Inverno demanda atenção com doenças respiratórias e cuidados com alimentação e hidratação

Médica do Seconci-SP alerta sobre a importância da prevenção nesta temporada

O inverno é uma época propícia para a ocorrência de doenças respiratórias. A estação, que começa no dia 21 de junho, é marcada pelas baixas temperaturas e tempo seco, o que faz com que as pessoas busquem ambientes fechados para se protegerem do frio. Esse cenário, somado à poluição que costuma ter os índices elevados no período, é favorável à proliferação de enfermidades como gripes, resfriados e problemas alérgicos.

Para ajudar a enfrentar a temporada sem incômodos, a médica pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Marice Ashidani, dá algumas dicas de prevenção. “Lavar as mãos frequentemente e manter distância de ambientes com muitas pessoas e pouca circulação de ar são as principais formas de evitar doenças”, diz a médica.

A especialista ressalta também a importância de realizar uma boa alimentação. “A hidratação completa não é feita só com água. Frutas, verduras, legumes e sucos também são bem-vindos”, diz. “A água contribui para fluidificar as secreções e tem função expectorante”, explica.

A pneumologista destaca os cuidados neste período para trabalhadores da construção civil, que ficam expostos a ambientes frios e úmidos: “É muito importante manter o corpo em conforto térmico, em ambiente seco e temperatura estável”, finaliza.

A seguir, a médica lista algumas características e sintomas de doenças do sistema respiratório que têm maior incidência durante o inverno:

Resfriado: é mais leve, dura menos tempo e não costuma causar febre, exceto em crianças. Os principais sintomas são coriza, tosse seca ou com secreção clara, obstrução nasal, espirros, dor na garganta e indisposição. Costuma durar de 5 a 7 dias, porém os sintomas podem perdurar por 2 semanas. Dificilmente evolui para um quadro mais grave.

Tratamento: analgésicos, descongestionantes nasais, umidificador de ar e interrupção do tabagismo, além de ingestão hídrica.

Gripe: causa febre, normalmente acima de 38ºC, principalmente nas crianças. A pessoa fica com dor de cabeça, dores pelo corpo, mal-estar e perde o apetite. Pode durar 2 semanas, mas o período de contágio, em geral, perdura por 1 a 2 dias após o final da febre. É causada pelo vírus Influenza e pode evoluir para pneumonia. Propaga-se em ambientes semifechados e no contato com pessoas infectadas.

Tratamento: repouso, ingestão hídrica, alimentação, analgésicos, antitérmicos e antivirais.

 Sinusite: inflamação dos seios paranasais, causada por vírus, bactérias ou alérgenos (poeira, ácaros). Caracteriza-se por dor facial, sensação de pressão na face, congestão nasal, secreção nasal, febre, dor de cabeça.

Tratamento: suspensão do tabagismo, inalação de vapor d´água, descongestionantes, analgésicos, antibióticos e corticoides.

Rinite alérgica: caracteriza-se por espirros, coriza, tosse seca, lacrimejamento, prurido nasal e em faringe. É causada por exposição a poeira, odores fortes, fumaça e poluição.

Tratamento: retirada dos fatores causais, antialérgicos, descongestionantes e corticoides.

Laringites e faringites: inflamação da laringe e da faringe que obstrui a passagem do ar pela garganta. Pode ser causada por vírus, bactérias e alérgenos. Causa desconforto na garganta, dificuldade para respirar/engolir, febre e tosse seca.

Tratamento: anti-inflamatórios, analgésicos, antitérmicos e antibióticos.

 Pneumonia: infecção bacteriana aguda do parênquima pulmonar (alvéolos). Causa febre, calafrios, dor torácica, falta de ar, tosse produtiva e mal-estar geral.

Tratamento: antibióticos e, em alguns casos, hospitalização.

Asma: obstrução ao fluxo de ar causada por contração dos brônquios provocada por inflamação reativa a substâncias alergênicas. Caracteriza-se por chiado, falta de ar, desconforto torácico e grande esforço para respirar.

Tratamento: broncodilatadores, corticoide.

Como evitar doenças comuns de pele no outono e inverno- Portal JE

 

Durante o outono e inverno, o vento frio e a falta de umidade podem ser nocivos à pele. Em razão disso, alguns cuidados são essenciais para a pele  macia e saudável, evitando problemas futuros. A dica é da dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco. “Alguns quadros podem ser discretos e, às vezes, muito graves com infecções secundárias por bactérias, devido à coceira e às lesões na pele.”

Os ferimentos podem ocorrer em consequência da desidratação e abuso de banhos muito quentes e demorados, que deixam a pele mais sensível. “Nessas ocasiões, o uso de buchas, esponjas, esfoliantes ou excesso de sabonete danificam o manto lipídico do nosso tegumento, que é uma barreira de gordura natural que não deixa a pele ressecar, perder água e ainda oferece uma flora benigna que protege contra infecções.”

Uma das doenças decorrentes desse quadro são os eczemas: a pele fica extremamente ressecada e com áreas de vermelhidão e aspereza, sobretudo a pele dos braços,  pele das pernas, e abdômen. É quando ocorrem as coceiras e a irritação. “As crianças, com pele mais delicada, muitas vezes, também apresentam a que denominamos de dermatite atópica (erupções que coçam e apresentam crostas), que surgem em áreas de dobras: cotovelos, joelhos e pescoço.” Há ainda a vermelhidão e o ressecamento das bochechas e coceira nos olhos.

Outras doenças como psoríase, caracterizada pela presença de placas vermelhas com descamação na pele e no couro cabeludo, a dermatite seborreica, conhecida por caspa, também ganham destaque nessa lista.

Para evitar as doenças de pele no outono e inverno  a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco, dá algumas dicas e o portal JE coloca aqui para você ficar atento aos problemas de sua pele.

  • Evite banhos muitos quentes e demorados;
  •        Não use buchas, esponjas nem esfoliantes durante o banho;
  •        Não tome banho de banheira e evite prolongar o tempo em baixo da água quente;
  •        Hidrate bem a pele após o banho. “Há várias substâncias como ureia, ceramidas e lactato de amônio, entre outras, que são higroscópicas e devolvem maciez e proteção a barreia lipídica.” Em casos de eczemas, o uso de cremes com corticoides e anti-histamínicos (antialérgicos) devem ser considerados para aliviar a coceira, além de outros tratamentos específicos;
  •        Evite o uso de cremes ou loção com corantes ou perfumes;
  •        Use sempre sabonete neutro;
  •        Se possível, opte por usar roupas de algodão.