A epidemia de dor nas costas no trabalho home office

Sem uma cadeira adequada, estrutura de escritório, sentar-se incorretamente, passar muito tempo à frente do computador, usar o celular com postura inadequada e o sedentarismo na quarentena estão por trás do desconforto. Por isso, é importante saber o que você pode fazer para se prevenir.

A dor na coluna afeta mais de 20 milhões de brasileiros e está entre as principais causas de ausência ao trabalho e de afastamentos pela Previdência Social, liderando as aposentadorias por invalidez. As lombalgias também ocupam segundo lugar entre as queixas que chegam aos consultórios médicos. Os números mostram como a situação clínica afeta de forma relevante a qualidade de vida dos brasileiros. Segundo pesquisa do IBGE 18,5% da população sofre com dores crônicas na coluna.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que cerca de 37% da população brasileira vai ter lesões na coluna cervical, somente pela má postura no uso do aparelho celular, com a cabeça abaixada.

Como ajustar a postura para usar o computador sem prejudicar a coluna?

Dr. Haroldo Chagas, neurocirurgião, Cirurgião da Coluna Vertebral e Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Federal da Lagoa/RJ, explica que as pessoas passam horas por dia em frente ao computador – e muitas vezes sem perceber a postura corporal – a má postura causa problemas principalmente na coluna vertebral, e essa é a principal causa de dores na coluna relacionadas ao trabalho. Durante a rotina de trabalho, o cansaço e as dores no corpo podem ainda comprometer a sua produtividade.

Para amenizar o problema ele sugere algumas dicas:⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

✅ Sente-se sobre os ísquios (os ossos pontudos da bacia, localizados na transição entre os glúteos e o púbis). Se necessário, apalpe-os – mas, para saber com precisão, sente-se e procure encostar esses ossinhos bem no chão.

✅ Alongue-se! Pescoço, braços e mãos devem ser alongados para preparar o corpo para o uso do computador.

✅ Ao sentar em uma cadeira, os pés devem se apoiar firmemente sobre o chão. Utilize um banco pequeno ou suporte para os pés, se necessário, caso o assento esteja muito elevado. O importante é que os joelhos fiquem num ângulo de 90 graus. Isso tira a sobrecarga da lombar.

✅ Verifique se a altura da mesa e a cadeira estão bem ajustadas. Os antebraços devem ficar bem apoiados na mesa. Caso a sua mesa não tenha a profundidade correta para os braços, você poderá usar um apoio para antebraços.

✅ Os cotovelos devem permanecer levemente esticados.

✅ Os ombros devem ficar confortáveis, sem tensão.

✅ Os olhos devem estar “na linha do horizonte” sem que você precise abaixar ou levantar o pescoço para ver a tela. O ideal é que, para visualizar a tela, apenas abaixemos os olhos.

Dr. Haroldo Chagas

✅ Pequenas pausas de 5 minutos são essenciais a cada hora de trabalho. Essa atitude recoloca a coluna na posição correta ao levantar-se.

“Dor nas costas”o que fazer?

Pandemia de covid-19 mudou a rotina de milhões de brasileiros na hora de trabalhar, estudar e principalmente dormir.

Desde o dia 26 de fevereiro de 2020 quando o Brasil anunciou oficialmente o primeiro caso confirmado de contaminação por covid-19, a expressão “dor nas costas” cresceu mais de 76%, tendo o seu pico de busca em abril do mesmo ano. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dor nas costas é um problema de saúde comum entre os brasileiros e atinge 16% da população ativa. Os estados que mais pesquisam sobre o assunto são Ceará, Alagoas, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.

Oficialmente ‘dor nas costas’ não é um sintoma do covid-19, mas a pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de milhões de brasileiros que tiveram que se adaptar para continuar com as suas atividades profissionais, escolares, etc. As medidas mais duras fizeram com que os brasileiros ficassem no mínimo 30 dias em “lockdown” e a residência se tornou o local de trabalho, de estudo, de lazer e de descanso.

HOME OFFICE

Quem estava acostumado com o ambiente confortável do escritório, rapidamente teve que improvisar um lugar para trabalhar em casa. A maioria foi para a mesa de jantar da sala ou da cozinha, ou adaptou algum outro cômodo para desenvolver suas atividades profissionais.

