Brasil é o quarto país com o maior número de diabéticos do mundo

Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, reforça a conscientização e incentivo na prevenção e controle da doença

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes no mundo aumentou significativamente. Em escala mundial, somos o quarto país no ranking de populações que possuem a doença, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. A previsão é que em 2030 haja um aumento de 123% dos casos, atingindo 522 milhões de pessoas globalmente e para o Brasil, a projeção de 23 milhões de casos em 2045 (dados do International Diabetes Federation — IDF).

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), 12,5 milhões (7%) dos brasileiros são diabéticos. Entre 2006 e 2016, os casos de diabetes cresceram 61,8% no país.Neste cenário, o custo com os diabéticos deve dobrar até 2030, chegando a US$ 97 bilhões, em estimativas mais conservadoras, como mostra o levantamento. Além disso,o país passa pelo desafio da falta de controle glicêmico dos pacientes. Cerca de 50% dos diabéticos desconhecem o diagnóstico.

O aumento do diabetes,tanto no Brasil como no mundo, pode ser associado à rápida urbanização, estilo de vida sedentário, maus hábitos alimentares, obesidade, entre outros. Por isso, medidas como campanhas de conscientização e de estímulo à vida saudável, são determinantes no combate ao crescimento da doença.

Em função deste quadro preocupante, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), como representante da indústria para o segmento de alimentos especiais, vem intensificando suas ações junto aos órgãos da saúde, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atuando também em fóruns científicos com o intuito de contribuir cada vez mais para minorar o problema, facilitando o acesso à informações atualizadas e de qualidade sobre condutas alimentares e produtos para este público.

De modo geral, a indústria alimentícia demonstra preocupação com essa população,que por meio de investimento em pesquisas sobre hábitos de consumo e novas tecnologias, inovam e disponibilizam no mercado alimentos que atendam à legislação vigente em relação à segurança, formulação (sem adição de açúcares, diet, light, etc.), informações mais consistentes e de fácil entendimento nos rótulos, além de oferecer mais opções em produtos para esses indivíduos.

Qualidade de vida para diabéticos

Com o aumento da incidência desta doença, a população acometida necessita de uma atenção especial em relação à sua alimentação que agregue qualidade de vida e que seja de fácil acesso. A utilização de produtos sem adição de açúcares é uma medida extremamente desejável e deve fazer parte do plano alimentar.

Segundo Kathia F. Schmider, Nutricionista, Especialista em Nutrição em Saúde Pública e Coordenadora Técnica da ABIAD, os adoçantes têm um papel importante neste contexto, à medida que podem substituir os açúcares adicionados. Têm sua segurança comprovada por órgãos reconhecidos internacionalmente, sendo uma ferramenta adicional para combater o sobrepeso e obesidade, assim como desempenha importante papel no controle dos níveis sanguíneos de glicose, fundamentais para o controle da diabetes.

O uso de adoçantes no Brasil é autorizado em alimentos desde 1988. Desde então, o mercado se desenvolveu muito, por isso foram aprovados novos tipos, o que possibilitou a melhoria da palatabilidade dos produtos e a sua melhor aceitação pelos consumidores.

O perfil do consumidor de adoçantes se tornou bastante diversificado, variando desde a população com necessidades nutricionais, como os diabéticos, que os utilizam como alternativa segura na substituição do açúcar, à interessados que buscam um estilo de vida mais saudável, visando a redução de calorias na dieta. Fato é que boa parcela dos brasileiros adotou o uso dos edulcorantes (matéria-prima desses adoçantes). Eles estãonos alimentos, bebidas e em adoçantes de mesa utilizados no lugar do açúcar, proporcionando sabor doce, sem acrescentar calorias.“Manter uma alimentação saudável com acesso à alimentos adequados, com redução de açúcares, deve ser prioridade no cotidiano dessas pessoas, claro que aliado a atividades físicas, e acompanhamento de nutricionistas e outros profissionais de saúde”, ressalta Kathia.