Educação: Escolas no município do Rio voltarão às aulas presenciais sem rodízio

Da Agência Brasil –

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SMS) deve divulgar, ainda nesta semana, um cronograma com o planejamento logístico para que as 1.543 escolas da rede municipal intensifiquem o ensino presencial.

No momento, as escolas estão funcionando com rodízio de estudantes, que foram divididos em dois grupos, e a cada semana um deles frequenta as aulas presenciais. De acordo com
 a SMS, a adesão dos estudantes ao ensino presencial deve estar acima de 90%.

A decisão vem depois da recomendação de ontem (6) do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da prefeitura do Rio de Janeiro, o chamado Comitê Científico, para que as aulas presenciais sejam retomadas de forma plena no município, diante da melhora no cenário epidemiológico da pandemia.

Segundo o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, o retorno pleno às aulas presenciais significa que todos os alunos poderão ir todos os dias para a escola. “É uma vitória da ciência, que vem avançando muito com a vacinação, e uma vitória para a educação, visto que nós queremos cada vez mais nossos alunos nas nossas escolas, onde eles podem se alimentar de maneira adequada, com um prato de comida decente, aprender da melhor forma possível, ter acolhimento socioemocional e várias outras situações que só a escola pode oferecer.”

A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que  todas as 259 escolas da rede estadual dentro da capital fluminense já retornaram às aulas presenciais, mas não esclareceu se será suspenso o esquema atual de rodízio dos estudantes.

Para o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiros (Sepe-RJ), que representa os trabalhadores da rede pública municipal e estadual, o retorno completo é precipitado. De acordo com o coordenador-geral da entidade, Gustavo Miranda, muitas escolas não tem condições estruturais para ficar bem ventiladas.

“O fato é que, desde o início da pandemia até agora, já se passou um bom tempo, as escolas não foram modificadas estruturalmente para atender os critérios que são necessários. Por exemplo, a decisão do Comitê Científico do Rio de Janeiro prevê a abertura das escolas e fala que as escolas têm que estar ventiladas, usar máscara e tudo mais. Entretanto, as escolas não vão estar ventiladas porque não existem, em muitas escolas, condições estruturais para que isso ocorra”. destacou Miranda.

Ele cita o exemplo dos antigos centros integrados de educação pública (Cieps), construções padronizadas feitas na década de 1980, que passaram recentemente por um programa de climatização e tiveram as suas janelas e paredes fechadas para colocar ar-condicionado.

“Essas paredes foram reabertas? Porque, se não foram, o resultado é que as salas, ou vão ficar totalmente fechadas ou vão ficar com ar-condicionado, porque, sem ar-condicionado, não dá. Então, é uma lógica em que se faz uma regra que vale para todas as escolas, libera-se a abertura para todo mundo, mas não se sabe qual é a realidade da escola da periferia, da zona mais pobre, que está em comunidade”, acrescentou.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro, que representa as escolas particulares da cidade, foi procurado, mas ainda não respondeu ao contato da reportagem, assim como o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio), que representa os profissionais das escolas particulares. A reportagem recebeu relatos de professores e de pais de alunos sobre o funcionaento no esquema de rodízio e com o ensino híbrido entre presencial e online.

Prefeitura

Na noite de ontem (5), o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Educação, Daniel Soranz, divulgaram um vídeo em que tratam do assunto. “É muito mais danoso, hoje, com o cenário epidemiológico atual, manter uma criança fora da escola do que retornar essa criança para a escola. A educação é considerada por todos os nossos especialistas da prefeitura do Rio, seja da Secretaria de Saúde, seja da Secretaria de Educação, como uma atividade essencial”, afirmou o secretário.

De acordo com Soranz, a exigência de distanciamento mínimo entre as carteiras dentro de sala de aula acabou, mas as máscaras continuam obrigatórias. “Com a utilização de máscara e uma boa ventilação, manter as janelas abertas. Nada que limite o número de alunos em sala de aula, Então, é importante que os alunos e professores retomem às salas de aulas. Algumas escolas, não da rede municipal, não retornaram ainda às suas atividades. Então, elas não têm o respaldo da Secretaria de Saúde para continuar fechadas.”

