Brasil ocupa 10ª posição entre as nações com mais casos de prematuridade, segundo OMS

A campanha “Novembro Roxo” alerta sobre os cuidados para evitar a prematuridade na gravidez e a necessidade do pré-natal adequado; Instituto Opy de Saúde destaca a importância dos cuidados primários.
São Paulo O Brasil é o 10º país no ranking mundial de partos prematuros? Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2020, revelam que a prematuridade, ou seja, quando o bebê nasce antes das 37 semanas de gestação, é a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo.

Um outro dado, desta vez do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde do Brasil, mostra que, no Brasil, 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo. Em 2019, foram registrados cerca de 300 mil nascimentos prematuros. De acordo com o governo brasileiro, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações onde são registrados mais casos de prematuridade.

As causas comuns para um parto prematuro são o alcoolismo, tabagismo, uso de entorpecentes, estresse constante, infecções urinárias, sangramento vaginal, diabetes, obesidade e hipertensão. O relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde sobre o tema ‘Sobreviva e prospere: transformando o cuidado para todos os recém-nascidos doentes’, em 2019, apontou que os bebês com maior risco de morte nos primeiros meses de vida, ou de desenvolver alguma deficiência, são os que apresentam complicações devido à prematuridade. O relatório destacou ainda que 68% desses óbitos de bebês prematuros poderiam ser evitados com soluções simples como a amamentação.

O Instituto Opy de Saúde, que tem como um dos focos os cuidados nos primeiros 1000 dias de vida, destaca que para evitar a prematuridade é necessário investir nesse “intervalo de ouro”, que vai desde a gestação até os dois anos de vida da criança. Para a diretora-presidente do Instituto, Flavia Antunes Michaud, entre os desafios para evitar o parto prematuro estão a informação, o acesso e a educação. “Faz-se necessária a promoção da saúde em áreas estratégicas.

São nos primeiros 1000 dias que as células se formam e se programam, determinando a curto e a longo prazo a saúde e o bem-estar do indivíduo. Além disso, o pré-natal é indispensável para a saúde da mãe e do bebê, sendo essencial para reduzir as chances de prematuridade e de outras complicações de saúde ao longo da vida”, enfatiza.

Com o objetivo de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, o mês de novembro é dedicado à sensibilização sobre o tema. Batizado como “Novembro Roxo”, a campanha busca informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para a família e para a sociedade. Apesar de neste ano a campanha estar focada na separação zero entre mãe e bebê prematuro, as ações de conscientização também se baseiam em um estudo de 2020 realizado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que constatou que que 81% das grávidas temem a contaminação pelo novo coronavírus durante as consultas de pré-natal e 82% têm medo da internação hospitalar por ocasião do parto.

Buscando dar a sua contribuição para a questão da prematuridade no Brasil, o Instituto Opy está apoiando a Impulso Previne, uma plataforma digital e gratuita, direcionada aos gestores municipais de saúde. A ferramenta em questão vai ajudar a fortalecer a atenção primária, incluindo aumentar a quantidade de mulheres fazendo o pré-natal. “É uma plataforma pública liderada pela organização ImpulsoGov, que está prestes a ser lançada e será uma grande aliada para controle dos casos de prematuridade. Ou seja, o aumento da cobertura da atenção primária à saúde pretende aumentar o acesso ao pré-natal, o que terá efeito direto nos índices de prematuridade.”, finaliza a diretora.

Sobre o Instituto Opy de Saúde
Lançado no dia 5 de agosto de 2021, o Instituto Opy de Saúde atua com foco no impacto social e apoio ao sistema público de saúde, em ações relacionadas aos cuidados dos primeiros 1000 dias de vida e à redução da prevalência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis.