O Custo Unitário Básico (CUB) da indústria da construção do Estado de São Paulo registrou alta de 0,87% em julho, na comparação com o mês anterior, e de 4,01% no acumulado dos sete primeiros meses de 2019.

O dado é do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras, utilizado na atualização financeira dos contratos de obras.

Em julho, os custos médios das construtoras com materiais de construção subiram 0,62%, enquanto os custos com mão de obra apresentaram variação positiva de 1,05% e os custos administrativos (estes, representados pelos salários dos engenheiros), registraram variação positiva de 0,34%, em função das convenções coletivas de trabalho que reajustaram salários do setor, na comparação com o mês anterior.

Ao final dos primeiros sete meses do ano, a variação acumulada em 12 meses foi de 4,84%. O CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 1.427,52 por metro quadrado em julho de 2019.

Com desoneração

Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, a alta do CUB foi de 0,85% em julho, comparado a junho. O acumulado dos primeiros sete meses do ano somou 3,97%. Em 12 meses, a elevação foi de 4,87%. O custo médio da construção paulista no mês subiu para R$ 1.323,63 por metro quadrado em julho de 2019.

Em julho, os custos com os materiais se elevaram em 0,62%, enquanto os custos com a mão de obra foi de 1,04% e os administrativos apresentaram variação positiva de 0,34%.

Custos dos insumos

Em julho, os custos de 12 dos 27 materiais de construção pesquisados registraram elevação superior ao IGP-M (+0,40%): Tinta látex branca PVA (+3,46%), Concreto FCK=25MPa (2,38%), Bloco de concreto 19X19X39cm (+1,39%), Brita 2 (1,35%), Telha Ondulada Fibrocimento 6mm (+1,32%), Cimento CPE-32 saco 50 kg (+0,98%), Porta lisa para pintura 3,5X70X210 cm (+0,98%), Alimentação tipo marmitex nº 8 (+0,75%), Fio cobre antichama isol. 750 V 2m5 mm2 (+0,75%), Chapa compensado plastificado 18mm (+0,72%), Aço CA-50 Ø 10 mm (+0,46%) e Areia média lavada (+0,43%).

Em doze meses, os materiais que mais subiram acima do IGP-M (+6,39%) foram a Areia média lavada (+16,74%), Brita 2 (+9,61%), Tinta látex branca PVA (+9,37%), Aço CA-50 Ø 10 mm (+9,23%), Concreto FCK=25 Mpa (+8,39%) e Bloco de concreto 19x19x39cm (+7,88%).

Por Daniela Barbará