Fonte solar fotovoltaica surpreende em leilão de energia nova com forte redução de preço e liderança em volume contratado

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), resultado do LEN A-4 2018 confirma novo patamar de competitividade da fonte solar fotovoltaica no Brasil

Com um forte deságio de 62,2% em relação ao preço inicial de R$ 312,00/MWh, atingindo um preço médio de venda de energia elétrica de R$ 118,07/MWh (equivalente a US$ 35,25/MWh), a fonte solar fotovoltaica surpreendeu positivamente no Leilão de Energia Nova (LEN A-4 de 2018), realizado ontem (04/18) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP).

Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia, o resultado reitera o novo patamar de competitividade da fonte no País, observado pela primeira vez no Leilão de Energia Nova A-4, em 18 de dezembro de 2017.

Na avaliação da ABSOLAR, o ganho de competitividade da fonte é fruto da redução de preços dos equipamentos, recuperação da moeda brasileira frente ao dólar e acirrada competição entre os empreendedores.

Assim como observado no leilão de dezembro de 2017, a fonte solar fotovoltaica vendeu energia elétrica a preços inferiores aos praticados por CGHs, PCHs e termelétricas a biomassa.

“O LEN A-4 de 2018 representa um passo estratégico na continuidade de investimentos na fonte solar fotovoltaica, em linha com o planejamento de expansão anunciado em 2017 pelo MME para esta fonte renovável, competitiva, sustentável e de baixas emissões na matriz elétrica brasileira.

O Brasil dá um sinal importante ao mercado nacional e internacional com a contratação de 29 novas usinas solares fotovoltaicas, totalizando 806,6 megawatts (MW) de potência a ser injetada na matriz, para as quais serão realizados novos investimentos privados de mais de R$ 4,7 bilhões até 2022”, destaca Sauaia.

Com a nova faixa de preços da fonte solar fotovoltaica verificada nos leilões de 2017 e 2018, tornando-a uma das opções mais competitivas para novas contratações no país, a ABSOLAR solicitou ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o aprimoramento do planejamento de contratação para a fonte, descrito no Plano Decenal de Expansão de Energia 2026 (PDE 2026).

“O MME e a EPE estabeleceram um cenário no PDE 2026 no qual desafiaram o setor solar fotovoltaico a reduzir seus preços em aproximadamente 40% até 2023. Cumprimos esta meta, demonstrando na prática o ganho de competitividade da fonte, e ainda antecipamos esta redução de preços em mais de cinco anos, em benefício de toda a sociedade brasileira.

Desse modo, cabe ao Governo Federal fazer a sua contrapartida e ampliar os volumes de contratação anual da fonte na nova versão do PDE prevista para este ano, passando de 1 GW para 1,9 GW de contratação anual, conforme as diretrizes do PDE 2026”, detalha Sauaia.

Os projetos solares fotovoltaicos contratados pelo LEN A-4 de 2018 estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Ceará (390,0 MW), Piauí (179,9 MW), Minas Gerais (169,9 MW) e Pernambuco (66,9 MW).

“A ABSOLAR cumprimenta a CCEE, a ANEEL, o MME pela realização deste leilão e parabeniza as empresas vencedoras pelas suas conquistas”, pontua Sauaia. O presidente executivo da ABSOLAR lembra, entretanto, que o sucesso de um leilão de energia não é definido apenas pelo preço médio ou pela quantidade de projetos contratados, mas pela construção, operação e fornecimento da energia elétrica à matriz. “Desse modo, teremos a medida clara do sucesso deste leilão a partir do início de 2022, quando os projetos contratados estiverem em operação comercial”, aponta.

Avanços do setor solar fotovoltaico no Brasil

Segundo a entidade, a fonte renovável deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano, atingindo a marca histórica de 1 gigawatt em projetos operacionais no País

O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia, integra a delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23), em Bonn, na Alemanha, e participa hoje (16) de um evento oficial no pavilhão brasileiro sobre os avanços da fonte solar fotovoltaica no País e suas perspectivas de crescimento nos próximos anos.

Segundo Sauaia, a energia solar fotovoltaica é estratégica para apoiar o governo federal, estados e municípios no cumprimento da meta brasileira de reduzir 37% as emissões de gases de efeitos até 2025, com indicativo de chegar ao corte de 43% em 2030. “Ao gerar energia elétrica a partir do Sol, o Brasil evita emissões, diversifica a matriz elétrica, alivia os reservatórios hídricos, hoje em situação crítica, reduz custos e emissões com o uso das termelétricas a combustíveis fósseis e ainda impulsiona a geração de empregos locais de qualidade, atraindo investimentos privados e reaquecendo a economia nacional. Ou seja, ganha o meio ambiente, o cidadão, o setor privado e o poder público”, comenta o presidente executivo da ABSOLAR.

Para tornar o Brasil uma potência solar fotovoltaica, a  entidade propõe, conforme apresentado recentemente ao Ministro de Minas e Energia, uma contratação anual de 2 gigawatts (GW) de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica, uma meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural, a abertura de linhas de financiamento competitivas para pessoas físicas e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.

“O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. Também deverá atingir a marca histórica de 1 gigawatt (GW) em projetos da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, ante os 90 MW verificados em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período”, aponta Sauaia.

