Tratamento com Cannabis medicinal

Pacientes no Brasil têm acesso a óleo fitoterápico que ajuda na imunologia e ansiedade, além de dores e desconfortos causados pelos antirretrovirais

Neste mês é celebrado o Dezembro Vermelho, em prol da Luta Contra a Aids. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em todo o mundo, 37,7 milhões são portadoras de HIV, entretanto, com a evolução da indústria farmacêutica, hoje, os acometidos pela doença conseguem ter acesso a tratamentos que proporcionam bem-estar.

De acordo com Fabrizio Postiglione, fundador e CEO da Remederi, farmacêutica brasileira de produtos e serviços da cannabis medicinal, a terapia canabinoide pode ajudar pacientes com HIV a alcançarem qualidade de vida. “A cannabis medicinal pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, o que ajuda significamente os pacientes portadores do vírus, que ao adotar o fitofármaco também tem a melhora da ansiedade, além da redução de dores neuropáticas e desconfortos causados pelos antirretrovirais”, conta o empresário.

A planta da Cannabis é rica em fitocanabinoides, que são moléculas muito parecidas com os canabinoides que nosso próprio corpo produz. Ambos atuam e modulam o Sistema Endocanabinoide, que tem como principal função regular o equilíbrio (homeostase) de sistemas do corpo. Em estudo realizado em 2015, pelo British Columbia Centre for Excellence in HIV/AIDS, St. Paul’s Hospital, em Vancouver, no Canadá, constatou uma redução da carga viral de 88 pacientes infectados em aproximadamente 12% após o uso da cannabis por vaporização.

Hoje, existem outras soluções como produtos derivados da cannabis sativa, 100% naturais e orgânicos disponíveis no Brasil para uso em adultos e crianças com diferentes patologias clínicas. O produto é vendido em formato de óleo, para ingestão oral e tem ganhado tração entre a classe médica.

Um protocolo de estudo foi iniciado recentemente pela Oral cannabinoids in people living with HIV on effective antiretroviral therapy: CTN PT028, nele 26 pacientes vão receber cápsulas com proporções iguais de CBD e THC e outra uma pílula com maior concentração de CBD para tomar ao longo de 12 semanas. A ideia é avaliar a segurança, tolerabilidade e efeito na ativação imunológica.

Entretanto, o Ministério da Saúde, ressalta que é fundamental a Prevenção Combinada do HIV por meio de intervenções biomédicas, que consiste na redução do risco à exposição dos indivíduos ao HIV, com baixa interação entre uma ou mais pessoas que tenham o vírus, bem como, no aspecto comportamental e estrutural, em oferecer à sociedade informações e conhecimentos, de maneira a torná-los aptos a desenvolver táticas de enfrentamento ao vírus. Outra medida como prevenção é a testagem regular para o HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e hepatites virais.

Terminal Jabaquara da EMTU terá testes gratuitos de HIV, sífilis e hepatite em apoio ao Dezembro Vermelho

Passageiros vão receber orientações sobre a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis

Em apoio à campanha Dezembro Vermelho e ao Dia Mundial de Combate à Aids, a EMTU realizará ações de conscientização e combate à AIDS no Terminal Jabaquara nas próximas terça e quarta-feira, 30/12 e 1/12.

Em parceria com o Instituto Cultural Barong, uma unidade móvel estará estacionada no terminal nesta terça-feira (30), das 11h às 17h, com profissionais realizando testes de HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Orientadores do Instituto vão alertar sobre a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

No Dia Mundial de Combate à AIDS (1/12), a ação ocorre em parceria com o Instituto Psiu e o Bem Querer Mulher, com rodas de conversas sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e violência contra mulher. Também haverá distribuição de materiais informativos, álcool em gel e preservativos masculinos e femininos.

Dezembro Vermelho – A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1987, com o objetivo de conscientizar e incentivar o combate à AIDS.

Instituto Cultural Barong – Criado em 1996, o Instituto atua promovendo ações de Saúde Sexual e Reprodutiva. Para alcançar seus objetivos a equipe utiliza recursos lúdicos e linguagem adequada para cada público, produzindo materiais educativos tais como guias, folders e vídeos.

Instituto PSIU – O Instituto fundado em 2019 tem como objetivo oferecer suporte psicológico, palestras, ações sociais e orientações psicossociais para população, seguindo a percepção da necessidade de todos terem acesso à saúde mental.

Bem Querer Mulher – Criado em 2004 por iniciativa de um grupo de lideranças empresariais e sociais com o apoio da ONU Mulheres (antigo UNIFEM). Seu objetivo é ser um canal em que pessoas e empresas possam aderir ao enfrentamento da violência contra a mulher no Brasil.

