As doenças da mulher: cuidados e prevenção

Não é só no “Outubro Rosa” que elas devem pensar na saúde. Especialista comenta as principais doenças que as afetam

Não é segredo para ninguém, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e ir ao médico regulamente são algumas atitudes básicas para quem busca qualidade de vida e longevidade. Mas na correria do mundo moderno, fica cada vez mais difícil tirar alguns minutos do dia para cuidar da saúde, ainda mais quando tratamos das mulheres, que cumprem a famosa “dupla jornada”. Segundo a Dra. Márcia Araújo, ginecologista do Docway, alguns cuidados básicos são a melhor forma de prevenir as principais doenças que afetam a saúde da mulher.

 

As múltiplas funções da mulher e a falta de tempo, para um cuidado adequado da saúde, acabam por aumentar o número de casos de doenças como Câncer de Mama, Depressão e Câncer de Colo de Útero. Por isso, a especialista alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde mesmo com essa rotina agitada. “Nosso papel na sociedade vem evoluindo, hoje nós mulheres desempenhamos várias funções e acabamos descuidando da saúde. O que não pode acontecer e não é desculpa para a negligência com os cuidados pessoais. Com os avanços tecnológicos e as facilidades que eles nos trouxeram, podemos manter nossa rotina e acompanhamento médicos em dia, evitando tais problemas”, explica a especialista.

 

Câncer de Mama

 

Esse tipo de câncer é o que mais comum entre mulheres no Brasil e no Mundo, correspondendo a 25% dos novos casos de câncer a cada ano. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado, os casos de câncer de Mama ultrapassaram a casa de 57mil no Brasil. O câncer de mama tem diversos tipos, porém na maioria deles, quando diagnosticados em fases iniciais, é passível de tratamento, com boas perspectivas de cura.

 

“Nós mulheres devemos estar atentas, pois fazer os exames preventivos é fundamental. A maioria dos casos não tem sintomas em estágios iniciais. Por esse motivo, a mamografia tem grande importância. Dentre os sinais de alerta, um dos mais comuns é o nódulo no seio, que pode vir acompanhado ou não de dor. Porém, existem outros sintomas que devem chamar a atenção como secreção no mamilo, alterações na pele que recobre a mama e nódulo na axila. Vale lembrar que o autoexame não substitui a mamografia e o exame clínico cuidadoso feito por um profissional qualificado”, detalha a Dra. Márcia Araújo.

 

Depressão

 

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que até o ano de 2020, a depressão será a doença com maior impacto no mundo. Aqui no Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) estima que uma faixa de 20% da população teve, têm ou terá um episódio em algum momento de sua vida. Falta de interesse, concentração, perda da autoestima e mudanças bruscas de humor são alguns dos sintomas da depressão. A doença atinge significativamente mais as mulheres do que os homens. Cientistas e especialistas não têm um real motivo para essa diferença, mas acreditam que ela tem relação com a influência dos hormônios femininos.

 

“Quadros depressivos devem ser diagnósticos e tratados com muita cautela e por profissionais capacitados. Mas podemos ajudar a melhorar esse quadro com, por exemplo, a prática regular de atividade física e a vinculação da pessoa a atividades coletivas, entre eles cursos e voluntariados. Essas ações ajudam a reduzir a ansiedade, melhora o humor e a interação com o meio social”, comenta a especialista.

 

Câncer de colo de útero

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que esse tipo de câncer é considerado um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo. Só no ano de 2016 foram estimados mais de 16 mil casos novos de câncer do colo do útero no Brasil, o que significa 15 novos casos a cada 100 mil brasileiras. As principais causas da doença são o início precoce da atividade sexual da paciente, a variedade de parceiros sexuais, a higiene íntima inadequada e o Papilomavírus Humano (HPV).

