Investimento no SUS não acompanha demanda e população busca novas alternativas

Para oferecer serviços de saúde mais acessível, VidaClass investe em tecnologia, desburocratização e agilidade

Segundo dados do Siafi/Siga Brasil, o número de dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS) no País cresceu 9% nos últimos 8 anos, enquanto, nesse mesmo período, o orçamento da pasta avançou apenas 4,2%. Essa defasagem faz com que uma parcela de pessoas não encontre no atendimento público as soluções para seus problemas.

De olho nesses dados, as empresas de saúde se mobilizam para conseguir combinar custo, qualidade e disponibilidade. Dentro desse contexto, a plataforma de saúde VidaClass disponibiliza a maior rede credenciada para seus clientes, com opções em todas as regiões e para os diferentes bolsos, dando opções de escolha e democratizando o acesso, um dos pilares que originaram a plataforma. VidaClass promove uma relação de benefícios para os clientes onde os dois lados saem ganhando.

O mais recente passo que a plataforma deu em direção a esse objetivo foi abrir a possibilidade de contratação avulsa. Para ter acesso aos serviços e produtos com descontos, que chegam a 80%, o cliente não precisa mais de uma assinatura, basta acessar, escolher, agendar e realizar o pagamento.

A plataforma oferece, por exemplo, exames a partir de R$ 2,80 e consultas a partir de R$ 35, além de descontos em medicamentos e produtos de higiene, por meio do serviço de farmácia digital, o VC Delivery.

Sobre a empresa – Criada em 2014, a VidaClass é uma startup que promove acesso a diversos serviços na área da saúde. Entre eles, médicos, dentistas, exames de imagens e laboratoriais, consultas multiprofissionais, pacotes hospitalares, seguro de diária internação hospitalar e benefícios farmacêuticos.

Doenças do aparelho digestivo: mitos e verdades

Apesar das doenças do sistema digestivo serem bastante comuns e popularmente conhecidas, ainda há alguns mitos disseminados sobre elas. O acesso a informações confiáveis faz parte de um processo fundamental de promoção e segurança à saúde.

O gastroenterologista Dr. Quelson Coelho, membro da Doctoralia, listou alguns mitos e verdades sobre doenças do aparelho digestivo. Confira:

A cirrose é causada apenas pelo alcoolismo.

Dr. Quelson: Mito! Qualquer coisa que machuque o fígado, causando inflamação por alguns anos pode causar a cirrose. Então, além da bebida alcoólica, a gordura no fígado e hepatites virais e outros tipos de doença do órgão podem ter como consequência a cirrose.

Leite é um ótimo remédio para curar a gastrite.

Dr. Quelson: A realidade é que o leite não melhora em nada a gastrite. O que acontece é que quando bebemos algum líquido, não só o leite, e enchemos o nosso estômago, acabamos diluindo o ácido que está presente no estômago e, então, os sintomas da gastrite podem aliviar momentaneamente.

A gastrite pode causar úlcera e câncer.

Dr. Quelson: A gastrite em sua definição é uma inflamação no estômago, e se essa inflamação ficar alguns anos persistindo sem tratamento pode causar uma úlcera no estômago e, em algumas pessoas, pode evoluir para câncer. Quem tem gastrite deve ser bem avaliado e tratado para não agravar o caso.

Chicletes e balas são maléficos para o estômago quando se trata da gastrite.

Dr. Quelson: A mastigação estimula a produção de ácido no estômago e, quando a gente mastiga, o estômago entende que vai chegar algum alimento e por isso ele produz ácido. Quando a gente mastiga chiclete por exemplo, o estômago vai aumentar muita produção de ácido, mas como não vem nenhum alimento esse ácido pode machucar o próprio órgão, podendo inflamá-lo e causar gastrite.

A alimentação pode intensificar a gastrite.

Dr. Quelson: Isso é verdade! Alguns alimentos podem piorar a gastrite ou até mesmo causá-la. Produtos processados, industrializados, muito gordurosos e até mesmo ácidos podem aumentar a inflamação no estômago levando a uma piora da gastrite.

Automedicação pode levar à cirrose.

Dr. Quelson: Verdade! Alguns remédios são maléficos para o fígado e podem causar uma hepatite aguda e, em alguns casos, o uso crônico de medicamento pode causar cirrose no fígado. As pessoas não devem se automedicar e o uso de medicamentos deve ser acompanhado por um médico.

A regra dos cinco segundos.

