2021, aponta balanço da ABF

• No 1º trimestre, receita apresentou queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado

• Estudo aponta que há segmentos que continuam crescendo, como Casa e Construção, Saúde, Beleza e Bem-Estar, Limpeza e Conservação e Serviços e Outros Negócios

• Unidades home based passaram a representar mais de 10% dos pontos comerciais

• Redes iniciam o ano com maior ritmo de expansão

A Pesquisa de Desempenho do setor de franquias no primeiro trimestre deste ano realizada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising revela que o setor continua buscando alternativas para minimizar os impactos da pandemia e voltar a crescer em 2021. De janeiro a março, comparado a igual período de 2020, o faturamento recuou 4%, passando de R﹩ 41,537 bilhões para R﹩ 39,881 bilhões. Analisando o intervalo de 12 meses – período integralmente impactado pela pandemia -, o setor registrou uma queda de 11,4% em sua receita. Os dados indicam que os reflexos econômicos e sociais permanecem na medida em que a pandemia ainda atinge fortemente o País, impondo restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento dos shoppings e do comércio não essencial. O ambiente instável, a queda dos índices de confiança do empresariado e dos consumidores e a vacinação em ritmo insuficiente também são fatores que concorreram para este resultado.

Para André Friedheim, presidente da ABF, “assim como os demais setores da economia, o franchising continua sentindo os impactos da pandemia, porém, estruturado e resistente como é, luta bravamente para amenizar as perdas. É preciso que a vacinação em massa da população acelere para que não sejam necessárias novas medidas restritivas que dificultem o funcionamento dos negócios. Além disso, é preciso também que sejam mantidas e ampliadas as políticas de crédito às empresas em geral, mas especialmente às micro e pequenas, que são as que mais geram emprego e renda no País, além das políticas sociais, como a concessão do Auxílio Emergencial, as reformas estruturais entre outras ações que estimulem a economia e promovam o crescimento sustentável do Brasil”.

A ABF também não mediu esforços nos últimos 12 meses para minimizar os impactos da pandemia sobre o setor: firmou dois convênios com a CAIXA para linhas de crédito e condições especiais em produtos; auxiliou redes e seus franqueados no acesso ao PRONAMPE; contratou parecer jurídico referente a não aplicabilidade do IGP-M no reajuste dos aluguéis; combateu aumentos súbitos de impostos; digitalizou a quase totalidade de suas atividades; adaptou sua agenda de capacitação para temas urgentes relativos à pandemia, além de manter intensa articulação em várias esferas do poder público no sentido de promover um melhor ambiente de negócios no Brasil e buscar mecanismos de mitigação das políticas de distanciamento social.

Expansão ganha mais ritmo

De acordo com a pesquisa, as redes de franquia continuaram expandindo, mesmo com o cenário não tão favorável. No primeiro trimestre de 2021, foram abertas 3,3% mais unidades – contra 2,3% no mesmo período do ano passado – e fechadas 1,4%, resultando num saldo positivo de 1,9%. No 1º TRI de 2020, o saldo havia sido de 1,0%. Já os repasses se mantiveram praticamente estáveis, passando de 0,6% das operações em 2020 para 0,5% em 2021.

“Atribuímos este quadro ao maior otimismo dos empreendedores e redes no último trimestre de 2020 – o que se traduziu em inaugurações no primeiro trimestre – e a falta de perspectivas no mercado de trabalho, o que leva muitos profissionais a empreender. O juro básico da economia em níveis historicamente baixos também é fator muito importante, que leva investidores a buscarem taxas de retorno mais interessantes na economia real”, explica André Friedheim.