 

“O câncer do colo do útero tem um grande potencial de prevenção e cura se diagnostico a tempo. Sintomas podem servir de alerta, entre eles sangramento vaginal após a relação sexual, corrimento vaginal de cor escura e com mau cheiro, e em estágios mais avançados, hemorragias, dores lombares e abdominais, perda de apetite e de peso. Uma ótima opção para a prevenção da doença é a vacina, que se destina a jovens, principalmente antes inicias as atividades sexuais. Para todas, o Papanicolau e o exame clínico anual são fundamentais”.

 

 

Outubro Rosa: quem é o médico que enxerga o câncer de mama?

Celebrado oficialmente no Brasil desde 2008, o Outubro Rosa é conhecido por suas campanhas de conscientização sobre o câncer de mama. Durante todo o mês, marcas, associações de pacientes, empresas, órgãos governamentais e diversas outras instituições da sociedade civil se juntam para reforçar a importância do diagnóstico precoce desse que é o tipo de câncer mais comum entre mulheres, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Nesse período não é raro que se esbarre com um ou outro folheto ou ação explicando sobre o autoexame das mamas, assim como materiais que abordem o papel central do rastreamento com a mamografia. Entretanto, um profissional que é peça fundamental na luta contra a doença, aquele responsável por “enxergar o câncer” segue desconhecido por grande parte da população: o médico patologista.

“Responsável por analisar biópsias e punções que ocorrem após a identificação de nódulos por exames clínicos e de imagem, o médico patologista é aquele que consegue ‘enxergar o câncer’ no microscópio. Ele observa minuciosamente a estrutura celular das amostras e consegue dizer não apenas se um nódulo é ou não câncer, mas seu tipo, estágio e grau de agressividade, além de já indicar em seu laudo a forma de tratamento mais adequada para a doença”, explica Clóvis Klock, médico patologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Enxergando o câncer

Segundo ele, grande parte dos pacientes acha que os diagnósticos são emitidos automaticamente por um computador, nos moldes dos testes laboratoriais clínicos. Entretanto, quando o assunto é o laudo anatomopatológico, nome do documento que confirma ou não o câncer, a realidade é completamente diferente.
“Nosso trabalho também acontece em um laboratório composto por diversos equipamentos para processamento e tratamento das amostras, mas, ainda assim, a principal peça em toda essa estrutura é o próprio patologista. É ele quem olha no microscópio e, utilizando seus anos de experiência e estudo contínuo, consegue dizer que tipo de célula existe na amostra”, conta.

Passo a passo do câncer de mama

O presidente da SBP explica que existem diversas etapas no diagnóstico do câncer de mama. Após os primeiros sinais ou detecção de um nódulo via rastreamento, a paciente é submetida a uma biópsia por agulha, quando, após a desinfecção da pele e a aplicação de uma anestesia local, uma agulha fina é introduzida até chegar ao nódulo para absorver algumas células da região. Essa amostra do nódulo retirada é colocada imediatamente naquilo que os médicos chamam de fixador adequado, uma solução química composta por uma concentração específica de formol tamponado que serve para preservar as células do tecido retirado até ser encaminhado ao laboratório de patologia.

“Essa amostra permanece no fixador à temperatura ambiente por um período entre 12 e 24 horas, não podendo ficar assim mais de 48 horas. Após essa fixação, ela é primeiramente examinada a olho nu, uma etapa conhecida como macroscopia. Isso serve para analisar a peça para descrever seu formato e eventuais alterações que possam indicar algum crescimento fora do normal”, aponta.

Depois disso tem início a etapa chamada de processamento histológico, em que o material é submetido a uma sequência de produtos químicos que o prepararam para ser cortado em fatias cerca de 200 vezes mais finas que 1 milímetro. Este corte é colocado em uma lâmina de vidro, corado, protegido com uma lamínula de vidro e encaminhado para análise no microscópio pelo médico patologista.

O presidente da SBP conta que a Patologia vem evoluindo muito nas últimas duas décadas com a incorporação de técnicas moleculares e imuno-histoquímicas – a tão aclamada medicina personalizada ou de precisão:
“Antes o paciente com câncer tinha apenas um diagnóstico simples para orientar se o médico definiria o tratamento com quimio e radioterapia ou cirurgia. Hoje conseguimos ir além do tumor, obtendo informações sobre o prognóstico, se vai ou não gerar metástases e qual o tratamento é mais efetivo. Apenas com essa análise é possível aplicar com precisão tratamentos novos como a imunoterapia, que chega a aumentar a sobrevida de oito meses para quatro anos”, finaliza Clóvis Klock.

Importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

SBC estima que cerca de 90% dos casos podem ser curados, desde que identificados em estágio inicial

 

O movimento Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990, nos Estados Unidos, e logo ganhou notoriedade em todo mundo, por meio da promoção de diversas ações de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o segundo de maior incidência no mundo e o primeiro no sexo feminino. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2017 surgirão 57.960 novos casos de câncer de mama.

“O Ministério da Saúde recomenda a realização anual da mamografia a partir dos 50 anos. Em mulheres com histórico familiar de câncer de mama deve ser a partir dos 40 anos. A ultrassonografia também é um recurso eficiente para investigar a doença. Mas um exame simples, atemporal, que auxilia na detecção de nódulos é o autoexame, que pode ser realizado ainda na adolescência. São métodos que contribuem muito para que o tratamento tenha êxito, desde que o câncer seja descoberto em sua fase inicial”, explica o Dr. Ricardo César Pinto Antunes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).

Alguns dos principais fatores de risco que podem indicar relação com o surgimento do câncer de mama são: primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, não ter filhos (nuliparidade) e reposição hormonal por tempo prolongado pós-menopausa. Além de histórico familiar, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sobrepeso e obesidade.

“Visitas regulares ao médico e a realização do exame de mamografia, uma vez ao ano, a ultrassonografia, o autoexame e o exame clínico contribuem com a cura de cerca de 90% dos casos de câncer de mama”, comenta o vice-presidente da SBC.

 

Câncer de mama em homens

O câncer de mama não atinge somente as mulheres. A doença pode se desenvolver também no sexo masculino. A incidência, porém, é considerada baixa com cerca de 1% dos casos. Ou seja, cerca de 580 eventos, conforme número oficial do Inca.

“Nos homens o câncer se manifesta após os 50 anos e, na grande maioria dos casos, em apenas uma mama. Pode ser percebido com um simples toque e por meio de um exame de ultrassonografia”, acrescenta Dr. Ricardo.

 

Dicas de Prevenção

  • Realizar, pelo menos, 15 minutos de atividade física por dia (caminhar, subir e descer escadas são ações simples e benéficas).
  • Manter uma boa hidratação (ingerir pelo menos 1,5 litro de água por dia).
  • Dar preferência às carnes brancas (Peixes são mais recomendados).
  • Consumir vegetais de todas as cores
  • Dar preferência ao consumo de vegetais crucíferos, que ajudam na prevenção (couve flor e de Bruxelas, espinafre, rúcula, brócolis, agrião, por exemplo).
  • Abandonar o tabaco e não exagerar no consumo de álcool.

Especialista em câncer de mama fala sobre fatores de risco, tratamentos, mitos e lendas da doença

Em Oficina de Saúde organizada pela Notredame Intermédica, médico esclarece as principais dúvidas acerca do tema

     São Paulo, 05 de outubro – Considerado o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, o câncer de mama volta a ser amplamente discutido nesse mês, quando vem à tona o movimento mundial “Outubro Rosa”, que visa chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce. A detecção e o tratamento precoce da doença são essenciais para uma boa evolução do quadro clínico, onde a chance de cura pode chegar a 90%.