O prefeito Eduardo Paes destacou que a regra vale para todos os níveis de educação, incluindo as universidades. “É uma irresponsabilidade não voltar às aulas. É muito mais grave do que a covid não voltar às aulas. As crianças estão há dois anos sem ter aulas. É inaceitável que alguém não esteja tendo aulas neste momento ou dando aulas, que [escolas] não estejam abertas.”

Rede federal

O Colégio Pedro II, que é federal, tem 14 campi e cerca de 13 mil estudantes, informou que a proposta pedagógica da escola é retornar às aulas presenciais a partir de 1º de março de 2022. Segundo a instituição, por pertencer à esfera federal, o Pedro II não está submetido às decisões da prefeitura do Rio de Janeiro.

“Portanto, além de seguir as orientações de fontes com capacidade técnica e científica na área, como os documentos emitidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e os Painéis Covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), as decisões ainda precisam ser submetidas aos colegiados oficiais como Codir, Conepe e Consup”, diz o estabelecimento.

O colégio passou o ano de 2020 sem atividades obrigatórias e ofertou o ano letivo de 2020 de forma online, entre fevereiro e julho deste ano. O ano letivo de 2021 iniciou-se em agosto, também online, e tem previsão de ir até o dia 2 de abril, com férias em janeiro.

O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) não retornou o contato da reportagem, mas as aulas na instituição estão ocorrendo de forma não presencial.

Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou que vai publicar o plano de retorno presencial “em breve” e que, “provavelmente”, as aulas “retornarão em sistema híbrido para preservar os estudantes e servidores mais vulneráveis”. Por enquanto, a UFRJ informou que não há previsão para o retorno completo das aulas presenciais, mas estuda a possibilidade de voltar com algumas disciplinas experimentais e práticas.

A UFRJ está finalizando este mês o primeiro semestre letivo de 2021 e o segundo começa no dia 16 de novembro, “sem previsão, por enquanto, de data exata para adoção de modelo presencial, embora o retorno ao presencial esteja permanentemente sendo analisado por esta universidade, com algumas atividades práticas já em andamento, mas ainda sem data definida para a sua totalidade”, informou a instituição.

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Educação: USP retoma aulas presenciais para vacinados contra covid-19

Da Agência Brasil –

A Universidade de São Paulo (USP) retoma, a partir de hoje (4), as aulas presencias para todos os professores e alunos que estiverem imunizados contra a covid-19. Devido à pandemia de covid-19, a instituição havia suspendido as atividades presenciais, restringindo a entrada nos campi e implementado um sistema de aulas online desde março de 2020.

Segundo a portaria, publicada em agosto no Diário Oficial, são consideradas imunizadas as pessoas que receberam as duas doses da vacina há pelo menos 14 dias.

O semestre letivo da graduação foi iniciado de forma remota em agosto. Nessa etapa de retomada das atividades presenciais, a reitoria recomenda que sejam privilegiadas as atividades de laboratório ou de campo. As aulas teóricas podem continuar de forma remota.

A USP investiu, desde junho, R$ 150 milhões para reforma dos ambientes de ensino e na melhora da infraestrutura para o ensino remoto. Foram reformadas salas de aula, laboratórios e bibliotecas para atender às novas exigências sanitárias.

Além da exigência de vacinação, serão mantidos os protocolos de segurança sanitária, como uso de máscaras e distanciamento social de pelo menos um metro.

Ao justificar o retorno ao ensino e atividades presenciais, a portaria do reitor Vahan Agopyan citou diversos prejuízos causados pelo prolongamento das atividades de forma remota. Segundo o texto, o afastamento dos alunos, em vigor desde março de 2020, pode causar prejuízos à formação e prejudicar especialmente aqueles que necessitam de apoio da instituição.

A reitoria argumentou ainda que a situação tem causado a interrupção das atividades de laboratório e práticas, importantes para a formação dos estudantes.

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Educação: Educação lança plataforma de busca por profissionais de nível técnico

Da Agência Brasil –

Uma plataforma que cataloga demandas de mercado por profissionais em cada região é a mais nova solução apresentada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pelo secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Tomás Dias Sant’ana.

A inovação visa informar estudantes que almejam ocupar uma vaga no mercado técnico e buscam profissões com alta oferta de vagas. Segundo informou Milton Ribeiro, o Brasil conta com mais de 600 mil vagas de trabalho de nível técnico ociosas – número que tende a diminuir com o uso de bancos de dados inteligentes que informam quais ocupações possuem mais ofertas e quais estão com alta competitividade.

“O mercado está comprador para pessoas que tenham um nível técnico de qualidade. Hoje, temos 600 mil vagas de mão de obra técnica como demanda, e não podemos atender. Eu creio que essa é a grande resposta que o Brasil precisa para as próximas décadas”, informou o ministro durante entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Chamada de Monitor de Profissões, a plataforma estará disponível no site do Ministério da Educação e será de uso livre e irrestrito por estudantes de todas as regiões do Brasil, informou o secretário Tomás Dias Sant’ana. A solução funcionará em conjunto com outra novidade do ministério, o Mapa de Demandas. Juntos, eles identificarão profissões que estão com alta oferta de vagas e como acessar as oportunidades.

Ministro da Educação, Milton Ribeiro, participa do programa A Voz do Brasil – Valter Campanato/Agência Brasil

Milton Ribeiro anunciou, ainda, que outra das inovações da Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, a plataforma de ensino à distância (EAD) do ministério, chamada Aprenda Mais, já conta com 60 cursos técnicos e profissionalizantes e tem como meta ter 160 mil matrículas até 2022.

“Existem pessoas hoje, no mercado, que são eletricistas fenomenais. Mas não possuem conhecimento técnico formal. Esses especialistas, que sabem empiricamente fazer as coisas, podem perder oportunidades de emprego por não terem comprovação. Agora, nós damos as condições deles terem um conhecimento formal do que fazem”, explicou Milton Ribeiro.

Segundo o ministro, o investimento de R$ 140 milhões em soluções de ensino técnico e profissionalizante não impede ou desestimula o ensino superior, mas complementa as demandas do mercado interno por profissionais que possam atuar em todos os níveis produtivos e que possam suprir demandas de trabalho com baixo nível de ocupação.

“A expectativa é uma melhor adequação à sociedade, um melhor posicionamento em um emprego futuro. O ensino técnico não briga com o ensino superior. Pelo contrário, Ele estimula, dá uma base, uma condição”, concluiu.

Assista na íntegra:

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*Matéria em atualização.

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Educação: MEC divulga resultado preliminar do Censo Escolar da Educação Básica

Da Agência Brasil –

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, hoje (22), os resultados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2021. Os dados estão em portaria publicada no Diário Oficial da União.

Os resultados referem-se à matrícula inicial na creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio (incluindo o médio integrado e normal magistério), no ensino regular e na educação de jovens e adultos (EJA) presencial fundamental e médio (incluindo a EJA integrada à educação profissional). Os dados incluem as redes estaduais e municipais, urbanas e rurais em tempo parcial e integral e o total de matrículas nessas redes de ensino.

A coleta de dados aconteceu entre os dias 18 de junho e 23 de agosto, por meio do sistema Educacenso.

A partir de agora, com a publicação dos resultados preliminares, os gestores estaduais e municipais têm 30 dias para conferência, ratificação e eventual retificação das informações. No dia 7 de outubro, o instituto realizará uma live em seu canal do YouTube para orientar os gestores das escolas e redes sobre esses procedimentos.

Durante este período, as escolas também poderão complementar as informações com dados que não foram informados no período de coleta da matrícula inicial, desde que as informações tenham como base a data de referência do Censo Escolar 2021, que é 26 de maio de 2021.

