Brasil em época de eleição ! O que esperar?

Estamos novamente a beira de eleger alguém para comandar nosso Brasil. Mas quem é merecedor deste título?

Vemos políticos nas ruas, abraçando as pessoas, pedindo voto. Bom, se estão pedindo “emprego” é porque querem trabalhar para nós, certo? Nós os eleitores. E porque depois de eleitos, se tornam tao autoritários, tão cheios de não me toques, que os mesmos “pedintes”, não nos deixam nem chegar perto deles, e nunca mais os vemos nas ruas perto das pessoas.

Eles que se sentaram para comer no “prato feito”, ou tomar um café no bar da esquina. Que Brasil queremos para o futuro? Pergunta uma rede de televisão. Que Brasil queremos com esses políticos que só pensam no bem estar deles?

O Brasil é tão rico, com estradas ruins, população ainda sem o básico, que eles só veem na época de eleição. Ninguém arruma a casa, ninguém.

A limpeza poderia começar no salário deles, nas mordomias, ganhando como pessoas normais, que entram em uma empresa, e vão crescendo dentro dela se sobressaindo para ter um salário equivalente. Começando pelos vereadores, deputados, senadores e presidente.

Ganhar com seus méritos! E não para ser um cabide de mordomias, entrar na política no Brasil é o mesmo que ganhar na loteria! Viver de brisa, viver com sombra e água fresca.

Mudanças são necessárias diante de tudo que estamos vendo, quem sabe, veremos quem realmente quer trabalhar, para ter um País melhor !

Por Silvia Gonzalez – PortalJE

Portaria deve evitar assaltos a condomínios – Controle de Acesso

Criminosos atacam pela entrada principal, sem nenhuma dificuldade na invasão.

Os condomínios investem pesado em segurança, mas nem sempre veem os seus objetivos dando resultados. Somente nos dois primeiros meses de 2018, no Rio de Janeiro, houve um aumento de 70% na quantidade de casos de assaltos a residências dentro do Estado, que passaram de 130 para 221, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). Recentemente, um condomínio em São Paulo foi atacado quando assaltantes se passaram por policiais com um suposto mandado de prisão e tiveram a entrada liberada pelo porteiro. Ou seja, não há limites para os criminosos!

Instalação de Biometria em Condomínio

Mesmo com os altos custos com segurança em condomínios, os números de roubos e furtos cresceram 172% de 2016 para 2017, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Os assaltantes estão cada vez mais criativos, mas na maioria das vezes usam as “velhas táticas” de se passar por moradores ou amigos de condôminos.

Por isso vale ressaltar que somente os aparelhos tecnológicos e a equipe da portaria e de garagem não são suficientes, quando os moradores ignoram as atitudes que promovem a segurança preventiva.

Na maioria dos assaltos a esses locais a falha está justamente no momento da averiguação ou liberação de visitantes e prestadores de serviços. Em conjuntos habitacionais, principalmente, há maior incidência de contratação de pessoas despreparadas para a função, desatentas ao entra e sai de moradores, que deixam qualquer um entrar sem confirmar se os moradores autorizaram ou sem checar as placas dos carros, indo apenas pela marca e cor do veículo — muitas vezes semelhantes a de algum condomínio.

Outra falha comum é a entrada de portadores de serviços, como diaristas, pedreiros, encanadores, dentre outros, e até entregadores de pizza e fast-foods sem uma regra bem definida de controle de acesso, deixando a decisão para o porteiro.

Os arrastões em condomínios têm se dado em grande parte pela desatenção de porteiros, pois a instrução do funcionário é, hoje, a maior arma de combate contra esses tipos de crimes.

Todo condomínio possui regras e normas que precisam ser obedecidas por todos, pois um único deslize ou falta de comprometimento põe em risco a segurança do prédio. Um erro muito comum é o controle de acesso à garagem, onde muitos prédios não possuem em sua estrutura condições adequadas para visualização dos veículos, devendo ser corrigido com equipamentos de identificação e CFTV.

Por isso, alertar condôminos quanto às atitudes irresponsáveis e investir em treinamento e tecnologia vale a pena. Há empresas de serviços terceirizados com experiência na gestão e na preparação de profissionais capacitados para agir e evitar situações desagradáveis. Assim, o condomínio não precisa se preocupar com a ausência de funcionários. Com a terceirizada, outro deverá cobrir o plantão e com a mesma qualidade de serviço. O prédio não precisa fazer o processo de seleção e treinamento dos funcionários, e deixa esses encargos ao cuidado e supervisão da empresa que vai aplicar rotinas próprias para tanto, gerando mais segurança e trabalho de melhor qualidade.