Dicas como ajustar o local de trabalho ajustando por exemplo monitor do computador na altura correta de visão, se preocupar com a ergonomia da cadeira e da mesa de trabalho, manter sempre o apoio dos pés nunca os deixar esticados para frente, fazer pequenos alongamentos durante o dia ajudam na correção da postura, evitando assim dores nas costas.  

DESCANSO

Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de algum distúrbio relacionado para dormir. Mesmo assim, ainda é possível adotar alguns procedimentos para cochilar bem e ter bons sonhos. Mais uma estratégia para a pandemia. Insônia, dores nas costas e apneia do sono é um dos mais comentados e relacionados a pesquisa.

A escolha do colchão é um dos fatores predominantes para um boa noite de sono. Antes o colchão era visto de forma desvalorizada, mas nos últimos anos o brasileiro descobriu que tecnologia somada ao conforto, tem reduzido de forma significante distúrbios relacionados ao Sono. Quem ganhou espaço na mídia e nos lares dos brasileiros durante a pandemia, são os chamados colchões tecnológicos, que trazem em sua estrutura tecnologias em pró de noites melhores de sono, prevenindo assim dores nas costas e outras patologias.  

A Sono Quality – líder no segmento de colchões tecnológicos no Brasil, possui uma linha com tecnologias exclusivas como ozonioterapia (a inclusão de um aparelho inserido no colchão que libera ozônio no ambiente – gás natural, seguro, livre de efeitos colaterais), Powerchip Protect, chip de nanotecnologia que inibe as ondas criadas pela radiação eletromagnética. Sistema Zero Bactéria, (desinfetante de superfície aprovado pela Anvisa e pela EPA (EUA), com ingrediente ativo antimicrobiano que previne contra uma vasta gama de bactérias, vírus e bolores.

O carro chefe da linha é a vibroterapia preventiva que auxilia no alivio de tensões e dores nas costas enquanto o cliente descansa.

Consultada, a empresa informou que dispõe aos clientes em sua loja física em São Paulo, na região de Moema, um fisioterapeuta durante o horário comercial para avaliação postural e auxilio na hora da compra. Segundo o diretor de marketing da empresa, Eduardo Honrado este atendimento padronizado tem auxiliado centenas de pessoas que não entendiam a importância da postura correta, das dores nas costas e das tecnologias aplicadas.

Dor nas Costas – O que fazer?

De cada dez pessoas, oito terão dores nas costas ao longo da vida. Este é um dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem se confirmado nos últimos meses, pelo recorde de buscas no Google utilizando o termo: dor nas costas.

Esse aumento das buscas por alguma referência em tratamento ou dicas de cuidados, têm sido atribuído às consequências das medidas preventivas, home office e isolamento social em tempos de pandemia, mas a realidade é que os cuidados e atenção à coluna vertebral nunca foram foco da população, e que esse segmento do corpo humano sempre necessitou de atenção e acompanhamento profissional.

A coluna vertebral é constituída por 33 vértebras divididas em quatro segmentos vertebrais que formam as curvaturas fisiológicas que permitem toda funcionalidade estrutural para as atividades de vida diária do indivíduo.

Alguns desses segmentos, apesar de serem intercalados por cartilagens resistentes, permitem os movimentos de deslizamento intersegmentares que somados tornam a mobilidade ampla em todos os sentidos do tronco, dessa forma podemos dobrar a coluna para frente, para trás, para os dois lados e também executar movimentos de torção.

A região mais baixa da coluna, a qual chamamos coluna lombar, por possuir essa ampla mobilidade intersegmentar é uma das regiões mais afetadas em termos de lesão e a dor nessa região é considerado o principal problema de saúde funcional nos países ocidentais industrializados.

As causas são comuns e geralmente estão associadas a desgastes excessivos das estruturas por excesso de movimento ou por descargas de peso constantemente influenciadas pela postura prolongada em algumas situações disfuncionais.

Mas a notícia boa é que a dor nas costas nem sempre é sintoma de alguma doença e pode ser prevenida através de boas orientações profissionais e de diferentes técnicas de prevenção e tratamento das estruturas anatômicas e movimentos fisiológicos do corpo humano.

A quiropraxia é uma ciência antiga, fundada entre 1845 e 1913, por Daniel David Palmer, no Canadá, é baseada no alinhamento vertebral como premissa de cuidado preventivo e também tratamento das microdisfunções articulares denominadas “complexos de subluxação vertebral”.  Esse método bastante estudado e comprovado utiliza-se de mobilizações articulares e ajustes que minimizam os efeitos das hipomobilidades entre os segmentos, trabalhando com os movimentos acessórios das articulações, dessa forma, é capaz de distribuir de maneira uniforme as cargas, corrigindo a mecânica errada que perpetuaria as microlesões e processos de cicatrização provenientes do uso contínuo e em excesso desses segmentos.

O quiroprático trabalha como um facilitador e a resposta aos seus estímulos (mobilizações e ajustes) é o corpo que executa, tendo este o mecanismo vital da cura pela liberação de todo o sistema de integração do organismo que é o sistema nervoso descrito por Galeno em 129-199 a.C como “a chave máxima da saúde”.

Todas as disfunções biomecânicas, não só da coluna vertebral, mas de todos os segmentos corporais podem ser trabalhadas pela quiropraxia a fim de melhorar-se a capacidade do sistema nervoso de regular as funções controlando e minimizando as disfunções articulares e não permitindo as acomodações viciosas do organismo.

Este método antigo, mas também atual e promissor, pode ajudar nas queixas de “dor nas costas” e ainda melhorar perspectivas futuras de disfunções que surgem com o tempo, com os posicionamentos e vícios do dia a dia, produzindo bem-estar e qualidade de vida através de articulações funcionais e cargas bem distribuídas possibilitando a base de movimentação do aparelho locomotor em todas as atividades, sejam elas de trabalho, de lazer ou de vida diária.

Autoras:

Fernanda M. Cercal Eduardo é fisioterapeuta e coordenadora do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter.

Thayse Zerger Gonçalves Dias é fisioterapeuta e tutora do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Internacional Uninter

OS 4 PRINCIPAIS MITOS SOBRE A DOR NAS COSTAS

Clínica multidisciplinar paulista, Instituto RV identifica os principais conceitos distorcidos sobre um dos principais males da população mundial: a dor nas costas

Especialistas afirmam que 80% das pessoas vão sentir dor nas costas em algum momento da vida; a dor nas costas, inclusive, é uma das reclamações mais comuns entre os brasileiros. No entanto, muitos são os mitos que circundam sobre sua origem, atitudes a se tomar e a gravidade do problema.

Na grande maioria das vezes, apesar de parecer grave, o problema pode ser resolvido com orientações precisas para realizar as atividades costumeiras. Pensando nisso, o Instituto RV identificou os 4 principais mitos sobre a dor nas costas, e aponta o que, de fato, pode ser feito:

O MELHOR É REPOUSAR – mito!

Evitar atividades que agravem o problema pode realmente ajudar no alívio da dor, mas temporariamente. No entanto, as evidências científicas apontam que manter-se realizando as atividades diárias é essencial para a reabilitação.  Acamar-se ou ficar em repouso prolongado pode gerar mais dor e incapacidade. É importante lembrar que esse fato vale para a grande maioria dos casos, mas, em dúvida, a avaliação de um fisioterapeuta deve ser solicitada.

GERAMENTE, É CASO DE CIRURGIA – mito!

Menos de 5% dos problemas de coluna são realmente casos de cirurgia. A grande maioria, 95% dos casos, são tratáveis e recuperáveis somente com tratamento conservador (fisioterapia).

QUANTO MAIOR A DOR, MAIOR O PROBLEMA – mito!

Nem sempre a dor é sinal de gravidade. Quando se fala em coluna, pode até acontecer de duas pessoas, com o mesmo problema, terem reações diferentes: um sente bastante dor, já o outro é assintomático. Isso acontece porque diversos fatores contribuem para a dor, como a origem real do problema, estímulos externos, ansiedade, medo, nível de resistência física, entre outros.

QUEM TEM DOR NAS COSTAS, SEMPRE TERÁ DOR NAS COSTAS – mito!

Hoje sabemos que os fatores para a dor nas costas variam entre indivíduos, mas a resolução do problema está em encontrar a real causa. “É preciso que o paciente passe por um bom processo de triagem, seja categorizado, e que se chegue à raiz do problema. A cura está no tratamento cada vez mais personalizado e individualizado – o que resolveria para um, não resolve para outro”, conta Rodrigo Garcia, diretor clínico do Instituto RV.

Com base nisso, o Instituto RV desenvolveu um tratamento exclusivo que tem como objetivo eliminar as dores nas costas e dar independência ao paciente no pós tratamento. A solução não cirúrgica tem por base três pilares: avaliação, tratamento e educação pós tratamento, e hoje já apresenta o índice de 90% dos pacientes recuperados.