Para a presidente da entidade, o documento deveria detalhar melhor questões como a presença de idosos e crianças, a distância para a prática de atividades coletivas e o fechamento dos chuveiros das unidades
Depois de quase quatro meses com as portas fechadas, as academias finalmente reabriram, mas o que parecia um bom caminho trouxe muita confusão e o fechamento de mais unidades na capital do país. Segundo o Sindicato das Academias do DF, o Sindac, pelo menos 100 academias encerraram atividades desde o começo da pandemia. O setor também soma 8 mil demitidos e até o momento apenas 20% dos clientes retomaram suas atividades nas academias.
Os números são assustadores e causam preocupação na presidente da entidade. Para Thais Yeleni, apesar do retorno, o decreto de reabertura deixou muitas dúvidas e precisa ser alterado. “Muita gente não vai a academia porque não consegue tomar um banho, por exemplo, isso reduz a frequência, pois muitos praticantes vão da academia para o trabalho”, aponta.
Ela aponta outros dois pontos, a participação de crianças e idosos e ainda as aulas coletivas, que conforme o decreto precisariam de 4m² de distância entre os alunos. “Precisamos de uma alteração urgente, pois o decreto diz que podemos oferecer coletivas com 4m², mas até hoje, elas não foram liberadas oficialmente. Isso também reduz o número de clientes”, afirma. “É importante pensar também que 4m² entre cada aluno, pode prejudicar ainda mais as academias pequenas, que não conseguiriam comportar todos os alunos”, complementa.
Thais alerta para a inatividade da população mais atingida pela pandemia no DF, os idosos. “Nós somos um segmento fundamental para a saúde. Atuamos no combate à doenças e comorbidades que podem agravar os sintomas do novo Coronavírus, mas não estamos conseguindo cumprir nosso papel”, lamenta. “Nós podemos ajudar os idosos a se recuperarem e mesmo se prevenirem com saúde e segurança”, ressalta.
“Nós enviamos ofícios à Casa Civil pedindo as alterações. Tivemos uma reunião e nos foi dito que deveriam haver adequações às aulas e não que seriam proibidas. Mas isso estava confuso para os profissionais de fiscalização, por isso, haveriam correções, ainda estamos aguardando”, diz Thais Yeleni.