O Portal do Franchising, principal canal digital de franquias no Brasil, registrou dados interessantes em relação a este movimento. Mais jovens entre 18 e 24 anos estão se interessando pelo setor, tanto que o volume de buscas por parte desta faixa saltou de 10,2% para 21,3%, ou seja, mais que dobraram as buscas desse público entre janeiro de 2019 a março de 2020, e deste mesmo mês e ano a maio de 2021. Por outro lado, potenciais investidores mais maduros, com mais de 65 anos, também realizaram mais buscas por franquias no Portal, passando de 3,1% para 4,7% em igual período, com uma variação de 52,5%. Outro dado importante é que cresceu o número de cadastros de empreendedores interessados em franquias com investimento entre R﹩ 100 e R﹩ 200 mil, que agora representam cerca de 16% dos cadastrados.

Segmentos mantêm crescimento

Alguns segmentos permanecem em alta na pandemia, é o que indica a pesquisa. No trimestre, Casa e Construção continuou crescendo muito acima da média. O segmento registrou uma alta de 36,5%, beneficiado por fatores como a maior demanda por reparos, manutenções e reformas, com a permanência das famílias em casa e o aumento do trabalho em home office e aulas a distância. A seguir destacaram-se Saúde, Beleza e Bem-Estar (+12,7%) e Limpeza e Conservação (+6,6%), favorecidos, por exemplo, por suas operações realizarem atividades consideradas essenciais, pela maior procura do público por procedimentos estéticos e de sanitização de ambientes, respectivamente. Serviços e Outros Negócios (+6,1) também experimentou aumento de movimentação, alavancado pelas áreas de meios de pagamento e serviços digitais. Impactados pelas medidas restritivas, os segmentos de Hotelaria e Turismo e Entretenimento e Lazer continuam sendo os mais atingidos.

Cresce Home Based

Apesar do cenário ainda desafiador, o setor de franquias tem evidenciado seus pontos fortes. A diversidade de modelos de negócios possibilita que as franquias se adaptem à realidade econômica do país. Nesse sentido, o estudo da ABF apontou um crescimento expressivo das unidades Home Based (enxutas, que dispensam ponto comercial), subindo sua participação de 7,1% para 10,3%. A localização das unidades de franquias em espaços não tradicionais é uma tendência em alta também indicada na pesquisa. O item “Outros”, que reúne pontos dentro de empresas, prédios corporativos e residenciais, e postos de combustíveis, por exemplo, tiveram um crescimento de 3,1% para 8,2% no período analisado.

“Vínhamos acompanhando este movimento há algum tempo, mas agora nossos números o evidenciaram com mais força. De fato, as franquias home based são opção de renda com menor investimento inicial e que não são tão atingidas pelas políticas de distanciamento social. Depois desta experiencia concentrada, este nicho tem tudo para continuar crescendo, embalado também nos serviços digitais ainda mais variados e amplos que apareceram durante a pandemia”, afirma o presidente da ABF.

Estratégias para contornar os efeitos da pandemia

Muitas redes implantaram estratégias e colocaram em prática diversas ações para contornar os efeitos da pandemia. O levantamento da ABF indicou que as mais adotadas foram: Unidades operando apenas com entregas e Orientações e treinamentos sobre a Covid-19 (94%); Entrega de serviços online (92%); E-commerce e vendas online (88%) e Formação de comitê de crise (85%). “A quase totalidade das redes está agindo, mostrando o dinamismo do setor e sua rápida capacidade de reação e adaptação à realidade. Notamos também que ações de implantação imediata como Suspensão de Royalties e Fundo de Marketing não são mais relevantes após um ano de pandemia, o que dá espaço para ações estruturadas como desenvolvimento de produtos, novos canais de comercialização e inovação. Vamos sair desta crise ainda mais maduros, com redes fortificadas e mais digitais”, conclui Friedheim.

Metodologia

A Pesquisa de Desempenho do Franchising referente ao 1º trimestre de 2021 envolveu uma base amostral com redes respondentes que representam cerca de 29,2% das unidades e 32,0% do faturamento. Abrangendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.

Projeção indica crescimento de até 7,6% do PIB paulista em 2021

PIB de São Paulo cresce quase 2% no primeiro trimestre, mesmo com pandemia. Secretário Henrique Meirelles destaca que o resultado é consequência da vacinação

O Governador João Doria e o Secretário da Fazenda e Planejamento Henrique Meirelles anunciaram, nesta quarta-feira (9), que o PIB do Estado de São Paulo cresceu quase 2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último de 2020, de acordo com dados da Fundação Seade.

Os resultados positivos elevam as projeções de crescimento do PIB para 2021. Segundo a Fundação Seade, São Paulo deve crescer acima de 6% este ano, podendo ir a 7,6%.

“Os números da Fundação Seade indicam que a economia de São Paulo cresceu quase 2% no primeiro trimestre de 2021, diante de um crescimento nacional de 1,2%. São Paulo cresceu, portanto, neste primeiro trimestre, quase o dobro do crescimento do Brasil”, afirmou Doria.

Henrique Meirelles destacou que o resultado é consequência do ritmo de vacinação. “O programa de vacinação do Estado de São Paulo tem sido fundamental para a economia. A queda dela no ano passado, deu-se como resultado da pandemia, mas hoje ela está subindo, não só como resultado da vacinação já ocorrido, mas, principalmente, da perspectiva de vacinação acelerada da população”, disse.

O resultado mostra que se mantém a tendência de aceleração de São Paulo. Em 2020, enquanto o PIB brasileiro recuou 4,1%, em linha com a economia mundial, São Paulo cresceu 0,3%, mesmo sob os efeitos da pandemia causada pelo coronavírus.

Nos primeiros quatro meses deste ano, São Paulo cresceu 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao se observar apenas o mês de abril deste ano, o crescimento foi de 18,9% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o PIB+30, outro indicador da Fundação Seade.

“São Paulo mostra que é possível fazer mais. A economia paulista deu mais um sinal de força ao se expandir mesmo em meio à pandemia”, completou Meirelles.

Já podemos sonhar com a valorização do real?

Por Vanessa Blum Colloca, economista pela PUC-SP, diretora da corretora de câmbio Getmoney e especialista em câmbio e mercado financeiro pela FGV e pela ABRACAM (Associação Brasileira de Câmbio)

A taxa de câmbio do dólar está mesmo caindo. É cedo para prever o dólar despencando, mas já estamos caminhando para uma valorização do real.

A mega depreciação do real, de 30% em 2020, não será revertida, porém, vai se valorizar aos poucos. As exportadoras voltaram a fechar contratos de câmbio e deram início a um processo de redução de caixa mantido no exterior. 

Por falar em fatores responsáveis, podemos citar a Petrobras, que tirou do mercado o equivalente a US$ 7,8 bilhões. As operações da companhia geraram grande pressão no câmbio, mas essa pressão deve estar no final, porque havia o compromisso de baixar sua dívida a US$ 60 bilhões neste ano. 

Em se tratando de juros, o juro real no Brasil foi um dos motivos de sustentação do dólar e da retenção de moeda estrangeira por exportadores no exterior. Entretanto, essa taxa de juro é incompatível com o problema fiscal brasileiro.

O juro real brasileiro está muito distante do risco fiscal que o Brasil oferece a médio prazo. Mas, falando de Brasil em tempos de covid, devemos ficar atentos, pois qualquer deslize interno, seja na condução da vacinação, seja na questão fiscal ou administrativa, podemos voltar a ter o real desvalorizado.

Por enquanto, ficamos mesmo com a volatilidade da moeda que patina de acordo com as notícias internas e externas.

Repasse de ICMS de junho deposita R$ 275 milhões aos municípios paulistas

A estimativa da Secretaria da Fazenda e Planejamento é que sejam destinados R$ 3,07 bilhões às prefeituras neste mês

O Governo do Estado de São Paulo deposita, nesta terça-feira (8), R$ 275,41 milhões em repasses de ICMS aos 645 municípios paulistas. O depósito realizado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento é referente ao montante arrecadado entre os dias 31/5 ao dia 4/6.

Os valores correspondem a 25% da arrecadação do imposto, que são distribuídos às administrações municipais com base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade.

Em junho, a estimativa é transferir às prefeituras o total de R$ 3,07 bilhões em repasses de ICMS. Os depósitos semanais são realizados sempre até o segundo dia útil de cada semana, conforme prevê a Lei Complementar nº 63, de 11/01/1990.

As consultas dos valores podem ser feitas neste link Acesso à Informação > Transferências de Recursos > Transferências Constitucionais a Municípios .

Nos primeiros cinco meses de 2021, a Secretaria da Fazenda e Planejamento depositou R$ 14,21 bilhões aos municípios paulistas.

Agenda Tributária

Os valores semanais transferidos aos municípios variam em função dos prazos de pagamento do imposto fixados no regulamento do ICMS. Dependendo do mês, pode haver até cinco datas de repasses. As variações desses depósitos oscilam conforme o calendário mensal, os prazos de recolhimento e o volume dos recursos arrecadados. A agenda de pagamentos está concentrada em até cinco períodos diferentes no mês, além de outros recolhimentos diários, como por exemplo, os relativos à liberação das operações com importações.

Índice de Participação dos Municípios

Os repasses aos municípios são liberados de acordo com os respectivos Índices de Participação dos Municípios, conforme determina a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Em seu artigo 158, inciso IV, está estabelecido que 25% do produto da arrecadação de ICMS pertencem aos municípios, e 25% do montante transferido pela União ao Estado, referente ao Fundo de Exportação (artigo 159, inciso II e § 3º).

Os índices de participação dos municípios são apurados anualmente (artigo 3°, da LC 63/1990), para aplicação no exercício seguinte, observando os critérios estabelecidos pela Lei Estadual nº 3.201, de 23/12/81, com alterações introduzidas pela Lei Estadual nº 8.510, de 29/12/93.

Crise hídrica preocupa os produtores paulistas

Seca decorrente da falta de chuvas exige mais atenção
do produtor rural, indica Faesp. Situação precisa ser
analisada por autoridades de modo a minimizar o
impacto no setor produtivo e alta no preço dos alimentos

Autoridades devem estudar meios de amenizar os impactos da falta de água no setor produtivo e alta no preço dos alimentos. “O avanço da crise hídrica e as incertezas quanto ao aumento na conta de energia acenderam novo alerta para os agropecuaristas paulistas”, destaca Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).

O agronegócio oferece relevante sustentação ao PIB e à balança comercial e garante o abastecimento da população sem interrupções, mesmo com tantos desafios, como a instabilidade de clima e aumento do custo da energia. “Em 2020, fomos responsáveis por um volume bruto de produção de R$ 1,7 trilhão”, revela Meirelles.

A preocupação com a crise hídrica faz redobrar a atenção com o uso de água e sua distribuição no campo, para que o abastecimento não seja interrompido ou fique refém das altas taxas de energia. “Os reajustes batem na cadeia produtiva e se estendem ao consumidor, que é quem compra carne no açougue e o arroz e feijão no mercado e fica com a conta final. A crise hídrica deve ser observada com atenção pelas autoridades e medidas deverão ser tomadas, como a revisão das altas taxas de energia, por exemplo, para não causar o encarecimento dos alimentos”, explica Meirelles.

Na contracorrente da pandemia, o campo mantém o ritmo de modernização e busca superar os obstáculos do novo normal. “A inclusão digital é muito importante para o agricultor durante a pandemia”, diz o presidente da Faesp. “Por isso, estamos nos modernizando, discutindo métodos de irrigação e ampliando a utilização de energia fotovoltaica. Defendemos o uso consciente e responsável da água e energia justamente para otimizar as operações agrícolas e melhor aproveitar cada cultura”, comenta.

A Faesp promove as boas práticas do uso da água e vem realizando esforços para tornar a tecnologia mais acessível aos produtores paulistas. Nesse sentido, desenvolve comunicação assertiva com os sindicatos rurais, de modo a aperfeiçoar as atividades de irrigação, além de outras modernidades, visando garantir maior produção para o agropecuarista.

“O planejamento dentro da porteira é essencial, mas as autoridades precisam estar atentas e oferecer apoio para amenizar o impacto da seca, falta de chuva que, somados à crise energética, poderão atrasar a próxima safra”, finaliza Meirelles.

Inteligência no campo
Segundo a Faesp, a irrigação inteligente com tubulações subterrâneas para gerar o gotejamento de forma localizado é capaz de fornecer água a um perímetro delimitado sem desperdícios. A atividade ajuda a otimizar a plantação a obter melhores resultados garantir o escoamento certeiro da água para as raízes das plantas, garantindo maior absorção da água e eliminando desperdícios.

Outra tecnologia encontra no céu a fonte de energia. A energia solar também vem se popularizando com os chamados sistemas fotovoltaicos que não substituem a energia elétrica, mas ajudam a reduzir os gastos. Segundo dados de 2020 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor rural responde por 13,2% da potência instalada no Brasil e os investimentos nas propriedades passam de R$ 1,7 bilhão.

Franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar crescem 12,3% no 1º trimestre de 2021

Segmento se beneficia do momento pois muitos aproveitam a quarentena para realizar procedimentos mais invasivos

A Pesquisa de Desempenho do setor de franquias no primeiro trimestre deste ano realizada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising revela que o setor continua buscando alternativas para minimizar os impactos da pandemia e voltar a crescer em 2021. De janeiro a março, comparado a igual período de 2020, o faturamento recuou 4%, passando de R$ 41,537 bilhões para R$ 39,881 bilhões. Analisando o intervalo de 12 meses – período integralmente impactado pela pandemia -, o setor registrou uma queda de 11,4% em sua receita.

Mas mesmo com todas as dificuldades, o estudo aponta que um dos segmentos que mais chamou a atenção foi o de Saúde, Beleza e Bem-Estar por apresentar um bom desempenho no faturamento. Segundo a entidade, o segmento registrou desempenho positivo de crescimento de 12,7% e de 3,6% em número de unidades no 1º tri de 2021.

O segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar foi beneficiado pelo fato de haver uma demanda ainda reprimida, pela decisão de parte dos pacientes em aproveitar a quarentena para realizar procedimentos mais invasivos, a acentuação do desejo de bem-estar mesmo em um contexto tão delicado e o redirecionamento de recursos que seriam utilizados para outros fins, como viagens e outras atividades sociais restritas nesse período.

“As franquias de Saúde e Beleza demonstraram grande resiliência e agilidade. As marcas se digitalizaram, criaram produtos e pacotes e, acima de tudo, mantiveram o relacionamento com franqueados e os consumidores. É importante destacar também o crescimento de serviços essenciais por meio do franchising, como odontologia, oftalmologia, clínica geral e cuidados com idosos que tiveram mais uma vez seu valor e potenciais reconhecidos mesmo com o mercado passando por tantas transformações”, afirma Thais Ramos, coordenadora do Comitê de Saúde e Beleza da ABF.

Confira abaixo redes que mesmo com restrições da pandemia, inovaram e conseguiram expandir suas operações.

Mesmo com a pandemia, a Oral Sin é líder no segmento de implantes dentários no Brasil, bateu recordes de performance e cresceu 26%, com mais de 350 unidades comercializadas. O crescimento desse nesse período se deve principalmente ao suporte da franqueadora. A Oral Sin aproveitou o momento para buscar novas ferramentas on line e atender melhor seus parceiros e os clientes. A rede intensificou o uso de Chatbout, através da plataforma Cloudia onde o robô complementa esse atendimento nas situações em que não é possível oferecer o atendimento humano, como fora de horário comercial e nos fins de semana.

Alem disso houve um trabalho de tele orientação com o cliente e futuro paciente, com o esclarecimento de dúvidas sobre saúde bucal, sobre as idas as clínicas, cuidados pré e pos cirúrgicos. Foram feitas cartilhas, vídeos ilustrativos para esclarecer a população sobre os cuidados. Foram feitos inúmeras lives com dentistas explicando a importância da mastigação entre outros assuntos relacionados a saúde bucal.

A rede Royal Face, pioneira em harmonização facial, está investindo forte com o diferencial o diferencial de oferecer condições facilitadas de pagamento, democratizando o acesso de todos com um atendimento de qualidade, eficiente e humanizado com o Carnê da Beleza.

A Royal Face já realizou mais de 155 mil procedimentos, beneficiando mais de 100 mil clientes. Atualmente, a marca está presente em 15 estados com 100 unidades inauguradas e com outras 130 em fase de implantação, com operações em todas as regiões do Brasil.

O crescimento nesse período se deve principalmente ao suporte da franqueadora. A Royal Face aproveitou o momento para buscar novas ferramentas on line e atender melhor seus parceiros e os clientes. Triplicaram a quantidade de conteúdo da plataforma EAD e ofereceram todo o suporte aos franqueados ajudando-os na melhora dos resultados. “Acompanhamos diariamente os resultados das nossas franquias, ajudando-os a traçar planos de ação para que saiam vencedores da pandemia. Entendemos que o atual momento deve ser visto como uma oportunidade aos nossos interessados para realizar um investimento em um negócio de sucesso como a Royal Face”, destacou Mauri Torres, diretor de expansão da marca.

Empresas de tecnologia se destacam no crescimento do PIB brasileiro e miram crescimento ainda maior até o fim do ano

A soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos pela economia brasileira no primeiro trimestre teve alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O resultado do PIB, divulgado nesta terça-feira (1º) pelo IBGE, levou a economia brasileira de volta ao patamar em que estava antes da pandemia da Covid-19. Entre os números positivos, como exportações (3,7%), investimento em capital fixo (4,6%), indústria da transformação (5,6%) e produção agropecuária (5,7%), está o setor da Tecnologia da Informação e Comunicação, que cresceu 5,5% no primeiro quarter do ano, frente ao mesmo período do ano anterior. Muito desse crescimento se explica pela necessidade de uma relação cada vez mais digital entre marca e consumidor, uma vez que o comércio eletrônico cresceu muito com o distanciamento social.

Na carona dessa nova tendência, a Alana AI, startup de Inteligência Artificial focada em marketing digital, criada em 2015 com o objetivo de automatizar o atendimento e a comunicação, triplicou sua receita desde o início da pandemia. E, este ano, a expectativa é avançar ainda mais, chegando a R﹩25 milhões em captação de recursos – sendo R﹩10 milhões no Brasil e R﹩15 milhões em países da América Latina de língua espanhola, além de dobrar o número de funcionários ao redor do mundo. A startup já soma mais de R﹩20 milhões captados em diferentes rounds de investimentos estrangeiros, como Distrito, Morro Ventures e GAA Investments, o que permitiu sua expansão para a América Latina e o desenvolvimento da melhor inteligência artificial para marketing e customer experience.

Crescendo com qualidade
No último ano, a inteligência artificial Alana já respondeu mais de 570 mil interações nos diferentes canais e redes sociais das mais de 50 marcas que atende, como Coca-Cola, Nivea, Johnnie Walker e Polishop. Com respostas a um nível de precisão de 99,7%, a solução digital da Alana aumentou a velocidade média de resposta em 23 vezes e a taxa de feedbacks positivos em 42 vezes – considerando uma média entre todas as marcas ativas. Isso se dá, principalmente, pelo fato da Alana já ter nascido em português (e recriada em espanhol), diferentemente da maioria das soluções do segmento, que são traduzidas do inglês.
“Com a missão de facilitar o cotidiano e atender nossas necessidades enquanto consumidores, grandes marcas começaram a enxergar o cliente por novos ângulos e entenderam que o segredo para o sucesso seria conhecer mais a fundo este novo consumidor. Diante do cenário, empresas passaram a alinhar inteligência artificial às suas estratégias de marketing”, afirma Marcel Jientara, CEO da Alana AI.

E as expectativas não param por aí. Segundo estudo da IDC Brasil, que antecipa tendências e movimentos de mercado, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação deve fechar o ano com crescimento de 7%.
Empresa de Life Science aponta crescimento de 75% na venda de insumos e produtos de laboratórios no primeiro trimestre de 2021

A Eppendorf, empresa alemã de biotecnologia com foco em Life Science, aponta um crescimento expressivo na comercialização de seus produtos na América Latina durante os primeiros meses de operação em 2021. Em especial, na busca de produtos relacionados a diagnóstico e pesquisa de Sars-CoV-2. “A estimativa inicial era de que no primeiro quarter do ano, a curva da Covid estivesse reduzida e, infelizmente, isso não aconteceu. Os números cresceram e parece que a gravidade da doença também aumentou, provavelmente devido às novas variantes do vírus”, avalia Adriana Machado, gerente de marketing da empresa.

Na América Latina, a demanda por consumíveis plásticos cresceu 100% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outros itens da linha de instrumento de manuseio de líquidos cresceram em torno de 67%, enquanto que as microcentrífugas também tiveram aumento de mais de 100% na demanda. Estes itens são utilizados em laboratórios que trabalham com Sars-CoV-2, seja na detecção do vírus em exames de pacientes, seja na produção/estudos de vacina ou pesquisa com análises genéticas do vírus e suas atuais mutações.

A empresa, também abriu o semestre de 2021 significativamente fortalecida após a aquisição no último ano da japonesa Koki Holdings Co, Ltd, incluindo a marca premium Himac, uma das grandes marcas de centrífugas de alto desempenho, que está sendo lançada este mês no Brasil. Com o novo negócio, que contou com um acordo firmado em Tóquio, a empresa passa a fazer parte do Grupo Eppendorf AG como Eppendorf Himac Technologies. A multinacional alemã, sediada em Hamburgo, consolida sua posição de liderança no mercado, como um dos principais fabricantes mundiais de centrífugas de alta qualidade para os mercados de pesquisa científica, diagnóstico, bancos de sangue e indústrias.

“Com a aquisição da Himac teremos mais soluções em centrífuga de alta escala de volume, centrifugação em altas forças e seus consumíveis, e teremos um portfólio mais amplo aplicações de bioprocessos, terapia gênica, entre outras” conclui Adriana Machado, gerente de marketing da Eppendorf no Brasil.

PIB paulista cresceu 1,7% no primeiro trimestre

Para o Secretário Henrique Meirelles, o resultado apresentado pela Fundação Seade é sinal da força da economia do Estado de São Paulo

A Fundação Seade atesta o crescimento no PIB paulista no primeiro trimestre de 2021. De acordo com a fundação, o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de São Paulo cresceu 1,7% no trimestre encerrado em março, já descontados os efeitos sazonais.

Na comparação com o mesmo período de 2020, houve aumento de 5,9%, enquanto no acumulado dos quatro trimestres em relação aos quatro trimestres anteriores, o crescimento foi de 1,5%. Já em relação ao desempenho dos setores no acumulado dos últimos quatro trimestres, os serviços cresceram 2,7%, a indústria expandiu 0,5% e a agropecuária recuou 1,4%.

Para o Secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, o resultado do PIB paulista é mais um sinal da força da economia do Estado de São Paulo, que se expandiu mesmo em meio à segunda onda da pandemia. “O Estado cresceu 6% desde 2019, enquanto o Brasil volta para onde estava. São Paulo mostra que é possível fazer mais”, diz Meirelles.

PIB Mensal

Entre os meses de fevereiro e março, a economia paulista recuou 0,5% com evolução positiva nos setores da agropecuária (23,1%) e indústria (0,4%) e decréscimo de -0,1% nos serviços.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o PIB apresentou acréscimo de 9,0% com aumento na indústria (16,3%), nos serviços (7,6%) e na agropecuária (1,4%).

Projeções 2021

Com base no desempenho da atividade econômica no início do ano, houve uma revisão para cima das projeções para o PIB paulista em 2021, que agora situam-se entre 4,7% e 7,6%, com média de 6,0%.

