Empresas já consolidadas buscam atrair novos clientes por meio de ferramentas digitais Globalização, aumento de pessoas com acesso à Internet, ampliação da quantidade de aplicativos existentes. Toda essa revolução virtual vem causando mudanças também nas agências de turismo. Várias agências, mesmo que existam fisicamente, têm criado opções para que o cliente também possa comprar seu pacote de viagens e definir sua trajetória por meio de ferramentas virtuais.Vice-presidente administrativo da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV), Edmar Bull destacou que é impossível citar um percentual ou número de empresas do setor que aderiram a esse processo de modernização. “Os empresários precisam ter a consciência de que o mundo está cada vez mais moderno. Daqui a um ou dois anos, creio que a maioria das agências vão se adequar a essa inovação. Evidentemente se for do interesse dos proprietários”, declarou.Entretanto, para o representante da ABAV, a modernização do serviço das agências de turismo não implicará no fim de suas sedes e filiais físicas. “Temos públicos para todos os tipos de propostas, sejam elas virtuais ou físicas. Chegaram a dizer que as lojas (independentemente do setor) físicas estão em extinção e que acabariam, mas eu duvido. Já escuto isso há anos e não vi isso acontecer nem em grandes potenciais no sentido de modernidade, como os Estados Unidos, por isso não acredito no fim das lojas físicas”, explicou. Promoção e marketing – Edmar Bull ainda falou sobre a concorrência entre as agências virtuais e aconselha: “O marketing dessas empresas precisa ser muito bem feito. Por exemplo, nessa crise que o Brasil e o mundo passam, a maioria das famílias têm evitado sair do Brasil e alguns nem da própria cidade. Entretanto, se o marketing souber agir quando determinados pacotes entrarem em promoção, o pai de família pode estar em casa, receber um e-mail, por exemplo, conversar com a esposa e contratar o pacote por ver que está dentro do orçamento deles. A velocidade do aviso de promoções e escolher o momento adequado são aspectos fundamentais”, concluiu. Além de vice-presidente da ABAV, Edmar Bull possui uma agência coorporativa. Os dois lados da moeda – A maior agência de viagens da América Latina possui serviços online há aproximadamente um ano. Para impulsionar o produto, a agência fechou uma parceria com uma grande empresa já consolidada no mundo virtual. Segundo informações da agência, a maior parte dos clientes utilizam as ferramentas tecnológicas para ter acesso a promoções, mais do que literalmente para adquirir os pacotes. Ainda de acordo com a agência, a parceria com a loja virtual fez com que as vendas crescessem em torno de 15%. “Jamais deixaremos de seguir com as lojas físicas. Isso porque, mesmo com a praticidade gerada pela Internet, as pessoas sentem mais segurança quando estão pessoalmente, na maioria dos casos”. Outro fator fundamental para mostrar que as vendas pessoais não se tornarão incomuns está no destino em que o cliente deseja viajar. “Por exemplo, quem vai para o Rio de Janeiro, compra virtualmente mesmo, mas quem planeja ir para um novo destino opta por adquirir os pacotes em lojas físicas por terem um pouco mais de receio de como agir quando chegar na cidade. Se sentem mais confiante buscando as informações, os detalhes pessoalmente”. Crédito: Shutterstock Por Petronilo Oliveira |