de Moraes, 48 anos, trabalha há cerca de 12 anos no local e é cliente fiel do restaurante desde quando abriu, almoçando por lá todos os dias. Ele, que também mora no bairro, já chegou a ir com a família – esposa e seis filhos – aos sábados no Pitada. “É um lugar que faltava na região. Além do tempero caseiro e do preço em conta, é um ambiente familiar e o atendimento é excelente. Os outros restaurantes daqui oferecem poucas opções de pratos, o sabor parece ser mais industrializado e o atendimento não é dos mais calorosos”, compara. “Todos os pratos servidos no Pitada são saborosos, mas a feijoada é maravilhosa”, conta Wagner.
No Pitada Caseira, o cliente pode optar por se servir à vontade no buffet (R$ 14,99) ou pedir um “prato feito” (R$ 10). Teka ainda permite o “PF negociado”, no qual o freguês pode incluir as opções do buffet self-service (R$ 12). Dos 50 pratos servidos por dia, 20 são PF. Bebidas (sucos naturais e de polpa, água, refrigerante e cerveja) e sobremesas (pudim, bolo recheado) são cobradas à parte (entre R$ 2,50 e R$ 3). E, segundo Teka, a freguesia elogia com muita frequência. Para quem quiser saber os pratos servidos no buffet:
Segunda-feira – linguiça e picadinho
Terça-feira – estrogonofe e pernil
Quarta-feira – feijoada e frango assado
Quinta-feira – filé à parmegiana e bife
Sexta-feira – costela e peixe
Sábado – feijoada e galinha caipira
Serviço
Restaurante Pitada Caseira
Tel. Delivery: 5842-4461
Rua Guilherme Mainard, nº 51, Jardim Ana Maria, zona sul de São Paulo.