Considerado um dos principais centros de transplante do Paraná, o Pequeno Príncipe reforça a importância desse gesto para salvar vidas e melhorar qualidade de vida de crianças e adolescentes

Neste 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, o maior hospital pediátrico do país reforça a importância desse gesto de amor ao próximo e que salva vidas. Mesmo com a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, de janeiro a agosto de 2020, o Hospital Pequeno Príncipe realizou 141 transplantes, sendo 66 de tecido ósseo, 31 de medula óssea, 25 de válvula cardíaca, 10 de rim, sete de fígado e dois de coração.

Paciente do Pequeno Príncipe desde o seu primeiro mês de vida, Tainara Vida, de 16 anos, é um dos exemplos da importância do transplante. A adolescentes entrou na lista de espera por um coração em 7 de agosto, quando veio ao hospital para trocar a bateria do seu marcapasso e, apenas 36 horas depois, foi contemplada com um novo coração. “Eu estou muito agradecida por tudo ter acontecido de forma tão rápida. Meu maior medo era de que a Tainara completasse 18 anos e tivéssemos que mudar de hospital para fazer o transplante num hospital de adulto, pois toda a minha confiança está aqui”, revela a mãe, Itamara Vidal dos Santos. “Minha filha fez 16 anos no dia 24 de agosto e este foi o melhor presente que ela poderia ganhar. Tainara dizia para mim que não vivia, sobrevivia, pois todas as suas atividades eram limitadas em função do coração fraco.  A vida dela está começando de novo agora”, conta a mãe, emocionada.    

O diretor técnico do Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, reforça que a instituição está conseguindo manter – mesmo durante a pandemia – seus objetivos de atender as crianças e os adolescentes em suas diferentes necessidades, como os transplantes. “Os leitos dedicados exclusivamente para a COVID-19 vem atendendo toda a contingência de necessidade solicitada pelo estado do Paraná. Os demais leitos focaram sua energia em pacientes de urgência e emergência, além das doenças de alta complexidade. Com isso, asseguramos aos pacientes o seu direito a tratamentos de saúde, evitando o agravamento de suas doenças ao manter a continuidade do cuidado”, enfatiza.

Sensibilização

Reforçando seu compromisso com o tema, o Pequeno Príncipe mantém a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). Formada por uma equipe multiprofissional, atua com o objetivo de tornar o processo de doação mais ágil, eficiente e de acordo com os parâmetros éticos e morais. A Comissão tem a responsabilidade de contatar a família do paciente com suspeita de morte cerebral, além de explicar como funciona a doação de órgãos para transplante, quais os benefícios que gera e como os responsáveis precisam proceder para autorizar. A CIHDOTT também promove atividades educativas voltadas aos profissionais do Hospital e comunidade.