Especialistas explicam o que fazer para evitar comportamentos adversos
A pandemia transformou a forma como produzimos, consumimos e nos comportamos. A restrição de circulação imposta e as perdas para a Covid-19 desencadearam nas pessoas comportamentos adversos, como estresse, irritabilidade e, nas crianças e adolescentes, dificuldade no aprendizado e concentração. Agora, com o retorno das aulas presenciais, as escolas precisam se atentar a possíveis sinais comportamentais de alunos e oferecer alternativas que os ajudem a lidar com o cenário atual.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Maria, o sofrimento desencadeado pela pandemia piorou a saúde mental de 65% das pessoas entrevistadas no início da pandemia, após as medidas de distanciamento social. A quarta etapa do estudo constatou redução dos sintomas de estresse (de 58,1 para 45,4%), ansiedade (de 52,1 para 46%) e depressão (de 61 para 50,5%). Os índices, no entanto, permanecem altos, pois apenas 32,4% dos participantes declararam algum diagnóstico prévio de transtorno mental.
Segundo Marina Nordi, Fundadora e Diretora Pedagógica da Escola Mais, rede de educação básica de alta qualidade por preço acessível, todo esse processo de transformação gera impacto na forma como os alunos se expressam, por isso, é fundamental que a rede pedagógica das instituições estejam atentas e ofereçam acolhimento a esta criança e adolescente.
“A educação pós-pandemia tem como desafio maior a continuidade do incentivo à metodologia de ensino ativas, como estimular o aluno a ser protagonista do próprio processo de aprendizagem. Dessa forma, conseguimos observar tanto o desenvolvimento livre do aluno, quanto a forma que este se expressa. Uma vez identificado algum problema, precisamos acolher e desenvolver ações resolutivas”, orienta a pedagoga.
Hoje, o mercado dispõe de soluções tecnológicas que podem ajudar as escolas e professores a identificar as lacunas no processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos deixadas pela pandemia.
Um exemplo disso é a Evolucional, startup que utiliza Inteligência Artificial (IA) para ajudar os gestores escolares a tomarem decisões pedagógicas baseadas em dados e indicadores. Através da aplicação de avaliações e simulados em instituições de ensino, a empresa identifica as áreas e os assuntos que os alunos têm dificuldade, e recomenda trilhas de estudo personalizadas para cada um.
“Com a nossa plataforma, as instituições de ensino podem identificar de maneira personalizada os assuntos que têm potencial imediato para alavancar a proficiência de cada aluno. Isto é importante, sobretudo neste momento em que a pandemia impactou diretamente a rotina dos estudantes, e consequentemente causou uma defasagem ao domínio de diferentes conteúdos e habilidades entre os alunos de uma mesma turma”, pontua Vinícius Freaza, Cofundador da Evolucional.