“O ideal seria que todas as mulheres tivessem acesso a mamografia de qualidade uma vez ao ano a partir dos 40 anos de idade”, aponta o especialista em Mastologia, Dr. Guilherme Novita, da NotreDame Intermédica. Ele explica que o câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos. “Acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos”.

A mamografia é, hoje, o exame mais recomendado e permite detectar 90% de tumores malignos. “Qualquer exame de diagnóstico precoce evoluiu muito e são todos muito eficientes, mas o exame de mamografia é o mais importante de todos e deve ser feito com frequência normal estabelecida de acordo com as condições do paciente. “Com o passar dos anos, as imagens do exame de mamografia estão cada vez mais impecáveis oferecendo detalhes interessantes na consulta. Isso se dá também com os avanços tecnológicos dos aparelhos de TV”, ressalta o profissional da NotreDame Intermédica.

Sobre as melhores formas de prevenção, o especialista lembra que hábitos saudáveis são aliados importantes. “Não fumar, ingerir dieta rica em fibras e pobre em adiposidade, praticar exercícios físicos no mínimo três vezes por semana e evitar contato com agentes químicos cancerígenos podem, sim, contribuir para evitar a doença”, revela.

Atenção aos fatores de risco

Apesar de ainda não existir um conhecimento pleno sobre todas as causas do câncer de mama, alguns fatores de risco já são conhecidos e merecem atenção. São eles:

 

  • Predisposição genética hereditária
  • Idade avançada
  • Menopausa tardia
  • Radioterapia prévia na região do tórax
  • Mamas densas
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
  • Uso da terapia de reposição hormonal.

Hoje, as terapias disponíveis para o câncer de mama incluem a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e, mais recentemente, a terapia alvo. “O profissional médico é o reponsável por determinar qual a melhor terapia a ser utilizada. Esta escolha depende de diversos fatores mas, principalmente, do estágio em que se encontra o tumor. Por isso, batemos tanto na tecla da importância da descoberta precoce, que certamente demandará um procedimento menos invasivo e, provavelmente, sem tantos efeitos colaterais”, explica.

 

Mitos e lendas

Não há estudos científicos que comprovem que o uso em excesso do desodorante e do telefone celular causam câncer de mama. O mesmo vale para o uso de silicone e anticoncepcionais”

Curiosidades

 

  • O nome “câncer” foi dado por Hipócrates, que avaliou um caso onde as infiltrações cutâneas tinham a aparência das patas de um caranguejo, do grego karkinos

 

  • Na idade média, descobriu-se que arrancar as mamas poderia curar da doença. Pode-se imaginar que o “procedimento cirúrgico” era extremamente doloroso, pois era feito sem anestesia.

Um alerta sobre o autoexame

Segundo o Dr. Guilherme Novita, o autoexame é importante, pode indicar alterações e muitas vezes é o alerta. “Mas é imprescindível dizer que as pacientes devem buscar sempre o diagnóstico médico e que o autoexame não substitui a mamografia, que ainda é o melhor método para a descoberta de tumores mamários”, finaliza.

Central Plaza pede lenços para o Outubro Rosa 2017

Chegou Outubro e com ele a responsabilidade de serRosa.  O Central Plaza Shopping vai fazer a diferença com a ação “Doe lenços. A autoestima delas é fruto da sua solidariedade”, conscientizando suas clientes e ajudando a ampliar a autoconfiança das mulheres que são submetidas ao tratamento do câncer de mama.

No corredor principal está um gracioso cenário com grandes árvores, prontas para serem floridas com lenços das doações de cada cliente, e espaço tire-fotos com bonecas em tamanho real vestidas de rosa, simbolizando o mês.

Em 2016, mais de 1350 lenços foram arrecadados e doados para uma entidade de tratamento da doença. A ideia é inspirar novamente o frequentador do shopping a doar um lenço de cabeça beneficiando, este ano, o grupo Meninas de Peito, criada por uma médica diagnosticada com câncer de mama aos 33 anos que, para facilitar a comunicação e contato com outras mulheres, criou um grupo fechado no Facebook que conta com mais 4.700 participantes que já passaram ou estão em tratamento.