Artigo de:

Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br

Divulgação
Amilton Saraiva, da GS Terceirização
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A felicidade e a virtude

 

Será que a felicidade está mesmo ligada à virtude? Provavelmente que sim, mas como compreendemos a virtude hoje? A felicidade que consiste em viver a virtude, viver de acordo com a natureza, pode ser refletida. No século XXI, em que estamos vivendo, temos uma ideia meio estranha, nós não estamos acostumados a unir a ideia de felicidade com a de virtude, a virtude parece ser uma coisa nos nossos tempos e a felicidade outra, por quê? A maioria de nós deseja ser feliz e não virtuoso. Para muitos de nós, a exigência de viver uma vida virtuosa entra em contradição com a busca da felicidade. Virtude nos lembra, de certa forma, de obrigações morais com outras pessoas, disciplina para conter os nossos desejos e outros tipos de limites para não falarmos até de repressões. Quando se fala “a pessoa tem que ser virtuosa” parece que tem que ter repressão, enquanto a ideia de felicidade nos remete à realização dos nossos desejos, à liberdade individual vivida em plenitude, ausência de limites, restrições e repressões.

Para nós o desejo natural da felicidade tem a ver mais com o desejo da realização. Parece que a felicidade, quando eu digo “desejo felicidade” significa eu fazer aquilo que eu desejo.  Será isso mesmo felicidade? Enquanto a palavra virtude pressupõe necessariamente boas relações, ou corretas com outras pessoas, ou viver segundo à natureza. Virtude significa isso, por isso aqui essa é a distinção. Para nós, a felicidade é uma questão individual, e mais do que uma busca, é uma obrigação. Só que há algo de estranho também nessa concepção. Se a felicidade é uma obrigação, no sentido que eu tenho que ser feliz, ela não é mais um desejo natural de todo o ser humano, pois o que é uma obrigação não é um desejo. É obrigatório “eu tenho que ser feliz”. Se nos sentimos quase que compelidos a sermos felizes, ou pelo menos mostrarmos que estamos felizes, a felicidade passou a ser um peso.

Estamos mais preocupados em mostramos aos outros e a nós mesmos que somos ou estamos felizes do que em procurar viver uma vida realmente feliz. Então o que acontece aqui? O mais importante é a aparência, o que esta a superfície da nossa vida, por isso hoje é quase que proibido dizer estou triste. Parece que não podemos ouvir essa frase. Se a pessoa diz que está deprimida, então a tristeza aqui é uma questão existencial, como a felicidade e alegria, enquanto que a depressão é uma questão médica, que se resolve com pílulas, com remédios, com receitas e assim por diante. Se a felicidade está unida à virtude, a felicidade também é empenho, é vida correta, é busca do bem, é busca da verdade, é fazer o melhor de cada dia…
Pense nisso!

Padre Ezequiel Dal Pozzo

Prédios abandonados ou mal geridos podem oferecer riscos aos condomínios vizinhos. Saiba como agir nesses casos.

O feriado do 1º de maio de 2018 começou com uma notícia terrível – um prédio de 26 andares, no centro de São Paulo, na esquina de uma das avenidas mais tradicionais da cidade – a Avenida Rio Branco, tombou causando uma enorme explosão e a morte de alguns que ali habitavam. Foi uma cena horrível, transmitida e repetida por diversas emissoras. O prédio desmoronou e abalou inclusive as propriedades próximas.

Quando ocorre uma tragédia dessa magnitude, as autoridades acabam sendo colocadas em xeque e boa parte da população acabou “descobrindo” que esse não era o único e sim faz parte de uma série de imóveis que estão ocupados no centro de São Paulo e país a fora e que apresentam riscos às pessoas que vivem, muitas vezes, em condições precárias, além do risco aos imóveis vizinhos.

Para entender isso, é preciso entender como a lei encara a relação de um imóvel ocupado, sendo ele do Estado ou particular.

