Cidade de São Paulo inicia busca ativa para vacinar crianças em escolas municipais

Serão disponibilizados aos pais e responsáveis de crianças entre 5 e 11 anos de idade formulário de autorização para aplicação dos imunizantes

A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais de Saúde (SMS) e da Educação (SME), deu início, na manhã desta segunda-feira (21), na Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Borba Gato, em Santo Amaro, a busca ativa de crianças entre 5 e 11 anos com a vacinação contra a Covid-19 nas unidades de ensino. A medida tem como objetivo intensificar imunização do público infantil na capital paulista.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes, 250 mil crianças nessa faixa etária ainda não se vacinaram. “A experiência positiva da cidade de São Paulo pode ser repetida. Temos que ter transparência no diálogo com a população e levar informações para que as pessoas tenham confiabilidade naquilo que a gente está falando que as vacinas salvam vidas”, destacou.

Vacinação

Até o último sábado (19), a cidade alcançou a marca de 74,1% de crianças vacinadas com a primeira dose (D1) dos imunizantes. A estimativa para essa faixa etária é imunizar um total de 1.083.159 crianças na capital.

O secretário municipal da Saúde em exercício, Luiz Carlos Zamarco, explicou que a vacinação em todas as escolas municipais seguirá nas próximas duas semanas. “Vamos fazer um agendamento. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm as escolas da região. A UBS manda para unidade escolar o termo de autorização, que envia aos pais para assinarem e agendarem o dia da vacinação, que acontece num dia de aula”. Poderão ser aplicadas tanto a primeira dose (D1) das vacinas, quanto a segunda (D2), desde que a criança esteja dentro do intervalo recomendado entre ambas.

As UBSs já estão preparadas para realizar a imunização nas instituições de ensino da rede municipal e continuar com o atendimento nas unidades. A ação contará com o apoio de técnicos da Vigilância em Saúde.

Há intervalos diferentes entre doses das vacinas em crianças, conforme a marca do imunizante. As de 5 anos, por exemplo, são vacinadas exclusivamente com doses da Pfizer pediátrica. Elas precisam esperar 56 dias ou oito semanas para a D2. Quem tem de 6 a 11 anos, e tomou a primeira dose da Pfizer, também tem de aguardar esse mesmo intervalo. Para aqueles que tomaram Coronavac, o intervalo é de 28 dias.

O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, lembrou que números atuais já mostram que os pais e responsáveis têm vacinado seus filhos e filhas. “Entretanto, ao promover a vacinação dentro das escolas, poderemos garantir a imunização das crianças de forma rápida e eficiente, ampliando cada vez mais o número de vacinados na nossa cidade”, disse Padula.

Síndrome de Burnout: números de casos explode na pandemia

Coronavírus impulsiona aumento de esgotamento profissionalCoronavírus impulsiona aumento de esgotamento profissional

Derivada do inglês, Burnout significa “queima” (burn) + “exterior” (out), isto é, “queimar-se por completo”. O termo foi criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger, em 1974, e refere-se a problemas relacionados à dificuldade de gerenciar a própria vida, correlacionado com o excesso de trabalho, fonte promotora de distúrbios psíquicos, e pode ser entendido no processo de três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional.
 

Também conhecida por “Síndrome do Esgotamento Profissional”, a doença muitas vezes é confundida por estresse no trabalho, no entanto, as pessoas acometidas estão em exaustão completa, com esgotamento físico e estresse generalizado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Burnout é um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso.
 

Por se tratar de um processo que evolui ao longo dos anos a partir da relação com o trabalho, que quase nunca é percebido em suas fases iniciais, torna-se difícil determinar uma faixa etária mais afetada. Os primeiros sinais estão expressos no excessivo prolongamento dos níveis de tensão no organismo, podendo levar à insônia, queda de cabelo, doenças cardíacas, palpitações, aumento da pressão arterial, dores musculares, tremores, gastrite, asma, diminuição de interesse — especialmente em relação ao trabalho –, diminuição da energia e disposição do indivíduo em sua vida de modo geral, levando ao afastamento das atividades entendidas como triviais. Contudo, há profissionais mais propensos a desenvolverem tal síndrome como: segurança privada e policiais; bancários; trabalhadores da área da saúde, como médicos e enfermeiros; professores; controladores de voo e motoristas de ônibus; executivos; e jornalistas. De forma geral, é mais comum em trabalhadores que possuem relação direta com o público, profissionais assistenciais. Apesar de estarem em destaque no que tange a propensão a desenvolver a Síndrome de Burnout, isso não quer dizer que outros especialistas estão imunes.
 

“A pandemia trouxe a necessidade de adequação ao trabalho, imposto pelo distanciamento social. Muitas empresas optaram pelo home office, fazendo com que os afazeres profissionais fossem para o espaço doméstico, exigindo que houvesse a coabitação harmônica entre público e privado. Essa combinação causou certa confusão, pois tarefas domésticas tiveram que dividir espaço com o profissional que trabalha em casa”, explica Marcelo Santos, psicólogo clínico e professor do curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).
 

De acordo com ele, a nova realidade fez com que as pessoas trabalhassem além do seu expediente para dar conta dos deveres. Apesar do ganho em diminuição do tempo em locomoção, o ambiente de descanso se transformou em seu espaço de trabalho diário. Todas as exigências pressionaram consideravelmente o trabalhador, afetando sua saúde mental.
 

Marcelo Santos pontua que “a pandemia fez com que houvesse um aumento do esgotamento profissional, tendo em vista as mortes pela Covid-19, a insegurança do futuro, o aumento da taxa de desemprego, poder de compra reduzido, espaço doméstico e profissional coabitando juntos, filhos demandando atenção, cobrança dos chefes, reuniões on-line constantes e aumento da jornada de trabalho”. O psicólogo afirmou que tudo isso justifica o aumento dos casos de Burnout no período de pandemia.
 

Por se tratar de doença relacionada ao trabalho, o especialista do Mackenzie diz que é imprescindível ficar atento às condições de trabalho, relacionamento com a profissão, relações interpessoais, excesso da jornada, exigências além do possível de ser cumprido e assédios que podem ocorrer no ambiente profissional. Caso haja diagnóstico ou suspeita de estar nesse processo de esgotamento, é necessário buscar ajuda com profissionais que poderão oferecer tratamento, tais como psicólogo e psiquiatra. “O resgate da autoestima e da autoconfiança são necessários para reestabelecer a saúde mental, podendo até se valer, se necessário, de tratamento medicamentoso. Praticar atividades físicas, melhorar a qualidade do sono e da alimentação, aumentar o convívio saudável com amigos e familiares e lazer, ajudam muito”.

Campanha de doação de sangue mobiliza torcedores do Flamengo e simpatizantes de esportes

Ação promovida pelo Banco de Sangue Serum pretende conscientizar público sobre a importância da doação de sangue, atraindo novos doadores neste momento em que os estoques estão críticos

A torcida rubro-negra do Clube de Regatas do Flamengo entra em campo com a nova edição da Campanha Raça, Amor e Sangue, que começa nesta sexta-feira, dia 18, e segue até 7 de março, no Banco de Sangue Serum.
 

Com o tema “Somos uma nação. Não importa onde esteja, sempre estarei contigo”, a campanha pretende mobilizar torcedores do time, simpatizantes e também amantes de esportes para que sensibilizem sobre a importância da doação de sangue. Os participantes receberão brindes alusivos à campanha (vide regulamento).
 

A ação ocorre em um momento estratégico em que os estoques sanguíneos estão 54% abaixo do ideal. Já as demandas por transfusões de sangue aumentaram 30% em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a instituição são necessárias 100 coletas por dia em cada uma de suas unidades, Centro e Barra, para que os estoques possam se equilibrar, o que não vem ocorrendo há muitos dias.
 

As duas unidades do Banco de Sangue Serum abrem diariamente, inclusive aos finais de semana e feriados, para receber os doadores que se disponibilizarem a entrar nessa corrente do bem e empatia pelo próximo, das 7h às 18h, em dois endereços: na Av. Marechal Floriano, 99, no Centro, e no Casa Shopping – Barra.

REGULAMENTO DA CAMPANHA

• O doador deverá cadastrar-se na campanha de mobilização dentro da data estipulada para a campanha informando ao recepcionista no ato do cadastro;
 

• A retirada do brinde será efetuada na recepção após comprovada doação de sangue, observando a edição da qual participou;
 

• Para recebimento dos brindes, deverá obrigatoriamente respeitar as edições estipuladas. Sendo estas:

1ª Edição (fevereiro) – Cartão personalizado de fidelidade + selo da campanha + chaveiro personalizado;

2ª Edição (junho) – Selo da campanha + a carteirinha personalizada;

3ª Edição (outubro) – Selo da campanha + camisa personalizada.
 

Importante: a participação nas edições é fator determinante para o recebimento do brinde. O doador receberá o brinde de acordo com as edições em que participou. Exemplo: Participou apenas de 2 edições em 2022, receberá apenas o brinde correspondente pelo total de participações nas campanhas.

Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Não é permitido realizar doação acompanhado de menores de 12 anos (exceto se o menor estiver acompanhado de dois adultos, sendo necessário o revezamento dos mesmos enquanto acontece a doação);

• Estar em boas condições de saúde, se sentindo bem, sem qualquer sintoma;

• Pesar no mínimo 50 kg e ter dormido ao menos 6h na última noite;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum desde que evite alimentos gordurosos;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina;

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido Doença de Chagas;

• Não ter tido Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 10 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;

• Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país).

Consulte nossa equipe em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
 

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnostico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.

Serviço

Banco de Sangue Serum

Novo endereço: Av. Marechal Floriano, 99

Telefones: (21) 3233-5950 | WhatsApp: (21) 99829-7417

Atendimento: Diariamente, das 7h às 18h; incluindo sábados, domingos e feriados

Estacionamento: Poeta Luiz Gama – Av. Passos, 120

Como chegar: Acesso Metrô – Estação Presidente Vargas e Uruguaiana

Acesso VLT: Camerino/Rosas Negras (linha 3)

Banco de Sangue Serum Barra

Endereço: Casa Shopping – bloco P – lado Península – Av. Ayrton Senna, 2.150 – Barra da Tijuca

Telefones: (21) 3030-6761 / 6762 | WhatsApp: (21) 99695-7470

Atendimento: Diariamente, das 7h às 18h; incluindo finais de semana e feriados

Estacionamento: gratuito, conveniado no local, durante a doação – Usuários de tags de acesso rápido, devem retirar o ticket na cancela do estacionamento para isenção.

Tratamento para calvice masculina: ANVISA aprova a nova indicação do medicamento dutasterida

A alopecia androgenética, também conhecida como calvície masculina, é uma doença que afeta aproximadamente 50% dos homens acima de 50 anos.Além disso, ainda 76% não estão em tratamento.

A ANVISA aprovou uma nova indicação do medicamento Avodart (dutasterida), da farmacêutica GSK, para o tratamento da alopecia androgenética masculina, mais conhecida como calvície.1 O medicamento é um bloqueador hormonal, que tem como objetivo aumentar a cobertura do couro cabeludo e retardar a progressão da queda de cabelo.1,6 Anteriormente, o Avodart era indicado apenas para o tratamento de hiperplasia prostática benigna, também conhecida como aumento prostático benigno.1 
 

“Quando os primeiros sintomas de queda capilar e/ou rarefação de pelos no couro cabeludo aparecerem, é importante procurar um médico para receber o correto diagnóstico e orientações sobre a alopecia androgenética masculina e sobre o tratamento adequado. Para melhores resultados, é importante seguir as orientações médicas e manter o tratamento indicado, garantindo melhores resultados a longo prazo” esclarece a Dra. Juliany Estefan, dermatologista e gerente médica da GSK.

O medicamento foi avaliado em diversos estudos, sendo um deles com 917 homens, entre 20 a 50 anos, com alopecia androgenética, demonstrando eficácia, através do crescimento e a restauração do cabelo. Além disso, foi bem tolerado, apresentando neste estudo a incidência de eventos adversos sexuais similares ao placebo e a outro comparador da mesma classe terapêutica.8,9
 

Um benefício deste produto é a grande experiência prévia na urologia, pois anteriormente o Avodart era indicado para o tratamento de hiperplasia prostática benigna. Com isso, já conhecemos bem seu perfil de segurança”, comenta a Dra. Juliany.

Calvície masculina

A alopecia androgenética, mais conhecida como calvície masculina, é uma doença genética e um dos problemas crônicos mais comumente observados pelos dermatologistas, sendo a forma mais comum de perda de cabelo masculina.2 Aproximadamente 50% dos homens acima de 50 anos possuem a doença, e os sinais iniciais frequentemente começam a aparecer durante a adolescência.2,3
 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a queixa mais frequente é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nos homens, as áreas mais afetadas são a coroa e a região frontal, conhecida como entradas.6
 

“O stress do dia a dia, problemas hormonais e até a COVID-19 podem causar queda de cabelo. Mas é preciso identificar o quanto antes a causa da alteração dos cabelos e iniciar o tratamento, caso necessário, após o diagnóstico pelo médico”, afirma Dra. Juliany.

Dormir é a solução! Entenda a importância do sono para a saúde física e psicológica

Tempo ideal, dicas e benefícios sobre uma noite bem dormida são explicitadas por especialistas na área

Apesar de ser uma ação desaconselhada pelos coaches de vida e trabalho, dormir pode ser a solução que muitos procuram para seus problemas. Ter um sono de qualidade está ligado ao emagrecimento, controle de apetite, formação de músculos, melhor desenvolvimento do cérebro, maior libido, fortalecimento do sistema imunológico e até regeneração de lesões. É certo que cada um tem o seu horário favorito de trabalhar, malhar e dormir, sendo isso o cronotipo de cada indivíduo, seja ele matutino (dormir e acordar mais cedo), vespertino (dormir tarde e acordar tarde), ou até ser flexível.
 

O sono é uma característica biológica que todos têm, e que é sincronizado de acordo com as características ambientais e geográficas, sendo a maior delas a emissão de luz. Por isso, em viagens para lugares com características ambientais diferentes, é comum o sono ficar desregulado (jat lag). A neurologista e especialista do sono, Jane Lúcia Machado, explica que quando o sol desponta no horizonte, o relógio biológico, localizado no quiasma óptico, já dá um sinal para o corpo, “os quiasmas ópticos são acionados através de uma rede de conexões, acionam o mecanismo de acordar e à noite, com a chegada da escuridão, entram os mecanismos de dormir”.

Tempo de descanso necessário

Uma das maiores dúvidas é o tempo ideal para cada um descansar totalmente. Jane Machado explica que não tem como afirmar o tempo mínimo necessário para dormir, “mas podemos afirmar que cada indivíduo já nasce com seu tempo de sono definido geneticamente, em seus relógios biológicos, mas sofrerá interferências de outros fatores ao longo da vida e cada um deve entender a necessidade de seguir seu ritmo e sono conforme suas características genéticas”.
 

“Nesse mesmo contexto, há indivíduos dormidores curtos, ou seja, que ficam satisfeitos e prontos para as atividades diurnas com apenas 6 a 6,5 horas de sono por noite; e os dormidores longos que só ficam satisfeitos com 9 a 10 horas de sono; além dos intermediários que com 7 a 8 horas funcionam plenamente. Para ser mais exata, o tempo mínimo de sono necessário é aquele onde faz o indivíduo acordar com sensação de noite bem dormida e pronto para enfrentar as atividades do dia sem cansaço, fadiga, irritação, ou outras queixas que impeçam-no de produzir com plenitude”, conclui Jane.
 

Com a falta desse autoconhecimento sobre o sono, o funcionamento geral do corpo, tanto físico quanto psicológico, pode ficar prejudicado, como explica a psicóloga Valéria Mori, “não ter uma boa noite de sono pode implicar em problemas de memória, irritabilidade e performance ao longo do dia, ou seja, prejudica a forma como a gente vai organizando o nosso cotidiano. A privação de sono vai deixando os nossos reflexos para responder e pensar mais lentos”.

Ela ainda chama a atenção para o uso dos celulares antes de dormir, pois podem atrapalhar o sono, “se não conseguir se desconectar, use o modo noturno. As luzes das telas inibem a produção de melatonina, nos deixando mais ativas bem na hora do descanso. É fundamental que você tenha uma rotina de sono”, conclui a psicóloga que também é professora do Centro Universitário de Brasília (CEUB).
 

Atividade física e uma noite bem dormida

Um estudo publicado pela revista JAMA Internal Medicine, no dia 7 de fevereiro de 2022, mostra que é possível perder quase 300 calorias por dia dormindo. O estudo foi feito com jovens adultos com excesso de peso e que normalmente dormiam menos de seis horas e meia, e mostrou que os participantes diminuíram a ingestão calórica após aumentarem de 6 para 8,5 horas de sono. A privação de sono, independente do motivo, afeta a grelina e a leptina, hormônios responsáveis por controlar a fome e a saciedade, respectivamente.
 

Thais Yeleni, profissional de Educação Física, empresária e Presidente do Sindicato das Academias do Distrito Federal (Sindac-DF), também fala que a atividade física é fundamental para a manutenção da saúde, “a pessoa que se mantém ativa, com uma boa alimentação, atividade física regular de média a baixa intensidade, e um bom sono, tende a diminuir em até 60% a chance de adquirir uma doença”.

Dicas para um bom sono

  1. Quem dorme bem tem um dia feliz e produtivo! A boa qualidade de sono faz com que haja equilíbrio energético e a manutenção da massa corporal. “Para se ter uma ideia da gravidade de se ter má qualidade de sono, as evidências científicas mostram o avanço da obesidade a níveis alarmantes em todo o mundo devido às alterações metabólicas. É importante salientar que o cortisol também sofre aumento e está envolvido no desbalanço dos níveis de glicose e geração de estresse, quando em níveis elevados, corroborando não só para a obesidade mas também para a diabetes”, esclarece a especialista em sono, Jane Machado.

    2. A maior dificuldade em regular o sono é o de mudar o comportamento sobre alguns hábitos relacionados com a má higiene do sono. Jane explica ainda: “muitas vezes é necessário a introdução de medicamentos indutores e mantenedores do sono, inclusive com uso de suporte psicológico, como a Terapia Cognitiva Comportamental e mudanças de estilo de vida para saúde. Para se chegar a um sono ideal deve-se identificar e corrigir o distúrbio do sono aliado a uma boa higiene do sono”.

    3. Muitos aplicativos que medem a qualidade do sono podem dar uma boa dica se está ocorrendo ou não sono profundo a quem o usa, sendo útil no início do tratamento da insônia, mas “o maior indicador de um boa qualidade de sono é a percepção do próprio indivíduo de como está a disposição física e mental, a relação com todos os setores da vida, a felicidade e bem- estar durante o dia. Enfim, a plenitude depois de uma noite de sono”, finaliza a especialista do Hospital Anchieta de Brasília.

TRANSPLANTES COM CÉLULAS-TRONCO APRESENTAM RESULTADOS POSITIVOS NO COMBATE À AIDS

Casos de remissão do vírus HIV apontam possível eficácia do tratamento da doença

Recentemente, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou o primeiro estudo para testar um tratamento em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A pesquisa foi feita em 30 voluntários, através de um novo coquetel com base de terapia antirretroviral reforçada com outras substâncias, além da adição da nicotinamida – uma das formas da vitamina B3.
 

Os pesquisadores também desenvolveram uma vacina de células dendríticas – importantes unidades funcionais no sistema imunológico, localizadas no sangue e em órgãos linfoides – que foram capazes de estimular o organismo do paciente a encontrar as células infectadas e destruí-las, eliminando completamente o vírus HIV.
 

“Essas células possuem a função de capturar micro-organismos prejudiciais e, posteriormente, apresentá-los aos linfócitos T CD8, que aprendem a encontrar e a destruir o vírus presente em regiões do corpo nas quais os antirretrovirais não chegam como cérebro, intestinos, ovários e testículos”, explica Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.
 

Em 2009, médicos publicaram um relatório no New England Journal of Medicine detalhando o caso de Timothy Ray Brown, mais conhecido como “paciente de Berlim”, primeiro homem a ficar livre do vírus da AIDS por meio do transplante de células-tronco, a princípio, destinado para o tratamento de uma leucemia. A doação proveio de um doador que carregava uma mutação genética rara que confere resistência ao HIV.  
 

O primeiro transplante de Brown ocorreu em 2007, no entanto, o sucesso foi parcial. O vírus do HIV sumiu, porém, a leucemia permaneceu. No ano seguinte, em março, Timothy passou por um segundo transplante do mesmo doador. A partir disso, testou negativo consecutivas vezes para a AIDS. Em setembro de 2020, Brown faleceu, aos 54 anos, vítima de câncer.
 

Já em 2019, outro caso foi divulgado. Intitulado como “paciente de Londres”, o britânico foi submetido a um transplante de células tronco em 2016, por causa de um câncer. Assim como no caso anterior, o doador apresentava mutação genética resistente ao HIV e o transplante trouxe alterações positivas ao seu sistema imunológico.  
 

Passados 16 meses da cirurgia, os médicos do hospital de Londres retiraram o tratamento antirretroviral e, desde então, ele está sem manifestações do vírus. No entanto, os cientistas ainda se referem aos casos como uma remissão de longo tempo e sem a garantia de que a doença não irá retornar ao organismo em algum momento.
 

Ao que tudo indica, o uso de transplante do sangue do cordão umbilical promove vantagens importantes para o tratamento do HIV em adultos. “É notório os grandes avanços por meio do uso das células-tronco, no entanto, este tipo de procedimento é recomendado para doenças hematológicas graves. Quando possível, a escolha do doador de medula, que carrega uma mutação genética que confere resistência ao HIV, para um paciente com HIV, como em qualquer outra circunstância, necessita da compatibilidade e carrega também grande esperança de sucesso na cura do HIV”, informa o médico.
 

“Devido ao resultado positivo desses pacientes, que ficaram livres do vírus, a ciência leva em conta a possibilidade de realizar uma alteração genética nas células-tronco autólogas de pacientes com Leucemia, para que elas obtenham a resistência ao HIV antes de serem reinfundidas com a finalidade de transplante”, conclui Dr. Nelson.

Preço dos medicamentos no país registra alta de 0,27% em janeiro, indicam Fipe e Bionexo

Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram alta de +0,27% em janeiro deste ano, segundo o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fipe em parceria com a Bionexo — healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde. O resultado ficou abaixo da inflação no período medido pelo IPCA/IBGE (+0,54%) e do IGP-M/FGV (+1,82%), mas acima da taxa média de câmbio (-2,08%).
 

“Os resultados do índice refletem uma redução na volatilidade mensal desde novembro de 2021, o que contrasta com as oscilações expressivas ao longo de 2020 e 2021 — ano em que o IPM-H registrou alta de +14,7% no primeiro semestre, seguida por uma acomodação de -7,6% na segunda metade”, avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. “Além disso, o cenário de maior estabilidade ocorre em função da possível influência de fatores relacionados aos números da pandemia, que afetam direta e indiretamente a demanda (e os preços) do mercado. É importante salientar ainda o papel da sazonalidade, atribuída ao calendário de reajustes da CMED (usualmente autorizados em abril de cada ano). Mesmo com essa maior estabilidade, há um crescimento acentuado de 19,16% desde o início da pandemia”, conclui o executivo.
 

O resultado positivo foi impactado pelas variações nos grupos sistema nervoso (+7,44%); aparelho geniturinário (+3,91%); aparelho cardiovascular (+3,36%); órgãos sensitivos (+1,76%); sistema musculoesquelético (+1,48%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+1,04%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+0,36%). Por outro lado, houve recuo nos preços dos grupos anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,46%); preparados hormonais (-2,13%); agentes antineoplásicos (-2,08%); aparelho digestivo e metabolismo (-0,13%).

Considerando um horizonte mais amplo, o IPM-H já acumula uma alta de 4,86% nos últimos 12 meses, encerrados em janeiro de 2022. Nesse cenário, contribuíram para o resultado as variações na maioria dos grupos da cesta do índice, incluindo preparados hormonais (+22,44%); sangue e órgãos hematopoiéticos (+15,31%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+14,52%); órgãos sensitivos (+10,66%); aparelho respiratório (+9,53%); sistema nervoso (+5,75%); aparelho geniturinário (+5,70%); e agentes antineoplásicos (+2,92%). Em contrapartida, houve recuo nos grupos sistema musculoesquelético (-10,75%); aparelho digestivo e metabolismo (-5,25%); anti-infecciosos para uso sistêmico (-3,41%); e aparelho cardiovascular (-3,23%).

Volta às aulas presenciais: vacinação em dia e cuidados importantes para a saúde das crianças e adolescentes

Atualizar a caderneta de vacinação é a principal forma de proteção contra diversas doenças imunopreveníveis como meningite, sarampo, pneumonia, coqueluche e catapora 

O Ministério da Saúde recomenda ainda a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a COVID-19 

O ano letivo começou e alguns cuidados são importantes para tornar a escola um local seguro. Além dos já conhecidos protocolos recomendados para as instituições, como uso de máscaras e distanciamento social, os pais e responsáveis também têm um papel importante na proteção de seus filhos contra doenças por meio de uma medida simples e efetiva: a vacinação de rotina. 1,3,20

Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, a atualização da vacinação das crianças e adolescentes é fundamental para a volta das aulas presenciais. “Com a baixa cobertura vacinal dos últimos anos, muitas doenças infectocontagiosas podem voltar a circular, até as que já estavam controladas. E o ambiente escolar favorece o contágio de muitas doenças por causa do contato próximo entre os alunos. Os pais precisam checar a caderneta de vacinação dos filhos e, caso alguma dose ou vacina esteja em aberto, a atualização deve ser feita o mais rápido possível”, afirma a médica.

Doenças preocupantes em crianças e adolescentes

Os pais e responsáveis devem ficar em alerta sobre algumas doenças, principalmente aquelas que possuem riscos mais elevados em pessoas com idade escolar. 4,5,19 Um exemplo é a meningite meningocócica. 4 Os menores de 5 anos são os que estão mais propensos à doença, que tem contágio pelas vias respiratórias, de pessoa para pessoa. 4,21,22 Além disso, até 23% dos adolescentes são portadores da bactéria causadora da infecção, sendo muitas vezes assintomáticos, mas permanecem transmitindo a doença. 4, 6, 7, 8 Vale também ressaltar que essa doença é potencialmente grave, podendo levar o paciente a óbito em até 24 horas. 18

Já a pneumonia é uma das principais causas de óbito em crianças menores de cinco anos em todo o mundo. 5, 9, 19 Uma das bactérias causadoras da infecção, o pneumococo, também pode causar otite média, sinusite, conjuntivite e, em casos mais graves, bacteremia e meningite. 10 Estima-se que praticamente todas as crianças, em algum momento da fase pré-escolar, tenham sido portadoras do pneumococo em pelo menos uma ocasião. 9
 

O sarampo é uma evidência dos riscos da falta de adesão aos esquemas vacinais. 11 Considerado eliminado nas Américas em 2016, após sucessivas quedas das coberturas vacinais nos anos seguintes, a doença voltou a fazer vítimas no Brasil em 2018, incluindo crianças. 11, 12

“Além de todas essas doenças citadas acima, estamos vendo um grande aumento de casos de influenza no país. E todas elas têm em comum a forma de transmissão, que se dá por contato com secreções e gotículas de tosse e espirro de pessoas contaminadas, assim como a COVID-19. Por isso, é muito importante a atualização da caderneta de vacinação dessas crianças e adolescentes. Outro ponto essencial é que os pais não devem levar os filhos doentes e com sintomas gripais à escola, mesmo que sejam leves. E a atualização do calendário vacinal vale para professores e qualquer outro funcionário também. Todo cuidado com a proteção é importante neste momento de volta às aulas”, alerta Dra. Lessandra.

Baixa cobertura vacinal

Nos últimos anos, especialmente durante a pandemia, o Brasil tem registrado uma preocupante queda na cobertura vacinal da população. 13 Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) apontam que, em 2021, nenhuma das vacinas ofertadas ultrapassou os 70% do público-alvo imunizado. 13 Esses índices estão muito abaixo da meta de 90% ou 95% de cobertura estabelecida pelo Ministério da Saúde, dependendo da vacina. 14

“A vacinação é mais do que uma proteção individual, mas sim uma ação de cidadania e uma estratégia de saúde pública, com impactos coletivos através da imunidade de rebanho, isto é, quando uma alta porcentagem da população está imunizada, fazendo com que até quem não pode receber algum tipo de vacina se beneficie da proteção. Por isso, é tão importante mantermos o calendário de vacinação em dia, não apenas das crianças, mas também dos pais e das demais pessoas que estão no convívio social”, esclarece a infectologista.

Proteção contra diversas doenças

O Ministério da Saúde orienta a vacinação em todas as faixas etárias de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as vacinas recomendadas estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 1,2 Esses imunizantes oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatites A e B, formas graves de tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, gripe, entre outras. 1,2 Ao todo, o PNI contempla 20 vacinas que protegem contra muitas doenças. 1,2 Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a COVID-19. 17 

Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada, para a imunização não apenas das crianças, mas de todas as faixas etárias. 15, 16

“Além de saber quais vacinas tomar, é fundamental também se atentar para a quantidade de doses de cada uma. Somente com o esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, atingimos uma proteção ótima. Se, por acaso, a pessoa não tiver mais a carteira de vacinação, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, deve procurar um médico ou ir a um posto de saúde para receber as orientações sobre as vacinas recomendadas para cada faixa etária e colocar a rotina de imunização em dia. Além disso, é importante reforçar que mesmo vacinadas, as pessoas ainda assim podem transmitir doenças. Por isso, é muito importante que neste cenário atual de COVID-19, influenza e outras doenças circulando, as pessoas mantenham as medidas de prevenção como, por exemplo, o uso de máscaras e a lavagem das mãos”, conclui Dra. Lessandra.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

O impacto positivo dos biossimilares nas terapias oncológicas

O desenvolvimento de medicamentos biossimilares tem sido uma solução inovadora na área da saúde, uma vez que vêm oferecendo novas opções de tratamento para os pacientes. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro biossimilar em junho de 2015. Atualmente, essa terapia pode ser utilizada para diversas doenças, inclusive para o tratamento de diferentes tipos de câncer, e traz perspectivas positivas para esses pacientes, ainda mais quando falamos do Mês de Combate ao Câncer, celebrado em 4 de fevereiro.
 

A data representa grande importância, considerando que o câncer é a segunda causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as prospecções não são muitos positivas e a estimativa para 2022 é de 625 mil novos casos. Além disso, um estudo da The Economist Intelligence Unit (EIU), publicado em 2020, prevê que nos próximos dez anos, o País registre um crescimento de 42% nos casos de câncer.
 

Exatamente por estes motivos, os biossimilares se fazem tão importantes neste momento. São produtos biológicos com custo menor do que os fármacos “tradicionais” (ditos referência), e com segurança e eficácia cientificamente comprovadas. Para seu desenvolvimento e liberação, são considerados dois pontos fundamentais: a qualidade do medicamento, que tem de ser rigorosamente atestada por meio de extensivos estudos de comparação avaliando aspectos clínicos e não clínicos, e a questão econômica.
 

Desta forma, esses medicamentos ampliam as opções para os clínicos, financiadores e sistemas de saúde de modo geral, mas mantendo a qualidade do tratamento. Sendo assim, os biossimilares contribuem para ampliar o acesso aos tratamentos oncológicos no Brasil, aportando novas e avançadas tecnologias para as terapias.
 

Um exemplo é o tratamento de câncer de mama no Brasil, que vem utilizando biossimilares em combinação com a quimioterapia. O câncer de mama HER2 positivo é responsável por até 20% dos casos deste tipo de neoplasia no País, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Este subtipo de câncer de mama, tem por característica crescer e se disseminar muito rapidamente. Portanto, as terapias com fármacos contra a proteína HER2 (terapias-alvo) para este tipo de tumor revolucionaram o combate à doença, tanto no estágio inicial quanto nos metastáticos.
 

O medicamento biológico trastuzumabe tem sido a base deste tratamento nas chamadas terapias conjugadas. No entanto, associá-lo a um segundo anticorpo monoclonal — ou seja, remédios precisos, de origem biológica e criados para combater de câncer a doenças autoimunes — numa estratégia conhecida como duplo bloqueio, melhora significativamente os resultados, conforme comprovam os estudos científicos. Como é o caso do Herzuma, droga aprovada pela Anvisa em 2019, e que pode ser indicada em diferentes fases da doença, inclusive após cirurgia, quimioterapia e radioterapia, ou em conjunto com esses tratamentos.
 

Da mesma forma, o anticorpo monoclonal Bevacizumabe chegou ao mercado brasileiro em 2020 para o tratamento tanto do câncer de mama, quanto de diversas outras neoplasias, como pulmão, colorretal, células renais, ovários e colo de útero, sempre em terapias conjugadas, que inibem a multiplicação das células tumorais e “poupam” os tecidos saudáveis — fatores essenciais para o sucesso do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
 

Assim, oferecer tratamentos com custos menores, sem comprometer a segurança e a eficácia, é uma forma de aprimorar o uso de recursos financeiros na saúde, ampliando a disponibilidade dos medicamentos à população. Dessa forma, todos saem ganhando. As perspectivas são otimistas não somente na oncologia, mas em diferentes áreas da saúde, e considero os biossimilares o futuro-presente da indústria farmacêutica, que só tende a crescer.
 

Além disso, vale ressaltar que os medicamentos acessíveis são essenciais, mas mais importante do que isso, é o olhar para si, sempre atento a prevenção. Por este motivo, neste Mês de Combate ao Câncer, não deixe de se questionar sobre os cuidados com si mesmo e, se ainda não o tiver feito, realize o “check-up” anual e a respectiva visita médica para mostrar seus exames e programar o seguimento de sua saúde. Cuide-se!

*Por Dra. Maria Cristina Figueroa Magalhães

Sífilis congênita: Médica do Grupo Trasmontano Saúde orienta sobre os riscos

A sífilis congênita é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum. Ela é uma doença transmitida, via placenta, pela mãe, que não teve o tratamento adequado, para a criança durante a gestação. O risco do bebê ser infectado é de cerca de 60 a 80%, e a probabilidade de infecção aumenta na segunda metade do período gestacional.

A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresenta sintomas ao nascer, porém as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses. São elas: erupções vesicobolhosas,nódulos salientes ao redor do nariz e boca e na região da fralda, dificuldade de crescimento e ganho de peso, rachaduras ao redor da boca ou secreção de muco, pus ou sangue pelo nariz e linfonodos, fígado e baço aumentados.

Segundo Elis Regina Granzotti, gerente dos Centros Médicos do Grupo Trasmontano Saúde, algumas crianças podem apresentar meningite, coroidite, hidrocefalia ou convulsões, além de atraso no desenvolvimento mental. “Já nos primeiros oito meses de vida surge a inflamação dos ossos e cartilagens, especialmente de ossos longos e costelas, dificultando a movimentação dos bebês, o que pode acarretar desenvolvimento incorreto dos ossos”, explica.

Sintomas

A manifestação ocorre após os dois anos de vida da criança, apresentando feridas no nariz e boca e os ossos podem crescer de maneira anormal. Outros sintomas são: problemas oculares, formação de cicatrizes na córnea, problemas com o desenvolvimento de dentes e ossos da face e surdez, que pode ocorrer em qualquer idade.

Diagnóstico

O diagnóstico da sífilis congênita precoce é feito em avaliação clínica. Durante a gestação, o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue rotineiros da gestante no início da gravidez, e frequentemente, no terceiro trimestre e no parto. Se o diagnóstico for positivo para a mulher grávida, os médicos fazem um exame físico completo e procuram por feridas ou erupções cutâneas, para terem certeza se o bebê também pode estar infectado. Havendo feridas ou erupções cutâneas, amostras são coletadas e examinadas sob um microscópio à procura das bactérias. A placenta, o cordão umbilical e o sangue do recém-nascido também são testados para sífilis. “Quando falamos de sífilis congênita tardia, são feitos exames físicos e de sangue na mãe e na criança. Os médicos procuram nas crianças os problemas causados pela infecção, como inflamação dos olhos, deformidades dos dentes e surdez”, afirma a especialista.

Tratamento

Todas as pessoas que têm sífilis são tratadas com o antibiótico Penicilina Cristalina ou Procaína. Gestantes infectadas recebem a medicação injetável, na via intramuscular (músculo) ou, raramente, em via intravenosa (veia). O tratamento com penicilina durante a gravidez é eficaz em 99% dos casos, tanto para a mãe, quanto para o bebê. No entanto, se o tratamento for realizado em menos de quatro semanas para o parto, as chances de o feto não ser infectado diminuem.

Prevenção

A prevenção da sífilis congênita é realizada com um pré-natal adequado. É fundamental que mulheres grávidas sejam testadas para a sífilis durante o primeiro e terceiro trimestre de gestação. Porém, precisamos destacar que o melhor a ser feito para evitar a contaminação da mulher é o uso de preservativo durante as relações sexuais.