Em caso de dúvidas sobre os procedimentos de conferência dos dados, os gestores podem enviar os questionamentos para o Inep até 29 setembro, por meio de um formulário eletrônico. As principais perguntas serão selecionadas e esclarecidas durante a live.

Os resultados finais da primeira etapa serão divulgados em 31 de janeiro de 2022. No dia seguinte, em 1º de fevereiro de 2022, começa a segunda etapa. O Educacenso ficará disponível até 17 de março para as escolas declararem os dados referentes à situação do aluno. Também haverá um período de conferência das informações e o encerramento ocorre com a divulgação dos indicadores de rendimento escolar, no dia 19 de maio de 2022, no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. Ele é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira.

As matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para acompanhar a efetividade das políticas públicas. O Censo Escolar subsidia a produção de um conjunto amplo de indicadores, que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, a distorção idade-série, entre outros.

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Educação: Professores e funcionários da Unicamp voltam ao trabalho presencial

Da Agência Brasil –

A partir de hoje (13) os professores e funcionários da Universidade de Campinas (Unicamp) voltam às atividades presenciais nos campi de Campinas, Piracicaba e Limeira. Para marcar a reabertura simbólica e fazer uma homenagem às vítimas da covid-19 será realizada uma cerimônia.

A retomada das aulas de graduação e pós continua com data indefinida. A universidade só estabelecerá um cronograma depois que houver imunização completa de todos os alunos e forem definidas regras para o regresso, informou a Unicamp.

Segundo a universidade, o Comitê Científico de Contingência do Coronavírus da Unicamp e o Grupo de Trabalho para a Retomada de Atividades Presenciais na Unicamp estão elaborando iniciativas para o retorno seguro. Entre elas, estão a testagem prévia para SARS-CoV-2; o treinamento de medidas sanitárias por meio de videoaulas; o uso de aplicativo para vigilância epidemiológica; e a ação fundamental de acompanhamento dos Comitês de Crise locais dos Institutos, Unidades, Órgãos, Centros, Núcleos e Colégios Técnicos.

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Prefeitura de SP paga R$ 75,7 milhões referentes à parcela de setembro do cartão-merenda

Benefício é destinado para mais de 1 milhão de alunos matriculados nas escolas municipais de educação infantil e ensino fundamental da cidade de São Paulo; total investido supera R$ 1 bilhão

A Prefeitura de São Paulo pagou, nesta quinta-feira (9), os valores do cartão-merenda referentes ao mês de setembro aos mais de 1 milhão de estudantes da rede municipal de ensino. Para esta parcela, o valor investido é de R$ 75,7 milhões. Ao todo, desde abril do ano passado, quando o benefício passou a ser oferecido, foram investidos mais de R$ 1 bilhão.

Todos os alunos matriculados nas escolas municipais têm direito ao benefício. O cartão-merenda é gerado no número do CPF do responsável pela criança que consta no ato da matrícula. Os créditos são depositados em um único cartão, independentemente do número de filhos que cada família tenha matriculado na rede.

Os valores do subsídio variam de acordo com o nível de ensino em que o aluno está matriculado. Para os estudantes dos Centros de Educação Infantil são destinados R$ 101,00; já para os das escolas de educação infantil são R$ 63,00; e R$ 55,00 aos alunos das escolas municipais de ensino fundamental.

Segurança alimentar

O programa foi criado em abril do ano passado, para garantir a segurança alimentar dos estudantes durante o período de suspensão das aulas presenciais, quando a oferta de merenda também foi interrompida.

Mesmo com o retorno às aulas presenciais, o benefício continuará sendo pago até que todas as unidades da rede retomem integralmente suas atividades.

Educação: Começam inscrições do Enem 2021 para pessoas privadas de liberdade

Da Agência Brasil –

Começa nesta segunda-feira (6) e vai até o dia 17 de setembro o prazo para inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade ou sob medidas socioeducativas (Enem PPL) 2021. As inscrições para são gratuitas e devem ser feitas pelos responsáveis pedagógicos das unidades prisionais ou socioeducativas, na internet.