Um imóvel pode ser tomado pelo estado, por exemplo, caso o mesmo não tenha suas dívidas quitadas, sendo que na grande maioria dos casos o principal problema é o inadimplemento em relação ao IPTU. A partir daí a prefeitura notifica o contribuinte para que regularize a situação. Caso isso não aconteça, o débito vira dívida ativa. Caso o débito persista e não seja regularizado, a prefeitura ingressa na Justiça. A ação pode se arrastar por anos, mas o devedor corre o risco de ter o imóvel penhorado.

Outra forma que faz com que o comprador de um imóvel possa perder a posse do bem, é quando o mesmo fez um financiamento com uma determinada instituição financeira e não consegue mais arcar com as mensalidades deste financiamento, fazendo com que essa instituição retome a posse do imóvel.

Porém, nos dois casos, e principalmente no caso de dívida com o Estado, muitas vezes esse imóvel fica subutilizado quando da retomada, fazendo com que o mesmo, ainda mais no caso de imóveis inteiros e não apenas unidades, sejam ocupados por pessoas sem teto ligadas ou não a movimentos sociais.

O que mais causa perplexidade é que se um condomínio qualquer deixar de cumprir com as normas legais, por exemplo uma Norma Regulamentadora [i], seja um Laudo de medição Ôhmica (para-raios) NR 10/ NBR 5419/01, ou se deixar de cumprir alguma norma do corpo de bombeiros (AVCB)[1], este poderá ser impelido ao pagamento de multas, e em casos extremos até ter o prédio interditado. Mas para prédios ocupados, não vemos o mesmo afinco na fiscalização.

A gestão do síndico tem um papel essencial na conservação do patrimônio, uma vez que a má gestão pode trazer um prejuízo e implicar em uma desvalorização de mais de 30% do patrimônio como um todo. Isso sem contar com a depreciação natural que sofre qualquer edificação a partir da sua construção, o que está diretamente relacionado com a sua perda de valor econômico, oriundo da degradação em função da utilização, idade, constituição, meio envolvente, entre outros.

Para calcular a depreciação uma das formas é o método linear, o qual traz que a depreciação deve ser calculada em 4% ao ano, ou seja, em 25 anos o valor do bem chegaria a zero. Não quer dizer que o bem não terá valor, temos muitos prédios com mais tempo e valendo muito. O que ocorre é que a gestão patrimonial proporciona a oportunidade para que os edifícios sejam renovados, através das manutenções corretivas ou preventivas, assim perpetuando estes por tempo indeterminado.

Porém, se o prédio vizinho não efetuar a conservação correta dos seus bens isso pode trazer prejuízo aos prédios limítrofes, por exemplo: uma piscina na cobertura sem o devido cuidado pode propagar a criação de mosquitos ou até mesmo um prédio que tenha riscos de ruir pode colocar em perigo um prédio ao lado que esteja saudável, sendo que esse pode ter que ser interditado também.

Para situações como estas, em caso de obra nos prédios vizinhos que possam representar risco ao prédio ao lado é essencial que o síndico verifique as licenças necessárias para a execução da obra, e se esta for realmente de grande magnitude o ideal é realizar uma vistoria técnica preventiva do condomínio para monitorar trincas ou problemas oriundos da obra,  logicamente que tudo isso pode ser discutido e o custo repassado ao prédio vizinho, por exemplo: se já houver indícios de risco na estrutura ao lado, mas se não houver acordo de quem vai arcar com vistorias e reparos, o prédio que esta sofrendo risco deve fazer da mesma forma a contratação de um engenheiro. Pois, é comum vermos prédios interditados por culpa de seus vizinhos.

O síndico de um condomínio tem obrigação de saber o que ocorre nos prédios ou terrenos que fazem limite com o seu condomínio, seja para pedir a poda da árvore ou até mesmo em situações extremas, para ingressar na justiça a fim de paralisar a obra vizinha.

Rodrigo Karpat


http://zonasul.portalje.com.br/laudo-de-vistoria-e-avcb-multifuncional-engenharia/

 

 

A felicidade como um instante

Alcançar a felicidade é o nosso desejo. O coração humano deseja ser feliz. Se pensarmos o que significa ter uma vida bem sucedida, facilmente alcançamos unanimidade. Mas quando perguntamos: o que é ser feliz? Ali a resposta é muito mais difícil. Não queremos e não aceitamos respostas prontas. Embora vivamos momentos felizes, a pergunta que quer resposta é: como conseguir uma felicidade duradoura? Será somente uma questão de postura ou de estilo de vida ou das circunstâncias que envolvem a cada um?