O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol.

Setor solar fotovoltaico deve movimentar R$ 4,5 bilhões no País este ano, projeta ABSOLAR

De acordo com a entidade, Brasil deve atingir a marca de 1 mil megawatts até o final 2017, com a criação de cerca de 20 mil novos empregos

São Paulo, outubro de 2017 – O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. A projeção é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade nacional que representa o segmento.

De acordo com a associação, o Brasil deverá atingir a marca histórica de 1 mil megawatts (MW) da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, saltando de aproximadamente 90 MW em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período.

Com a evolução do setor em 2017, a ABSOLAR projeta a criação de cerca de 20 mil novos empregos no País. Segundo estatísticas internacionais do setor, para cada megawatt instalado em um determinado ano, são gerados de 25 a 30 novos postos de trabalho qualificados.

O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol.

“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo e, com um programa nacional estruturado para desenvolver este setor, poderá se tornar um dos dez maiores mercados fotovoltaicos nos próximos anos. Hoje já somos referência em energia hidrelétrica, biomassa e eólica e não podemos ficar para trás na área solar, cada vez mais estratégica no setor elétrico internacional”, comenta Sauaia.

Setor de energia fotovoltaico segue movimentado

Segundo a Aneel, até 2024 Brasil poderá ter 1,2 milhão de consumidores geradores de energia

 

São Bernardo do Campo, outubro de 2017 –  A energia fotovoltaica continua avançando no país e o número de conexões instaladas continua crescendo de acordo com os dados que vem sendo divulgados pela Aneel. Em junho do ano passado, o país registrava quatro mil conexões e atualmente este número está próximo de 15 mil instalações, representando um aumento de 300%. Para Aneel, se a taxa de crescimento continuar com a mesma velocidade, a expectativa é que até 2024 o Brasil alcance 4,5 GW (Giga Watt) da capacidade de energia instalada. O setor segue acirrado devido às diversas movimentações que estão ocorrendo, especificamente os leilões de energia.

 

Os leilões públicos ainda são a principal forma de contratação on-grid (conectado à rede) de energia no Brasil e é a Aneel a responsável por sua realização. Quem tem a menor tarifa geralmente vence, visando a eficiência na contratação de energia. Por enquanto foram realizados por volta de dois leilões de energia solar seguindo os mesmos padrões dos leilões de energia convencionais.

Na primeira ocasião, em outubro de 2014 contratou-se 1 GW, que foi injetado na rede elétrica do país a partir deste ano. No segundo, em agosto de 2015, também foi comercializada, praticamente, a mesma quantidade de energia. A expectativa segundo o Ministério de Minas e Energia (MME) é que até o final de 2017 ocorra mais dois leilões de energias renováveis. Atualmente a energia solar fotovoltaica representa 0,2% da matriz energética brasileira e a expectativa é que até o final do ano ultrapasse 1 GW de capacidade.

 

O sistema on-grid é mais comum no Brasil e tende a ser mais rentável para o consumidor. O sistema conectado à rede funciona como um armazenamento de energia, pois quando há produção de energia excedente a mesma retorna a rede e é revertida em créditos que podem ser utilizados em até 60 meses para abatimento de valores futuros. Já o sistema off-grid (fora da rede) é mais comuns em locais com pouco ou nenhum acesso à energia elétrica pública, e também em veículos que necessitam de energia (moto home). O sistema consiste no uso de baterias para armazenagem de energia.

 

Dificuldade do setor

Apesar do país apresentar grande potencial para este tipo de energia, ele ainda segue engatinhando.  De acordo com o especialista e vendedor técnico Denilson Tinim da multinacional austríaca Fronius, “ o Brasil é um país rico em bases hídricas, diferente de outros países da Europa. Por este motivo, as hidrelétricas são bem exploradas ainda” explica. Outro fator que dificulta é a falta incentivo do governo ao uso de energias alternativas e o aprimoramento do conhecimento geral de toda a população dos benefícios da utilização de energia renovável

 

Segundo Tinim, o investimento em energia solar depende do tamanho do projeto e a quantidade de energia que será gerada “trata-se de um investimento em que o consumidor será ressarcido entre cinco e sete anos, na maioria dos casos, e o sistemas com os inversores tem vida útil estimada em 25 anos. Além disso, a economia de energiaelétrica é muito grande. Na ponta do lápis, os rendimentos são maiores do que investir o dinheiro em uma conta poupança. ”

 

Apesar das dificuldades, já existem diferentes tipos de financiamentos em bancos privados e algumas linhas de créditos especiais para energia solar fotovoltaica. “Um dos deles é o PRONAF, criado para pequenos agricultores, que pode financiar sistemas fotovoltaicos de até R$ 300 mil, com uma taxa anual entre 2,5% a 5,5% anuais, o agricultor só começa a pagar após 36 meses da aquisição do crédito” esclarece Denilson.

 

Energia alternativa pode ser essencial

O Brasil tem muito potencial para ser um dos maiores produtores de energia solar do mundo, inclusive pode estar entre uma das principais fontes de energia do país, entre outras renováveis. “A Fronius tem investido na ideia de mundo sustentável e acredita num mundo totalmente abastecido 100% por energias renováveis” complementa Tinim.