Como o ditado diz “não olhe a árvore, olhe a floresta”, o neurologista Leandro Teles explica em seu novo livro, Depressão não é fraqueza (Editora Alaúde) que o diagnóstico da depressão é feito através da identificação de um conjunto de sintomas e sinais, além de compreende-los dentro de um contexto único.
Vale ressaltar que os sintomas listados abaixo, isolados, não definem a doença. E, caso se identifique com uma grande maioria, procure um médico especialista.
O neurologista separar os principais sintomas em três grandes grupos, confira:
Sintomas psíquicos
Os mais famosos e importantes. São o carro-chefe do diagnóstico e compõem um conjunto praticamente obrigatório de alterações para pensarmos em um quadro de depressão. Entre eles, estão:
– Tristeza patológica (humor depressivo)
– Dificuldade de sentir prazer (anedonia)
– Pessimismo e desesperança
– Baixo autoestima
– Sentimento de culpa
– Angústia e ansiedade
Sintomas físicos
Um cérebro adoecido pela depressão deixa de cuidar adequadamente do corpo que o abriga, gerencia mal as funções vitais e se desapega do árduo trabalho de organizar a complexa máquina vital. São sintomas físicos comuns e característicos:
– Distúrbios de sono
– Fadiga e Indisposição
– Distúrbios do apetite (podendo alterar o peso)
– Problemas sexuais
– Dores de cabeça e musculares
– Problemas gastrointestinais
Sintomas cognitivos
Sintomas relacionados com a performance do comportamento, da administração da informação e da tomada de decisões. O cérebro mais lento e a falta de engajamento levam a uma série de sintomas, como:
– Falta de atenção
– Esquecimento
– Falta de criatividade
– Falta de curiosidade
– Dificuldade em tomar decisões
Por fim, Dr. Leandro Teles reforça “Não quero que ninguém seja capaz de diagnosticar depressão em si ou no outro a partir desse conhecimento – até porque isso é trabalho do médico e do psicólogo -, mas é fundamental que o leigo tenha a capacidade de desconfiar que algo não anda bem, que existe um processo de adoecimento em curso. Com isso, damos o próximo passo: buscar a ajuda e o diagnóstico diferencial. Com o desconfiômetro ligado, somos uma sociedade mais forte e mais solidária”.