Felicidade significa estar bem consigo mesmo e de acordo consigo mesmo. Mas, a felicidade absoluta, como muitos imaginam, está vedada a nós seres humanos. Não há possibilidade de sermos plenos, completos, enquanto estamos nesse mundo. Embora tenhamos momentos felizes, ou instantes que queremos que se prolonguem no tempo, logo depois sentimos novamente a falta, a insuficiência. Por isso, a felicidade completa, como nos dizem os teólogos, só é possível no céu, quando não haverá mais necessidade nenhuma. Estaremos plenos diante de Deus. Dali a palavra plenitude. A nossa vida aberta e completa na vida de Deus.

Mas estamos vivos e queremos viver bem a nossa vida. Vale, portanto, fazer valer a pena o instante que somos. A felicidade neste instante não pode ser agarrada. Não conseguimos segurá-la de tal forma a possuí-la, não a deixando escapar das mãos. Ela será sempre atacada.  Embora possamos ter momentos de felicidade plena, momentos que não queremos que passem, logo depois podemos novamente nos sentir dilacerados. Então, mais uma vez, nos sentimos incompletos.

De novo habita a falta daquela realidade, ou daquela pessoa, ou daquele ambiente que nos proporcionou um momento forte de felicidade. Ainda, pode vir uma notícia que nos desagradou, perdemos algo, uma doença atingiu alguém que amamos, então já perdemos aquela felicidade que queríamos que fosse permanente. A felicidade, diante disso, é assumir a vida como ela é.

Viver aquele estado, aquela situação, conviver com aquilo que se apresenta, sem ilusões, sem desespero e na confiança de que a vida é tudo isso. Um filósofo da antiguidade dizia: “não te esforce para que as coisas aconteçam como desejas, mas deseja os acontecimentos como acontecem e terás uma vida feliz”. Ou seja, precisamos viver a situação que se apresenta e dentro dela encontrar motivos para dizer: eu sou feliz, vivo feliz, apesar de tudo.

Padre Ezequiel Dal Pozzo

O fim anunciado dos direitos trabalhistas

Clara Lis Coelho, Felipe Vasconcellos e Flávia Pereira *


Brasília/DF, 9/11/2017 – Com a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, vários direitos dos trabalhadores ficam ameaçados. Garantias antes protegidas passam a ser chamadas de privilégios e correm o risco de deixar de existir apenas para aumentar o lucro dos empresários.

O texto, aprovado às pressas pelo governo Temer, não considerou a complexidade do tema, carecendo de um debate com a sociedade e privilegiando apenas um setor que a compõe: os patrões.

Um dos pontos mais polêmicos diz respeito à gratuidade da Justiça Trabalhista. Por apenas exigir uma autodeclaração de pobreza, o acesso ao processo trabalhista é reconhecidamente um dos mais democráticos. Com as novas alterações, caberá  aos juízes do trabalho decidir se concedem o benefício aos empregados que ganham em média R$ 2 mil mensais. Como se não bastasse, os empregados ainda pagarão as custas por arquivamento de reclamação e deverão assumir honorários periciais e advocatícios caso percam a ação, algo que só existe no Direito Civil. Essas exigências não existiam anteriormente e, na prática, deixam o processo trabalhista oneroso e inviável para a maior parte da população.

Em relação aos direitos das mulheres grávidas e lactantes há outro retrocesso. A reforma permitiu que trabalhadoras lactantes ou gestantes trabalhem em ambientes insalubres, condicionando o afastamento à apresentação de atestado médico, permitindo-se, assim, um evidente prejuízo à saúde da trabalhadora.

Há mudanças também quanto ao regime parcial de trabalho. A jornada máxima passa de 25 para 30 horas semanais, admitidas horas extras quando a jornada for de até 26 horas semanais. Ou seja, pode ser considerado trabalhador a tempo parcial aqueles que trabalham até 32 horas numa semana, sem garantia de um salário mínimo sequer.

Sobre o banco de horas, a reforma permite que um simples acordo individual entre patrão e empregado retire direitos dos trabalhadores garantidos hoje por lei. Assim, poderá haver acordo individual para estabelecer banco de horas com compensação em até 6 meses, possibilitando jornadas mensais superiores a 220 horas.

