Azul e LATAM anunciam acordos de voo e de programas de fidelidade

São Paulo, 16 de junho de 2020 – A Azul S.A e a LATAM Airlines Brasil anunciam hoje um acordo de codeshare para conectar rotas em suas respectivas malhas domésticas no Brasil. As duas empresas assinaram também um acordo para seus programas de fidelidade, possibilitando que 12 milhões de associados do TudoAzul e 37 milhões de membros do LATAM Pass possam acumular pontos no programa de sua escolha. 

O acordo de codeshare incluirá inicialmente 50 rotas domésticas não sobrepostas de/para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU), oferecendo aos clientes no Brasil várias opções de conexões novas e mais convenientes. Os codeshares também irão possibilitar uma experiência de viagem mais tranquila entre os voos da Azul e LATAM, com bilhetes compartilhados para check-in e despacho de bagagem. Os bilhetes estarão à venda nos próximos meses.

“Esses acordos trarão benefícios incomparáveis para os clientes. Com a malha aérea altamente conectada da Azul que atende a muitos destinos no Brasil e com os hubs da LATAM, nossa complementariedade de frota e de malha oferecerão aos clientes a mais ampla variedade de opções de viagem. Além disso, ambas as companhias aéreas têm uma história e paixão pelo atendimento ao cliente, e estamos ansiosos para mostrar isso juntos”, disse John Rodgerson, CEO da Azul. 

“Como sinal do compromisso de longo prazo da LATAM com o mercado brasileiro, esse acordo de codeshare oferecerá aos clientes o acesso à maior malha de voos na história do país. Entendemos que a crise do COVID-19 exige respostas inovadoras para ajudar a impulsionar a economia da região e o anúncio de hoje faz parte de nossa contribuição para esse esforço. Com os valores compartilhados de atendimento ao cliente tanto da Azul quanto da LATAM e rotas complementares esperamos oferecer uma experiência líder do setor para clientes no Brasil”, afirma Jerome Cadier, CEO da LATAM Airlines Brasil. 

Antes da crise do COVID-19, a Azul e a LATAM Airlines Brasil atendiam um total de 137 destinos no Brasil, com 298 rotas e 1.632 partidas diárias. Em 2019, as duas companhias aéreas receberam reconhecimento por sua experiência de viagem e performance de pontualidade. 

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Câncer de próstata não apresenta sintomas em estágio inicial

Diferente das mulheres, os homens não costumam visitar um médico a não ser que algo realmente os incomode. Este é um hábito que têm levado milhares de homem à morte. Doenças, como o câncer de próstata, que não apresentam sintomas em fase inicial, dependem da detecção precoce para que possam ser curadas, de acordo com o urologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar de Castro Cardoso. “É importante que os homens desenvolvam o hábito de visitar seu médico periodicamente”.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o câncer de próstata é o tipo com maior incidência na população masculina depois do de pele não melanoma, atingindo cerca de 70 mil brasileiros todos os anos. A doença tem por característica apenas apresentar sintomas quando já está em estágio avançado, ou seja, com possibilidade reduzida de cura. O tratamento visa dar sobrevida e minimizar o sofrimento do paciente.

O médico reforça que, atualmente, o diagnóstico positivo da doença não é um atestado de morte, pois, quando precocemente identificado, o índice de cura do câncer de próstata está em torno de 90%. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, os principais fatores de risco estão na idade (maior incidência a partir dos 60 anos), raça (afrodescendentes são mais propensos) e histórico familiar.

“Recomendamos que os homens, a partir dos 50 anos, realizem o exame de próstata, que inclui o exame de sangue PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame digital retal (exame do toque) anualmente, ambos indispensáveis”, explica o urologista. Ele ressalta que, por meio do exame de toque, é possível averiguar o tamanho, consistência e se há lesões palpáveis na glândula. “Ainda hoje, a melhor forma de combater este tipo de câncer é a prevenção, realizando exames preventivos periódicos”, destaca.

A próstata é uma glândula que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha, localizada abaixo da bexiga. Sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. O câncer de próstata é causado pela multiplicação descontrolada das suas células, formando um tumor maligno originário das células glandulares do tecido prostático.

Na fase avançada, quando a cura é mais difícil, os principais sintomas que se manifestam são vontade de urinar com urgência, dificuldade em urinar (o que causa várias idas ao banheiro durante a noite), dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal e dores fortes.

Fatores de Risco

– Idade (cerca de 60% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)

– Histórico familiar

– Raça (maior incidência entre os afrodescendentes)

Novembro Azul: o exagero do diagnóstico

Beny Schmidt * – Para espanto dos leigos e de muitos colegas profissionais da área da saúde, a atenção que tem sido dada ao adenocarcinoma de próstata é indevida. Já dizia o maior patologista do Brasil, Walter Edgard Maffei, que em quase 50% dos casos de homens que se submeterem a uma biopsia de próstata após os 50 anos da idade, o patologista será academicamente obrigado a laudar adenocarcinoma de próstata. Isso porque, próximos de se tornarem idosos, é comum os homens apresentarem atipias nucleares nas glândulas prostáticas.

Isso não significa, porém, que esse adenocarcinoma será biologicamente maligno. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. É preciso que a população conheça o ponto de vista da Scientific American, em artigo publicado em 2014. Um tumor benigno, como, por exemplo, um lipoma, constituído por células adiposas, é benigno histologicamente. Porém, se estiver localizado no cérebro e obstruir o fluxo liquórico, torna-se maligno biologicamente.

Ou seja, nem tudo que é maligno histologicamente cursa com malignidade durante a vida. Após este artigo, os americanos simplesmente aboliram em varias cidades dos Estados Unidos o screening para o diagnóstico de câncer de próstata. Por que, dizem eles? Primeiro porque a imensa maioria não se comporta como um tumor maligno. Segundo, o que é mais estarrecedor, é que quando o indivíduo tem câncer de próstata e metástase, ele morre antes de ser submetido à cirurgia, por conta da piora na qualidade de vida. Ora, pra que diagnosticar se a cirurgia não tem o efeito curativo assim propagado pelos médicos? Isso sem falar nos efeitos colaterais que, na grande maioria dos casos, cursam com a impotência sexual, tão temida pelos homens.

Quero deixar aqui a minha opinião, como patologista: não se pode operar um adenocarcinoma de próstata diretamente após o seu diagnóstico. É preciso esperar para ver o seu comportamento biológico. Há um exagero nos procedimentos cirúrgicos. Há uma intimidação dos homens e uma mistura com discussão filosófica quanto ao toque retal, que, realmente, é muito menos importante do que o bom senso e a boa prática da medicina.

 

* Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo com a entrega da Medalha Anchieta e do Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, como agradecimento por todos os seus feitos em prol da saúde.  Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por  introduzir no Brasil o teste do pezinho.