Clima antecipa chegada das flores e das alergias oculares

Especialista diz que baixa umidade relativa do ar no mês de agosto

faz aumentar casos de ressecamentos e alergias oculares

Formalmente, este ano a primavera tem início no dia 23 de setembro. Mas as mudanças climáticas, principalmente a elevação incomum da temperatura para esta época do ano, fizeram com que a cidade começasse a ficar florida bem antes da hora. Se, por um lado, dias ensolarados influenciam positivamente o humor das pessoas, por outro a combinação com baixa umidade relativa do ar (falta de chuva) e floração antecipada têm resultado em mais casos de ressecamentos e alergias oculares – além de viroses respiratórias. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), as queixas de vermelhidão, irritação e lacrimejamento espontâneo exagerado remetem a casos de alergia ocular e de síndrome do olho seco.

Estudo publicado na edição de abril do jornal Ophthalmology confirma a existência de uma conexão entre olho seco e alergia ocular provocada pelos pólens das flores. Essa condição atinge uma em cada cinco mulheres e um em cada dez homens, impactando a qualidade de vida dessas pessoas, já que nos períodos críticos se queixam de ardência, irritação e visão distorcida. “Aos primeiros sinais de irritação em torno dos olhos, é importante tomar medidas que contenham o avanço do problema e procurar um oftalmologista se a coceira persistir. Outro alerta importante é que crianças alérgicas são mais propensas a desenvolver ceratocone, doença degenerativa do olho”, diz Neves.

O especialista recomenda hidratar bem a área ao redor dos olhos, aprendendo a identificar os agentes que mais facilmente irritam a pele. “Além da poluição do ar, que se intensifica nos dias quentes e secos, a pessoa deve checar se a coceira não é proveniente de produtos que entram em contato com a pele e os olhos”, avisa o especialista. Conheça algumas condutas importantes para prevenir o ressecamento e a coceira nos olhos durante os dias de calor e baixa umidade:

  1. Lavar os cílios durante o banho com uma gota de xampu neutro para tirar qualquer resíduo prejudicial aos olhos;
  2. Usar compressas geladas durante o dia e à noite;
  3. Pingar lágrimas artificiais para lubrificar bem o cristalino;
  4. Retirar e higienizar as lentes de contato antes de dormir;
  5. Usar óculos escuros sempre que estiver ao ar livre;
  6. Antes de dormir, remover a maquiagem, lavar bem o rosto com sabonete infantil ou neutro e hidratar a região ao redor dos olhos

Fonte: Prof. Dr. Renato Neves, médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

A importância do Pilates como tratamento para o AVC

Através dos exercícios o equilíbrio é refeito e permite que as conexões responsáveis pela sensação de segurança sejam estabelecidas.

 

O Pilates, técnica conhecida como prevenção e tratamento da coluna vertebral, agrega as teorias de controle motor e técnicas de conscientização corporal.  Sendo assim, sua prática favorece o fortalecimento e alongamento dos músculos, aumentando a mobilidade das articulações com movimentos realizados sem pressa e com controle.

O método não foi apenas uma moda passageira, mas uma modalidade que chegou, agradou e recebe todos os dias novos adeptos.  O método criado por Joseph H. Pilates durante a década de 20 tem benefícios inúmeros, inclusive para pessoas que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral). Neste caso a prática contribui para a recuperação dos movimentos, melhora a respiração, postura e coordenação motora.

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) pode apresentar duas variáveis: Acidente Vascular Hemorrágico ou Acidente Vascular Isquêmico, e o  Método Pilates pode ser um importante complemento para o tratamento diante do controle e fortalecimento muscular proporcionado pela prática, pois trabalha o corpo e a mente aliado à respiração e prioriza os limites de cada praticante.

Muitas pessoas que tiveram o AVC encontram no Método Pilates um grande aliado. Através dos exercícios o equilíbrio é refeito e permite que as conexões responsáveis pela sensação de segurança sejam estabelecidas e a realização das atividades cotidianas seja novamente restabelecida.

A prática do Pilates trabalha o corpo aliado à respiração, e prioriza os limites de cada indivíduo, levando em consideração o ritmo e o que já pode ter ocorrido com os músculos do praticante.

O Pilates contribui para a recuperação dos movimentos, melhora a respiração, postura e coordenação motora. Não consiste em apenas em exercícios de alongamento, refere-se a uma atividade física e mental.

 

 

 

APERTE O CINTO, FAZ BEM PARA O CORAÇÃO

Quase não se percebe, mas a barriga costuma aumentar aos poucos na fase adulta e é preciso avançar alguns furos no cinto. Algumas pessoas nem ligam; afinal, deve ser resultado da cervejinha do happy hour, somada com essa rotina de chegar a casa, assistir tevê, sem nenhum tipo de exercício, só as atividades corriqueiras – ou seja, sedentarismo puro.

E, de repente, o susto: não é apenas a barriguinha de cerveja, mas um cinturão de gordura que agora envolve o abdômen – e continua a crescer. Nem precisa que o cidadão seja obeso; talvez por isso mesmo não tenha dado importância para o crescimento. Brasileiro se preocupa mais com o peso – sempre de olho na balança – e esquece o resto. Enfim, faz parte da nossa cultura não dar a essa “barriguinha” a importância que merece. Às vezes, vira até motivo de piada.

É preciso esclarecer que essa cintura dilatada pode se transformar numa bomba-relógio em sua vida, pois aí se concentram sérias ameaças. A obesidade abdominal é um perigo e está relacionada a vários fatores de risco para o coração, como níveis de colesterol, resistência à insulina, diabete tipo 2, síndrome metabólica, hipertensão e trombose. Um caminho curto para o enfarte.

Pegue a fita métrica e confira: para os homens, o ideal é uma circunferência abdominal inferior a 94 cm. De 94 cm a 102 cm, encontra-se na zona de alerta. Acima, estado de atenção. As mulheres ocidentais devem ter essa circunferência abaixo de 88 centímetros e as orientais não podem passar de 80 cm. De todo modo, medidas além desses limites significam que o pavio está aceso – o que não se pode prever é o tempo que o organismo suportará a carga até explodir. Mas convém não arriscar e agendar logo uma consulta com seu médico. As medidas são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.

Essa gordura visceral, que mascara doenças metabólicas, é responsável por uma alta taxa de mortalidade entre os homens; enfim, um tipo de excesso de peso que favorece problemas cardíacos. Ela não se acumula apenas na parte inferior do abdômen – ataca as vísceras.

Até determinado nível, a gordura visceral cumpre a sua missão de proteger os órgãos do aparelho digestivo. O problema surge quando ultrapassa os limites e não se armazena apenas na região subcutânea, mas nos órgãos internos como fígado, intestino e estômago.

Apesar do nome, nem sempre a cerveja é a responsável por isso, se consumida de forma moderada. Influenciam mais fatores como má alimentação, comer fora de hora e alimentos gordurosos em excesso, esses maus hábitos da vida moderna. Além do cigarro, evidentemente.

Não faz muito tempo, a atenção estava voltada apenas para o IMC – o índice de massa corpórea. Comprovou-se que o perigo não se resume à obesidade, mas também aos magros e seus costumes pouco saudáveis.

A Síndrome Metabólica é definida por fatores clínicos, fisiopatológicos, bioquímicos e metabólicos; interligados, aumentam o risco de doenças ateroscleróticas cardiovasculares e DM2. Os médicos têm pelo menos três critérios confiáveis para fazer seu diagnóstico: da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Third Report of the Nacional Cholesterol Education Program (NCEP – Adult Treatment Panel III) e da International Diabetes Federation (IDF).

Um estudo da Federação Mundial de Cardiologia revelou que 66% dos brasileiros se cuidam com base no peso, 6% calculam o IMC e apenas 1% dá importância à saliência anormal da barriga. Pior: nessa pesquisa, 58% dos médicos não reconheciam a importância da medida na prevenção de doenças cardíacas, 45% afirmaram jamais terem medido a circunferência da cintura dos pacientes e 59% confessaram: nunca foram informados sobre a relação entre a barriga e o coração.

A distribuição da gordura no corpo pode ser em forma de “pêra”, quando o acúmulo se dá ao longo do quadril, ou em forma de “maçã”, em que a gordura se concentra no abdômen. É nesse padrão que a pessoa atinge o nível de obesidade “andróide”, que pode causar a síndrome metabólica com maior freqüência.

E não adianta forçar os abdominais durante os exercícios, isso não seca a barriga e o resultado é quase nulo. Daí a importância de procurar um médico para o tratamento que, em geral, inclui exercícios aeróbicos (caminhadas, de preferência) e uma reeducação alimentar. Quando o paciente não apresenta resultados satisfatórios, pode haver a recomendação de cirurgia bariátrica. E nesse caso não será um procedimento voltado para a estética, mas à qualidade de vida.

O exercício abdominal serve para fortalecer a musculatura do abdômen, mas não faz a barriga sumir, pois esses músculos ficam abaixo da gordura. Para queimar gordura, o metabolismo pede abundância de oxigênio, o que ocorre com exercícios aeróbicos.

Lipoaspiração e abdominoplastia podem eliminar a gordura subcutânea (debaixo da pele); ajuda na parte estética, mas não chegam perto da gordura visceral, que é o grande risco cardíaco.

Por isso, dieta balanceada, exercícios aeróbios e séries localizadas, como a musculação, combatem o mal de forma mais eficaz. Deve-se consumir menos do que se gasta e ter balanço energético negativo para perder gordura.

Mais importante de tudo é viver bem, sem sobressaltos.

E o melhor remédio sempre será a prevenção.

 

(*) Américo Tângari Junior é especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira. Integra a equipe de Cardiologia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. urcardiologia@ig.com.br

Candidíase é mais comum no verão

A candidíase é uma infecção vaginal causada por um fungo chamado Cândida albicans. Estima-se que cerca de 75% das mulheres terão candidíase em algum momento de suas vidas e o verão é a estação em que a infecção ocorre com mais frequência.

Dra. Karina Zulli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, explica que os fungos são oportunistas e que o aparecimento da candidíase depende de uma agressão interna ou externa.

As causas da infecção estão relacionadas a qualquer situação que depõe contra o equilíbrio da flora vaginal, sejam agressores internos, como alterações hormonais das mulheres, por exemplo, ou externos, como uso de protetores diários de calcinha, maiôs e biquínis úmidos por cloro ou sal da água do mar.

E é no verão que as agressões, principalmente externas, são mais habituais. A umidade constante do biquíni ou maiô após os banhos de piscina ou no mar, por exemplo, dificulta arejar melhor a vagina e propicia a proliferação dos fungos.

A médica esclarece que entre os sintomas mais comuns da candidíase estão a presença de secreção amarela esbranquiçada na calcinha – cuja quantidade pode variar -, e/ou a presença possível de sensação de coceira ou ardência local.

A candidíase pode ser facilmente diagnosticada através de exame um clínico com o ginecologista. O exame laboratorial através da cultura da secreção vaginal também pode ser realizado, mas não é necessário se já houver a avaliação do médico.

Após o diagnóstico, o tratamento pode ser realizado por medicação via oral e/ou via vaginal de antifúngicos. Depende do ginecologista escolher a melhor opção para cada caso. Por este motivo, não deixe de procurar seu médico caso apresente algum dos sintomas acima. E, claro, evite permanecer com o maiô ou biquíni molhado após o mergulho.