Provas

As provas serão aplicadas nos dias 11 e 12 de janeiro de 2022, nas unidades prisionais ou socioeducativas e terão o mesmo nível de dificuldade da aplicação regular. 

No primeiro dia, com 45 questões objetivas de Linguagens e Códigos, Redação e 45 perguntas de Ciências Humanas as provas serão aplicadas das 13h30 às 19h. Antes disso, um questionário socioeconômico será aplicado aos participantes em sala de aula. Eles terão das 12h45 às 13h20 para responder.  No domingo, das 13h30 às 18h30, será a vez de os estudantes responderem 45 itens sobre Ciências da Natureza e 45 de Matemática.

Resultado

O resultado do Enem PPL 2021 deve ser divulgado junto com o do Enem 2021 regular, mas o cronograma ainda não foi informado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame. 

Os participantes do Enem PPL 2021 poderão utilizar as notas para concorrer a uma vaga em universidade pública ou instituto federal pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2022, poderão pleitear uma bolsa de estudos pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) 2022 ou ainda tentar o financiamento estudantil por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2022.

Ouça na Radioagência Nacional:

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Educação: Olimpíada de História discute o bicentenário da independência

Da Agência Brasil –

Para iniciar as discussões sobre o bicentenário da Independência do Brasil, a ser comemorado em 7 de setembro de 2022, a Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), organizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), promoveu, este ano, atividades dentro da competição para que os estudantes compreendam melhor todo o processo envolvido em torno da data.

A tarefa da quinta fase da competição deste ano, a 13ª edição do evento, consistiu em montar uma exposição que abordasse diferentes aspectos da independência. A coordenadora da ONHB, professora Cristina Meneguello, explica que os participantes foram instigados a refletir sobre o contexto geral da Independência do Brasil, buscando informações sobre os antecedentes, o próprio evento, questões regionais e a relação com os dias atuais.

“A gente fez um template de uma sala de museu, eles tinham que colocar um quadro, selecionar fatos e explicar o porquê daquelas escolhas. Na última parede a gente deixou mais livre e eles falaram de fatos muito interessantes, como independência econômica em relação a outros países, falaram da [Maria] Felipa, da Dandara, da Marielle. Eles realmente extrapolaram, entenderam para além o que significa ser uma nação”.

Os trabalhos dos estudantes serão disponibilizados no próximo ano em formato on-line, a exemplo do Dicionário Biográfico dos Excluídos da História, fruto da ONHB de 2019. De acordo com a coordenadora, os estudantes e professores também serão estimulados a montarem as exposições nas próprias escolas.

Para Lucas Matheus, integrante da equipe Os Sem Vergonha, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) ao lado de Artur Oliveira e Letícia Bezerra, as aulas de apoio oferecidas pela ONHB e as que teve com seus professores ajudaram a ampliar a perspectiva que ele tinha sobre a independência.

“Deixei de enxergá-la como um processo único e focado no Grito do Ipiranga e comecei a vê-la como um processo gradual que durou décadas e que ocorreu em diversas localidades praticamente ao mesmo tempo, não só na Região Sudeste. O mais interessante foi aprender sobre as disputas de independência que aconteceram em todos os locais do Brasil, cada estado com a sua especificidade, como na Bahia, que hoje eles comemoram a independência no dia 2 de julho, e que o nosso estado [Rio Grande do Norte] já conhecia a independência antes do 7 de setembro”.

O estudante destaca também que o aprendizado obtido pode ser aplicado aos dias atuais. “Sob essa perspectiva, durante as aulas de preparação, os nossos docentes estimularam a pensar sobre as disputas de narrativas durante a pandemia, fomos levados a repensar sobre qual ótica a história estava sendo escrita, além de descobrirmos grupos importantes que foram excluídos”, afirma Matheus.

Também do Rio Grande do Norte, a equipe Ester Sabino, do campus Natal-Central do IFRN, disse que a tarefa de montar a exposição e os estudos para conseguir executá-la mudaram “completamente” o conhecimento que os estudantes tinham sobre a independência, apresentando um lado da história que “esquecem de nos mostrar”.