Outro aspecto polêmico gira em torno do “Negociado sobre o legislado”. Um acordo coletivo poderá suprimir direitos relativos à saúde e segurança do trabalho, garantias constitucionais e legais como o intervalo mínimo de uma hora para refeição e descanso para quem trabalha mais de 6 horas por dia, que pode ser reduzido para apenas 30 minutos.

No contrato intermitente, o trabalhador permanece à disposição do empregador sem ganhar um tostão, sendo remunerado apenas quando o empregador requisite os serviços, não havendo ajuste prévio da quantidade mínima de horas a serem cumpridas em cada mês e do valor remuneratório mensal mínimo a ser recebido. A pena para o não comparecimento do trabalhador é de multa.

Tele-trabalho é uma outra falácia. Travestido de benefício, essa nova categoria de trabalho não estabelece regras para controle da jornada de trabalho do empregado, que deixará de computar as horas extras realizadas e intervalo para descanso e refeição.

Haverá também a possibilidade de demissão sem garantias. Com a reforma, não será necessária a assistência do sindicato ou autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego para validar a demissão e a homologação passará a ser realizada de forma direta na CTPS do trabalhador.

Como se não bastasse, haverá uma limitação do dano moral. A reforma limita o valor dos danos morais que podem ser pedidos na justiça do trabalho, de modo que o dano moral de quem ganha mais, vale mais, e dano moral de trabalhador que tem salário baixo consequentemente será mais baixo. É a lei dizendo que o valor do salário pode discriminar.

O mesmo ocorre com o chamado “trabalhador hipersuficiente”. De acordo com a reforma, caso o trabalhador tenha formação superior e ganhe salário superior a R$11 mil, seu contrato terá valor de convenção coletiva, podendo prevalecer sobre a lei e impossibilitando o questionamento de cláusulas que considere injustas na Justiça do Trabalho.

Além de todas as alterações macabras citadas acima (e tantas outras tão tenebrosas quanto essas) haverá o enfraquecimento da organização dos trabalhadores. A reforma retira força das entidades sindicais acabando com a obrigatoriedade da contribuição sindical, permitindo a dispensa coletiva sem negociação com sindicatos, demissão sem necessidade de homologação sindical e ainda admitindo representante no local de trabalho sem participação sindical no processo eleitoral.

As alterações das leis trabalhistas vieram para atender demandas do setor empresarial. O lucro das empresas é importante, claro. Mas não deve ser motivo para desconstruir direitos e garantias conquistadas com muita luta ao longo de séculos. O Brasil segue em direção a uma das fases mais tenebrosas do Direito Trabalhista, assim como já ocorre no meio ambiente, setor energético, previdência e outros setores que estão sendo entregues à iniciativa privada.

O que te move todos os dias?

Todos precisamos de motivação para fazer algo. Se estou desmotivado somente cumpro as obrigações e suporto o peso das atividades. Não faço por gosto, não serei criativo naquilo que faço, facilmente irei cansar e desmotivar outras pessoas que me observam naquela atividade. Há muitas pessoas que simplesmente cumprem tarefas. Não assumem o que fazem com amor e nem colocam paixão.

Ora, trabalhar e não colocar paixão será um problema para a empresa e a longo prazo para mim mesmo. Logo aparecerá outro que desempenha com gosto e vontade aquela tarefa. Provavelmente, na primeira oportunidade serei substituído. Pessoas assim trazem prejuízos à si mesmas, aos outros e à sociedade. Quando não dou o melhor de mim, alguém deixa de ganhar, de crescer, de ser melhor. Não estou me referindo a pessoas limitadas, que não atingem grandes resultados, mas dão o máximo de si.

Não é o empregado de dois talentos, que faz pouco, mas mesmo assim multiplica os talentos. Falamos do empregado que ganhou dez, cinco, dois ou um talento mas os escondeu por medo. Não rende, não se desafia, não busca crescer. Estabilizou no básico. Considera que já faz a sua obrigação e até diz: “só ganho pra isso”. Poderíamos perguntar: será que um salário mais alto compraria o “espírito” desse sujeito, motivando-o a dar o máximo de si? Seria dinheiro o que está faltando? O que se percebe é que normalmente não é assim.

Uma pessoa motivada, criativa, com visão, interessada e aplicada numa tarefa ou numa causa tem motivações mais profundas. Se a motivação vier apenas do dinheiro, será preciso aumentar sempre mais e a cada pouco. A motivação que faz a pessoa ser inovadora, criativa e trabalhar com paixão é algo não quantificável e nem de fácil descrição. Não é fácil descrever a fonte interior que nos move.

Depende da história, da formação, das experiências que fez, do ambiente que vive, dos sonhos que alimenta e muito mais. Não há uma única fonte de motivação que nos move. Somos o resultado de muitos processos e de várias experiências e pessoas que nos formaram. Os detalhes também são importantes nesse processo. Tanto, que muitas vezes temos dificuldades para descrever porque alguém é tão criativo e disposto e outro é tão acomodado e não rende. Poderemos dizer que é do seu ambiente e de sua formação, mas nem sempre essa explicação é suficiente.
O importante diante disso é cada um perceber em que nível de paixão e empenho está naquilo que faz. Claro que aqui o campo de verificação pode se alargar em todas as dimensões da vida. Isso porque aquilo que somos no trabalho poderemos ser na família, na comunidade, no clube, na igreja, com amigos, com os filhos, com a esposa ou esposo, no cuidado conosco mesmos e assim por diante.

Não é fácil equilibrar todas as dimensões da vida. Isso também é uma arte. Porém, o que se percebe é que a pessoa que faz seus talentos produzirem frutos, consegue nas várias dimensões. Quem tem força interior, paixão pela vida, empenho no viver, consegue fazer a diferença e deixar muito mais marcas mais positivas que a pessoa que só faz o básico.

Afinal, o que me move? Vivo a vida com paixão? Responder essas perguntas a mim mesmo é uma tarefa. Elas me fazem andar e buscar os fundamentos que me sustam e me fazem viver disposto e decidido. Tenho a impressão de que a pessoa que escondeu os talentos tenha dificuldade de responder essas perguntas ou talvez, novamente, não se interesse.

 

Padre Ezequiel Dal Pozzo

www.padreezequiel.com.br

O uso de celular pode causar câncer no cérebro: mito ou verdade?

O uso de celular pode causar câncer no cérebro: mito ou verdade?

A relação do uso do celular com os casos de câncer no cérebro se tornou uma dúvida comum entre muitas pessoas. As especulações sobre essa possibilidade surgiram com o aumento de casos da doença ao longo das últimas décadas, paralelamente ao crescimento do uso dos aparelhos. Só no Brasil, segundo a Anatel, são mais de 242 milhões de celulares ativos e na mesma proporção aumentam os questionamentos sobre seus efeitos nocivos à saúde.

“Atualmente, no país, temos uma média de cinco novos casos de câncer cerebral a cada 100 mil homens e quatro a cada 100 mil mulheres”, explica a neurocirurgiã Danielle de Lara. Na população mundial, o câncer do sistema nervoso central representa, aproximadamente, 2% de todas as neoplasias malignas. A cidade de Blumenau, onde a profissional atual, segue a mesma tendência. Afinal, alguns destes casos podem estar associados ao uso do celular?

Uma pesquisa em desenvolvimento pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos não indica essa relação. A investigação está sendo realizada em laboratórios altamente especializados que podem especificar e controlar fontes de radiação e medir seus efeitos em roedores.

Em seres humanos, a pesquisa ocorre em duas diferentes linhas. Na primeira, o uso do telefone celular é comparado entre pessoas com tumores e pessoas sem eles. Na segunda, um grande grupo de pessoas que não têm câncer na entrada no estudo é acompanhado ao longo do tempo e comparado os que usaram celulares e os que não usaram. Em nenhuma houve evidências claras de uma relação entre o uso do telefone celular e o câncer.

Pesquisadores sugerem que o aumento no número de casos pode estar associado ao maior acesso a exames e médicos especialistas por parte da população nas últimas décadas, o que facilitou o diagnóstico desses tumores e, consequentemente, resultou no maior registro da doença.

Danielle diz que as causas reais do câncer cerebral ainda não estão totalmente esclarecidas, mas sabe-se que fatores genéticos têm um importante papel nesses tumores. “Outra causa importante são as metástases cerebrais – tumores que têm origem em outros órgãos, como pulmão, mama e rim, e que através da corrente sanguínea atingem o cérebro”, afirma.

O que ela destaca nesse tema são os avanços não só de diagnóstico, mas também de tratamento. Além das já conhecidas rádio e quimioterapia, outra possibilidade recente é a cirurgia minimamente invasiva. “Este procedimento, relativamente novo no Brasil, pode ser uma alternativa e diminui drasticamente o risco de sequelas no paciente e proporciona uma recuperação mais rápida”, diz Danielle.