Dr. Quelson: A regra dos 5 segundos é uma crença que se algum alimento cai no chão e a gente o pega antes dos 5 segundos e assim, não causaria mal nenhum. Isso é um mito, o alimento, assim que ele toca o chão, já pode ser contaminado por vírus e bactérias. O recomendado é nunca ingerir alimentos que caíram no chão.

O aumento de peso pode ocasionar o refluxo.

Dr. Quelson: O peso pode influenciar no refluxo quando há gordura na região abdominal. O refluxo acontece quando o ácido presente no estômago sobe para o esôfago em um momento de pressão na barriga devido ao excesso de gordura na região.

Café, álcool e chocolates podem aumentar o refluxo.

Dr. Quelson: É verdade. Cada um desses alimentos tem substâncias que aumentam a chance de refluxo. O café, por exemplo, tem cafeína; o álcool por si só aumenta o refluxo podendo também causar gastrite; e o chocolate tem gordura, que faz com que aumente a chance de refluxo.

O refluxo está relacionado com alguma doença do coração.

Dr. Quelson: Mito! O refluxo machuca o esôfago, que fica próximo à região do peito. Então a pessoa pode sentir dor no local por causa de refluxo, mas não necessariamente vai estar relacionada com o coração. A dor no peito deve ser avaliada por um especialista para chegar ao diagnóstico assertivo.
 

Por que a padronização da Própolis é tão importante para a saúde?

A Própolis se tornou indispensável para quem busca por saúde e imunidade, especialmente após a confirmação de suas comprovadas ações antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora

Desde o antigo Egito, a própolis é utilizada como antisséptico, no tratamento de feridas e, inclusive, na conservação dos corpos, durante o famoso ritual de mumificação. Mas até hoje, o mundo segue descobrindo o seu valor e seus muitos benefícios cientificamente comprovados. Se você já usou a própolis alguma vez, provavelmente foi por conta de alguma dor ou infecção na garganta. Porém, além de estudos sobre o combate a bactérias nas vias respiratórias, graças a padronização de qualidade do produto, sua eficácia também foi comprovada como antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora.
 

De acordo com a Dra. Andresa Berretta, farmacêutica responsável e gerente do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Apis Flora, empresa líder desse setor no Brasil, a própolis é uma mistura complexa, formada por material resinoso e balsâmico coletado das plantas pelas abelhas, além de saliva e enzimas acrescentadas por esses insetos. “Na colmeia, a própolis é utilizada para proteção, no reparo de frestas ou danos e na mumificação de insetos invasores. Por se tratar de um produto natural, sua composição pode variar de acordo com o tipo de vegetação, estação do ano e condições ambientais existentes próximas à colmeia. A própolis brasileira, por exemplo, foi dividida em 12 classes”, conta.
 

Em nosso país, destacam-se três tipos de própolis principais: verde, marrom e vermelha. Ainda segundo a especialista, essas variações eram um dos principais desafios que poderiam interferir nos resultados.
 

“Foi desenvolvido um extrato de própolis com um blend específico, tanto do ponto de vista de processo, quanto de características físicas, físico-químicas e biológicas. Nomeado Extrato Padronizado de Própolis (EPP-AF®), essa patente (Nº PI 0405483-0) garante que os produtos sejam padronizados e reprodutíveis lote-a-lote”, explica a farmacêutica. “São centenas de estudos científicos dedicados ao extrato de própolis e sobre a eficácia do EPP-AF® frente alguma doença, devido às suas propriedades antimicrobiana, anti-inflamatória, imunomoduladora, antioxidante e cicatrizante.”
 

Esses efeitos ocorrem devido às suas complexas composições e variedades químicas, que envolvem a presença de compostos fenólicos, flavonoides, entre outros componentes. “Há estudos que demonstram que o extrato de própolis atua no sistema imunológico em duas frentes, estimulando o sistema de defesa positivamente no combate a possíveis investidas de microrganismos como vírus, bactérias e fungos e exercendo também um efeito anti-inflamatório”, explica Dra. Andresa.
 

Após mais de 25 anos de sérias pesquisas, em parceria com as principais universidades do país, atingiu-se um padrão de excelência no mercado, onde o consumidor terá a confiabilidade na reprodução em lote desses produtos, finaliza a farmacêutica responsável e gerente do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Apis Flora.

Como a má qualidade de sono está ligada a casos de hipertensão?

Segundo especialista, noites mal dormidas interferem no organismo
e podem ser uma das causas de hipertensão

No próximo dia 17 de maio é celebrado o Dia Mundial da Hipertensão. A data visa conscientizar a população sobre o assunto e ressaltar a importância do diagnóstico e tratamento da doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença afeta cerca de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas.


