Reajuste de 10,3% no salário mínimo paulista,  Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprova

Projeto de autoria do Executivo segue agora para sanção do governador

Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovaram, nesta quarta-feira (23), reajuste de 10,3% no salário mínimo paulista. Com a medida, o valor mínimo pago a trabalhadores domésticos, serventes, motoboys, agropecuários sobe de R$ 1.163,55 para R$ 1.284,00, enquanto que para profissionais de serviços de higiene e saúde, operadores de estação de rádio e televisão, e outras áreas, o valor salta de R$ 1.183,33 para R$ 1.306,00.

O reajuste estava previsto no Projeto de Lei 97/22, de autoria do Executivo, que fixa o piso salarial vigente de trabalhadores de segmentos específicos. Ele deixa os valores maiores que o mínimo nacional, atualmente em R$ 1.212,00. O objetivo do aumento foi garantir um acréscimo na renda dos profissionais, equilibrando com o de outras categorias. Agora, a medida segue para sanção do governador João Doria, que tem até 15 dias úteis após o recebimento para publicação no Diário Oficial.

O presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari, comemorou a aprovação do projeto de lei e o benefício que ele gera a milhares de trabalhadores paulistas. “Esse reajuste de 10,3% vai contribuir muito com as famílias de vários trabalhadores e trabalhadores do nosso Estado. O salário mínimo paulista é referência para os empregados do setor privado e é maior que o mínimo nacional, que atualmente é de R$ 1.212,00”, afirmou.

O reajuste foi para os prestadores de serviços inseridos nas categorias chamadas Faixa 1 e 2. Ele foi elaborado utilizando como base o Índice de Preços ao Consumidor (IPC/Fipe), acumulado entre os meses de novembro de 2020 e outubro de 2021, no percentual de 10,3%. Os profissionais que tenham outros pisos definidos em lei federal, em convenção ou acordo coletivo de trabalho e servidores públicos estaduais e municipais, não receberão o benefício.

Na justificativa da iniciativa, o Executivo argumentou que a edição da lei que fixa os pisos salariais vai promover a valorização dos profissionais. “[Contribui] de forma sensível para que os trabalhadores paulistas menos qualificados percebam remuneração superiores ao salário mínimo nacionalmente unificado”, informou.

Na tribuna do Plenário da Alesp, a deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL) comemorou o acréscimo. “Ainda que pequeno, qualquer que seja o aumento que chegue na mão do trabalhador nessa condição e conjuntura vai ajudar”, afirmou.