Entretanto, a especialista alerta que nem toda patologia cerebral pode ser tratada por essa técnica. Ela orienta que “um profissional treinado tanto na técnica tradicional, como na minimamente invasiva, poderá sugerir o melhor caminho a seguir em cada caso”. Mas a principal recomendação da profissional é ter hábitos saudáveis, como alimentação adequada e prática de atividades físicas. Danielle destaca que consultas periódicas com o médico de confiança garantem o acompanhamento adequado e permitem o diagnóstico precoce de inúmeras doenças.

Professor por vocação

Luiz Gonzaga Bertelli*

 

A figura do professor é emblemática na educação. Não se pode pensar em qualidade de ensino sem refletir na necessidade da valorização das carreiras pedagógicas e na melhoria dos salários e da infraestrutura, para que os docentes possam preparar aulas mais atrativas e exercer suas funções com qualidade e segurança. Mesmo com todas as dificuldades, milhares de professores enfrentam os obstáculos pela paixão de ensinar. É uma vocação que impulsiona o desejo de transmitir conhecimentos aos jovens, formando-os e preparando-os para a vida.

O CIEE, instituição com 53 anos de experiência na inclusão de jovens no mercado de trabalho, desde 1997, celebra o Dia do Professor com uma célebre homenagem a uma figura de destaque do meio social que tenha dedicado boa parte de sua vida a arte do ensino, com a outorga do Prêmio Professor Emérito – Troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita. Neste ano, o agraciado é o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, ex-ministro de Agricultura, Pecuária e Pesca, e uma das maiores autoridades de agronegócio e cooperativismo.

Seu amor pela arte de ensinar deu-se dois anos depois de formado, em 1967, quando começou a dar aulas voluntárias, na recém-fundada Faculdade de Agronomia da Unesp, em Jaboticabal, interior de São Paulo. Foram mais de 30 anos, passando por várias gerações de alunos que aprenderam muito com sua experiência como presidente de importantes associações nacionais e internacionais ligadas às cooperativas agrícolas e com sua atuação na secretaria de Agricultura de São Paulo, além do ministério no governo Lula.

Os conhecimentos aprofundados do Professor Emérito sempre o transformaram em um especialista acima das políticas e das ideologias. Ele é respeitado tanto na direita quanto na esquerda, e foi um dos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do agronegócio no país. Gosta de dizer que, apesar da crise econômica que assola o país, nenhum dos 14 milhões de desempregados vem do agronegócio.

 

*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

 

A proteção das empresas em Recuperação Judicial

Brenda Louise Oliveira Morastoni

*Advogada na Wilhelm & Niels Advogados Associados

Apesar do amparo legal para as empresas que vêm ultrapassando o desespero de uma grave crise econômico-financeira, ocorre efetiva desinformação sobre as soluções aplicáveis para o seu soerguimento.

Uma importante oportunidade vem destacada na Lei n. 11.101/2005 – Lei de Recuperação de Empresas e Falência, trazendo alterações significativas à extinta denominação “concordata”, de 1945.

Dentre os benefícios, cita-se: a readequação do capital de giro; maximização da rentabilidade; negociação com os credores; prazos elastecidos para pagamento; juros diferenciados, entre outras medidas intimamente ligadas ao princípio da Preservação da Empresa, disposto no artigo 47 da Lei.

Entretanto, como exemplo, diversos contratos privados preveem cláusulas que determinam a rescisão contratual, no momento em que uma das partes venha pedir auxílio ao Judiciário para valer-se de um plano de reorganização.

Nestes casos, as cláusulas operam mesmo que não haja inadimplência dos ditames contratuais e, apesar da manifestação de vontade das partes contratantes, não perpassam a necessidade de intervenção do Judiciário, relativizadas para o interesse público, quando há incidência direta na atividade produtiva empresarial.

Tais decisões demonstram o principal propósito da Lei de Recuperação, a oportunidade de vencer as dificuldades e dar continuidade a função social exercida para a coletividade na geração de recursos e de renda.

Desta forma, caso a sua empresa esteja em crise, procure uma assessoria jurídica especializada e tenha o amparo necessário para a implementação dos objetivos estratégicos, valendo-se de um plano de reorganização e a protegendo das implicações de uma possível falência.