As projeções para a economia brasileira não sofreram alterações, com mínima de 3,6%, máxima de 3,9% e média de 3,8%.

Agronegócio continua puxando a economia

Dados do primeiro trimestre demonstram que o setor segue dinâmico, garantindo a produção, o abastecimento interno e a exportação de commodities

Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), ao analisar os dados do PIB do primeiro trimestre, divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 1º de junho, salientou que o setor, com avanço de 5,7% em 12 meses, continua sendo o principal motor de expansão da economia brasileira neste momento da crise.

O crescimento geral foi de 1,2% no primeiro trimestre de 2021, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1%.

“Os números deixaram clara a importância do agronegócio. O setor havia sido o único que cresceu em 2020, evoluindo 2% em relação a 2019. Todos os demais recuaram, culminando com retração total de 4,1%”, observa Meirelles, acrescentando: “Sem a agropecuária, as consequências seriam mais danosas para o desemprego, investimentos e a balança comercial. Neste último aspecto, cabe salientar a importância da atividade para que o Brasil tivesse superávit de U$ 50,9 bilhões. Nas exportações, comparando ao ano anterior, o agronegócio teve expansão de 6%, ante quedas de 2,7% na indústria extrativa e 11,3% da manufatura”.

O presidente da Faesp salienta que, na conjuntura gravíssima da Covid-19, o setor agropecuário manteve nível razoável de crescimento, contribuindo para amenizar os impactos negativos e para que os brasileiros não ficassem sem alimentos, não faltassem insumos industriais e biocombustíveis. “Produtores rurais e trabalhadores do campo reiteraram sua capacidade de trabalho e resiliência, mantendo o abastecimento e a produção de insumos e commodities, estas fundamentais para as exportações e superavit na balança comercial”.

Cabe enfatizar, também, os significativos ganhos de produtividade da agricultura brasileira. Nos últimos 40 anos, enquanto a área plantada aumentou 33%, a produção agrícola nacional registrou crescimento bem maior: 386%. “Isso significa que o País produziu muito mais, teve ganhos de produtividade e eficiência, poupando área agricultável”, conclui Meirelles.

PIB do primeiro trimestre mostra que indústria é crucial para retomada

Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), ao analisar dados do PIB do primeiro trimestre, divulgados hoje (1 de junho) pelo IBGE, disse que a recuperação do Brasil dependerá muito do fomento do setor. “Embora seja animador o crescimento de 1,2% em relação a igual período de 2020 e 1% na comparação com os três meses imediatamente anteriores, poderíamos ter avançado mais no nível de atividade, se a competitividade do segmento fabril fosse maior”.

No primeiro trimestre, quando o PIB totalizou R﹩ 2,048 trilhões, a expansão da indústria foi de 0,7%, à frente dos serviços (0,4%), mas muito abaixo da agropecuária, que cresceu 5,7%. “Essa grande diferença com o importante setor do agronegócio revela como a indústria tem sido apenada em sua competitividade. Representa 11% do PIB nacional, mas recolhe um terço de todos os impostos”, compara Cervone, acentuando que a questão tributária é uma das principais barreiras enfrentadas pelo setor, além da insegurança jurídica, dificuldades de acesso ao crédito e legislação trabalhista antiquada, dentre outros fatores.

Cervone enfatiza que a indústria, exatamente por ter as soluções tecnológicas e de processos essenciais à recuperação da economia mundial, torna-se o novo epicentro da disputa entre as grandes economias. Nesse sentido, citou o diferimento e/ou postergação de impostos para as fábricas no âmbito da União Europeia e a liberação de US﹩ 300 bilhões para o setor pelo Governo Biden, nos Estados Unidos. “Aqui no Brasil, continuamos enfrentando muitos obstáculos à competitividade industrial, que é decisiva para que possamos nos recuperar da crise da Covid-19 e voltar a crescer em patamares elevados”, conclui.