A hipertensão arterial está relacionada ao aumento anormal da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo. Ocorre quando a medida da pressão se mantém acima de 140×90 milímetro de mercúrio (mmHg), se tornando um importante fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares.

Algumas condições podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como obesidade, sedentarismo, estresse, tabagismo e quantidades excessivas de álcool ou sódio (sal) na dieta. Além disso, noites mal dormidas podem interferir na pressão arterial. Dormir menos de cinco horas por noite, por exemplo, pode aumentar em cinco vezes o risco de hipertensão.


Relação com o sono
Durante o sono, o corpo passa por um período de repouso e de restauração e durante as fases mais profundas são produzidos hormônios que controlam a circulação. Quando se tem uma noite de sono ruim, o nível dessa produção e o fluxo de sangue é afetado. Desta forma, o corpo não “desliga” e o coração e cérebro não descansam, mantendo a frequência cardíaca e a pressão arterial elevadas.

Segundo a psicóloga e especialista do sono, Laura Castro, sócia-fundadora da Vigilantes do Sono, primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I), é primordial que o tratamento de distúrbios do sono receba a devida importância para prevenir quadros de hipertensão e outras doenças. “Nosso corpo exige um período de descanso necessário para o bom funcionamento. É extremamente importante que respeitemos nossa necessidade de descanso, que é individual e pode variar de pessoa para pessoa, mas, essencialmente, não há descanso adequado sem boas noites de sono”, ressalta.

De acordo com a especialista, é possível adotar alguns hábitos para melhorar as noites de sono e evitar eventuais distúrbios e suas consequências. “Respeitar o horário de dormir é fundamental, o que envolve um ritual de preparo para o sono, pois o corpo leva algum tempo para começar a se “desligar”. Por isso, é importante evitar telas antes de repousar, ter cuidado com a ingestão de substâncias cafeinadas (chocolate, café, chás, refrigerantes, etc), que excitam o cérebro , tanto quanto outros estimulantes, como o cigarro ou outras drogas, além da prática de exercícios físicos à noite, que pode interferir com a temperatura corporal e também atrasar o sono. Também é recomendável não ficar muito tempo na cama, principalmente tentando dormir sem conseguir, pois trata-se de treinar o corpo para que associe a cama a um lugar de repouso e conforto, e não de luta contra a falta de sono”, destaca.

Quanto às consequências de noites mal dormidas, Laura ressalta que podem ser graves para o funcionamento mental e físico no restante do dia e, justamente por esse motivo, quando há um problema ou dificuldade com o sono, devem ser tratados antes de se tornarem recorrentes ou crônicos. “A ausência do repouso ou de um sono que seja restaurador pode nos afetar muitas vezes de forma silenciosa e a hipertensão é um bom exemplo desse tipo de efeito, que é de médio e longo prazo. Somente quando surgem as crises de pressão alta que começa a conscientização para a importância do descanso e do sono, e é quando comumente vem o reconhecimento de algum distúrbio do sono de base que não havia sido diagnosticado. É o que frequentemente observamos no caso dos distúrbios respiratórios, como o ronco e a apneia”, afirma a psicóloga.

“Há os efeitos de médio e longo prazo, como a hipertensão, mas também no dia seguinte de uma noite mal dormida o corpo pode sentir muito a falta de descanso. Além da sensação de fadiga e sonolência, a redução ou fragmentação do sono acaba afetando o humor e a concentração, aumentando a reatividade ao estresse e provocando outras consequências que podem tornar o problema ainda mais grave, como no caso dos acidentes de trânsito ou de trabalho”, conclui.
 

Mês mundial de combate à asma, veja 5 dicas para combater a doença

Preocupar-se com a limpeza das roupas de cama, com o ar-condicionado que utiliza, e até ter um umidificador de ar são alguns cuidados que se deve ter no dia a dia

Dia 2 de Maio foi instituído como o Dia Mundial de combate à asma. A data vem com a proposta de reflexão e ações pelo mundo para a prevenção da doença e divulgação de informações sobre como combatê-la. A poluição do ar tem causado uma série de problemas na saúde humana. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a poluição do ar dentro e fora de casa é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras em todo o mundo. É um número alarmante, especialmente, para pessoas que possuem doenças respiratórias delicadas, como a asma.

