Liberação dos jogos de azar: possível mudança chegando?

O fim da proibição dos jogos de azar vem sendo debatido faz vários anos. Não sendo possível um consenso, o ano eleitoral acabou por “enterrar” o assunto, e com a eleição de um presidente conservador e cristão, muitos pensariam que não teria mais volta. Mas 2019 começou e a mídia não
para de noticiar responsáveis falando sobre o assunto. E o próprio Jair Bolsonaro vai se mantendo em silêncio.

O papel do presidente Bolsonaro

O eleitorado recorda aquele vídeo de campanha em que o então candidato reputava de mentira a acusação de que se preparava para liberar os jogos de cassino. Mas as coisas podem não ser tão simples assim.

Até porque o presidente Bolsonaro ficará na “estória” como o presidente que liberou as apostas esportivas no Brasil. A História dirá que a MP 846/18 foi sancionada como lei pelo presidente Michel Temer em dezembro de 2018; muitos esquecerão que Bolsonaro pegou logo nesse tema, enquanto
presidente-eleito. No prazo de quatro anos, os brasileiros deixarão de poder apostar apenas nos sites recomendados pelo apostasbrazil.com.br (em plataformas estrangeiras, as únicas que a lei não proíbe).

Pressões políticas

As pressões vêm de todos os lados. O leitor mais conservador poderia imaginar que os principais interessados são os partidos políticos progressistas, interessados em contribuir para o caos social; talvez alguns poderes econômicos estivessem acompanhando, na sombra.

Essa ideia está parcialmente correta. Vale acrescentar que o “progressismo” não é sinônimo de aceitação do jogo; em Cuba, os cassinos são tão proibidos quanto no Brasil.

É fato que investidores estrangeiros vêm dando sinais de estarem muito interessados em abrir cassinos no Brasil, a começar por Mr. Sheldon Adelson, de Las Vegas – um dos 30 homens mais ricos do mundo.
Mas tem outros setores clamando pela abertura de cassinos, em especial o setor do turismo, e particularmente no sul do Brasil.

O leitor conhece o argumento segundo o qual a abertura de cassinos seria uma ameaça para hotéis e restaurantes, pois os turistas gastariam tudo em jogo? O setor turístico não está nem aí para esse argumento. Por todo o mundo, os cassinos são vistos como motores de desenvolvimento turístico.

Ultimamente, tem políticos insuspeitos pedindo a abertura de cassinos. Marcelo Crivella, o “prefeito da Universal”, já pediu declaradamente e sem problemas a aceitação do investimento bilionário prometido por Mr. Adelson e a criação de um super cassino resort no Rio.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão, já está fazendo o mesmo pedido também.

Novo projeto de lei

Já foi apresentado um novo projeto de Lei, o 530/2019, de Paulo Azi (DEM-BA), que retoma diversas ideias que vinham sendo debatidas anteriormente. A principal é o licenciamento de um número
limitado de cassinos em cada estado, de acordo com sua população.

Será que o presidente vai dar sua força a um projeto desse tipo, em nome do desenvolvimento econômico, como fez com as apostas esportivas? Ou irá preferir beneficiar o Rio de Janeiro e São Paulo em primeiro lugar, para minimizar as críticas?

A indústria está aguardando sinais de Bolsonaro sobre esse tema, e a verdade é que o resto do Brasil também.

Advogados de Bolsonaro e Haddad falam sobre pedido do PT no TSE

Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília
Advogados das candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) falaram hoje (23), em entrevista ao programa Plenário em Pauta, da Rádio Justiça, sobre o pedido da coligação do petista junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar a denúncia de que empresários teriam custeado envios em massa de mensagens de Whatsapp favorecendo o presidenciável do PSL.
A coligação de Haddad pediu que, se confirmada a denúncia, a candidatura de Bolsonaro seja declarada inelegível.
A ação foi baseada em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual empresários apoiadores de Bolsonaro teriam financiado o envio de centenas de milhões de mensagens no WhatsApp em contratos de até R$ 12 milhões. Entre as mensagens estariam não somente conteúdos de apoio a Jair Bolsonaro, mas mensagens falsas contra Fernando Haddad.
“Não queremos fazer avaliação prematura, cabe à Justiça fazer avaliação com base nas informações trazidas e esperamos que o TSE traga resposta o mais rápido possível para que tenhamos pleito eleitoral limpo e correto. No atual estágio da democracia em que nos encontramos, uma fraude nesta escala, se comprovada, afeta toda a legitimidade do processo eleitoral e contamina todo o pleito”, afirmou Ângelo Ferraro, um dos advogados da coligação de Haddad, na entrevista.
Segundo os advogados do candidato do PT, se comprovado, o fato configuraria abuso de poder econômico, uma vez que os recursos empregados estariam gerando desequilíbrio na disputa eleitoral. Tal medida configuraria, conforme a ação, um uso indevido de meio de comunicação digital ao violar a proibição da legislação eleitoral de divulgação de “informações sabidamente inverídicas”. Por fim, a ação aponta também que o pagamento por empresas, se confirmado, também constitui crime eleitoral, já que tal prática foi vedada para as eleições deste ano pela Minirreforma Eleitoral, aprovada em 2017.
Na ação, foi solicitada em caráter liminar a apreensão de documentos e equipamentos das empresas apontadas como supostamente envolvidas no esquema para a constituição de provas no processo. O TSE abriu o procedimento de apuração, mas o ministro Jorge Mussi não acolheu o pedido. Na avaliação da defesa, a medida vai dificultar a investigação e pode facilitar uma eventual destruição das provas.
Defesa

No programa da Rádio Justiça, a advogada Karina Kufa, da coligação de Jair Bolsonaro, “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”, contestou os argumentos dos advogados de Fernando Haddad. Ela criticou o fato de a ação não trazer provas robustas e uma indicação da conduta do candidato questionado, o que caracterizou como condições para uma ação deste tipo.
“A [ação] inicial trouxe tão somente a matéria da Folha de S. Paulo e a procuração dos advogados. Não trouxe nenhum documento. Também pedimos direito de resposta à Folha. Em sua defesa, o jornal não trouxe qualquer elemento que a notícia teria respaldo, para afirmar que o candidato estivesse envolvido e sequer se ela existe”, pontuou a advogada.
Ela reafirmou a posição já manifestada por Jair Bolsonaro no dia em que a reportagem foi publicada de desconhecer o suposto esquema e de que não houve qualquer envolvimento do candidato em envios em massa de mensagens no WhatsApp. Kufa acrescentou que mesmo em caso de um ato espontâneo de algum apoiador, não havendo comprovação de anuência ou conhecimento da parte do presidenciável do PSL não seria possível responsabilizá-lo.
Segundo a advogada, Bolsonaro não necessitaria de tais serviços uma vez que possui grande alcance nas redes sociais e os elementos contrários ao PT seriam suficientes para as críticas ao adversário neste 2o turno. “Tem tantos fatos verídicos que não teria porque o candidato Jair Bolsonaro usar WhatsApp para criar fake news para atacar seu opositor”, acrescentou. Ela informou que a defesa deve apresentar sua posição entre hoje e amanhã ao Tribunal.
    

Saiba mais

PT pede para TSE declarar inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos

Edição: Sabrina Craide

Tags: eleições2018 TSE Justiça Eleitoral

Empresa Brasil de Comunicação S/A – EBC

Confira os planos de governo de Bolsonaro e Haddad

Os planos de governo dos candidatos à Presidência da República apresentam algumas diferenças interessantes. Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) quer reduzir os gastos diminuindo o número de ministérios, por exemplo, o candidato do PT Fernando Haddad quer aumentar as pastas em no mínimo seis novas frentes.

Outro ponto de destaque entre os planos de governo está o controle da mídia. Hoje você tem a liberdade de ler, ouvir e assistir a qualquer conteúdo livremente, o que deve ser mantido no governo de Bolsonaro. Já Haddad quer meios de controle da mídia, regulando o setor. Uma afronta a liberdade de expressão e de imprensa.

A candidatura de Fernando Haddad, que substituiu o ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba, quer ainda aumentar impostos, como tributar áreas grandes rurais e ainda criar impostos sobre exportação. Já Bolsonaro defende a redução da carga tributária, inclusive para a pessoa física, isentando de imposto de renda quem ganha até 5.000 reais.

Veja os comentários:

https://youtu.be/xduvzAp48tY

Bolsonaro ou Haddad – em quem devemos votar?

Estamos na reta final das Eleições 2018 onde futuramente será definido o novo Presidente do Brasil. Em quem votar? Bolsonaro ou Haddad? Se você quer a mudança que tanto almeja na situação política brasileira, você acha congruente manter o PT? Será que a mudança que desejamos não está em Bolsonaro? Talvez ele não seja a melhor pessoa no mundo para governar o Brasil, mas é o início de uma nova fase para o mercado brasileiro. Os votos no primeiro turno já deram esse recado. Chegou a hora de mudarmos!

https://www.youtube.com/watch?v=X2lo4ugqYp4&feature=youtu.be

Bolsonaro é citado 20 vezes em debate da Globo; Lula 10; veja outros

Aconteceu na noite desta quinta-feira o debate da TV GLOBO entre os candidatos a Presidência da República. A ausência de Jair Bolsonaro foi bastante sentida pelos candidatos. Ele é líder nas pesquisas de intenção de voto e cedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal da Record, que foi exibida no mesmo horário de início do debate.

Entre os assuntos e as propostas discutidas no debate apresentado por William Bonner, outras pessoas do cenário político foram citadas algumas vezes, ou pelo menos uma vez. Veja o ranking:

  1. Bolsonaro – 20 vezes
  2. Temer – 12 vezes
  3. Lula – 10 vezes
  4. FHC – 6 vezes
  5. Dilma – 4 vezes
  6. Palocci – 2 vezes
  7. Marcos Valério – 2 vezes
  8. Maluf – 1 vez
  9. Collor – 1 vez
  10. Aécio Neves – 1 vez

Além disso, a Lava Jato foi mencionada pelo menos duas vezes.

Fernando Haddad, candidato que substituiu o ex-Presidente Lula na campanha, apenas citou o nome dele no terceiro bloco. Nos dois primeiros, apenas mencionou “nossos governos”, se referindo a Dilma e Lula.

O debate foi marcado por situações inusitadas, como a falha de William Bonner por 3 vezes e o candidato Álvaro Dias extrapolando o tempo limite para fazer perguntas, além de abrir o debate cumprimentando Bonner por conhecê-lo pessoalmente.

As eleições acontecem no próximo domingo (7).