Especialista dá dicas sobre hidratação, banhos, tosa e vacinação durante a estação mais quente do ano
Não há dúvida que a chegada das estações mais quentes do ano altera a rotina das pessoas. Com os animais de estimação, a situação não é diferente. Cães e gatos, os preferidos entre as famílias brasileiras, também necessitam de cuidados especiais para manter a disposição, higiene e saúde em dia durante a primavera e, principalmente, o verão.
O primeiro cuidado que deve ser tomado durante as estações mais quentes do ano faz referência ao modo como os animais se alimentam. Segundo a médica veterinária da Esalpet, Anne Karine Romanel, os bichos de estimação precisam de uma alimentação leve e de muita água. “Os animais sentem tanto ou até mais calor que os seres humanos. Em casa ou durante viagens, cães, gatos e outros bichinhos devem ter água à vontade, comida fresca e espaços para se abrigarem do sol forte”, explica.
Além disso, a veterinária destaca a importância de estar com a vacina contra a raiva e vermífugos em dia. “Nesse período mais quente, os animais são levados para passeios em parques, regiões litorâneas, grama e mato, além do contato com pessoas diferentes do convívio diário. Por esse motivo, é importante que ele esteja com a saúde em dia”, diz, lembrando que o ideal é que as pessoas evitem passear com seus pets entre 10 da manhã e 5 da tarde, horário de sol mais intenso e prejudicial à saúde do animal e do próprio dono.
Higiene redobrada
Anne Karine reforça, também, que os cuidados com higiene de cães e gatos devem ser redobrados nas estações mais quentes, isso inclui a utilização de xampus antipulgas. “A quantidade de banhos semanais pode aumentar. Duas vezes é o ideal, além da tosa no caso de bichos mais peludos. Isso aumenta a sensação de conforto para o animal”, garante a veterinária da Esalpet. Por fim, ela ressalta a importância de levar o pet para uma consulta com o veterinário antes de grandes deslocamentos e viagens.
Confira os principais cuidados com animais de estimação durante o calor:
– em casa ou durante viagens, cães, gatos e outros animais devem ter água à vontade, comida fresca e espaços para se abrigarem do sol forte;
– As vacinas contra a raiva e os vermífugos precisam estar em dia;
– evite passear com seus pets entre 10 da manhã e 5 da tarde;
– para banho, utilize xampus antipulgas;
– a tosa é indicada para os bichos mais peludos durante as estações mais quentes;
– leve seu animal de estimação para uma consulta com o veterinário antes de viagens longas.
Veterinária da Petz orienta sobre o problema que pode trazer complicações para cães e gatos
O diagnóstico do diabetes em cães e gatos tem crescido nos últimos anos. Por isso, o dia mundial da doença, em 14 de novembro, é uma data importante também para alertar sobre os riscos nos bichinhos de estimação. “Caso não seja tratado adequadamente, o problema traz complicações que podem comprometer a vida dos pets”, afirma a Dra. Camila Canno Garcia, veterinária da Petz.
Ela explica que o diabetes tipo 1 é o mais comum em cães e está associado à destruição ou disfunção das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, hormônio que controla a taxa de glicose no sangue. Já em gatos, é o tipo 2, associado na maioria dos casos à obesidade, sedentarismo e uso de corticoides.
Causas
Os cães de 5 a 15 anos de raças pequenas, como poodle, daschund e yorkshire, têm mais predisposição a desenvolver a doença. Entre as causas estão a propensão genética, obesidade, uso contínuo de algumas medicações à base de corticoide, o hiperadrenocorticismo (doença hormonal), a pancreatite e a doença renal.
Mas a veterinária destaca que o aumento de casos também pode estar associado à dieta e aos hábitos dos tutores, que refletem na vida de seus bichinhos de estimação. As pessoas devem ficar atentas aos sintomas como o aumento da ingestão de água, da frequência urinária, do apetite e a perda de peso. O tratamento é realizado com aplicações diárias de Insulina, dieta adequada, atividades físicas e controle de possíveis complicações.
Prevenção
Os check-ups semestrais são importantes para a prevenção e para o diagnóstico precoce, feito por meio de exames de sangue e urina. “O ideal é manter o peso adequado, a alimentação balanceada, estimular o pet a brincar e a praticar atividades físicas e levá-lo sempre ao veterinário”, orienta a Dra. Camila. Veja a seguir as complicações que podem ocorrer caso a doença não seja tratada adequadamente:
Consequências
1 – Catarata – Alteração muito comum que ocorre devido ao acúmulo de sorbitol (produto decorrente do excesso de glicose) no cristalino, dando um aspecto opaco nos olhos e levando até à cegueira. O tratamento cirúrgico é recomendado nestes casos, e o quanto antes diagnosticada a catarata maior a chance de sucesso.