Considerada uma das doenças crônicas que mais afetam crianças e adultos, a asma é uma doença que atinge cerca de 300 milhões de pessoas, conforme dados do Hospital Naval Marcílio Dias. E no Brasil, estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos, tenham asma, entre os quais 5% apresentam a forma mais grave da doença,e que cerca de duas mil pessoas por ano falecem por conta da enfermidade, segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

Pessoas com alergias respiratórias, como a asma, sofrem mais com a poluição, pois os agentes poluentes atuam como irritantes e afetam ainda mais os pacientes, o que pode gerar a falta de ar. Pensando nisso, a Fujitsu General do Brasil, empresa de tecnologia de ar-condicionado, lançou os equipamentos de ar-condicionado Teto e Cassete, que utilizam o fluido R-32, que permite a redução em até 75% o efeito de aquecimento global (GWP – Potencial de Aquecimento Global), e ainda é capaz de filtrar o ar em empresas e residências. Tudo foi pensado para garantir a qualidade de vida de seus clientes prezando pela contribuição sustentável e pela saúde dos adultos e crianças.

Segundo um levantamento do Think Tank internacional Carbon Brief, o Brasil está entre os maiores poluidores do mundo em emissões de gás carbônico desde 1850, ficando em 4º lugar. Com as emissões de gases poluentes, a respiração das pessoas se torna mais difícil e acarreta sintomas, como: tosse, pieira, desconforto no peito e até influência no grau de gravidade da asma. A doença inflamatória crônica das vias aéreas (asma), causa a falta de ar, rangido na respiração, tosse e até aperto no peito.

Diante desses dados sobre a poluição, fazem-se necessárias ações de prevenção contra a asma dentro das residências. Algumas dicas são ter um umidificador e um ar-condicionado que retire as impurezas do ambiente como odores, sujeiras e poeiras. Os produtos da Linha High Wall, da Fujitsu General do Brasil, possuem filtros exclusivos com a função de limpeza: Filtro Desodorizante de Íon (remove sujeiras e odores do ar) e o Filtro de Catequina de Maçã (Remove poeira fina e microrganismos).

Por meio das ações tecnológicas, os produtos da Fujitsu General do Brasil conseguem eliminar as impurezas do ar, contribuindo para a vida de muitas famílias brasileiras, especialmente das crianças que são atingidas por doenças respiratórias.

“Queremos levar a melhor experiência aos nossos clientes através da qualidade de nossos produtos que são específicos para cada tipo de ambiente e necessidade de uma pessoa ou grupo de pessoas. Entendemos que uma empresa que trabalha em prol do meio ambiente, é uma empresa com propósitos firmes que favorecem a todos, sem distinção, ajudando na saúde e na preservação do meio ambiente. Nossos produtos são para atender e cuidar, com a missão de levar comodidade e tornar o ambiente mais saudável”, ressalta Sr. Akihide Sayama, Presidente da Fujitsu General do Brasil.
 

De acordo com o estudo da Via Mega Curioso, o Brasil é o 65º país mais poluído do mundo, e segundo dados compilados pelo Cuponation, o país se encaixa em um ranking com 109 países por apresentar cerca de 56% de poluição. Entre as cinco cidades citadas do nosso país, as mais poluídas por metro cúbico são: Rio de Janeiro/RJ (região metropolitana) – 64 microgramas de poluentes por metro cúbico; Cubatão/SP – 48 microgramas de poluentes; Campinas/SP – 39 microgramas; São Paulo/SP (região metropolitana) – 38 microgramas; Curitiba/PR (Região Metropolitana) – 29 microgramas de poluentes por metro cúbico.
 

Pensando nisso, os especialistas da Fujitsu General do Brasil, apresentam 5 dicas de como combater doenças respiratórias (como gripe, alergias e asma) e proteger os pequenos:

1 – Evitar a permanência em locais fechados, sem circulação de ar e com grandes aglomerações de pessoas;

2 – Tenha a carteirinha de vacinação em dia;

3 – Promova umaalimentação saudável para você e os pequenos!

4 – Tenha sempre no quarto em que vai repousar um umidificador de ar;

5 – E outra dica aos pais: utilizem equipamentos de ar-condicionado que retirem poeiras, odores e sujeiras como os da Fujitsu.

Avanço da gripe e indicadores da pneumonia alertam para a importância da vacinação

Médica infectologistas dá detalhes sobre as características doenças, as formas de prevenção e reforça a mensagem da importância da proteção

De janeiro a março deste ano, mais de 5 mil casos de gripe foram confirmados por exames laboratoriais no Brasil. Em três meses passa da metade de todos os registros do ano passado. O avanço da doença preocupa autoridades de saúde e provoca o alerta dos especialistas para a combinação entre a baixa adesão à campanha nacional de vacinação e as oscilações climáticas previstas para os próximos meses.

