Da Agência Brasil –
O físico e professor Luiz Pinguelli Rosa morreu na madrugada de hoje (3), no Rio, aos 80 anos. A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decretou luto oficial de três dias. O velório ocorrerá das 17h às 19h desta quinta-feira, no Átrio do Palácio Universitário, no campus Praia Vermelha, na zona sul da capital fluminense.
Graduado em física pela UFRJ, mestre em engenharia nuclear pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) e doutor em física pela PUC-Rio, Pinguelli foi diretor da Coppe por quatro mandatos e presidente da Eletrobras entre 2003 e 2004. O docente também era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Professor emérito e titular do Programa de Planejamento Energético da Coppe, participou do Programa de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da UFRJ e foi secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico do governo brasileiro que estuda o problema do aquecimento global em suas implicações para o país e auxilia na criação e promoção de políticas.
Luiz Pinguelli foi também membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, que ganhou o Nobel da Paz em 1995, e estava participando do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), instituição que recebeu o Nobel da Paz em 2007.
Orientador de dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado, o professor recebeu diversos prêmios, entre os quais o de Personalidade do Ano de 2014, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em nota, o diretor da Coppe/UFRJ, Romildo Toledo, lamentou a morte do professor. “Em meu nome e em nome da diretoria, da qual Pinguelli fazia parte, e de todo corpo social da Coppe, prestamos nossas sinceras condolências e solidariedade aos familiares e amigos do nosso querido professor Pinguelli”, disse Toledo.
A Eletrobras também lamentou o falecimento do ex-presidente Luiz Pinguelli Rosa, à frente da companhia de janeiro de 2003 a maio de 2004. “Sua gestão foi marcada pela promulgação das leis que redefiniram o modelo institucional do setor elétrico, em março de 2004, reafirmando as funções da empresa como holding das concessionárias federais. Também neste período, a Eletrobras assumiu a gestão técnica e financeira do Programa Luz para Todos”, diz o comunicado.
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