Novo Ensino Médio: a importância de um projeto de vida que fale a linguagem do aluno

Uma das novidades da nova grade curricular é o estímulo das competências socioemocionais, visando a autonomia, a liberdade de escolha, e o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes.

Há 6 anos trabalhando no desenvolvimento de habilidades socioemocionais de crianças e adolescentes, o LIV pode ser um grande aliado das escolas nessa nova jornada.

Os desafios da vida vão muito além de traçar metas e cumprir tarefas. Envolvem sonhos, expectativas, cobranças, oportunidades, reconhecimento, além de pensamento crítico e perseverança para realizar escolhas. Vivenciar tudo isso ainda tão jovem pode ser um pouco assustador para muitos adolescentes. Mas, com a proposta do Novo Ensino Médio, os alunos terão mais recursos para planejar a sua vida de maneira cuidadosa e desenvolver habilidades socioemocionais que ajudem nos desafios presentes na contemporaneidade, com um olhar integral sobre si, sua trajetória e suas aspirações.

O novo formato do Ensino Médio e a sua nova grade curricular propõem uma visão integral da formação dos estudantes, contemplando não apenas os conteúdos formais como Matemática, Física e Biologia, por exemplo, mas também os aspectos éticos e sociais imprescindíveis para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, chamado “Projeto de Vida”.

O novo ensino médio traz a flexibilidade do currículo como marca e a possibilidade de exercitar na prática o exercício de fazer escolhas. O Projeto de Vida chega, então, como essa articulação da liberdade em escolher e da responsabilidade quanto às minhas escolhas. Por isso é importante desenvolver o autoconhecimento, por exemplo, para que os jovens possam traçar metas e ir entendendo em quais áreas do conhecimento eles querem se aprofundar, podendo experimentar ao longo dessa trajetória escolar. A ideia é que os alunos tenham uma maior liberdade de escolha entre as áreas do conhecimento nas quais gostariam de se aprofundar ao longo dos anos. É um Ensino Médio que busca ser mais atraente e flexível para os jovens.”explicaJuliana Hampshire, educadora brincante e coordenadora pedagógica do LIV.

Com o LIV, programa socioemocional que alcança 200 mil alunos pelo Brasil, o Projeto de Vida sempre foi priorizado. Assim como propõe a Base Nacional Comum Curricular, o LIV impulsiona o protagonismo e a autoria dos alunos a partir do desenvolvimento do autoconhecimento, empatia e relacionamento, além das habilidades socioemocionais. O programa acredita que é preciso estimular a escuta empática, exercitar o pensamento crítico e o cuidado com as relações com os outros e com o mundo desde a Educação Infantil, de maneira intencional e apropriada para cada faixa etária. E é isso que o LIV tem feito ao longo desses seus quase seis anos de trabalho nas escolas.

“O projeto de vida proposto pelo LIV começa a ser estruturado desde a Educação Infantil, abordando questões que são e serão pertinentes ao longo de toda a trajetória de vida do aluno. Especialmente no Ensino Médio, ao longo de três anos, trabalhamos temáticas como autoconhecimento, relações familiares, responsabilidade social e tomada de decisão saudável. As aulas são conduzidas pelos eixos “Como eu estou?”, “O que me move?” e “Para onde vou?”. Além disso, os alunos recebem materiais e conteúdos audiovisuais exclusivos que os ajudam a aprender estratégias organizacionais para seus cotidianos. Isso é essencial para que eles possam desenhar, concretamente, seus Projetos de Vida com mais autonomia e responsabilidade.”, conta a educadora do LIV.

Pilar socioemocional nas escolas

O objetivo do LIV é preparar os alunos para os desafios da vida através de um programa que desenvolve competências socioemocionais de maneira transversal. As aulas do programa ocorrem uma vez por semana e alcançam toda a comunidade escolar por meio de propostas pedagógicas estruturadas e materiais em diversos formatos.

Cada recurso – como livros, músicas, seriados audiovisuais, etc. – foi pensado para atender as necessidades e características de faixas etárias específicas, sendo divididos em: Educação Infantil, trabalhando as emoções básicas; Educação Fundamental, com foco na inteligência emocional, e nas habilidades socioemocionais, como pensamento crítico, perseverança, proatividade, colaboração, comunicação e criatividade; e Ensino Médio, estruturando o projeto de vida com foco também em carreira, planejamento, gestão do tempo e responsabilidade social. Todo esse currículo se torna ainda mais relevante com a presença de temas transversais, presentes em todos os segmentos, como ética, cidadania e autonomia do aluno.

“O que eu percebo dos alunos do Ensino Médio é que muitos deles, ao longo das aulas de LIV, se identificam muito com os personagens da série “Ano que vem” – que traz os dilemas e questionamentos em torno das escolhas que os adolescentes precisam fazer ao final da fase escolar. E o retorno das famílias é que isso ajuda bastante no processo, pois os estudantes se sentem acolhidos diante da pressão e percebem que são capazes de fazer suas escolhas partindo do princípio de que podem não ser escolhas para o resto da vida, mas, que serão importantes para este momento”, afirma o professor José Ricardo, Colégio CET (RJ/Rio das Ostras).