“Pouco mais de 30% dos idosos foram imunizadas até o momento. Apesar da campanha estender-se até 22 de julho na rede pública, o momento mais oportuno para imunizar-se contra a gripe é antes da chegada do clima mais ameno, que favorece a circulação dos vírus respiratórios, entre eles a gripe”, observa a médica infectologista do Grupo Sabin, Luciana Campos.

A especialista alerta ainda que no próximo mês, quando começa o inverno no Brasil, os casos de gripe crescem por causa da maior circulação dos vírus e somado a isso o fato das pessoas buscarem ambientes mais fechados, o que facilita a transmissão. “Precisamos que a população esteja alerta e busque proteção. Em junho, teremos dias de baixas temperaturas em várias cidades brasileiras, que seguem até setembro, o que pode ser agravante para não vacinados e/ou com pré-disposição às doenças oportunistas, típicas deste período”, informa a infectologista, ressaltando também que a vacina demora cerca de 14 dias para conferir imunidade.

Ainda de acordo com a médica, muitos casos de gripe podem evoluir e agravar quadros clínicos, especialmente em pessoas com histórico de outras doenças. Entre as complicações mais recorrentes estão o agravamento doenças crônicas, sinusite, desidratação, otite e a pneumonia (tanto a bacteriana quanto a causada por outros vírus). “As pneumonias e gripes têm alguns sintomas parecidos, mas características distintas como febre mais alta e tosse não seca quando falamos de pneumonia”, observa.

A preocupação da médica com a pneumonia encontra motivação nos indicadores do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, que revelam mais de 25 mil internações e mais de 3 mil óbitos no Brasil, ocorridos de janeiro a agosto de 2021.

Doença séria e grave, a pneumonia é uma infecção de vias aéreas inferiores, principalmente pulmões. Podendo ser causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, conhecida como pneumococo, a pneumonia é apontada como uma das principais responsáveis por grande parte das internações hospitalares no país, especialmente de pessoas com mais de 50 anos. Além disso, de acordo com os indicadores da Organização Mundial da Saúde, as doenças pneumocócicas são responsáveis por mais de 1,6 milhão todos os anos no mundo. A boa notícia é que ela pode ser prevenida com imunizantes disponíveis nas redes de saúde pública e particular.

A médica explica ainda que as vacinas são fabricadas conforme parâmetros internacionais de segurança, conheçam os benefícios da imunização e procurem os postos públicos de imunização ou unidades de vacinação nas redes privadas, de acordo com o o recomendado para cada idade ou situação.

“Primeiro é preciso entender que todas as vacinas passam por um processo minucioso de preparação até aprovação, antes de serem utilizadas. Elas são desenvolvidas seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para garantirem segurança e eficácia. O segundo passo é estar com o cartão de vacinas atualizado. E, claro, estar atento às necessidades individuais de proteção”, detalha.

Indicada para adultos, adolescentes, idosos e crianças a partir dos seis meses de idade, a vacina quadrivalente contra a gripe previne infecções por quatro tipos de vírus influenza: H1N1, H3N2, Influenza B (Victoria) e Influenza B (Yamagata). “A vacina da gripe é atualizada todos os anos, baseada na vigilância dos vírus circulantes do ano anterior, tanto no hemisfério norte como sul. Nesta versão de 2022, foi introduzida a nova cepa do subtipo A da Influenza, a H3N2 (Darwin), descoberta na Austrália e apontada como responsável por surtos registrados este ano no Brasil”.

Diferentemente da gripe, que é causada por um vírus, a pneumonia pneumocócica tem a bactéria pneumococo como principal agente causador de pneumonias e também de meningites e outras doenças. “Atualmente, há mais de 90 sorotipos de pneumococos, e temos dois tipos de proteção: a vacina pneumocócica 23, que protege das doenças causadas por 23 sorotipos de pneumococo e pode ser administrada em pessoas maiores de 60 anos, portadores de doenças crônicas e imunocomprometidos com mais de 2 anos de vida; e a vacina pneumocócica 13, que é recomendada para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos de todas as idades, assegurando prevenção contra cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) causadas pelos 13 sorotipos de pneumococos”, finaliza.

3 em cada 10 crianças no Brasil não receberam vacinas que salvam vidas, alerta UNICEF

Nesta Semana Mundial de Imunização, o UNICEF faz um alerta: em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49% em 2021. Além da Tríplice Viral, a cobertura da vacinação contra poliomielite caiu de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Isso significa que três em cada dez crianças no País não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais.
 