Participar é muito fácil, basta se dirigir ao Balcão de Informações, no horário de funcionamento do shopping, até o dia 31 de outubro e trocar o lenço por um pin laço rosa (símbolo da campanha) e uma filipeta explicativa sobre como fazer o autoexame de mamas. Os lenços doados serão amarrados nos galhos das árvores demonstrando a frutificação desta corrente solidária.

Sobre o Câncer de Mama – de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) 58 mil casos de câncer de mama devem ser registrados no Brasil este ano, destes, quase 28 mil somente na região Sudeste. Apesar de curável, o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil.

Serviço:

Outubro Rosa Central Plaza 2017

Data: Até 31 de outubro

Local: Corredor Principal

Horário: Diariamente das 10h às 22h

Ação: Visitação do cenário e conscientização sobre a doença; Doação de lenços de cabeça que serão encaminhados ao grupo Meninas de Peito.

Outubro Rosa contra o câncer de mama

Tanto no mundo quanto no Brasil, o câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres e é o responsável por quase 30% dos casos novos da doença. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer para 2016 era de quase 60 mil ocorrências com, aproximadamente, 15 mil mortes naquele ano.

Para conscientizar as mulheres da importância dos exames de rastreamento para o diagnóstico precoce dos tumores de mama, o que permite um tratamento mais seguro com mais possibilidades de cura, foi o criado o Outubro Rosa. Nesse mês, várias ações são programadas para campanhas contra a doença.

“É preciso lembrar que existem vários tipos diferentes de câncer, sendo que alguns têm um crescimento mais rápido e agressivo, mas a maioria tem uma evolução que possibilita um tratamento eficiente, desde que detectados em tempo hábil”, afirma José Antonio Marques, ginecologista, ex-vice-presidente e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

Os fatores de risco são vários, mas as mulheres com idade entre 50 e 70 anos, quem começou a usar precocemente anticoncepcional oral, aquelas sem filhos ou que tiveram após os 30, as que menstruaram cedo, quem faz uso de terapia de reposição hormonal na menopausa, com parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 45 e as obesas são as que têm mais probabilidades de desenvolver a doença.

Para descobrir o câncer precocemente, Marques ressalta a importância da realização da mamografia e do exame clínico das mamas anualmente. O especialista destaca que em países e regiões onde o acesso aos exames realizados por profissionais é feito regularmente, o autoexame não tem demonstrado uma diminuição na mortalidade.

“As mulheres devem ser aconselhadas a praticar o autoexame como forma de conhecimento do corpo. Mas, no Brasil, a grande maioria dos casos ainda é descoberta pela própria mulher”, informa o médico.

As opções de tratamento dependem do tamanho e da agressividade do tumor.
“O tratamento cirúrgico é a etapa inicial. A retirada da totalidade da mama
(mastectomia) é, hoje, uma opção para tumores maiores que 2,5 cm, e a retirada de
parte da mama (quadrantectomia) seguida por radioterapia é a escolha para tumores pequenos, assim como a retirada de todos os linfonodos da axila, que está sendo substituída pela retirada de um deles chamado de sentinela, o primeiro a ser atingido quando o tumor se expande para além da mama. A quimioterapia é indicada para
casos de alto risco de metástases”, ressalta Marques.

O tratamento para combater o câncer de mama também pode causar complicações no corpo da mulher, principalmente os mais mutiladores seguidos de radioterapia. A quimioterapia promove complicações temporárias e podem ser amenizadas.

“Um dos tipos de hormonioterapia pode levar à formação de tromboses e coágulo, e outro à osteoporose. A mastectomia, por também mexer com um órgão sexual feminino, pode acarretar disfunções no relacionamento do casal, portanto sempre é necessário um suporte psicológico, às vezes com terapeutas especializados em acompanhar pessoas com câncer e com sequelas do tratamento”, avalia o ginecologista.

