Preocupado com a situação de toda a cadeira que envolve o setor de flores e plantas ornamentais no país, o Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura – está encaminhando ofícios aos governadores e prefeitos dos principais estados e cidades do país solicitando a permissão do funcionamento das floriculturas e gardens centers nesta semana, considerando que muitos deles decretaram loockdown devido ao agravamento das contaminações pela Covid-19.
A preocupação deve-se à proximidade do Dia Internacional da Mulher, na próxima terça-feira, 8 de março, data que representa 8% do faturamento anual do setor que já vem sofrendo constantes prejuízos desde o início da pandemia. O Ibraflor lembra aos governantes que as flores são classificadas pelo Comitê de Crise Covid-19, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como produtos agropecuários e, portanto, os estabelecimentos que as comercializam são considerados como de “atividades essenciais”.
“Trabalhamos com produtos vivos, perecíveis, e estamos classificados como produtos agrícolas, assim como os hortifrutis. Uma vez que as floriculturas e gardens centers sigam rigorosamente as diretrizes de segurança sanitária estabelecidas pelos órgãos de Saúde, não há justificativa para fechá-las”, explica o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker.
Kees lembra que esses estabelecimentos não geram aglomeração, mesmo em datas especiais. “A impossibilidade de abertura para este Dia da Mulher representará novos e enormes prejuízos para toda a cadeia produtiva das flores e plantas ornamentais do Brasil, que envolve produtores, distribuidores e floriculturas, pois não há como estocar os produtos para vendas futuras. As plantas e flores já plantadas e colhidas, se não comercializadas, terão novamente o lixo como destino, como ocorreu no início da pandemia”, explica. De acordo com o Ibraflor, a queda no faturamento total do setor, em 2020, foi de 90% e resultou em um déficit de R$ 1,360 bilhão.