Embora já houvesse quedas nas coberturas vacinais de rotina antes da pandemia, a situação se agravou com a chegada dela. A interrupção de serviços essenciais de saúde e o medo das famílias de sair de casa e se contaminar com a covid-19 deixaram inúmeras crianças sem acesso à imunização de rotina contra outras doenças.
 

“Na primeira infância, crianças recebem imunização contra, pelo menos, 17 doenças. O declínio nas taxas de vacinação coloca milhões de crianças e adolescentes em risco de doenças perigosas, e evitáveis”, explica Stephanie Amaral, oficial de Saúde do UNICEF no Brasil.
 

Quanto mais crianças não tiverem acesso às vacinas, mais fácil se torna a propagação de doenças. Bolsões de comunidades subimunizadas e não imunizadas podem levar a surtos em diferentes regiões do globo e à volta de doenças erradicadas em diversos países.
 

“No Brasil, a vacinação de rotina para crianças menores de 5 anos vinha sofrendo quedas desde 2015. E a pandemia certamente contribuiu ainda mais para o agravamento do problema. Para reverter esse cenário é fundamental fortalecer os programas de imunização e os sistemas de saúde, e incentivar famílias a vacinar as crianças”, complementa Stephanie.
 

“À medida que os países se recuperam da pandemia, são necessárias ações imediatas para evitar que as taxas de cobertura caiam ainda mais, porque o ressurgimento de surtos de doenças representa um sério risco para toda a sociedade”, afirma Jean Gough, diretora regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe. “Esta é uma oportunidade para reestruturar a atenção primária à saúde e reforçar a abordagem integral e comunitária que leva vacinas às populações mais vulneráveis. Não podemos perder os esforços das últimas décadas e deixar que doenças perigosas ameacem a vida das crianças”.
 

O UNICEF pede aos governos que fortaleçam ou restabeleçam urgentemente os programas de imunização de rotina, desenvolvam campanhas para aumentar a confiança nas vacinas e implementem planos para alcançar todas as crianças e todos os adolescentes e suas famílias com serviços de vacinação; especialmente aos mais vulneráveis que não têm acesso aos serviços de saúde, devido à sua localização geográfica, situação migratória ou identidade étnica.
 

Os dados brasileiros são do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, coletados até dia 05/04/22.

Tireoide: o que é e qual a sua importância para o corpo?

Endocrinologista fala como a produção insuficiente e a aumentada podem trazer riscos à saúde ocasionando o hipotireoidismo e o hipertireoidismo

Por Bruna Marques

 A Tireoide, situada na parte inferior do pescoço, é muito importante para o funcionamento do organismo humano. Ela possui dois lobos, um do lado esquerdo e o outro do lado direito, que, juntos, formam um formato de borboleta.

Muitas pessoas podem apresentar disfunções no órgão. De acordo com o estudo publicado pelo portal Terra, cerca de 18 milhões de pessoas possuem o hipotireoidismo, sendo o problema que mais prevalece entre os brasileiros. O hipotireoidismo deixa de produzir a quantidade suficiente e desencadeia uma lentidão nas funções de alguns órgãos, os sinais vão de ressecamento da pele a lentidão dos batimentos cardíacos.

De forma reversa, quando acontece a superprodução dos hormônios da tireoide no organismo, dá-se o nome de hipertireoidismo.

Os sintomas podem variar de perda de apetite à dores na movimentação ocular. Segundo a endocrinologista e professora do curdo de Medicina da UNINASSAU Recife, Paula Aragão, a glândula tireoide é fundamental para o funcionamento do metabolismo. “Ela produz hormônios T3 e T4 que estão envolvidos em todos os processos metabólicos basais de gasto calórico – respiração, batimentos cardíacos, funcionamento cerebral e do intestino”, explica. 

Ainda segundo a endocrinologista, é necessário realizar exame de sangue para observar a produção hormonal. “A ultrassom é um método utilizado para identificar as alterações estruturais da glândula, se tem cisto ou nódulo, mas alteração da produção hormonal apenas o exame de sangue pode mostrar. E localizando essas alterações é feita uma punção para eliminar se é um processo benigno ou maligno”, finaliza. Para ter um bom funcionamento da glândula tireoide, é necessário manter em dia os exames médicos e uma dieta equilibrada com alimentos fonte de fibras, zinco, iodo e cobre, pois, são nutrientes importantes para o funcionamento adequado.

Caso a pessoa tenha alguma doença, nenhuma comida deve substituir os medicamentos prescritos pelo endocrinologista. 

Como a Inteligência Artificial tem sido usada na triagem hospitalar

Para que a triagem hospitalar seja eficaz e assertiva na operação clínica, é preciso otimizar o cotidiano dos profissionais da equipe e colocar o paciente no centro do cuidado. Por essa razão, os primeiros instantes dentro do hospital são cruciais, visto que a admissão é o momento ideal não só para determinar o estado de saúde do paciente, como pode pautar a vida da pessoa dali para frente.

Uma triagem hospitalar bem-sucedida é executada de forma assertiva, precisa e ágil. Dessa forma, é opcional colocar em prática o Protocolo de Manchester, que consiste em priorizar o atendimento de casos urgentes, classificados de acordo com os sintomas e sinais que estão sendo apresentados pelos pacientes.

Quando feito corretamente, o sistema consegue auxiliar toda a equipe a identificar e responder rapidamente riscos reais ou potenciais ao paciente, visando sua segurança e bem-estar. Em casos de doenças cardiovasculares — como infarto do miocárdio, ou cerebrais, como o AVC –, a corrida contra o tempo é o fator determinante para que a equipe médica consiga evitar mortes e sequelas.

Durante a triagem hospitalar, as queixas e as reclamações de dor devem ser valorizadas por parte dos profissionais, como a dor torácica, na suspeita de infarto. Por exemplo, a dor no peito está incluída na Classificação de Risco e, por isso, é uma das prioridades de atendimento no Protocolo de Manchester. Afinal, trata-se de um sintoma característico de Infarto Agudo do Miocárdio. Sendo assim, a queixa de dor torácica deve ser motivo de toda atenção dos profissionais do hospital.

No entanto, nem sempre essas questões recebem a devida atenção. Segundo análises de Nonnemacher (2018), sobre os fatores cruciais na priorização no atendimento de pacientes com este quadro, muitos apresentavam complicações cardiológicas, mas mesmo assim foram classificados como baixa prioridade. Essa abordagem inadequada impacta negativamente o tratamento e o prognóstico, trazendo à tona as falhas no processo da triagem hospitalar.

A urgência desses quadros clínicos silenciosos pede mais apoio no primeiro momento. A agilidade passa a ser o principal equipamento para oferecer um cuidado que visa o desfecho positivo, deixando evidente que, nesses casos, a tecnologia é uma grande aliada.
 

A Inteligência Artificial (IA) é uma poderosa ferramenta no apoio à gestão das organizações de saúde, além de ser um importante meio de comunicação, dada a integração entre processos, pessoas e setores da organização. A IA tem grande capacidade para ajudar a impulsionar a operação clínica, tornando a decisão na triagem ágil e assertiva.
 

O primeiro passo para desenvolver esse tipo de inteligência é relacionar os problemas que são enfrentados pelas pessoas no processo da triagem, estabelecer a classificação de risco, determinar prioridade de atendimento em serviço de emergência hospitalar e identificar de qual maneira a tecnologia pode auxiliar nesse contexto.
 

A IA já é uma realidade possível para empresas de saúde, tornando o processo rápido e assertivo. O uso da IA evita uma abordagem lenta e inadequada, tornando menor o risco de um prognóstico equivocado para o paciente e, consequentemente, diminuindo falhas no processo da triagem hospitalar.
 

Exemplos de soluções bem-sucedidas no cenário de Inteligência Artificial são os robôs. Por meio de conversa em chatbot, o robô consegue analisar as respostas do usuário, identificando sintomas, alertando casos suspeitos e orientando casos graves sem a necessidade de sair de casa. Após a triagem, a IA segue acompanhando à distância o paciente por 14 dias via WhatsApp, garantindo o monitoramento do quadro clínico e, caso haja uma piora no quadro, alerta para que a pessoa procure atendimento médico. Na prática, tem a capacidade de identificar, em tempo real, um volume de dados que o ser humano levaria horas ou dias para identificar — como quadros clínicos de sintomas silenciosos.
 

Outra solução de IA bem sucedida são softwares que realizam a triagem rigorosa de eletrocardiogramas (ECG) e analisam a urgência dos laudos, antes mesmo da sua emissão, classificando-os como normais ou anormais em até 60 segundos. No caso de um ECG que apresente sinais de Infarto Agudo do Miocárdio, a Inteligência Artificial classifica esse exame como anormal e envia com caráter de urgência para a equipe médica, que tem o prazo de 5 minutos para liberar o laudo final para que o paciente seja tratado da maneira adequada, respeitando o tempo de intervenção previsto pela Diretriz Brasileira de Cardiologia.