“Todas as aulas ministradas foram de excelência para entender que essa data foi muito além de um grito à margem do Rio Ipiranga, que a participação popular é muito esquecida quando comemoramos essa data, mesmo tendo sido o povo a derramar sangue pela nossa liberdade durante as guerras de independência. Assim como reconhecer que a pessoa responsável por assinar nossa independência foi a Imperatriz Leopoldina, outro grave esquecimento na história”, disse à reportagem a equipe composta pelos alunos Luiz Eduardo Cunha Rocha, Sara Hananny Silve e Maria Beatriz Lino.

A prova da última fase da ONHB foi aplicada no dia 16 de agosto, para 415 equipes. Devido à pandemia, a cerimônia de premiação será online, no dia 12 de setembro. Este ano, a ONHB recebeu inscrições de 37 mil alunos dos 8 e 9 anos do ensino fundamental e do ensino médio, divididos em 9,3 mil equipes. Desse total, 2 mil equipes chegaram à fase de montar a exposição.

As independências

Como suporte para que as equipes participantes fizessem a tarefa, a organização da ONHB produziu dez videoaulas sobre o tema, de 12 a 25 minutos cada, intitulada ONHB e as Independências. Cada aula foi gravada por um professor universitário diferente e trata de um aspecto específico do processo da Independência do Brasil. As aulas foram disponibilizadas para os estudantes da ONHB durante a semana de preparação da fase 5 e agora estão disponíveis no YouTube.

Dessa forma, qualquer pessoa poderá ter acesso aos vídeos para entender melhor questões como a violência na história da Independência, a ideia de império, a revolução iniciada em Recife em 1817, a batalha de narrativas em torno do bicentenário e o papel da imperatriz Leopoldina, entre outros. De acordo com Cristina Meneguello, o objetivo das aulas foi oferecer, em linguagem acessível, os conteúdos que, na maioria das vezes, são tratados de forma reducionista ou muito acadêmica.

“Quando estuda na escola, a independência aparece como um evento já cristalizado, ‘ah, o imperador às margens do Ipiranga’, etc. Mas, em história, a gente sempre tenta mostrar que as datas são construídas, inclusive posteriormente. Então queremos discutir o que permitiu que o país continuasse independente. Para quem vive no Norte do país não é 1822, foi em 1823. Para quem está em Pernambuco, esse processo começa antes, em 1817. Os estudantes de Minas Gerais começam a falar da ideia de independência já na Inconfidência Mineira, no século 18”.

Obra Independência ou Morte, pintada por Pedro Américo – Independência do Brasil

Para a coordenadora, os estudantes da ONHB conseguiram compreender as diferentes representações e disputas de narrativas em torno do 7 de setembro, o que foi demonstrado na tarefa da competição.

“Aquele quadro [Independência ou Morte, de Pedro Américo] é uma celebração. Tem vários outros quadros que mostram esse momento. Tem um que D. Pedro está junto da população, como se ele fosse um líder popular. Mas no livro didático você encontra sempre o mesmo, é como se ele tentasse fazer a gente visualizar algo que não foi visualizado daquele jeito, não foi fotografado, não tinha um pintor lá na hora, é uma construção do fato em imagens”, afirmou.

“É importante aprender em história que os eventos não podem ser testemunhados por nós. A gente consegue reconstruir os eventos pelos documentos, mas a gente tem que saber que eles são reconstruídos”.

Olimpíada aberta

A ONHB está com inscrições abertas para a versão ampliada da competição. Qualquer pessoa ou equipe pode participar, sem a necessidade de vínculo com escolas. Segundo Cristina, a versão tem menos perguntas e atraiu mais de 30 mil pessoas no ano passado, quando ocorreu a primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-A).

As inscrições podem ser feitas até o dia 24 de setembro pelo site da ONHB e tem o custo simbólico de R$ 5 por pessoa.

