A Argentina fechou acordo com o Banco do Povo da China para ampliar o swap cambial de US$ 1,7 bilhão que lhe permitirá, junto com um desembolso do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), pagar US$ 2,7 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), informou o governo nesta segunda-feira (31).

O ministro da Economia, Sergio Massa (foto), disse que 20 dos 21 países membros de toda a comunidade latino-americana aprovaram um desembolso de US$ 1 bilhão que permitirá concluir o pagamento sem utilizar as escassas reservas de dólares do país no Banco Central (BC).

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“Nosso desafio é continuar cuidando das reservas, mantendo o nível de atividade e as importações de bens intermediários e finais que são fundamentais para o funcionamento e produção da economia argentina”, explicou.

O país enfrenta uma forte crise econômica, com inflação projetada em torno de 140%, déficit fiscal e queda das reservas em seu Banco Central. A escassez de dólares foi agravada este ano por uma seca histórica que causou prejuízos de cerca de US$ 20 bilhões.

Na sexta-feira (28), o país anunciou que chegou a um acordo com o FMI para desbloquear US$ 7,5 bilhões no âmbito da quinta e sexta revisões do programa de US$ 44 bilhões.

O acordo, que ainda precisa da aprovação da diretoria do Fundo, relaxa alguns requisitos do programa porque uma seca devastadora criou uma situação econômica “muito desafiadora” na Argentina, fazendo com que o país deixasse de cumprir algumas metas financeiras estabelecidas no final de junho.

Para combater a inflação e sustentar a demanda por pesos, o FMI exigiu das autoridades que assegurem que as taxas de juros permaneçam “suficientemente positivas em termos reais”.

Por outro lado, estabeleceu uma meta de acúmulo de reservas mais gradual, com um objetivo de cerca de US$ 1 bilhão até o final de 2023, em comparação com a meta anterior de US$ 8 bilhões estabelecida em março.

Ele também concordou com a Argentina em reduzir a demanda por importações com novos impostos para produtos importados e fortalecer o controle sobre os gastos. O FMI manteve a meta de déficit fiscal primário de 1,9% inalterada para 2023.

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Fonte Agência Brasil – Read More