2 – Infecções – Causadas por bactérias ou fungos, são muito comuns nos pets diabéticos. Isso porque o alto teor de glicose no sangue favorece o crescimento desses microrganismos. Qualquer infecção detectada deve ser tratada adequadamente com acompanhamento do veterinário, e o não tratamento pode resultar em descontrole da glicemia.
3 – Cetoacidose diabética – Complicação gravíssima do diabetes que pode levar à morte. Ocorre normalmente nos bichinhos não tratados (os donos ainda não descobriram a doença) ou em pets instáveis (sem controle adequado). Requer internação e tratamento intensivo, e pode levar dias para estabilização do quadro.
4 – Hipoglicemia – Diminuição da glicemia, podendo levar a alterações de comportamento, andar cambaleante, convulsão e até ao coma. Ocorre normalmente por aplicação errada de insulina ou alimentação em menor quantidade que a recomendada, e pode precisar de acompanhamento do veterinário e até internação em casos mais graves.
Dia 28 de setembro, Dia Mundial do Combate à Raiva serve de alerta para os cuidados preventivos contra essa enfermidade, considerada zoonose mundial.
A raiva é uma grave doença que atinge tanto animais quanto seres humanos, levando à morte rapidamente. A única forma de combatê-la é com a vacina anual que garante que pets e tutores fiquem protegidos.
Essa enfermidade é uma zoonose infecciosa aguda causada por vírus que compromete o sistema nervoso central. Segundo a Dra.Daniela Baccarin, médica veterinária membro da COMAC (Comissão de Animais de Companhia), do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal) e gerente de produtos da unidade Petda MSD Saúde Animal, “os cães e gatos podem contrair a doença pelo contato com ratos ou morcegos e, uma vez infectados, podem facilmente transmiti-la aos humanos pela saliva e até por arranhões, sendo a mordida a forma mais comum de transmissão”.
A doença não tem cura e pode matar – animal ou humano – em menos de sete dias. “Nos animais, provoca comportamento agressivo, dilatação das pupilas, hipersalivação, dificuldade para engolir, irritação, alteração na forma de andar natural, contrações musculares faciais e paralisia dos membros”, explica Daniela.
Por não existir tratamento, a prevenção – vacinação periódica – é a única maneira de combater a raiva. A médica veterinária orienta: “A recomendação é que os animais sejam vacinados anualmente contra a doença, a partir do quarto mês de vida, e que estejam saudáveis ao serem vacinados, para que a imunização seja efetiva”.
O Brasil apresenta índices reduzidos da doença, graças a uma série de iniciativas preventivas: campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção, controle dos transmissores, vacinação em si, vigilância epidemiológica e procedimentos de defesa sanitária. Ainda assim, é importante manter cuidado específico em locais que possam abrigar ratos, morcegos e outros animais infectados e capazes de transmitir a doença, como as zonas rurais.
É muito importante também que proprietários de pets mantenham visitas regulares ao médico veterinário e a vacinação em dia. E, caso observem algum comportamento diferente nos animais, consultem o especialista de sua confiança o mais rápido possível.
28 de setembro – Dia Mundial do Combate à Raiva
A data foi criada por iniciativa da Aliança Global para o Controle da Raiva (ARC), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, todos os anos, se dedicam para reforçar a conscientização da doença, uma preocupação mundial.De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 1973, o Brasil teve uma grande redução de casos de Raiva Canina chegando a ser destaque mundial no combate à doença.
Mudanças de estação requerem maior cuidado com os cães e gatos
O inverno mal se despediu este ano. O calor chegou antecipando a primavera e deixando o clima seco e mais quente que o normal nesse período, mudanças que afetam a saúde das pessoas e também dos animais.
Para cuidar melhor do seu cão ou gato nessa primavera, confira as dicas da médica veterinária do HiperZoo, mega store pet de Curitiba, Jaqueline Silveira, e da farmacêutica Sandra Schuster da docg., primeira empresa de vendas diretas de produtos para pets.
1 – Pele e pelagem
Mudanças de estação significam troca da pelagem. Quedas de pelos em maior quantidade são normais, desde que não apresentem falhas ou sinais mais graves. “Com a troca de pelos a pele fica mais sensível podendo desencadear, com maior facilidade, eritemas (vermelhidão), pústulas (infecção bacteriana secundária), prurido (coceira) ou outros sinais dermatológicos mais graves. Nesses casos deve-se consultar um médico veterinário imediatamente”, indica a veterinária Jaqueline.
Outra dica importante é realizar a escovação adequada. A indicação é escovar os cães e gatos no mínimo 3 vezes por semana, principalmente os animais de pelos longos. Assim, evita-se que os pelos embolem e retira-se o excesso de resíduos da pelagem. Segundo a veterinária, existem escovas adequadas ao tipo e comprimento dos pelos e também aquelas que prometem retirar os sub pelos mortos, evitando assim que a pelagem embole e fazendo com a pele respire melhor.
Essa época do ano também pode ajudar a ressecar a pele e deixar os pelos dos pets mais opacos. Nesses casos pode-se fazer o uso de suplementos e produtos tópicos, além de aumentar a frequência de hidratações no banho. Para recuperar a hidratação dos pelos, os pets ganharam recentemente produtos semelhantes aos dos humanos, como leave-in e ampolas. “Desenvolvemos produtos que trazem resultados rápidos e são práticos de utilizar”, comenta a farmacêutica Sandra Schuster. O leave-in é composto por vitamina E, queratina e D-pantenol, que promovem a hidratação e restauração dos pelos. E a ampola fortalece, dá brilho e restaura as pontas duplas.
2 – Banho e tosa
As tosas também ajudam a refrescar os pets, mas deve-se atentar ao que é indicado para cada raça e cuidar para não deixar a pele do animal muito exposta, afinal a principal função dos pelos é justamente proteger a pele contra as agressões do clima e da exposição solar. Uma dica, segundo Jaqueline, é caprichar na tosa higiênica e estendê-la até o peito do animal. Dessa forma ele consegue se refrescar, principalmente quando se acomoda em superfícies mais frias.
Já para o banho, a dica é investir em produtos específicos para o tipo de pelo do animal. “Deve-se pensar no banho não apenas com o objetivo de limpeza, mas também de proporcionar hidratação, cuidado e prevenção de acordo com a pelagem do animal”, recomenda Sandra. “Cães com oleosidade excessiva ou pele com muitas dobras, por exemplo, requerem produtos específicos para evitar doenças dermatológicas futuras e prolongar os benefícios do banho. Assim como nós utilizamos produtos de acordo com nossas características, os pets merecem esse mesmo cuidado”, complementa.
3 – Proteção solar
Algumas raças são mais sensíveis à exposição solar, como as de pelos curtos e pele branca. Os locais mais afetados são focinhos e orelhas, mas alguns pets são tão sensíveis que devem utilizar protetor na barriga e regiões com pouco pelo e, ainda, evitar o sol nos períodos mais intensos, para não correrem o risco de desenvolver lesões de queimadura solar e até mesmo melanoma (câncer de pele). Nesses casos, recomenda-se o uso do protetor solar veterinário, encontrado comercialmente pronto, com FPS 15 e 30, ou manipulado conforme prescrição.
4 – Ectoparasitas
Os ovos dos ectoparasitas (pulgas, carrapatos, piolhos, moscas e mosquitos) eclodem nas épocas do ano mais quentes, fazendo com que as larvas precisem se alimentar para seu desenvolvimento e reprodução. Para proteger os pets devemos utilizar antipulgas e carrapaticidas durante o ano todo, mas o cuidado deve ser redobrado nos períodos de maior calor, afinal além do incômodo com coceiras, os ectoparasitas transmitem doenças e podem causar alergias como a dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP).
“Há uma grande diversidade de produtos no mercado veterinário, que variam conforme princípio ativo, forma de aplicação, tempo de duração e preço”, informa Jaqueline. Também é importante utilizar produtos de limpeza específicos para a casa e locais preferidos dos pets, como caminha, sofá, tapetes e poltronas.
5 – Doenças e vacinação
A combinação calor e chuva, comum na primavera, contribui para a proliferação de doenças como a Leptospirose, uma doença bacteriana transmitida para os cães de forma direta, através do contato com o vetor – o rato e sua urina contaminada – e de forma indireta, através de tecidos, alimentos e água contaminados. Essa bactéria penetra a pele, em mucosas ou lesões, ou ainda pode ser inalada. É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para os humanos, e os cães podem ser transmissores mesmo não apresentando sinais clínicos.
A principal forma de prevenção se faz com a vacinação anual, ou semestral em locais de maior incidência e presença de ratos. As vacinas múltiplas para cães, como óctupla e déctupla apresentam proteção contra alguns sorovares (tipos) de leptospiras presentes no Brasil. Além disso é muito importante a higienização dos quintais e locais onde ficam os pets. “O principal cuidado é não deixar ração ou alimentos disponíveis nos canis e quintais, pois é essa a principal forma de contato do cão com o rato ou sua urina. Os ratos são atraídos pelo alimento e costumam urinar no local”, alerta Jaqueline. “O ideal é fornecer o alimento em horários específicos e retirar os pratos, mesmo que o pet não tenha ingerido tudo. Inclusive, a exposição da ração ao sol faz com essa fermente e, a posterior ingestão, pode causar problemas gástricos ao cão”, complementa.
Já a espécie felina é considerada resistente à infecção pois, mesmo quando entram em contato com a bactéria, não desenvolvem a doença. São raros os relatos de gatos positivos a Leptospirose, por isso não é necessária a imunização desses animais contra as leptospiras.
6 – Passeios
Segundo a veterinária, deve-se evitar passear com os pets nos horários mais quentes do dia, das 10h às 16h, pois dessa forma reduz-se os riscos de queimaduras nos coxins (almofadinhas das patas), desidratação, queimaduras solares na pele, dificuldades respiratórias e de troca de calor. Cães e gatos não possuem glândulas sudoríparas, fazem a troca de calor apenas via coxins, focinho e língua, por isso sofrem muito mais com os efeitos das altas temperaturas que os humanos. As raças braquicefálicas (com focinhos achatados), como Pug, Shih Tzu, Pequinês, Buldogue Francês, Buldogue Inglês, Boston Terrier, Boxer, Dogue de Bordeaux e Persa, precisam de um cuidado ainda maior, pois a troca de calor é ainda mais dificultada pela sua anatomia.
Durante as caminhadas é indicado, além do uso do protetor solar, a utilização de sapatinhos e, até mesmo, bonés. Além disso, é necessário o uso de hidratantes veterinários específicos após o passeio, principalmente nas áreas dos coxins e focinho.
“Essa também foi uma preocupação da docg. ao desenvolver sua linha de produtos”, esclarece a farmacêutica Sandra Schuster. “Criamos um creme para patas com D-pantenol e glicerídeos de soja que está fazendo sucesso”, revela.
Com essas dicas seu pet estará pronto para enfrentar a primavera e se preparar para o verão.
Grande maioria dos animais disponíveis para adoção ganharam novos donos. Ao todo 74 cães e 9 gatos agora possuem um novo lar.
A Samarco, com o apoio da Prefeitura Municipal de Mariana, da Comissão Extraordinária de Proteção dos Animais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e de ONGs de proteção animal realizou neste final de semana o evento gratuito de adoção de cães e gatos resgatados na região impactada pelo rompimento da Barragem de Fundão.
No total, 83 animais ganharam um novo lar, o que representa quase 90% de efetividade da campanha. Foram adotados 74 cães e 9 gatos, todos eles castrados, vacinados e vermifugados. Restam ainda 28 animais aptos para adoção.
Quem não conseguiu comparecer ao evento ainda pode acolher algum dos cães e gatos. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (31) 3559-5425 e agendar uma visita ao Centro de Recolhimento e Assistência aos Animais (Rodovia MG-129, S/N, KM 138 – Mariana). A adoção é realizada mediante entrevista pessoal.
ONGs parceiras
A iniciativa conta com a parceira de ONGs, que participam desde o início da assistência aos animais. Entre as ONGs parceiras da Samarco no evento de adoção estão: Associação Lafaietense de Proteção aos Animais (ALPA) – Lafaiete (MG), Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados (Ampara) – São Paulo (SP), Associação Ouropretana de Proteção Animal (AOPA) – Ouro Preto (MG), Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) – São Paulo (SP), Instituto de Defesa dos Direitos dos Animais (IDDA) – Ouro Preto (MG), ONG Proteger – Contagem (MG),Movimento Mineiro de Direito dos Animais (MMDA) – Belo Horizonte (MG) e Vida Animal – Itabirito (MG).