De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, 10% da população mundial -o que significa 615 milhões de pessoas – sofrem de “depressão” ou Transtorno Depressivo Maior. A doença é duas vezes mais prevalente em mulheres do que em homens, independente do país de origem ou cultura. Isso se deve à uma multiplicidade de fatores como questões hormonais, os efeitos de gerar filhos, o papel social feminino, a duplicidade na jornada de trabalho.
Uma técnica chamada de terapia familiar é fundamental no tratamento da depressão ,segundo a psiquiatra da Dermovisage, Suele Serra Coelho. “ É indicada se a doença ameaçar o casamento ou o desempenho dos familiares do paciente. Avaliamos também se o transtorno é promovido ou mantido pela situação familiar”, explica.
A doença ocorre por causas multifatoriais e é definida por um estado crônico, maior ou igual a duas semanas de humor deprimido ou perda do interesse e prazer pelas atividades em geral, ressalta a especialista.
A identificação do transtorno normalmente é feita por algum ente próximo: cônjuge, pais, irmãos ou amigos. É observado um comportamento diferenciado ou uma mudança em atitudes do paciente que outrora não apresentava tais características. “Por isso é de suma importância o apoio dos familiares no tratamento, uma vez que ainda existe preconceitos e falta de informação a respeito da doença, além da não adesão medicamentosa por muitos pacientes”, destaca a médica.
Dentre os sintomas da doença depressão estão sentimento de culpa ou inutilidade, capacidade diminuída da concentração, alterações do sono como insônia ou hipersonia, alterações no peso corporal como perda ou ganho de peso, pensamentos de morte e ideação suicida, diminuição do prazer ou interesse em atividades diárias, entre outros.
O primeiro passo para o tratamento da depressão, segundo Suele, é considerar a doença como algo importante e de grande impacto na vida do paciente. “Não se trata de preguiça, falta de força de vontade ou fraqueza como muitas pessoas falam, e sim de uma doença para ser acompanhada com médico psiquiatra especializado juntamente com avaliação psicoterápica”, esclarece.