Serviço

Evento – Testes de HIV, testes de Sífilis e Hepatites B e C

Data: 30/11

Horário: 11h às 17h

Local: Terminal Metropolitano Jabaquara

Endereço: Rua Nelson Fernandes, s/n° – Jabaquara – São Paulo/SP

Evento – Orientação de prevenção a ISTs

Data: 01/12

Horário: 10h às 13h

Local: Terminal Metropolitano Jabaquara

Endereço: Rua Nelson Fernandes, s/n° – Jabaquara – São Paulo/SP

4 dicas para cuidar da saúde das pernas

Comemorado em 2 de dezembro, o Dia Pan-americano da Saúde existe desde 1941 e busca conscientizar e alertar as pessoas do continente sobre os cuidados com a saúde, bem-estar e prevenção de doenças típicas da região. As campanhas são educacionais e destacam a importância das vacinações, prática esportiva e boa alimentação.

A data não tem o intuito apenas de nos lembrar dos cuidados pessoais, mas sim da saúde da população da região como um todo, além de exigir o cumprimento de políticas públicas e ações governamentais.

Ter hábitos saudáveis é fundamental para manter o equilíbrio do corpo e da mente. Pensando na saúde das pernas, um problema que afeta boa parte da população são os problemas vasculares, causados pela má circulação do sangue no corpo. Isso pode causar inchaços, dor, edemas e varizes. Confira quatro dicas para manter a saúde das pernas com conforto e bem-estar:

– Mantenha uma alimentação saudável: é fundamental controlar a alimentação e investir em alimentos saudáveis, ricos em nutrientes e proteínas. Alimentos gordurosos e calóricos devem ser evitados.  

– Use meias de compressão graduada: as meias de compressão graduada auxiliam no retorno venoso do sangue, diminuindo a sensação de pernas pesadas e cansadas. A SIGVARIS GROUP, empresa líder mundial em produtos de compressão graduada desenvolveu meias específicas para atividades e o modo de vida de cada pessoa. Com tecnologia avançada, compressão graduada e tecido confortável, a meia foi desenvolvida para ser utilizada no dia a dia, sendo eficaz para o tratamento de doenças venosas e linfáticas.

– Hidrate-se: a água mantém a pele hidratada e o organismo mais saudável. Beba com frequência, de 1,5 a 2 litros por dia.

– Pratique exercícios físicos: a natureza do nosso corpo é estar em movimento. Portanto, é essencial se levantar sempre que possível e caminhar. O movimento ajudará a manter a circulação ativa. 

Poliedro Educação lança programa “Salve até 3 Vidas” para o Dia Nacional do Doador de Sangue

Iniciativa é promovida pela área de Desenvolvimento Social em todas as unidades do Poliedro, que fechou parceria com hemocentros de Campinas, São José dos Campos e São Paulo

O Dia Nacional do Doador de Sangue é celebrado no dia 25 de novembro para homenagear os que já doam voluntariamente e incentivar novos doadores a um ato simples e altruísta, e que ajuda a salvar muitas vidas.

A pandemia de Covid-19 contribuiu para diminuir o número de doadores que, segundo o Ministério da Saúde, teve redução de 15% a 20% na quantidade de doações. Ainda de acordo com o órgão, apenas 1,6% da população brasileira doa sangue regularmente.

Com objetivo de conscientizar a população sobre a importância desse ato social, o Poliedro Educação, grupo com quase 30 anos de atividades e composto por três unidades de negócios – Sistema de Ensino, Colégio e Curso, promove o programa “Salve até 3 Vidas” entre os dias 16 e 25 de novembro.

A ação é uma iniciativa da área de Desenvolvimento Social da instituição, que estabeleceu essa parceria com hemocentros de São José dos Campos, Campinas e São Paulo para estimular a doação entre seus colaboradores, alunos maiores de 16 anos, pais e responsáveis, além de toda a comunidade escolar dessas cidades em que suas unidades estão localizadas e dos profissionais do Sistema de Ensino.

“O programa Salve Até 3 Vidas é parte da busca recorrente e perene do Poliedro pela ampliação de parcerias de valor, que podem promover benefícios para a sociedade. Trata-se de uma diretriz importante que está na agenda evolutiva de sustentabilidade corporativa e responsabilidade social da instituição, e ainda ajuda hemocentros que tiveram um impacto significativo de doações diante da pandemia”, explica a supervisora de Desenvolvimento Social do Poliedro Educação, Wanessa Laschi.

Com o programa, o Poliedro tem como objetivo reforçar seu compromisso com a sociedade, que por meio da área de Desenvolvimento Social, ancorada nos pilares Ambiental, Social e Governança, deve promover uma série de iniciativas, projetos e atividades com propósitos alinhados com a agenda global de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo com ações diárias e estabelecimento de metas que impactam de forma positiva indivíduos de gerações atuais e futuras.

“Queremos incentivar cada vez mais nossa comunidade a vestir a camisa do voluntariado e ajudar o desenvolvimento da sociedade, reduzir as disparidades sociais, promover a educação ambiental, de bem-estar e de cidadania, preservar a diversidade e a cultura, por meio de relações sustentáveis”, complementa Wanessa.

Como doar?

Para ser doador é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, ter boas condições de saúde, não estar em jejum, ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas e não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas. O voluntário também não pode ter tido Covid-19 ou ter se vacinado contra o vírus nos últimos 30 dias.

Doar sangue é um procedimento rápido, simples e seguro. Toda a comunidade escolar do Poliedro poderá comparecer ao Hemocentro UNICAMP, Banco de Sangue Paulista na Capital – SP e Serviço de Hematologia e Hemoterapia de São José dos Campos.

SERVIÇO:

Quando, em qual horário e quais localidades?

Em Campinas, São José dos Campos e São Paulo.

• 16 a 25 de novembro

• A partir das 7h30, nas 3 cidades

Campinas e São Paulo – doações até 15h

São José dos Campos – doações até 12h30

ATENÇÃO:

• De 22 a 25/11 (em São José dos Campos com distribuição de senhas)

• Sábado e Domingo não há expediente nos Hemocentros.

Quem?

Colaboradores, Comunidade Escolar, incluindo pais e responsáveis todos acima de 16 anos (e +50kg)

Endereços:

Hemocentro UNICAMP

Universidade Estadual de Campinas – R. Carlos Chagas, 480 – Cidade Universitária, Campinas – SP, 13083-878

Banco de Sangue Paulista – Vila Nova Conceição

R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 46 – 14º Andar – Vila Nova Conceição,

São Paulo – SP, 04544-000

Hemocentro SJCampos

Rua Antonio Saes, 425 – Centro, São José dos Campos – SP, 12210-040

Sobre o Poliedro Educação

O Poliedro Educação é um ecossistema voltado à Educação, com quase 30 anos de atividades e composto por três unidades de negócios: Sistema de Ensino, Colégio e Curso. Com o objetivo de criar valor para a educação em nosso País, alia inovação e excelência pedagógica para oferecer as melhores soluções e metodologias que apoiam a formação de mais de 160 mil estudantes das mais de 480 escolas associadas em todo o Brasil.​

Prescrição digital sem letra ilegível ou perda de receita

Transações digitais têm feito parte da vida de cada vez mais brasileiros. Agora, até mesmo receitas que são retidas nas drogarias podem ser adquiridas sem sair de casa

Somente entre janeiro e março de 2021, as movimentações do e-commerce brasileiro chegaram a R﹩ 35 bilhões, aumento de 72% em relação ao mesmo período em 2020. Os números são da consultoria Neotrust. Mas o que esses números têm a ver com a saúde dos brasileiros e os hábitos na hora de procurar atendimento médico e medicamentos?

Trata-se de um indicador que não pode ser desconsiderado. A pandemia de Covid-19 funcionou como um catalisador da transformação digital, e ao mesmo tempo, colocou uma lente de aumento em empecilhos encontrados em diversos setores da economia, incluindo profissionais de saúde e seus pacientes.

Em um mundo cada vez mais digital e conectado, um desses obstáculos até hoje era o trâmite da prescrição médica – da caneta do médico à farmácia, no momento da compra pelo paciente. Para completar, a pandemia acrescentou uma preocupação: como adquirir os remédios de maneira mais prática e segura, sem sair de casa? Afinal de contas, as próprias farmácias se tornaram local de testagem de anticorpos contra o Sars-Cov-2.

Para resolver isso, e ajudar a diminuir a taxa de contágio, junto do boom das teleconsultas, as receitas digitais também se popularizaram, com tecnologias que agora, com o arrefecimento do coronavírus, já mostraram que vieram para ficar.

“A implementação de tecnologias de receitas médicas virtuais traz o benefício de proteger também a saúde mental das pessoas – opina Heldy Cardoso, fundadora da startup Meu Receituário Digital . Poder fazer compras, inclusive de remédios com receita retida, sem sair de casa, foi um diferencial muito importante possibilitado pela tecnologia”.

Tudo isso, envolto em um contexto – tecnologias médicas e de saúde – previsto para movimentar, até 2025, US﹩ 1,6 trilhão em todo o mundo, de acordo com o estudo Estratégia Brasileiras para a Transformação Digital, lançado pelo Ministério Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em 2018. E com o surgimento da pandemia, o volume pode ser ainda maior.

Uma amostra está no fato de que até março de 2020, apenas 22% dos médicos brasileiros possuíam o certificado digital emitido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) – necessário para assinar as prescrições. Hoje, esse percentual chega a 57%, ou 552 mil profissionais.

Assistente online | Além da emissão de receitas digitais de maneira prática, a plataforma criada pela startup também atua como um assistente na hora da consulta. O Meu Receituário Digital possui um banco de dados de exames e medicamentos, com registro das posologias, que ajuda a ganhar tempo e permite a exatidão na hora de prescrever.

Com a receita pronta, o profissional pode usar o mesmo sistema para enviá-la aos pacientes via SMS, e-mail e WhatsApp. “Assim, resolvemos problemas como perder a receita ou esquecê-la em casa e não saber quando tomar a medicação. E claro, o mais famoso deles: ter em mãos um papel ilegível”, diz a fundadora do Meu Receituário Digital.

Sobre o Meu Receituário Digital

O Meu Receituário Digital é uma plataforma de serviços que integra todas as etapas necessárias para que médicos e dentistas emitam prescrições digitais. Com ela, é possível enviar aos pacientes receitas de medicamentos, pedidos de exames e atestados médicos, do computador ou celular, de onde quer que o profissional esteja.

AstraZenica:Novas análises confirmam eficácia sólida e prevenção de longo prazo

O acompanhamento de seis meses do estudo de prevenção (PROVENT) mostrou 83% de redução do risco de COVID-19 sintomática, sem casos de doença grave ou mortes no grupo que recebeu AZD7442

O ensaio de tratamento precoce (TACKLE) mostrou 88% de redução do risco de COVID-19 grave ou morte quando a doença foi tratada nos primeiros três dias após o início dos sintomas

Novos dados dos ensaios de fase III PROVENT de prevenção e TACKLE de tratamento ambulatorial com AZD7442 para COVID-19 mostraram uma eficácia sólida a partir do uso intramuscular (IM) da combinação de anticorpos de ação prolongada (LAAB).

Na análise em andamento do ensaio PROVENT, avaliando uma média de seis meses de acompanhamento dos participantes, uma dose IM de 300 mg de AZD7442 reduziu em 83% o risco de desenvolvimento de COVID-19 sintomática, em comparação com placebo.

Cerca de 2% da população global é considerada com risco aumentado de uma resposta inadequada as vacinas contra COVID-19.1 Isto inclui pessoas que possuem câncer no sangue ou outros tipos de cânceres, em tratamento com quimioterapia, assim como pacientes em diálise, aqueles após receberem um transplante de órgãos ou, ainda, os que tomam medicamentos imunossupressores para condições que incluem esclerose múltipla e artrite reumatóide.

O ensaio PROVENT do AZD7442 é o primeiro ensaio de Fase III prospectivamente projetado para avaliar um anticorpo monoclonal para profilaxia pré-exposição à COVID-19 sintomática, com o objetivo de incluir participantes de alto risco e imunocomprometidos. Mais de 75% dos participantes do PROVENT tinham comorbidades de base que os colocavam em alto risco de COVID-19 grave, caso fossem infectados, incluindo pessoas imunocomprometidas e que podem ter uma resposta imunológica reduzida à vacinação.

Não houve quadros graves de COVID-19 ou mortes relacionadas à doença naqueles tratados com AZD7442 nas análises primárias ou de seis meses. No grupo placebo, houve dois casos adicionais de COVID-19 grave na avaliação de seis meses, para um total de cinco casos de COVID-19 grave e duas mortes relacionadas à doença.

Já a análise exploratória do ensaio de tratamento ambulatorial TACKLE, em pacientes com COVID-19 leve a moderada, mostrou que uma dose IM de 600 mg de AZD7442 reduziu o risco de desenvolver COVID-19 grave ou morte (de qualquer causa) em 88% em comparação com placebo em pacientes que tinham sido sintomáticos por três dias ou menos no momento do tratamento.

90% dos participantes inscritos no TACKLE eram de populações com alto risco de progressão para COVID-19 grave, caso fossem infectados, incluindo aqueles com comorbidades.

Tanto no estudo PROVENT quanto no TACKLE, o AZD7442 foi, de forma geral, bem tolerado. Nenhuma nova questão de segurança foi identificada na análise de seis meses do PROVENT.

Hugh Montgomery, Professor de Medicina Intensiva no University College London, no Reino Unido, e investigador principal do AZD7442, disse: “Estes resultados convincentes me dão confiança de que esta combinação de anticorpos de ação prolongada pode proporcionar aos meus pacientes vulneráveis a proteção duradoura de que eles precisam urgentemente para finalmente voltar às suas vidas diárias”. É importante ressaltar que seis meses de proteção foram mantidos apesar do aumento da variante Delta entre estes participantes de alto risco, que podem não responder adequadamente à vacinação”.

Mene Pangalos, vice-presidente executivo de P&D de Biofármacos da AstraZeneca, disse: “O AZD7442 é o único anticorpo de ação prolongada com dados de Fase III que demonstra benefício tanto na profilaxia pré-exposição quanto no tratamento da COVID-19 com uma dose. Estes novos dados se somam ao crescente conjunto de evidências que apoiam o potencial do AZD7442 para fazer uma diferença significativa na prevenção e no tratamento da COVID-19. Estamos progredindo nos registros regulamentares em todo o mundo e esperamos fornecer uma nova opção importante contra o SARS-CoV-2 o mais rápido possível”.

Os resultados completos do PROVENT e do TACKLE serão submetidos para publicação em uma revista médica revisada por pares e apresentados em uma próxima reunião médica.

Em 5 de outubro de 2021, a AstraZeneca anunciou que havia submetido uma solicitação à Food and Drug Administration dos Estados Unidos (EUA) para Autorização de Uso Emergencial de AZD7442 para profilaxia da COVID-19.

A AstraZeneca concordou em fornecer ao governo dos EUA 700 mil doses de AZD7442 se for concedida uma Autorização de Uso Emergencial pela FDA, e também tem acordos para fornecer a outros países.

Notas

PROVENT

PROVENT é um ensaio Fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico que avalia a segurança e a eficácia de uma única dose IM de 300 mg de AZD7442 em comparação com placebo para a prevenção da COVID-19 em participantes que não tinham infecção inicial por SARS-CoV-2. O ensaio foi conduzido em 87 locais nos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França e Bélgica. 5.197 participantes foram randomizados numa proporção de 2:1 para receber uma única dose IM de 300 mg de AZD7442 (n = 3.460) ou placebo de soro fisiológico (n = 1.737), administrado em duas injeções IM sequenciais e separadas.

A análise primária relatada em 20 de agosto de 2021 foi baseada em 5.172 participantes, com corte de dados em 9 de maio de 2021. O parâmetro de eficácia primária foi o primeiro caso de qualquer doença sintomática positiva de SARS-CoV-2 RT-PCR ocorrida após a dose, antes do dia 183. A avaliação de seis meses foi baseada em 4.991 participantes, com o corte de dados em 29 de agosto de 2021. Os indivíduos continuarão sendo acompanhados durante 15 meses. Os participantes que optaram por sair do ensaio PROVENT a qualquer momento para serem vacinados foram excluídos das análises de eficácia primária e de seis meses.

Os participantes eram adultos com 18 anos ou mais que se beneficiariam da prevenção com o LAAB, identificados com risco maior de resposta inadequada à imunização ativa (com previsão de resposta inadequada às vacinas ou com intolerância à vacina) ou com risco maior de infecção por SARS-CoV-2, incluindo aqueles cujos locais ou circunstâncias os colocam em risco considerável de exposição ao vírus SARS-CoV-2. Os participantes no momento da triagem não foram vacinados e tiveram um teste sorológico negativo no ponto de tratamento do vírus SRA-CoV-2.

Aproximadamente 43% dos participantes tinham 60 anos ou mais. Além disso, mais de 75% tinham comorbidades de base e outras características que estão associadas a um maior risco de COVID-19 grave caso sejam infectados, incluindo aqueles com doenças imunossupressoras ou tomando medicamentos imunossupressores, diabetes, obesidade grave ou doença cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e doença hepática crônica.

A AstraZeneca está progredindo nos processos de registro em todo o mundo para a possível autorização de uso emergencial ou aprovação condicional do AZD7442, tanto na profilaxia como no tratamento.

TACKLE

TACKLE é um ensaio Fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, avaliando a segurança e eficácia de uma única dose IM de 600 mg de AZD7442 em comparação com placebo para o tratamento ambulatorial da COVID-19. 903 participantes foram randomizados (1:1) para receber AZD7442 (n = 452) ou placebo de soro fisiológico (n = 451), administrado em duas injeções IM sequenciais, separadas. A análise primária foi relatada em 11 de outubro de 2021.

Os participantes eram adultos de 18 anos ou mais que não foram hospitalizados com COVID-19 leve a moderada e sintomática por sete dias ou menos. Os participantes tinham uma infecção SRA-CoV-2 confirmada em laboratório, determinada por um teste molecular (antígeno ou ácido nucleico) de qualquer amostra do trato respiratório (por exemplo, orofaríngeo, nasofaríngeo, esfregaço nasal ou saliva) coletada não mais do que três dias antes do primeiro dia.

O principal parâmetro de eficácia foi o composto de COVID-19 grave ou morte por qualquer causa até o 29º dia. Os indivíduos continuarão sendo acompanhados por 15 meses.

Aproximadamente 13% dos participantes tinham 65 anos ou mais. Além disso, 90% tinham comorbidades básicas e outras características que os colocavam em alto risco de progressão para COVID-19 grave, incluindo câncer, diabetes, obesidade, doença pulmonar crônica ou asma, doença cardiovascular ou imunossupressão.

AZD7442

AZD7442 é uma combinação de dois LAABs – tixagevimab (AZD8895) e cilgavimab (AZD1061) – derivados de células B doadas por pacientes convalescentes após o vírus SARS-CoV-2. Os anticorpos monoclonais humanos, descobertos pelo Centro Médico da Universidade Vanderbilt e licenciados à AstraZeneca em junho de 2020 , ligam-se a locais distintos na proteína spike do SARS-CoV-27 e foram otimizados pela AstraZeneca com extensão de meia-vida e receptor Fc reduzido e ligação C1q complementar. A extensão de meia-vida mais do que triplica a durabilidade de sua ação em relação aos anticorpos convencionais e poderia proporcionar até 12 meses de proteção contra COVID-19 após uma única administração8-10; os dados do ensaio Fase III PROVENT mostram proteção com duração mínima de seis meses, com o ensaio Fase I mostrando altos títulos de anticorpos neutralizantes por pelo menos nove meses. A ligação do receptor Fc reduzido tem como objetivo minimizar o risco de aumento de doença dependente de anticorpos – um fenômeno no qual anticorpos específicos do vírus promovem, ao invés de inibir, infecção e/ou doença.12

O AZD7442 também está sendo estudado como um tratamento potencial para pacientes com COVID-19 hospitalizados como parte do ensaio ACTIV-3 e em um ensaio colaborativo adicional de tratamento de hospitalização.

O AZD7442 está sendo desenvolvido com o apoio do governo dos Estados Unidos, incluindo fundos federais do Departamento de Saúde e Serviços Humanos; o Escritório do Secretário Assistente de Preparação e Resposta; a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado Biomédico em parceria com o Departamento de Defesa; e o Escritório Executivo do Programa Conjunto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, sob o Contrato Nº W911QY-21-9-0001.

Em experimentos pré-clínicos, os dados mostram que os LAABs conseguiram bloquear a ligação do vírus SARS-CoV-2 com células hospedeiras e proteger contra infecção em modelos celulares e animais da doença.13 Descobertas in vitro adicionais demonstram que o AZD7442 neutraliza as recentes variantes virais emergentes do SARS-CoV-2, incluindo as variantes Delta e Mu.

Sob os termos do acordo de licenciamento com a Vanderbilt, a AstraZeneca pagará royalties de um dígito sobre as vendas líquidas futuras.

AstraZeneca

A AstraZeneca (LSE/STO/Nasdaq: AZN) é uma empresa biofarmacêutica global, liderada pela ciência, com foco na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos prescritos em Oncologia, Doenças Raras e Biofármacos, incluindo Cardiovasculares, Renais e Metabólicos, Respiratórios e Imunológicos. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo.

Brasil ocupa 10ª posição entre as nações com mais casos de prematuridade, segundo OMS

A campanha “Novembro Roxo” alerta sobre os cuidados para evitar a prematuridade na gravidez e a necessidade do pré-natal adequado; Instituto Opy de Saúde destaca a importância dos cuidados primários.
São Paulo O Brasil é o 10º país no ranking mundial de partos prematuros? Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2020, revelam que a prematuridade, ou seja, quando o bebê nasce antes das 37 semanas de gestação, é a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo.

Um outro dado, desta vez do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde do Brasil, mostra que, no Brasil, 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo. Em 2019, foram registrados cerca de 300 mil nascimentos prematuros. De acordo com o governo brasileiro, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações onde são registrados mais casos de prematuridade.

As causas comuns para um parto prematuro são o alcoolismo, tabagismo, uso de entorpecentes, estresse constante, infecções urinárias, sangramento vaginal, diabetes, obesidade e hipertensão. O relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde sobre o tema ‘Sobreviva e prospere: transformando o cuidado para todos os recém-nascidos doentes’, em 2019, apontou que os bebês com maior risco de morte nos primeiros meses de vida, ou de desenvolver alguma deficiência, são os que apresentam complicações devido à prematuridade. O relatório destacou ainda que 68% desses óbitos de bebês prematuros poderiam ser evitados com soluções simples como a amamentação.

O Instituto Opy de Saúde, que tem como um dos focos os cuidados nos primeiros 1000 dias de vida, destaca que para evitar a prematuridade é necessário investir nesse “intervalo de ouro”, que vai desde a gestação até os dois anos de vida da criança. Para a diretora-presidente do Instituto, Flavia Antunes Michaud, entre os desafios para evitar o parto prematuro estão a informação, o acesso e a educação. “Faz-se necessária a promoção da saúde em áreas estratégicas.

São nos primeiros 1000 dias que as células se formam e se programam, determinando a curto e a longo prazo a saúde e o bem-estar do indivíduo. Além disso, o pré-natal é indispensável para a saúde da mãe e do bebê, sendo essencial para reduzir as chances de prematuridade e de outras complicações de saúde ao longo da vida”, enfatiza.

Com o objetivo de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, o mês de novembro é dedicado à sensibilização sobre o tema. Batizado como “Novembro Roxo”, a campanha busca informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para a família e para a sociedade. Apesar de neste ano a campanha estar focada na separação zero entre mãe e bebê prematuro, as ações de conscientização também se baseiam em um estudo de 2020 realizado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que constatou que que 81% das grávidas temem a contaminação pelo novo coronavírus durante as consultas de pré-natal e 82% têm medo da internação hospitalar por ocasião do parto.

Buscando dar a sua contribuição para a questão da prematuridade no Brasil, o Instituto Opy está apoiando a Impulso Previne, uma plataforma digital e gratuita, direcionada aos gestores municipais de saúde. A ferramenta em questão vai ajudar a fortalecer a atenção primária, incluindo aumentar a quantidade de mulheres fazendo o pré-natal. “É uma plataforma pública liderada pela organização ImpulsoGov, que está prestes a ser lançada e será uma grande aliada para controle dos casos de prematuridade. Ou seja, o aumento da cobertura da atenção primária à saúde pretende aumentar o acesso ao pré-natal, o que terá efeito direto nos índices de prematuridade.”, finaliza a diretora.

Sobre o Instituto Opy de Saúde
Lançado no dia 5 de agosto de 2021, o Instituto Opy de Saúde atua com foco no impacto social e apoio ao sistema público de saúde, em ações relacionadas aos cuidados dos primeiros 1000 dias de vida e à redução da prevalência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Fiocruz alerta : síndrome respiratória aguda grave cresce entre crianças até 9 anos de idade

Fiocruz alerta para outras SRAGs em crianças além da Covid-19

O Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (28), indica o reaparecimento de outros vírus respiratórios que vêm causando SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em crianças até 9 anos de idade.

De acordo com a publicação, vírus como o bocavírus e o parainfluenza estão afetando crianças entre 3 e 4 anos de idade. Somados aos casos de VSR (vírus sincicial respiratório) e rinovírus, já representam valores semanais superiores aos do novo coronavírus nessa faixa etária.

Já entre adultos, acima dos 20 anos, os casos de SRAG continuam sendo, em sua maioria, causados pela Covid-19.

“O número de casos de SRAG segue abaixo dos picos de março e maio deste ano, porém mantendo valores superiores aos de 2020. Houve apenas um leve aumento nas últimas semanas em alguns locais, mas se mantendo dentro da média recente. O importante é destacar essa volta de outros vírus respiratórios gerando SRAG”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Os novos casos semanais de SRAGs relacionadas com a Covid-19, em crianças até 9 anos, seguem estáveis, com registros entre 1.000 e 1.200 por semana. Nas demais faixas etárias, os índices são os menores desde o início da pandemia.

Segundo Gomes, o relatório por estado indica maior presença do surgimento de novos vírus respiratórios na região centro-sul do país.

O estado de São Paulo chama atenção pelo aumento de casos registrados de bocavírus e parainfluenza entre crianças. O índice está entre 15 e 20 novas ocorrências por semana, aproximando-se do número de casos de Covid-19 nessa faixa etária.

Posso doar sangue se peguei covid-19?

Hemocentros precisam de doadores para elevar os níveis dos bancos em todo o país

O Ministério da Saúde lançou, no início do segundo semestre, a campanha Doe Sangue Regularmente – com a Nossa União a Vida se Completa. O objetivo é incrementar o estoque de sangue do país, que teve uma redução de 10% desde o início da pandemia de covid-19. Em 2019, foram realizadas 3.271.824 coletas de sangue no país e em 2020 o número caiu para 2.958.665. Segundo o ministério, a redução se deu em razão da diminuição na circulação de pessoas por conta da covid-19.

Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice da Conceição, há muitos mitos que envolvem o ato de doar sangue, o que contribui para que o país não atinja o índice recomendado.

Muito se questiona, por exemplo, sobre a doação por parte das pessoas que contraíram covid-19. De acordo com a especialista, pessoas que contraíram covid-19 podem doar sangue, se respeitarem um período mínimo após a melhora completa de sintomas. Para que estejam habilitadas a doar, é necessário que aguardem 30 dias depois que todos os indicativos da doença tenham desaparecido.

Conforme as recomendações, se a pessoa já teve o diagnóstico laboratorial ou clínico de contaminação pelo coronavírus, ela será considerada inapta por um período de 30 dias após a completa recuperação da doença.

“Mesmo vacinada, a pessoa que teve contato com alguém diagnosticado para Covid-19 nos últimos 30 dias deve esperar os 14 dias de quarentena, contados a partir do último dia de contato com o infectado, para ver se apresenta algum sintoma. Também é recomendável que realize o teste antes de doar sangue” esclarece a especialista.

As perguntas relacionadas à covid-19 tornaram-se praxe, sendo adicionadas ao questionário que já era feito anteriormente pelas equipes de triagem dos bancos de sangue. Durante a entrevista, os profissionais de saúde buscam saber se o potencial doador teve contato recente com alguém que teve o diagnóstico de covid-19 confirmado, ou seja, que testou positivo para a doença. Indagam também se o voluntário apresentou febre nos últimos 14 dias ou sintomas gripais, como falta de ar, tosse e coriza, perda de paladar ou paladar distorcido, perda de olfato e cefaleia.

Clarice lembra que, para doar sangue, é preciso ter de 16 a 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem apresentar consentimento formal do responsável legal); pesar no mínimo 50 quilos; e estar alimentado. No dia da coleta, o doador não deve ingerir alimentos gordurosos antes da doação; deve ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas; e apresentar documento oficial de identificação com foto. “Uma única doação de sangue, de 450 mililitros, é suficiente para salvar a vida de até 4 pessoas. Além disso, essa quantidade é reposta no organismo em 24 horas”, explica.

Passaporte de vacina – Quando os dados viram um desafio

Com a volta das atividades presenciais e o avanço da vacinação, começamos a pensar em um novo futuro, distanciando-nos da realidade que atualmente vivemos devido à pandemia. E isso se estende aos eventos, segmento que pouco a pouco volta à normalidade. Para se ter uma ideia, até antes do início da pandemia, o setor era responsável por movimentar mais de R$ 250 bilhões por ano só com eventos corporativos. Entretanto, novos desafios precisam ser enfrentados, principalmente quando tratamos do passaporte de vacinação e a coleta e compilação dos dados vacinais, que estão sendo realizados neste momento. Tais informações precisam ser executadas, com segurança e igualdade para todos os cidadãos brasileiros.

Como ponto de partida, precisamos pensar que não se trata apenas de um comprovante de vacinação, mas também envolve desafios logísticos, organizacionais e, principalmente, técnicos, ligados diretamente com a informação dentro das instituições públicas e privadas na área da saúde. Isso significa, acima de tudo, que o País precisa analisar os dados disponíveis de forma segura, do ponto de vista sanitário, e simplificar o processo de certificação do documento no controle de acesso aos eventos.

Vale dizer que, quando se trata de eventos, também se envolve o setor de turismo, uma vez que muitas pessoas viajam não só para conferências corporativas, mas também para shows, partidas de futebol e ocasiões correlatas. Segundo estudo realizado pela empresa Conversion, em setembro deste ano já tivemos um registro de 150% de aumento de compras relacionadas ao turismo. Esse dado mostra que cada vez mais pessoas vão necessitar, para transitar de forma segura nas cidades, de um passaporte de vacina que permita a integração dos dados nacionais.
As tecnologias de cadastro de dados precisam ser efetivas e assertivas, além de integrar os sistemas entre os Estados e Municípios da Federação. Hoje, ainda não temos um grande banco de dados, ou seja, uma integração entre todas as informações coletadas pelos órgãos responsáveis nas respectivas cidades e estados do País.

Portanto, como possível consequência, alguns erros comuns precisam ser corrigidos em relação aos dados cadastrais, entre os quais: pessoas que tomaram apenas a segunda dose, mas não há registro da primeira dose; cidadãos com incompatibilidades relacionadas ao cadastro e documentação registradas, tais como numerações repetidas e utilizadas por mais de um usuário e, até mesmo, relacionadas a pessoas em que o cadastro mostra que elas tomaram mais de uma vez a primeira dose da vacina.

Essas inconsistências de informações são regulares e precisam ser apuradas, para que possamos ter assertividade na certificação dos passaportes de vacinação e com isso alinharmos ao objetivo principal: o de combater a proliferação do vírus, com segurança profilática, em um período pós-vacinação.

É salutar considerar que a coleta dessas informações e a análise de dados não ocorrem apenas a partir da atual crise provocada pelo coronavírus. É válida também para outras situações, como a vacinação da gripe e outras enfermidades, bem como todos os processos que são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no território nacional.
E, mesmo quando esses dados compilados estiverem amplamente verificados, com eventuais erros corrigidos, há ainda um ponto a ser considerado que é facilitar a vida do usuário dos passaportes de vacinação. Somente alinhados com o que há de mais moderno na tecnologia da informação podemos ter um documento que realmente traga segurança e eficiência para esse momento.

Entretanto, para que os municípios possam se preparar para essa nova realidade, precisamos ter o máximo possível de precisão, algo que apenas a tecnologia pode proporcionar.

*Everton Cruz é o CEO da empresa franco-brasileira Mooh!Tech, desenvolvedora da Tecnologia Chronus que possui, entre suas funcionalidades, um prontuário médico virtual. Com grande experiência na área tecnológica, o executivo tem formação em Tecnologia da Informação e Engenharia Aeroespacial pela Université de Montpellier, Seattle University, Unibratec e Toulouse Ynov Campus.