Outubro Rosa 2017 promove empoderamento de pacientes com câncer de mama

Lançamento de campanha da FEMAMA acontece em 27 de setembro, durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer

Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa visa conscientizar pacientes com câncer, bem como seus familiares, amigos e colegas sobre a importância de munir-se de informação e participar ativamente da tomada de decisões no enfrentamento da doença. Sob o mote “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a ação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer os direitos que garantem acesso ao diagnóstico e tratamento.
Cerca de 960 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2017, de acordo com o INCA. Destes, aproximadamente 60 mil novos casos são de câncer de mama. Hoje milhares de pacientes e suas famílias, amigos, colegas convivem com a doença.
De acordo com a organização European Patients Forum, empoderar as pessoas que lutam contra o câncer promove o desenvolvimento e a implantação de políticas, estratégias e serviços de saúde, direcionados a capacita-las para envolverem-se na gestão de sua condição.
“Essa abordagem amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle”, afirma a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA, instituição que trouxe, em 2008, o Outubro Rosa de forma organizada ao Brasil.
A iniciativa estende-se a todos que convivem com os pacientes, uma vez que um diagnóstico de câncer pode afetar o relacionamento social, familiar e profissional. “O dia a dia com a doença traz diversos desafios. Por isso é importante que os envolvidos sejam protagonistas nessa jornada, cientes de todas as possibilidades e capazes de reconhecer quando algo lhes é negligenciado”, reforça a especialista.
A campanha contará com hotsite, quizz, vídeo, mobilização online, conteúdo para mídias sociais e materiais gráficos. Para participar, visite www.pacientesnocontrole.org.br a partir de 26 de setembro.
Lançamento Oficial
O grande lançamento da campanha Outubro Rosa acontecerá durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer, no dia 27 de setembro. Em painel dividido em cinco palestras, abordará o empoderamento de pacientes na rotina médica, bem como a busca pelo diagnóstico e pelo tratamento.
“Quando se recebe o diagnóstico de câncer, é normal sentir medo, mas preciso coragem para enfrentá-lo ativamente. Incentivar pacientes com câncer a conversar com a equipe médica, aproximar-se de instituições de apoio e conhecer os seus direitos são os objetivos da campanha #PacientesNoControle idealizada pela FEMAMA. Convidamos a todos para participarem do painel e conhecerem essa realidade possível por meio do olhar de especialistas no assunto”, diz a Dra. Maira.
Além da Dra. Maira Caleffi, também estarão presentes: Patrícia Taddeo, fisioterapeuta da Universidade Estadual do Ceará; Lucy Bonazzi, psico-oncologista do Hospital Moinhos de Vento; Jô Nunes, presidente de honra e fundadora da Associação Brasileira de Síndrome de Williams; e Márcia Fernandes, paciente e embaixadora do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul.
A Federação estará presente durante todo o TJCC com um estande – nele, haverá oficina de turbante, oficina de chaveiro (Chaveiro do Bem) e um Flash Mob.

Lançamento Outubro Rosa: “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”
Data: 27 de setembro
Horário: 11h às 13h
Local: 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer – WTC | Events Center
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12551 – Brooklin Novo, São Paulo – SP
Mobilize-se 
Dentre as ações organizadas pela FEMAMA para o mês de outubro integrantes da campanha #PacientesNoControle está uma mobilização online solicitando que projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados relativos ao acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer tornem-se direitos efetivos para milhares de pacientes oncológicos no país. Alguns dos projetos tramitam há anos sem desfecho. Neste pacote está um PL que determina a realização do diagnóstico em até 30 dias no Sistema Único de Saúde, prazo que consiste no período entre a suspeita do câncer até sua confirmação em biópsia. “Quando identificado cedo, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%; porém, atualmente não há nenhuma regulamentação neste sentido”, conta a presidente voluntária da FEMAMA.
Também consta projeto de lei a respeito da inclusão de testes que apontem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 no SUS, capazes de avaliar a predisposição ao câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença, permitindo medidas preventivas. Hoje, esses exames estão disponíveis somente na rede privada e o acesso a eles ainda ocorre de forma limitada.
Além da mobilização online, ONGs associadas à FEMAMA em todo o país farão caminhadas em suas cidades para conscientizar e mobilizar para o câncer de mama. As caminhadas devem se concentrar principalmente no dia 29 de outubro, repercutindo a campanha #PacientesNoControle em diversas regiões do Brasil. Em breve a agenda de caminhadas será divulgada.

