Os EUA buscam talentos estrangeiros e os brasileiros possuem grandes chances de obterem o Green Card baseado em seu histórico profissional 

Os aumentos substanciais nos valores de aporte para o visto americano de investidor (EB-5), assinados no último dia 24, estão fazendo com que as pessoas procurem outras formas de imigrar.

Mas não é necessário ter 1,5 milhão de reais para conseguir um Green Card.  Cada vez mais os vistos ainda pouco conhecidos, EB-1A e EB-2 National Interest Waiver vêm sendo uma alternativa para os que querem mudar de país.

Essas modalidades de visto visam beneficiar profissionais que possuam no mínimo um bacharelado e mais de cinco anos de trabalho comprovado, ou pessoas que demonstrem habilidade específica em uma determinada ocupação. Em alguns casos, os empregadores americanos oferecem 20% acima do valor médio do mercado na contratação de talentos estrangeiros.

Cada país possui sua lista de interesse nacional, e nos Estados Unidos, as duas áreas que atualmente mais importam talentos são as engenharias e a área da saúde – principalmente enfermeiros e fisioterapeutas.

Saúde

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria global de atendimento de saúde, Mercer, até 2025 os Estados Unidos precisarão de 2.3 milhões de profissionais de saúde para cuidar da sua população em envelhecimento. De acordo com Freitas, “esta é a área que mais sofre com a escassez de profissionais e atinge a maior parte das instituições como hospitais, clínicas, asilos, home care, entre outras”. 

A área da saúde possui 15 das 25 profissões mais bem pagas dos EUA em 2019, segundo a publicação US News & World Report, e os salários médios variam de 100 a 265 mil dólares anuais. 

Todos os profissionais da área estão em grande demanda no país, principalmente enfermeiros e fisioterapeutas.

Os requisitos de validação variam de acordo com o estado, mas para atuar profissionalmente nos Estados Unidos na área da saúde é necessário atestar com documentos que realmente tem o conhecimento e capacidade para o trabalho.  

Engenharia

No Brasil, estima-se que 45 mil engenheiros são graduados anualmente, o que torna o país um celeiro mundial de profissionais da área. Na contramão do mercado brasileiro, “os últimos 10 anos têm sido marcados por uma grande escassez de engenheiros nos Estados Unidos”, afirma Leonardo Freitas, sócio fundador e especialista de imigração da HAYMAN WOODWARD, escritório de advocacia especializado em mobilidade global.

Para lidar com esse problema, as empresas americanas têm apostado na contratação de engenheiros estrangeiros qualificados. As áreas mais demandadas, segundo Freitas, são principalmente: engenheiro eletrônico, mecânico, elétrico, civil, engenheiros de produção e óleo e gás.

A faixa salarial varia entre 70 a 120 mil dólares por ano, dependendo da área de especialização e o grau de qualificação do profissional, e a validação do diploma só é necessária para cargos específicos.