Cães com medo de fogos de artifício: o que fazer?

Renato Zanetti, zootecnista e especialista em comportamento animal, dá dicas de como deixar o pet tranquilo durante a queima de fogos de artifício

 A virada do ano está chegando e não há como fugir dos barulhos dos fogos de artifício. Durante todo o ano eles são usados em festas populares, finais de campeonatos esportivos e também celebrações e quem sofre com tudo isso são os pets. Mas, por que cachorro tem tanto medo de fogos de artifício?

Os cães possuem uma audição muito sensível, podendo escutar a origem do som em até seis centésimos de segundo e chegando a escutar até 45 mil hertz. Alguns se escondem dos barulhos, fogem, se ferem e outros correm para os donos tremendo. Quando estão em pânico, os cães podem até chegar a óbito, principalmente os que têm problemas cardíacos.

O especialista em comportamento animal e zootecnista, Renato Zanetti, explica que é importante entender a diferença entre medo e pânico para que o tutor saiba identificar qual a sensação de seu cachorro. “Medo é quando o animal sente que está em perigo, mas não faz coisas estranhas que normalmente não faria. Já o pânico é um nível maior e faz com que o pet não consiga processar muito bem essa emoção. O pânico impede que tenham a percepção do ambiente, podendo levar o cachorro a atravessar portas de vidro, escalar paredes, subir em telhados e até saltar de muros altos”, conta.

Mas para que isso não aconteça, Zanetti lista algumas dicas para minimizar esses problemas e ajudar os tutores a passar a virada do ano tranquilo com seu animal de estimação.

  1. Estar em um lugar tranquilo, com o mínimo de barulho possível para que o pet não fique estressado e consequente sinta medo ou pânico;
  2. Abafar o som externo. Deixar o ventilador ligado, colocar uma música calma, fechar janelas e portas;
  3. Adaptar o cachorro ao ambiente que irá passar o ano novo, seja em casa sozinho ou em um day care;
  4. O espaço tem que ser seguro para o cachorro. Todos os possíveis locais que eles possam escapar, devem estar fechados, como portas e janelas;
  5. É importante disponibilizar tocas para ele se esconder, locais como embaixo da cama, dentro de caixas, dentro do banheiro, dentro da casinha ou uma caixa de transporte;
  6. Disponibilizar petiscos diferentes ou comidas congeladas e brinquedos recheáveis para distraí-lo e estimulá-lo;
  7. Se o pet ficar sozinho, o espaço deve ser livre de prateleiras, vidros, objetos de decoração ou porta retrato. Isso evita que ele se machuque;

 

Dia Mundial do Diabetes Saiba quais são e como evitar as consequências da doença nos pets

Veterinária da Petz orienta sobre o problema que pode trazer complicações para cães e gatos

O diagnóstico do diabetes em cães e gatos tem crescido nos últimos anos. Por isso, o dia mundial da doença, em 14 de novembro, é uma data importante também para alertar sobre os riscos nos bichinhos de estimação. “Caso não seja tratado adequadamente, o problema traz complicações que podem comprometer a vida dos pets”, afirma a Dra. Camila Canno Garcia, veterinária da Petz.

Ela explica que o diabetes tipo 1 é o mais comum em cães e está associado à destruição ou disfunção das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, hormônio que controla a taxa de glicose no sangue. Já em gatos, é o tipo 2, associado na maioria dos casos à obesidade, sedentarismo e uso de corticoides.

Causas

Os cães de 5 a 15 anos de raças pequenas, como poodle, daschund e yorkshire, têm mais predisposição a desenvolver a doença. Entre as causas estão a propensão genética, obesidade, uso contínuo de algumas medicações à base de corticoide, o hiperadrenocorticismo (doença hormonal), a pancreatite e a doença renal.

Mas a veterinária destaca que o aumento de casos também pode estar associado à dieta e aos hábitos dos tutores, que refletem na vida de seus bichinhos de estimação. As pessoas devem ficar atentas aos sintomas como o aumento da ingestão de água, da frequência urinária, do apetite e a perda de peso. O tratamento é realizado com aplicações diárias de Insulina, dieta adequada, atividades físicas e controle de possíveis complicações.

Prevenção

Os check-ups semestrais são importantes para a prevenção e para o diagnóstico precoce, feito por meio de exames de sangue e urina.  “O ideal é manter o peso adequado, a alimentação balanceada, estimular o pet a brincar e a praticar atividades físicas e levá-lo sempre ao veterinário”, orienta a Dra. Camila. Veja a seguir as complicações que podem ocorrer caso a doença não seja tratada adequadamente:

Consequências

1 – Catarata –  Alteração muito comum que ocorre devido ao acúmulo de sorbitol (produto decorrente do excesso de glicose) no cristalino, dando um aspecto opaco nos olhos e  levando até à cegueira. O tratamento cirúrgico é recomendado nestes casos, e o quanto antes diagnosticada a catarata maior a chance de sucesso.

2 – Infecções – Causadas por bactérias ou fungos, são muito comuns nos pets diabéticos. Isso porque o alto teor de glicose no sangue favorece o crescimento desses microrganismos. Qualquer infecção detectada deve ser tratada adequadamente com acompanhamento do veterinário, e o não tratamento pode resultar em descontrole da glicemia.

3 – Cetoacidose diabética – Complicação gravíssima do diabetes que pode levar à morte. Ocorre normalmente nos bichinhos não tratados (os donos ainda não descobriram a doença) ou em pets instáveis (sem controle adequado). Requer internação e tratamento intensivo, e pode levar dias para estabilização do quadro.

4 – Hipoglicemia – Diminuição da glicemia, podendo levar a alterações de comportamento, andar cambaleante, convulsão e até ao coma. Ocorre normalmente por aplicação errada de insulina ou alimentação em menor quantidade que a recomendada, e pode precisar de acompanhamento do veterinário e até internação em casos mais graves.

Problemas cardíacos nos pets: Como identificar?

Veterinária especialista da Petz orienta sobre a importância do diagnóstico precoce e como cuidar do coração dos bichinhos de estimação

O alerta do Dia do Coração (29 de setembro) também é importante para cuidar dos pets. Além da propensão de cada raça, com o avanço da idade, os problemas cardíacos em cães e gatos tendem a aumentar. Por isso, o check-up de seis em seis meses é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce. “Todas as doenças podem ser controladas com medicação, retardando sua progressão e trazendo conforto para os bichinhos de estimação”, orienta a veterinária especialista em cardiologia da Petz, Dra. Michelle Caroline Claviço.

As doenças

A cardiopatia mais comum em cães são as endocardioses, que atingem as válvulas do coração, a mitral e a tricúspide, com a idade avançada e predisposição racial. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de porte pequeno, como poodle, teckel e cavalier. Já raças como cocker, boxer e terra nova são mais propensas à cardiomiopatia dilatada, caracterizada pela dilatação do ventrículo por uma alteração do músculo cardíaco. Em gatos, a mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, causada também por uma alteração do músculo cardíaco de origem mais comum a hereditariedade.

Uma outra doença que tem preocupado é a dirofilariose, provocada por um verme que se aloja no coração dos pets, transmitida por mosquito. A incidência é maior no litoral, mas há registros também em outras regiões. Para este caso, a Petz oferece uma nova vacina que previne contra o parasita dirofilária, causador da doença.

Os sinais

Os principais sintomas das cardiopatias são intolerância aos exercícios, tosse principalmente no período noturno, cansaço fácil, apatia, prostração, desconforto em algumas posições, cianose (coloração arroxeada da língua) e desmaios em alguns casos. Além de ficar de olho nesses sinais, as pessoas devem levar o pet às visitas periódicas ao veterinário.

“Quando auscultamos os pets, podemos identificar alterações no ritmo dos batimentos (arritmias) e mudanças nos sons do pulmão (crepitação)”, explica a Dr. Michelle. Para confirmar o diagnóstico são feitos exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio X de tórax. “O tratamento varia da doença, do estagio e da sintomatologia do pet. Como cada um tem sua particularidade, às vezes, é necessário utilizar uma droga diferente para cada bichinho.”

Oito dicas para prevenir e cuidar do coração dos pets

1 – Realizar check-ups de seis em seis meses;

2 – Ter uma alimentação equilibrada com ração super premium;

3 – Evitar a obesidade, que é um dos fatores de risco;

4 – Manter a saúde oral, com cuidados e escovação frequente, porque as bactérias estão relacionadas às cardiopatias;

5 – No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso mensal de vermífugos, há agora uma vacina que protege os pets com uma dose anual;

6 – Enriquecer o ambiente que os pets ficam com brinquedos que estimulem a atividade física;

7 – Passear com frequência para caminhadas moderadas e diversão;

8 – Conhecer a predisposição que a raça do pet apresenta.