Outubro Rosa: saiba como se prevenir contra o câncer de mama

O rosa colore o mês de outubro por uma boa causa. A cor representa a campanha internacional Outubro Rosa, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O objetivo é orientar a sociedade, por meio do compartilhamento de informações sobre o câncer de mama, e também promover a conscientização acerca da importância da detecção precoce da doença. A Oncomed-BH também fará sua parte e prepara uma séria de ações para reforçar o mote da campanha.

De acordo com o Dr. Leandro Ramos, oncologista da Oncomed-BH, a doença não tem causa única. “Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, sendo a idade o mais importante para o câncer de mama entre as mulheres. A incidência da doença cresce progressivamente com o envelhecimento, sendo que a ocorrência desse tipo de câncer pode ser externa ou interna ao organismo, interagindo de várias formas, o que aumenta a probabilidade de transformações malignas nas células normais”, explica o médico.

Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença são:

  • História familiar positiva;
  • História pessoal de câncer de mama;
  • História menstrual: pela maior exposição aos hormônios femininos, mulheres que tiveram sua primeira menstruação antes dos 12 anos e ou entraram na menopausa após os 55 anos, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
  • História reprodutiva: Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 30 anos, e ainda as que não amamentaram, também compreendem o grupo de maior risco;
  • Uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados);
  • Obesidade;
  • Ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool;
  • Presença de mutação genética (incluindo BRCA1, BRCA2, entre outros): embora apenas de 5% a 10% de todos os cânceres de mama sejam causados por estas mutações, sabe-se que a mulher que as possui tem risco muito aumentado de desenvolver tal neoplasia.

 

Já as chances de cura dependem do tipo de tumor, da idade e das condições de saúde do paciente e do estágio em que o câncer for detectado. Por isso, a prevenção secundária, que significa garantir o diagnóstico precoce no controle da doença, é tão importante. “A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Cerca de 95% dos pacientes em bom estado de saúde, que descobrem o câncer de mama em fase inicial e seguem o tratamento recomendado, se livram da doença após cinco anos”, afirma o Dr. Leandro Ramos.

Não é possível parar de envelhecer, mudar o histórico familiar ou interferir na idade da primeira menstruação da mulher, porém, é factível seguir importantes recomendações para a prevenção primária. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e da prática regular de exercícios físicos, além de não ingerir bebidas alcoólicas, são algumas das recomendações importantes na prevenção primária do câncer de mama”, diz o médico. O autoexame também é uma forma de prevenção, porém, não elimina a necessidade da consulta de rotina, destaca o oncologista.

 

*Autoexame: como fazer?

De acordo com as orientações do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC), o autoexame deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação. Existem duas formas de fazer o autoexame, são elas:

 

No chuveiro ou deitada:

Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

 

Diante do espelho:

1-      Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico.

2-      Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração.

3-      Finalmente, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção. A observação de alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos, e de secreções mamárias, não significa necessariamente a existência de câncer.

 

O que procurar?

  • Caroços (nódulos).
  • Abaulamentos ou retrações da pele e do complexo aréolo-mamilar (bico do seio).
  • Secreções mamilares existentes.

 *Informações do site do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC)