Comissão aprova inclusão de Síndrome de Tourette como deficiência

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 206/21, que reconhece a síndrome de Tourette como deficiência para todos os fins legais. Assim, a proposta altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n° 13.146/15), também chamado de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Com autoria do deputado federal Franco Cartafina (PP-MG), o texto foi aprovado na forma de substitutivo apresentado pelo relator deputado Alexandre Padilha (PT-SP). Dessa forma, a proposta define que as pessoas com Síndrome de Tourette são pessoa com deficiência desde que atendidas as disposições previstas na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015″.

Agora, o PL 206/21 tramita em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Síndrome de Tourette

A síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico que se caracteriza por movimentos repetitivos incontroláveis ou sons indesejados, os tiques. Em alguns casos, os tiques se manifestam através de gritos ou gestos. A princípio, a síndrome começa na infância e o tratamento pode incluir medicação ou terapias psicológicas

Fonte: https://previdenciarista.com/blog

Novo estudo da Unifesp reforça possível caminho para cura da AIDS

Pesquisa realizada em parceria com universidade da Itália revela como tratamento celular pode ser eficaz; estudo acaba de ser divulgado na revista AIDS Research and Therapy

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em conjunto com o Istituto Superiore di Sanità, de Roma (Itália) traz uma excelente notícia para a tão esperada cura da AIDS, provocada pelo vírus HIV. A nova pesquisa reforça como o possível caminho pode estar no tratamento celular. Os resultados foram divulgados nesta quarta,12, na revista AIDS Research and Therapy (Springer Nature), uma das publicações científicas mais renomadas do segmento. O artigo na íntegra pode ser visto neste link.

A relevância desse estudo está na incessante busca médica pela cura da doença. O vírus HIV pode escapar do sistema imunológico humano, e as células infectadas abrigá-lo por tempo prolongado e indefinido, sendo responsáveis por sua persistência, apesar da atual eficácia das terapias antirretrovirais (ART).

A eliminação do vírus provavelmente resultaria na cura da infecção, anulando a necessidade de ART por toda a vida. Contudo, uma das características críticas de sucesso do HIV é sua diversidade genética, que leva à evasão do sistema imunológico. Por esse motivo, ainda não temos uma vacina eficaz contra o HIV”, destaca Ricardo Sobhie Diaz, professor e chefe do laboratório de Retrovirologia, disciplina de Infectologia, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (EPM/Unifesp).

Diaz explica que, “mais além, a contínua diversidade genética do HIV por vezes permite que a resistência antirretroviral evolua. Assim, a terapia antirretroviral supressora diminui a exposição antigênica do HIV ao sistema imunológico humano, reduzindo a vigilância imunológica ao vírus. Como a resposta imune adaptativa é essencial para controlar e eliminar uma série de infecções virais, buscou-se desenhar estratégias para promover resposta imune mais intensa entre os indivíduos infectados pelo HIV em tratamento antirretroviral, com o objetivo de mitigar o tamanho do reservatório do vírus, aproximando os indivíduos da chamada cura funcional da infecção pelo HIV”.

Nesse sentido, os pesquisadores especulavam que aumentar a imunidade efetiva ao HIV não era apenas uma questão de entrega do estímulo imunológico, mas também um problema relativo à qualidade do estímulo imunológico. Portanto, direcionar o sistema imunológico para porções de proteínas mais conservadas expressas mesmo por células infectadas com HIV latentes poderia ser ineficaz.

Após uma nova abordagem, testada em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), o grupo de pesquisa fez descobertas animadoras e que podem indicar um caminho para a cura. O processo difere daqueles até agora testados por outros grupos em dois níveis:

1. Apenas as porções virais incapazes de sofrer mutação em larga escala (e, portanto, escapar da resposta imune) foram administradas aos pacientes. Os fragmentos virais usados para imunizar os seres humanos (tecnicamente chamados de “epítopos”) foram retirados das porções mais conservadas do ponto de vista evolutivo e derivadas de uma das proteínas do HIV com menor probabilidade de sofrer mutação, a proteína estrutural Gag.

2. Foi tentada uma apresentação personalizada do epítopo viral, com base na composição genética do sistema imunológico de cada paciente. Para alcançar esse objetivo, os pesquisadores tiveram que considerar algumas moléculas críticas que governam a resposta imune, ou seja, os antígenos leucocitários humanos (HLA). A disposição dessas moléculas é pessoal e, portanto, nem todos os indivíduos reconhecem as mesmas “porções” virais.

“Essa questão é complexa porque o HIV tem grande diversidade genética. Então, tivemos que sequenciar os vírus circulantes presentes nas células de cada participante do ensaio clínico para superar esses obstáculos. Nós também determinamos a matriz das moléculas HLA acima mencionadas para cada participante. Cruzando esses dados por meio de algoritmos computacionais, pudemos encontrar individualmente os epítopos dentro do vírus que tinham a melhor correspondência com sua matriz individual de moléculas HLA. Os peptídeos foram sintetizados e “montados” em laboratório nas moléculas HLA de células específicas extraídas do sangue dos participantes do estudo. Essas células foram, então, reinfundidas em cada indivíduo para imunizá-los na chamada terapia celular autóloga”, descreve Diaz.

A pesquisa resultou em dois pacientes exibindo um DNA viral indetectável (ou seja, a forma em que o vírus fica silencioso dentro do corpo) ao final de um protocolo terapêutico experimental. Os resultados mostram, assim, que o vírus desapareceu ou atingiu níveis extremamente baixos nas amostras de tecidos dos pacientes analisados.

Para Diaz, “o estudo é importante porque representa a primeira tentativa – pelo menos em parte, bem-sucedida – de uma terapia celular personalizada do HIV, levando em conta tanto o sistema imunológico do paciente e o perfil do vírus do indivíduo. Dados os resultados promissores obtidos, os achados podem fornecer novas ideias para estratégias de cura para indivíduos com AIDS”.

O Dr. Andreas Savarino, coinventor dessa abordagem no estudo, faz coro e também destaca que “essa pesquisa representa uma prova de conceito para a conduta da medicina de precisão na terapia celular do HIV. A técnica ainda precisa ser otimizada e automatizada para diminuir os custos e a escalabilidade em larga escala. A ideia pode parecer ambiciosa, mas estamos avançando, desenvolvendo um software para otimização do desenho da vacina, limitando em parte a mão de obra necessária para o projeto”, conclui Savarino.

Reconhecimento da Síndrome de Burnout como doença ocupacional garante estabilidade e benefícios do INSS

A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, passou a ser considerada como doença ocupacional a partir de 1º de janeiro de 2022, quando passou a ser classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é um transtorno psíquico ocasionado pelo cansaço extremo causado pelo estado de tensão emocional e estresse decorrentes de condições de trabalho desgastantes. E o trabalhador que é afetado por essa síndrome possui direitos trabalhistas e previdenciários para auxiliar no seu tratamento.

advogada Cíntia Fernandes, especialista em Direito do Trabalho e sócia do Mauro Menezes & Advogados, revela que os efeitos trabalhistas e previdenciários decorrentes dessa nova classificação são os mesmos relacionados às demais doenças ocupacionais.
 

“Ou seja, a caracterização de uma doença ocupacional enseja direitos trabalhistas como licença médica remunerada pelo empregador por um período de até 15 dias de afastamento. Já nas hipóteses de afastamento superior a 15 dias, o empregado terá direito ao benefício previdenciário pago pelo INSS, denominado auxílio-doença-acidentário, que enseja o direito à estabilidade provisória, de modo que após a alta pelo INSS o empregado não poderá ser dispensado sem justa causa no período de 12 meses 12 meses subsequentes à cessação do auxílio-doença-acidentário”, explica a especialista.
 

Nos casos mais graves de incapacidade total para o trabalho, o empregado terá direito à aposentadoria por invalidez, mas é preciso passar pela perícia médica do INSS.
 

A OMS classificou a síndrome como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. O significado, de acordo com Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, doutor em Direito do Trabalho, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professor da PUC-SP e FADISD-SP, é relevante pois tal classificação torna de forma direta a ligação da doença com o trabalho, o que acaba por gerar responsabilização para o empregador.
 

“Talvez a melhor forma de explicar a diferença seria comparar referida doença com outras como síndrome do pânico ou depressão, que pela classificação podem ter origens várias, inclusive relacionada ao trabalho. Contudo, pela nova classificação essas origens desaparecem no caso do Burnout realizando de agora em diante uma ligação direta com o emprego. Tal fator gera possibilidade de afastamento como doença do trabalho, e ocorrendo essa hipótese, estabilidade no emprego até um ano após o retorno de afastamento, bem como eventual responsabilização por danos emergentes, lucros cessantes, além de eventual dano moral”, complementa.
 

advogada Lariane Del Vecchio, especialista em Direito do Trabalho do escritório Aith, Badari e Luchin, destaca que além do afastamento e da estabilidade, o trabalhador acometido pela síndrome também tem direito em continuar a receber os depósitos de FGTS em sua conta, manutenção do convênio médico, indenização por danos morais em caso de violação a direitos de personalidade, danos materiais como gastos com medicação, consultas multidisciplinares, danos emergentes, como PLR e adicionais. “Além do direito a pensão vitalícia, que consiste em uma indenização que se leva em consideração a redução da capacidade laboral e o prejuízo financeiro provocado pela doença”, alerta.
 

A especialista ressalta que para configurar a síndrome como doença ocupacional é necessário provar a relação trabalho e doença.
 

“É o que chamamos de nexo causal ou concausa, que é a evolução de uma doença preexistente. O grande problema neste caso é a subnotificação se o diagnóstico for incorreto. Muitas vezes o trabalhador não relata que a doença está relacionada ao ambiente laboral, ela é diagnosticada como depressão, ansiedade e crise de pânico. Todos os acidentes de trabalho devem ser comunicados, independente da gravidade, mesmo que não haja afastamento e incapacidade para o trabalho”, orienta Lariane Del Vecchio.
 

É importante destacar que os direitos precedem à comprovação mediante perícia e atestado médico, reforça Cíntia Fernandes. “É necessário que o empregado apresente os atestados e laudos médicos para ter direito aos afastamentos. Nesse caso, ou seja, a partir do diagnóstico de doença relacionada ao trabalho, a empresa deverá emitir a CAT — Comunicação de Acidente de Trabalho-, comunicando o INSS. Na hipótese de omissão do empregador, o próprio trabalhador poderá registrar a comunicação de acidente de trabalho na página do INSS”, informa a advogada.
 

Reconhecimento

Segundo o advogado Celso Joaquim Jorgetti, sócio da Advocacia Jorgetti, a Síndrome de Burnout já é uma doença conhecida no meio jurídico trabalhista e previdenciário brasileiro como uma doença ocupacional, pelas inúmeras demandas judiciais em busca dos direitos e garantias dos empregados e segurados.
 

“Agora, desde de dia 1 de janeiro, com a atualização do cadastro internacional de doenças — CID, entrou em vigor a nova classificação da OMS para a doença, como enfermidade específica dos problemas gerados e associados ao emprego e passou a receber o CID 11. E, dessa forma, a doença deixou de ser abstrata e relacionada a várias causas e passou a compor o capítulo específico dos problemas gerados e associados ao emprego ou desemprego. Essa alteração demonstra um grande avanço no reconhecimento das doenças da era moderna”, avalia.
 

Celso Jorgetti observa que a doença ocupacional é bastante comum e já está prevista na Lei 8.213/91 como aquela adquirida pela atividade desenvolvida no trabalho ou pelo meio ambiente que o segurado esteve exposto e é considerada como acidente de trabalho, o que gera benefícios previdenciários.

“O benefício por incapacidade gerado por doença comum ou grave é calculado com base em 60% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994 até a data do pedido, mais 2% dessa média a cada ano que ultrapassar 15 anos de contribuição no caso das mulheres e 20 de contribuição para os homens. Já no caso de aposentadoria por invalidez ocupacional, o benefício será de 100% da média de todos os salários de contribuição, de julho de 1994 até a data do pedido”, diz.
 

Pandemia e home office

Com o avanço da pandemia, muitos trabalhadores que migraram para o home office tiveram a carga de trabalho elevada. “A pandemia e o home office agravaram o risco de esgotamento profissional, por diversos motivos: o confinamento abrupto e duradouro; a extensão das jornadas de trabalho; a falta de condições e infraestrutura para a realização do trabalho nos lares; a cumulação de tarefas profissionais e domésticas, especialmente às mulheres; a ausência de privacidade e intimidade durante a jornada de trabalho” analisa o advogado, professor da UFPR e Diretor Científico do IEPREV, Marco Aurelio Serau Junior.

É responsabilidade do empregador evitar o adoecimento de seus funcionários, assim como zelar por um ambiente de trabalho saudável, seja presencial ou remoto, apontam os especialistas.
 

“A manutenção de um ambiente de trabalho seguro e saudável é responsabilidade do empregador, o qual possui várias ferramentas para zelar da saúde de seus empregados, a começar pelo respeito a legislação vigente no que se refere à jornada de trabalho e aos intervalos. Além disso, é importante ter atenção às metas que são propostas, de modo que estejam dentro de um contexto de razoabilidade, principalmente ao considerar que as metas abusivas têm sido um dos principais fatores de esgotamento profissional. Associado a essas condutas, o empregador deve desenvolver programas preventivos em Segurança e Medicina do Trabalho, com acompanhamento rigoroso e fiscalização quanto ao cumprimento”, alerta Cíntia Fernandes.
 

Na visão do professor Ricardo Pereira de Freitas Guimarães é fundamental “a realização de exames periódicos e a tentativa de manutenção de um ambiente de trabalho sadio sem excessos de jornada e respeito ao descanso dos trabalhadores seja no trabalho realizado direto na empresa ou em home office”.

Na Justiça do Trabalho, a responsabilidade das empresas será avaliada a partir da análise do laudo médico comprovando a existência da Síndrome de Burnout, evidenciando o histórico do trabalhador e avaliação do ambiente laboral, inclusive relatos de testemunhas, de acordo com o advogado Celso Jorgetti.
 

“Além disso, serão buscadas comprovações de degradação emocional e fatores causadores da síndrome, como assédio moral, metas excessivas ou cobranças agressivas e competitividade. Dessa forma, caberá às empresas garantirem programas preventivos para evitar a Síndrome de Burnout, com o propósito de implementar ações que, além de preservar a saúde mental do trabalhador, possam contribuir com o crescimento da corporação”, conclui o especialista.

Gestação gemelar: Saiba tudo sobre a gravidez de Ilana, de Um Lugar Ao Sol

Dr. Nilo Frantz, especialista em reprodução humana, explica como ocorre esse tipo de gravidez e comenta quais os riscos e cuidados necessários durante a gestação

A personagem Ilana (Mariana Lima), de um Lugar Ao Sol, é uma ex-modelo e bem-sucedida empresária dona de uma produtora, que aos 45 anos descongelou seus óvulos e fez uma fertilização in vitro para realizar a vontade de ser mãe ao lado de seu par, Breno (Marco Ricca). Porém, a personagem da trama das 21h está enfrentando alguns problemas comuns ocasionados pela chamada gravidez gemelar, quando ocorre a gestação de dois bebês ao mesmo tempo, em mulheres com idade avançada. Para explicar mais sobre as principais características desse tipo de gravidez, o médico Nilo Frantz, especialista em reprodução humana e diretor técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, detalha o que é e os riscos desse tipo de gestação.

O que é a gestação gemelar e como ela ocorre

A gestação gemelar é aquela em que a mulher engravida de mais de um bebê ao mesmo tempo, quando dois ou mais fetos se desenvolvem simultaneamente no útero materno. “Ela pode ocorrer de duas formas, resultando em gêmeos não idênticos, que podem ser até mesmo de sexos diferentes, e representam 80% dos nascimentos gemelares, ou idênticos, também chamados de univitelinos, que são 20% dos casos”, explica o Dr. Nilo Frantz, fundador da clínica.

Os gêmeos univitelinos são aqueles que resultam de um único óvulo, que, após ser fecundado por um espermatozoide, se divide e origina dois embriões. Como partiram da mesma fecundação, eles são do mesmo sexo e carregam o mesmo DNA, por isso nascem com características idênticas. Caso a ruptura celular aconteça mais de uma vez, surge a possibilidade de ocorrer uma gravidez de trigêmeos ou quadrigêmeos. Além disso, o tempo de demora na divisão do zigoto vai determinar se os gêmeos irão compartilhar ou não a placenta e o saco gestacional.
 

Já a formação de gêmeos bivitelinos, conhecidos também como fraternos, ocorre quando a mulher libera dois óvulos ou mais, e cada um é fecundado por um espermatozóide diferente. Nesse caso os gêmeos apresentam diferenças em suas genéticas, evoluindo cada um em sua própria placenta e membrana. Ou seja, é como se fossem duas gestações diferentes, sendo compartilhado somente o útero.
 

Quando é possível ter gêmeos?

De acordo com estudos da clínica Nilo Frantz, a frequência de nascimentos de gêmeos é de 1 em cada 80 e de trigêmeos é de 1 em cada 6.400, já quadrigêmeos e demais casos ocorrem uma vez em cada 512.000 nascimentos. Normalmente, o caso mais comum é o de gêmeos fraternos, onde a mãe libera mais de um óvulo, porque, entre os fatores externos que influenciam esse tipo de gestação, a maioria está relacionada com fatores genéticos ou características da parte materna.

“A chance de uma gravidez múltipla é maior quando envolve herança genética, partos gemelares anteriores e quando a mulher possui mais de 30 anos ou utiliza medicamentos para aumentar a fertilidade. Entretanto, caso esses quesitos não sejam atendidos e a gravidez gemelar seja desejada, é possível realizar a fertilização in vitro, onde a reprodução assistida transfere mais de um embrião ao útero materno”.
 

Quais os riscos e cuidados necessários

A gestação gemelar é considerada uma gravidez de alto risco que necessita de mais cuidados do que aquelas que possuem apenas um feto. Portanto, para cuidar da saúde da mãe e dos gêmeos é recomendada a realização de um número maior de consultas, para que o médico possa acompanhar o desenvolvimento dos bebês. “Nesses casos, é indicado que a frequência das consultas médicas sejam mensais do início da gravidez até o final do 2º trimestre, quinzenais durante todo o 3º trimestre e semanais por volta da 33ª, 34ª semana até o parto”, comenta o Dr. Nilo Frantz.

Entre os possíveis riscos que podem surgir em uma gravidez gemelar estão o aborto espontâneo, diabete gestacional, anemia materna e malformação fetal no caso de os fetos dividirem a mesma placenta. Entretanto, o risco mais comum em uma gravidez de gêmeos é o parto prematuro, que ocorre antes da 37ª semana em metade dos casos, tendo as chances aumentadas quando são mais de dois bebês.
 

“Por isso é preciso descansar bastante, já que o repouso é importante para prevenir o parto prematuro. Outros cuidados recomendados são: evitar a ingestão de bebida alcoólica e o uso de cigarros, e outras drogas, não perder nenhum dia do pré-natal e visitar o obstetra regularmente. Além disso, é preciso cuidar da alimentação e praticar atividades físicas com moderação. Essas recomendações ajudam não somente a manter a boa saúde da mãe e dos bebês como a diminuir os sintomas, que costumam ser mais frequentes e intensos na gestação gemelar”.

Sobre a Nilo FrantzA Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, constrói uma trajetória de credibilidade e sucesso. Sua história é repleta de inovação, de responsabilidade e, principalmente, de vidas. Fundada em 2003, com o propósito de unir inovação e responsabilidade com a Medicina Reprodutiva por meio da disseminação do conhecimento e promovendo a acessibilidade aos tratamentos, a Nilo Frantz facilita o acesso ao tratamento de infertilidade, oferecendo novas unidades de atendimento e parcerias em outras localidades, além de propiciar atualização para profissionais identificados com a especialidade. A clínica conta além de Porto Alegre, com as unidades de Novo Hamburgo, São Paulo e IFE — Instituto de Fertilidade, unidade voltada ao atendimento de famílias com menor poder aquisitivo. A clínica também é organizadora do Simpósio Internacional, trazendo anualmente os maiores nomes da medicina reprodutiva do mundo para o Brasil. Com resultados equiparáveis às melhores instituições do Brasil e do mundo, a clínica é certificada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e acreditada pela REDLARA (Rede Latino Americana de Reprodução Assistida).

Cannabis medicinal pode auxiliar o tratamento de pacientes com casos leves e refratários de epilepsia, diz CEO da Remederi

Fabrizio Postiglione destaca que o medicamento pode proporcionar um alívio ou até mesmo o controle das crises causadas pela doença

São Paulo, janeiro de 2022 – Estudo realizado por pesquisadores do departamento de ciências do cérebro do Imperial College London, e publicado na BMJ, uma das mais influentes e conceituadas publicações sobre medicina do mundo, revelou que a cannabis medicinal pode reduzir em até 86% a frequência de crises de epilepsia em crianças.

Em linhas gerais, a substância exerce influência direta no sistema nervoso central, atuando como modulador da transmissão neurológica. Semelhante à uma substância produzida pelo próprio corpo humano, o canabidiol, conhecido popularmente como CBD, tem potencial de controlar as descargas de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos e tem o pode ajudar a reduzir crises convulsivas tanto em quantidade quanto em intensidade.

Além de auxiliar crianças, o tratamento com cannabis medicinal também pode ajudar adolescentes e adultos que apresentam quadros leves de epilepsia, ou até mesmo casos refratários e de difícil controle. “Existe uma parcela da população acometida por crises epilépticas que não responde aos tratamentos alopáticos convencionais. Esses pacientes podem, muitas vezes, encontrar na cannabis um alívio ou até mesmo o controle das crises”, afirma Fabrizio Postiglione, CEO e fundador da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a serviços e educação sobre a substância.

Outro ponto de destaque sobre o uso do canabidiol em relação aos tratamentos convencionais para epilepsia é que ele não sobrecarrega o fígado, não provoca irritabilidade e nem altera o humor do paciente, além de não apresentar outros efeitos colaterais indesejados, como a redução da capacidade de cognição do paciente, por exemplo.

Geralmente, a cannabis é introduzida no tratamento do problema de forma adjunta com outros medicamentos anticonvulsivantes, porém, em alguns casos a substância pode vir a ser o único tratamento de uma pessoa epiléptica, dependendo da avaliação médica e do caso clínico.

O potencial terapêutico da cannabis medicinal ainda é pouco conhecido pela sociedade e por grande parte da classe médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) já reconhece a prescrição de canabinoides para epilepsia infantil e em adolescentes, contudo, esse reconhecimento é considerado parcial. Posicionamento diferente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que permite a prescrição para diversas patologias por diferentes especialidades médicas, inclusive epilepsia de adultos e idosos.

A ciência vem investigando e descrevendo a eficácia do CBD para o tratamento da doença há alguns anos e um dos marcos mais importantes para a história da substância aconteceu em 2018, com a aprovação do Epidiolex (um remédio à base de cannabis) pela FDA (agência americana equivalente à ANVISA).

Esse medicamento possui diversos artigos sobre sua eficácia e segurança, sendo que alguns deles podem ser encontrados na página da associação americana de tratamento de epilepsia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, hoje a epilepsia é considerada a doença neurológica crônica mais comum no mundo e afeta cerca de 50 milhões de pessoas.

Sobre a Remederi

A Remederi é uma farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil.

A empresa possui também o Instituto de Ensino e Pesquisa Remederi, que promove cursos com objetivo de educar profissionais da saúde a respeito de medicamentos à base de canabidiol. Com sede em São Paulo, atualmente conta com um time de mais de 25 colaboradores e prestadores de serviços. Mais informações nos canais sociais: InstagramFacebookLinkedIn e YouTube; e no site.

Cannabis medicinal pode reduzir em 86% as crises de epilepsia em crianças, aponta estudo

A ação acontece pelo potencial do canabidiol de reduzir o excesso de atividade neuronal e inflamação cerebral causada pelas convulsões

Estudo realizado por pesquisadores do departamento de ciências do cérebro do Imperial College London, e publicado na BMJ, uma das mais influentes e conceituadas publicações sobre medicina do mundo, revelou que a cannabis medicinal pode reduzir em até 86% a frequência de crises de epilepsia em crianças.

Em linhas gerais, a substância exerce influência direta no sistema nervoso central, atuando como modulador da transmissão neurológica. Semelhante à uma substância produzida pelo próprio corpo humano, o canabidiol, conhecido popularmente como CBD, tem potencial de controlar as descargas de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos e tem o pode ajudar a reduzir crises convulsivas tanto em quantidade quanto em intensidade.

Além de auxiliar crianças, o tratamento com cannabis medicinal também pode ajudar adolescentes e adultos que apresentam quadros leves de epilepsia, ou até mesmo casos refratários e de difícil controle. “Existe uma parcela da população acometida por crises epilépticas que não responde aos tratamentos alopáticos convencionais. Esses pacientes podem, muitas vezes, encontrar na cannabis um alívio ou até mesmo o controle das crises”, afirma Fabrizio Postiglione, CEO e fundador da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a serviços e educação sobre a substância.

Outro ponto de destaque sobre o uso do canabidiol em relação aos tratamentos convencionais para epilepsia é que ele não sobrecarrega o fígado, não provoca irritabilidade e nem altera o humor do paciente, além de não apresentar outros efeitos colaterais indesejados, como a redução da capacidade de cognição do paciente, por exemplo.

Geralmente, a cannabis é introduzida no tratamento do problema de forma adjunta com outros medicamentos anticonvulsivantes, porém, em alguns casos a substância pode vir a ser o único tratamento de uma pessoa epiléptica, dependendo da avaliação médica e do caso clínico.

O potencial terapêutico da cannabis medicinal ainda é pouco conhecido pela sociedade e por grande parte da classe médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) já reconhece a prescrição de canabinoides para epilepsia infantil e em adolescentes, contudo, esse reconhecimento é considerado parcial. Posicionamento diferente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que permite a prescrição para diversas patologias por diferentes especialidades médicas, inclusive epilepsia de adultos e idosos.

A ciência vem investigando e descrevendo a eficácia do CBD para o tratamento da doença há alguns anos e um dos marcos mais importantes para a história da substância aconteceu em 2018, com a aprovação do Epidiolex (um remédio à base de cannabis) pela FDA (agência americana equivalente à ANVISA).

Esse medicamento possui diversos artigos sobre sua eficácia e segurança, sendo que alguns deles podem ser encontrados na página da associação americana de tratamento de epilepsia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, hoje a epilepsia é considerada a doença neurológica crônica mais comum no mundo e afeta cerca de 50 milhões de pessoas.

Sobre a Remederi

A Remederi é uma farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil.

A empresa possui também o Instituto de Ensino e Pesquisa Remederi, que promove cursos com objetivo de educar profissionais da saúde a respeito de medicamentos à base de canabidiol. Com sede em São Paulo, atualmente conta com um time de mais de 25 colaboradores e prestadores de serviços. Mais informações nos canais sociais: InstagramFacebookLinkedIn e YouTube; e no site.

Síndrome de Burnout: Como Evitar Essa Doença Ocupacional.

No dia 1º de janeiro, a Síndrome do Burnout passou a ser oficialmente reconhecida como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
 

E por quê é tão importante começarmos o ano falando sobre esse assunto? Estamos no mês da campanha Janeiro Branco, que tem o objetivo de alertar para a importância de começarmos um novo ciclo de forma mais saudável e tranquila, priorizando a nossa saúde emocional e bem estar.
 

Segundo Shana Wajntraub, mais do que nunca, é necessário trabalhar alguns pilares de nossos comportamentos e relacionamentos com outras pessoas. Com isso conseguimos: Bem-estar, equilíbrio nas adversidades, gerenciamento das emoções.
 

Além da campanha, diversas pesquisas mostram o impacto da pandemia na vida de diversos profissionais, uma delas da Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que durante o período de isolamento social, quase 50% dos colaboradores foram afetados pela ansiedade e depressão. Além disso, de acordo com pesquisa da Secretaria Especial da Previdência e do Trabalho, os últimos 2 anos foram campeões de afastamento por questões de transtornos mentais e comportamentais.
 

A Psicologa Shana Wajntraub explica algumas práticas para evitar o Burnout:
Entre as práticas mais relevantes para a saúde mental na neurociência, saber descansar a mente e se afastar de estímulos associados ao trabalho nos fins de semana e feriados é fundamental. “Em 2021, percebi o quanto as pessoas ficaram sobrecarregadas e com estresse alto, que levou a sintomas como falta de atenção e até de memória.” Comenta Shana.
 

Segundo é buscar atividades que tragam prazer, como:

Atividades físicas leves e moderadas, práticas de relaxamento como massagem (ou auto-massagem e alongamento) e meditação;
Práticas espirituais, caso seja praticamente de alguma religião;
Escutar músicas que aprecia;
Contato com a natureza, como ir a praia ou ao campo;
Práticas alimentares, evitando café em excesso e consumo de comidas processadas, principalmente as ultra processadas.

Terceiro é escolher uma dieta com alimentos leves (oleaginosas, chás, verduras, frutas e peixes) ou até mesmo práticas de jejum, caso conheça esta prática.

O quarto é manter vínculos sociais satisfatórios e recompensadores, como encontrar bons amigos, familiares, namorar.
 

Um estudo clássico de Harvard mostrou que a solidão é um forte preditor de problemas de saúde e, inclusive, morte precoce.
 

E, por último, um dos mais importantes: sono regular.

Todos esses estímulos estão associados a regulação de aspectos neurofisiológicos do organismo, como regulação intestinal, liberação de endorfinas e endocanabinóides e regulação de sistema dopaminérgico e serotoninérgico.
 

É importante considerar que nem sempre é possível aderir a todas essas práticas, mas quanto mais conseguir ajustar tais aspectos, mais eficiente será sua recuperação ou prevenção ao Burnout.

Mito e verdade na reinfecção por Covid-19 de pessoas vacinadas

Centro SoU_Ciência alerta aos perigos da desinformação e destaca o que tem de verdade e de notícia falsa no assunto

Os anúncios recentes de vários artistas e personalidades, entre eles a cantora Preta Gil e o ex-jogador Ronaldo, de serem diagnosticados com Covid-19 mesmo após tomar as doses da vacina tem sido usado por muitos defensores do movimento antivacina para colocar em xeque a eficácia da proteção dos imunizantes. Diante dos questionamentos e disseminação de falsas informações, o centro SoU_Ciência traz o que é mito e o que é verdade na reinfecção por Covid-19, mesmo em pessoas vacinadas.

Um dos mitos é achar que somente a vacina será a responsável por dar fim à pandemia. Os cientistas diariamente alertam sobre o risco de aglomerar e relaxar no uso de máscaras durante as festas de fim de ano. As vacinas estão salvando milhões de vidas, elas oferecem a camada de proteção mais importante, mas precisamos das medidas não farmacológicas, como a continuidade do uso máscaras, a sequência do distanciamento físico, evitando locais fechados e com aglomeração para o combate ao coronavírus”, explica Luiz Carlos Dias, professor da Unicamp, membro do comitê científico do SoU_Ciência e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

De acordo com Dias, outro erro é dizer que estamos retrocedendo. “Mesmo com aumento no número de casos, nós não estamos voltando ao passado. Hoje, graças às vacinas, nós estamos em uma situação muito melhor do que nesta época do ano passado, principalmente quando se compara os índices de internações por casos graves e óbitos, que seguem em queda”.

Nessa disseminação de informações, uma verdade é relacionada com as doses de reforço. “Apesar da eficácia de todas as vacinas contra a ômicron ser menor na comparação com as variantes anteriores, uma dose de reforço, qualquer que seja o imunizante, recupera a eficácia para níveis próximos dos observados com duas doses, o que torna evidente e necessária a expansão da campanha de doses de reforço para as faixas etárias com 18 anos ou mais”, destaca Dias.

Para o membro do comitê científico do SoU_Ciência, “até termos vacinas mais robustas, adaptadas para essas novas variantes, nós vamos conviver com o vírus e suas variantes. As vacinas em uso hoje não são esterilizantes, não impedem a infecção, mas evitam casos graves e óbitos e estão salvando milhões de vidas, mesmo que tenham sido desenvolvidas quando o vírus original de Wuham estava circulando e ainda não foram adaptadas para as novas variantes”.

Atualmente, o Brasil tem quase 76% da população vacinada com a primeira dose, 67,2% completamente imunizada e 13,4% já com a dose de reforço. “Ainda temos cerca de 24% ou pouco mais de 51 milhões de pessoas no Brasil sem nenhuma dose, além de cerca de 35 milhões de crianças na faixa de 0-11 anos que, se forem vacinadas, farão o Brasil ultrapassar 90% de sua população imunizada. Avançamos muito em um ano, o que representa uma vitória gigantesca da ciência, da defesa da vida contra o ódio, contra o negacionismo e contra os antivacinas. Isso, apesar das adversidades e da falta de campanhas nacionais de esclarecimento da sociedade por parte do Ministério da Saúde e do desserviço prestado por alguns políticos, jornalistas, líderes religiosos, ex-atletas, pseudocientistas e médicos charlatães que insistem em combater as vacinas com muita desinformação”, conclui Luiz Carlos Dias.

Tratamento para Hanseníase completo pelo SUS

Dermatologista do CEJAM alerta para os principais sintomas da doença

Sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da hanseníase é o foco da campanha Janeiro Roxo, que promove, durante todo o mês, uma série de ações voltadas à doença, lembrada anualmente, no último domingo de janeiro, pelo Dia Mundial Contra a Hanseníase. O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” participa da campanha para auxiliar na conscientização dos usuários das unidades de saúde gerenciadas pela Instituição.

A dermatologista Patrícia Vieira Maluly, que atende na AMA 24h Capão Redondo e nos hospitais Dia M’ Boi Mirim I e II, ambos sob gestão do CEJAM, tira as principais dúvidas sobre a doença e como ela age no organismo.

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Ela tem transmissão interpessoal, ou seja, de pessoa para pessoa, principalmente por meio do convívio com doentes de formas multibacilares (MB), sem tratamento e de evolução crônica.

A doença pode levar à formação de uma grande variedade de lesões cutâneas, entre elas manchas, pápulas, placas, nódulos e até infiltração difusa — quando a doença disseminada é de maior gravidade, muito característica na hanseníase virchowiana –, dependendo da resposta imunológica do indivíduo.

“Essa infecção ainda se configura como um grave problema de saúde pública em muitos países, inclusive no Brasil. Mesmo com todos os avanços obtidos pela ciência e tecnologia, não houve interrupção da transmissão em escala mundial”, destaca.

Sintomas

A infecção por hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, a especialista explica que é necessário um longo período de exposição à bactéria. De acordo com a Dra. Patrícia, os primeiros sintomas são lesões na epiderme e derme.

“A maioria dos casos de hanseníase é definida pela análise clínica dermatoneurológica. Para esclarecimento diagnóstico, podemos associar exames complementares como anatomopatológico e baciloscopia, entre outros.”

Confira a lista de sinais e sintomas a serem considerados:

Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas);

Áreas com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e dores;

Comprometimento de nervos;

Diminuição dos pelos e do suor;

Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e pés;

Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;

Nódulos no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Tratamento


Graças aos avanços da ciência, a hanseníase tem cura e o tratamento completo da doença é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“São utilizados esquemas terapêuticos padronizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com a classificação operacional. Os medicamentos de primeira linha no tratamento padrão da hanseníase são rifampicina, dapsona e clofazimina”, explica a Dra. Patrícia.

Além do tratamento, o Ministério da Saúde também disponibiliza a Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase, um instrumento para que o paciente acompanhe, registre seu tratamento e tenha em mãos orientações sobre a doença.

Segundo a especialista, a caderneta é uma importante ferramenta para a gestão, dando suporte às equipes de saúde e ao paciente. Ela deve ser entregue no momento do diagnóstico.

 
Sobre o CEJAM

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.


Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

Calvície: pode ser detectada precocemente por meio de análise do DNA

Mapeamento genético identifica genes responsáveis pela desregulação hormonal que provoca queda de cabelo

A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é a principal causa da perda de cabelo, principalmente em homens. A literatura científica mostra que algumas variantes genéticas comuns são fatores de risco para esta condição. O problema acontece por conta de uma desregulação dos hormônios androgênicos, influenciada por alguns genes que afinam os fios capilares progressivamente, até ocasionar a queda.

No caso dos homens com alopecia androgenética, no geral, a perda de cabelo se concentra nas entradas frontais e na parte do topo da cabeça. Já nas mulheres, o mais comum é que ocorra uma perda mais generalizada, que deixa todo o couro cabeludo mais aparente. Fato é que, tanto nos homens, quanto nas mulheres, quanto antes for feito o diagnóstico e mais cedo iniciar o tratamento, maiores as chances de frear o avanço da doença.

Neste ponto, o mapeamento genético feito pela Genera , o primeiro laboratório brasileiro especializado em testes de genômica pessoal, pode indicar quais as chances de uma pessoa desenvolver esse tipo de alopecia. Por meio de uma amostra de saliva, o teste faz a leitura de pontos específicos do DNA e aponta se cada indivíduo possui os marcadores genéticos que provocam a alteração hormonal responsável pela queda de cabelo.

“A genética não e não deve ser o único fator considerado quando falamos sobre quedas de cabelo. Mas, além da influência dos genes HDAC4 e HDAC9, sabemos também que os povos ameríndios, asiáticos e africanos possuem taxas de calvície menores que os europeus. Com o mapeamento genético, é possível determinar também a ancestralidade da pessoa e avaliar o quanto isso aumenta ou reduz as chances dela ter alopecia”, explica Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.

Além da queda de cabelo, a alopecia androgenética pode ocasionar na perda de pêlos em outras partes do corpo, como nas sobrancelhas. Tanto a calvície quanto as falhas nas sobrancelhas, podem provocar sérios problemas de autoestima. “Os cabelos, muitas vezes, expressam nossas personalidades e acabam sendo uma moldura para o rosto, assim como a sobrancelha é para o olhar. Muitas pessoas que sofrem com a queda acabam investindo bastante dinheiro em implantes capilares depois de sofrer por muito tempo com a imagem refletida no espelho. O ideal é detectar o problema antes do início dos sintomas e iniciar o melhor tratamento. Os testes de genômica pessoal oferecem resultados muito personalizados, o que facilita também a personalização das terapias”, finaliza Ricardo.

Além da propensão à calvície, a análise do DNA detecta a tendência para o desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, osteoporose, trombofilia, câncer e Parkinson. Também é possível analisar os aspectos psicológicos, como predisposição para uma impulsividade exacerbada, habilidade em matemática e até determinar preferência por horários diurnos ou noturnos, além de descobrir a origem do DNA por pelo menos cinco gerações.