Contudo, se o exame em questão não for um infarto, a IA fará a triagem classificando-o como anormal não-urgente, ou normal, e enviará para a equipe médica, que emitirá o laudo final em até 10 minutos. Trata-se de uma forma de revolucionar o diagnóstico das doenças cardiovasculares, pois o diagnóstico rápido aumenta as chances de um desfecho positivo, que resultará na qualidade de vida.

Não é uma realidade na maioria dos hospitais brasileiros obter um diagnóstico em até 10 minutos após realizar um eletrocardiograma. Por conta disso, quando a intervenção para infarto não ocorre no momento adequado, o paciente deixa de ter o benefício de receber o trombolítico nas situações em que existe indicação, o que aumenta as chances de morte ou de sequelas graves cardíacas. A IA garante à operação segurança médica, diagnóstico rápido, acesso fácil aos eletrocardiogramas realizados e com segura armazenagem de dados. No contexto das organizações hospitalares, que aumentam suas chances de salvar mais vidas, desenvolver e implementar um sistema de IA é considerado, também, um diferencial competitivo.
 

*Diandro Mota é Diretor Médico da Neomed, healthtech brasileira criada com o propósito de reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento de pacientes. Mota é doutor em cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou como professor em faculdades de medicina no Brasil, como a Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Universidade Santo Amaro (UNISA) e Centro Universitário do Pará (CESUPA). Atualmente, é professor de Medicina da Universidade Santo Amaro e já atuou como teaching assistant da Harvard T.H. Chan School of Public Health no Principles and Practices of Clinical Research.

Ao liderar o grupo de pesquisa em hipertensão em um dos mais prestigiados institutos de Cardiologia do Brasil, o Dante Pazzanese, Diandro desenvolveu experiência única em relatórios, interpretação, gerenciamento e prevenção de doenças crônicas de exames cardiovasculares. Na Neomed, o médico é responsável por apoiar todo o desenvolvimento de produtos na perspectiva da cardiologia e gerencia a equipe de cardiologistas.

Consumo exagerado de chocolate pode causar tontura

Problema é decorrente do pico de insulina que o organismo atinge durante a ingestão do doce, afirma especialista do Hospital Paulista

É comum durante a Páscoa as pessoas se preocuparem com o ganho de peso, já que a festividade proporciona o consumo exagerado de ovos e barras de chocolate. No entanto, para alguns, os danos vão além do ganho de peso.

Comer chocolate em excesso pode causar, entre outras coisas, zumbido, sensação de ouvido tampado e a tontura, sintoma que atinge cerca de 30% da população global, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 
No Dia Mundial da Tontura, lembrado em 22 de abril, e que este ano coincidiu com a semana de celebração da Páscoa (17), o médico Ricardo Schaffeln Dorigueto, otoneurologista e otorrinolaringologista do Hospital Paulista, destaca os alimentos que podem causar tontura, e o que pode ser feito para que ela seja evitada.

Tontura x alimentação 

Dr. Dorigueto explica que, sentir tonturas ao ingerir doces, não é uma exclusividade do chocolate. Outros carboidratos simples, principalmente quando consumidos no período de jejum, também podem desencadear sintomas labirínticos.

“Eles fazem com que a glicose seja rapidamente absorvida pelas células, resultando em uma queda posterior na glicose. Em geral, açúcares simples causam picos de insulina no sangue, resultando em sensação de tontura ou fraqueza”, ressalta.

“Não é somente o chocolate que devemos evitar, mas também os alimentos com alto teor de açúcar, como massas, pães, batatas, doces e chocolates, além de refrigerantes, bebidas com cafeína e bebidas alcoólicas. Durante a Páscoa é necessário ter o máximo de cautela possível, consumindo chocolates em pequenas quantidades e sem açúcares, de preferência os que tenham mais de 60% de cacau, pois oferecem mais benefícios”, destaca.

O cacau é rico em alguns minerais importantes para o organismo, como cobre, ferro, zinco e vitaminas. Mas os maiores benefícios para a saúde estão associados aos flavonoides, compostos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e vasodilatadores, protetoras do coração.

Diagnóstico e tratamento 

Como os sintomas costumam ser bastante comuns em pessoas que sofrem de outras patologias, como diabetes, hipertensão e até esclerose múltipla, é comum que a tontura seja facilmente confundida com outra doença.

A melhor forma de diagnosticar a tontura é por meio de uma avaliação médica minuciosa. A avaliação pode ser complementada com exames sofisticados, como videonistagmografia, vHIT (teste do impulso cefálico com vídeo), VEMP e Posturografia, que recentemente o Hospital Paulista passou a oferecer.