“Sempre recebemos muitos pedidos de ex-participantes e universitários para que haja uma versão aberta. Fizemos em 2020 de forma experimental com a Pré-ONHB e tivemos um resultado bastante positivo. Resolvemos ampliar neste ano para que escolas que ainda não participam possam conhecer a olimpíada”, explica a coordenadora.

A ONHB-A tem quatro modalidades: individual e em grupo de duas a seis pessoas para quem não tem vínculo com escolas; e equipe treineira e escola pública treineira, para estudantes e professores conhecerem o projeto. Há gratuidade para a inscrição de até uma equipe por escola pública. A competição tem quatro fases, no lugar das seis da ONHB tradicional, com seis dias para executar cada uma e uma tarefa final.

Matéria alterada às 8h54 do dia 8/9 para correção, no oitavo parágrafo, de números informados pela assessoria. O número correto de inscrições na ONHB foi 37 mil (e não 27,9 mil) e o número correto de equipes foi 9,3 mil (e não 6,9 mil).

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Educação: Parlamento Juvenil da Alerj abre inscrições a alunos da rede estadual

Da Agência Brasil –

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) abriu, nesta segunda-feira (6), as inscrições para o 13º Parlamento Juvenil, projeto que visa a incentivar alunos de escolas estaduais a experimentar a atividade política e conhecer o processo legislativo. As inscrições poderão ser feitas até o dia 17 de outubro no site do projeto, que é resultado de uma parceria entre a Alerj e a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc).

Na edição passada, o programa recebeu 200 inscrições de 42 municípios fluminenses, totalizando 70% de estudantes do ensino médio e 30% de ex-parlamentares juvenis.

Para se inscrever e concorrer à eleição como candidato ao Parlamento Juvenil em cada município do estado do Rio de Janeiro, é necessário ser aluno do 1º ou 2º ano do ensino médio da rede pública estadual e ter idade entre 15 e 18 anos completos entre janeiro e dezembro de 2022.

Os inscritos concorrerão em uma eleição de dois turnos. O primeiro turno é disputado por candidatos da mesma escola e o segundo, de forma online pelos eleitos em cada instituição de ensino do município. Cada cidade poderá ser representada por um parlamentar juvenil, exceto a capital, que é dividida em três zonas elege três representantes.

Capacitação

Após a eleição, os parlamentares juvenis passam por um processo de capacitação nos formatos virtual e presencial, para que cada um deles possa elaborar seu próprio projeto de lei. Cada projeto será defendido por seus autores e passará por uma comissão interna para que possa ir a plenário.

O Parlamento Juvenil definirá então os três melhores projetos, que serão enviados ao governador do Rio de Janeiro e aos 70 deputados estaduais, que poderão acolher a proposta dos estudantes, Caso esta seja provada, passará a integrar a legislação fluminense. Cinco leis em vigor no estado foram elaboradas por parlamentares juvenis.

“A cada edição, o Parlamento Juvenil nos enche de alegria e entusiasmo e, para a turma de 2021/2022, a expectativa não é diferente. Nosso objetivo é alcançar o máximo de estudantes do primeiro e do segundo anos do ensino médio das escolas públicas do estado do Rio, porque fazer parte desse movimento é também abraçar a oportunidade de ampliar a participação do jovem na política e na sociedade”, disse hoje à Agência Brasil  a presidente do Parlamento Juvenil, deputada Dani Monteiro (PSOL).

Para a deputada, com a iniciativa, a Alerj ganha frescor, jovialidade, ideias novas e se transforma em um espaço de embates que enriquece a todos. “A cada estudante que entra e diz o que pensa e o que espera do parlamento, a Casa [Alerj] tem a perspectiva de se renovar diante desses estudantes e da própria sociedade. A existência do Parlamento Juvenil, por si, já é um grande avanço na aproximação com a realidade que está e existe além do plenário.”

Potência pessoal

Como parlamentar jovem, nascida e criada na favela e na periferia, que sempre estudou em instituições públicas, da escola à universidade, Dani diz acreditar que outras pessoas alcancem o que ela conseguiu. Segundo a deputada, esta é uma realidade possível para estudantes como ela. “Os participantes do Parlamento Juvenil têm tarefa parecida: acreditar em sua própria potência e instigar os outros a fazerem o mesmo. Ninguém disse que é fácil, mas é a alternativa que temos se queremos um estado justo para todos.”

Aos jovens que querem participar e do Parlamento Juventil, Dani sugere que procurem conhecer e reconhecer os espaços de representatividade para que possam ocupá-los. “Precisamos ter consciência das limitações que nos são impostas e, por isso mesmo, precisamos fazer um esforço sem precedentes para que não nos derrotem a priori.”

Na opinião da parlamentar, é possível que nunca os jovens brasileiros tenham tido uma realidade tão dura e desafiadora, especialmente os pretos das favelas e periferias. “Talvez nunca a luta tenha sido tão desigual para nós, que temos inclusive o direito à fragilidade negado, mas precisamos seguir. E seguir na luta por espaços de representatividade, pelo reconhecimento institucional.”

Integração

Para o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), o Parlamento Juvenil desperta o interesse da juventude pela política. “Precisamos dessa integração entre o Parlamento Juvenil e essa ferramenta, pois, além da possibilidade de eles contribuírem com ideias, poderão ter conhecimento dos seus direitos. Queremos a participação dos parlamentares juvenis no Alerj Itinerante, que vamos inaugurar agora, para discutir em todo o estado fluminense em quais áreas vamos investir os recursos do Fundo Soberano Estadual”, afirma.

A presidente da edição anterior do Parlamento Juvenil, Maysa Roberta, afirma ue a experiência mudou sua vida. “Percebi que, quando estava na posição de presidente, fui referência para outras meninas negras, então me atentei a não olhar apenas o que a realidade diz sobre mim, mas também a estar em constante melhoria.”

Maysa se diz orgulhosa do mandato na 12ª edição do Parlamento Juvenil (PJ) da Alerj. “Tenho muito orgulho do meu mandato no PJ 12, do que fizemos, da representatividade que criamos. Além de me gerar uma grande empatia, percebi que precisamos sempre ser exemplo para os que estão nos vendo.”

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Educação: Inep divulga gabaritos do Revalida 2021

Da Agência Brasil –

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta terça-feira (7), os gabaritos preliminares da prova objetiva da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2021.

Também está disponível, no portal do Inep, o padrão de resposta provisório da prova discursiva.

Os participantes do exame têm até o dia 13 deste mês para interpor recurso aos gabaritos, por meio do Sistema Revalida. Os gabaritos definitivos e o resultado provisório do Revalida serão divulgados em 26 de outubro. A partir desse data, os médicos terão até 1º de novembro para entrar com recurso. O resultado final da primeira etapa está previsto para 19 de novembro.

A primeira etapa do exame foi aplicada no último domingo (5), em oito capitais: Brasília, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo. Os candidatos fizeram provas objetiva e discursiva, nos turnos matutino e vespertino, respectivamente.

Os médicos responderam a 100 questões de múltipla escolha e cinco discursivas sobre cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). Será considerado aprovado na primeira etapa do exame o participante que alcançar, no mínimo, 90 pontos de um total de 150.

A segunda etapa é de avaliação das habilidades clínicas, quando o médico executa dez tarefas para uma banca examinar suas habilidades para o exercício da função. Para isso, ele percorre dez estações resolvendo tarefas como a investigação de história clínica, a interpretação de exames complementares, a formulação de hipóteses diagnósticas, a demonstração de procedimentos médicos e o aconselhamento a pacientes ou parentes, entre outras.

O objetivo do Revalida é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O exame é aplicado pelo Inep desde 2011 para subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior.

Apesar de ser aplicado pela autarquia ligada ao Ministério da Educação, o ato de apostilamento da revalidação do diploma é uma atribuição das universidades públicas que aderem ao Revalida.

Agência Brasil – Read More