Prefeitos de SP estão na mira da Lei de Responsabilidade Fiscal

Arrecadação abaixo do previsto ou indícios de comprometimento da gestão orçamentária fez acender o sinal de alerta para 76% dos municípios paulistas, de acordo com comunicado publicado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), no dia 21. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, tanto uma situação quanto a outra configura improbidade administrativa e crime de responsabilidade, tornando os gestores sujeitos a penas e, inclusive, pagamento de multas.

Para o economista Walter Penninck Caetano, diretor da Conam – Consultoria em Administração Municipal, a pandemia agravou ainda mais a situação financeira dos municípios. E pelo ritmo da vacinação no país, a recuperação da economia deve demorar um pouco mais do que se esperava. “A verdade é que os prefeitos ainda terão muito trabalho pela frente e precisarão ser eficientes no enfrentamento das raízes dos problemas econômicos e financeiros que enfrentam”, diz o economista.

Para Caetano, há velhos problemas de gastos correntes excessivos que ainda não foram devidamente encarados, e a evolução das receitas não acompanha. “Fundamentalmente são gastos com pessoal e uma previdência municipal em franco desequilíbrio requerendo aportes crescentes por parte do tesouro local comprometendo a entrega de serviços e de investimentos aos cidadãos”, explica o economista da Conam.

Para ele, no entanto, dada a diversidade de condições dos nossos municípios, como a posição geopolítica e econômica, a inserção no plano regional e as características físicas e sociais, fica difícil enumerar as medidas que cada gestor deve adotar para chegar a uma solução. “A base é conhecer com profundidade sua realidade por meio de um diagnóstico bem elaborado para só então formular as políticas mais adequadas”, conclui o economista.

As contas analisadas pelo TCESP são referentes ao primeiro bimestre de 2021.

Sobre a Conam – No mercado há 40 anos, a Conam – Consultoria em Administração Municipal conta com uma equipe de mais de 200 colaboradores e profissionais altamente qualificados. A empresa atende atualmente a mais de 120 entidades governamentais entre Prefeituras, Autarquias, Fundações e Câmaras Municipais nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.

Prefeituras recebem R$ 1,2 bilhão no terceiro repasse de ICMS de maio

Com depósito realizado nesta terça-feira, o valor destinado aos municípios neste mês sobe para R$ 2,27 bilhões

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Fazenda e Planejamento, transfere, nesta terça-feira (25), R$ 1,24 bilhão aos caixas dos 645 municípios paulistas. O deposito é referente ao montante de ICMS arrecadado entre 17 a 21 de maio. Os valores correspondem a 25% da arrecadação do imposto, que são distribuídos às administrações municipais com base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade.

Os municípios já haviam recebido R$ 1,03 bilhão nos repasses anteriores, realizados em 11/5 e em 18/5, relativos às arrecadações dos períodos de 3 a 7/5 e de 10/5 a 14/5. Com os depósitos efetuados hoje, o valor acumulado distribuído às prefeituras em maio sobe para R$ 2,27 bilhões.

Os depósitos semanais são realizados por meio da Secretaria da Fazenda e Planejamento sempre até o segundo dia útil de cada semana, conforme prevê a Lei Complementar nº 63, de 11/01/1990. As consultas dos valores podem ser feitas neste link Acesso à Informação > Transferências de Recursos > Transferências Constitucionais a Municípios .

De janeiro a abril deste ano, a Secretaria da Fazenda depositou R$ 11,37 bilhões aos municípios paulistas.



Agenda Tributária

Os valores semanais transferidos aos municípios variam em função dos prazos de pagamento do imposto fixados no regulamento do ICMS. Dependendo do mês, pode haver até cinco datas de repasses. As variações desses depósitos oscilam conforme o calendário mensal, os prazos de recolhimento e o volume dos recursos arrecadados. A agenda de pagamentos está concentrada em até cinco períodos diferentes no mês, além de outros recolhimentos diários, como por exemplo, os relativos à liberação das operações com importações.


Índice de Participação dos Municípios

Os repasses aos municípios são liberados de acordo com os respectivos Índices de Participação dos Municípios, conforme determina a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Em seu artigo 158, inciso IV, está estabelecido que 25% do produto da arrecadação de ICMS pertencem aos municípios, e 25% do montante transferido pela União ao Estado, referente ao Fundo de Exportação (artigo 159, inciso II e § 3º).

Os índices de participação dos municípios são apurados anualmente (artigo 3°, da LC 63/1990), para aplicação no exercício seguinte, observando os critérios estabelecidos pela Lei Estadual nº 3.201, de 23/12/81, com alterações introduzidas pela Lei Estadual nº 8.510, de 29/12/93.


Agenda Tributária


Os valores semanais transferidos aos municípios variam em função dos prazos de pagamento do imposto fixados no regulamento do ICMS. Dependendo do mês, pode haver até cinco datas de repasses. As variações desses depósitos oscilam conforme o calendário mensal, os prazos de recolhimento e o volume dos recursos arrecadados. A agenda de pagamentos está concentrada em até cinco períodos diferentes no mês, além de outros recolhimentos diários, como por exemplo, os relativos à liberação das operações com importações.



Índice de Participação dos Municípios


Os repasses aos municípios são liberados de acordo com os respectivos Índices de Participação dos Municípios, conforme determina a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Em seu artigo 158, inciso IV, está estabelecido que 25% do produto da arrecadação de ICMS pertencem aos municípios, e 25% do montante transferido pela União ao Estado, referente ao Fundo de Exportação (artigo 159, inciso II e § 3º).


Os índices de participação dos municípios são apurados anualmente (artigo 3°, da LC 63/1990), para aplicação no exercício seguinte, observando os critérios estabelecidos pela Lei Estadual nº 3.201, de 23/12/81, com alterações introduzidas pela Lei Estadual nº 8.510, de 29/12/93.

Defesa Civil Nacional vai repassar R$ 3,34 milhões a quatro municípios atingidos por desastres naturais

Cidades estão localizadas nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Pará

 O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) autorizou o repasse de R$ 3,34 milhões para municípios dos estados de Santa Catarina, São Paulo e Pará atingidos por desastres naturais.

As decisões foram publicadas na edição desta segunda-feira (24) do Diário Oficial da União.Atingida por chuvas intensas, a cidade de Santos, em São Paulo, vai receber R$ 2,3 milhões para a reconstrução de proteção de encosta no Morro São Bento, nas ruas Santa Marta e Santa Mercedes e na viela Florentino Diegues Gonçalves.Vítima de inundações, Oriximiná, no Pará, vai receber R$ 854,8 mil para a compra de kits de alimentação, limpeza, higiene pessoal e dormitório.

Os municípios catarinenses de São João Batista e de Arvoredo também foram contemplados pela ajuda da Defesa Civil Nacional. Eles receberão, respectivamente, R$ 148,2 mil para a reconstrução de uma estrutura escolar danificada por vendaval e R$ 30 mil para a aquisição de combustível para enfrentamento à estiagem.


Situação de emergênciaPara solicitar os recursos federais destinados a ações de Defesa Civil, os estados e municípios afetados por desastres naturais devem ter decretado situação de emergência ou estado de calamidade pública. Em seguida, o reconhecimento federal deve ser solicitado ao MDR, por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

O pedido deve atender os critérios da Instrução Normativa n. 36/2020.Após a publicação do reconhecimento federal por meio de portaria no Diário Oficial da União (DOU), o estado ou município pode solicitar recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados pelo desastre. Com base nas informações enviadas por meio do S2iD, a equipe técnica da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a especificação do valor a ser liberado.

Diminui estimativa da produção paulista de grãos, revela Faesp

Produção paulista deverá acompanhar a produção nacional quanto à redução da expectativa de produção de grãos. Estima-se queda de 273,8 milhões para 271,1 milhões de toneladas, em âmbito nacional, e de 9,9 milhões para 9,5 milhões, no contexto estadual. A análise foi feita pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com base no “8º Levantamento da Safra 2020/2021” da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), comparando com os dados da edição anterior.

Considerando esse cenário, a Faesp elaborou um relatório para mapear a produção de grãos da safra brasileira e sintetizar cada cultura paulista. “Fizemos esse esforço para acompanhar a safra brasileira de grãos e facilitar a comunicação de modo a conferir mais abrangência e transparência à divulgação desses dados”, afirma Fábio de Salles Meirelles, presidente da entidade. “Dessa forma, os produtores rurais e a sociedade poderão conferir uma fotografia da produção e compreender os índices com mais facilidade”, completa.

O relatório, intitulado “Acompanhamento da Safra Paulista de Grãos”, reúne análises do levantamento divulgado em maio de 2021, utilizando como subsídio as estatísticas da CONAB para a produção, área cultivada e a produtividade, com registro dos principais destaques da safra em curso para o Brasil e São Paulo.

A análise do relatório indica que o cenário brasileiro de grãos será impactado principalmente pela queda da produção de milho, chegando a 106,4 milhões de toneladas, ante 109 milhões do Levantamento anterior; desse total, 24,7 milhões de toneladas correspondem à primeira safra, 79,8 milhões de toneladas à segunda e 1,9 milhão de toneladas à terceira.

No Estado de São Paulo, a projeção de produção de milho recuou de 4,56 milhões de toneladas para 4,09 milhões, sobretudo pela diminuição na estimativa da segunda safra, que agora é 1,84 milhão de toneladas. Mesmo com a redução das estimativas, a produção de milho no Brasil deve crescer 3,73%, enquanto em São Paulo devemos ter uma retração de 2,68%, devido as condições climáticas que atrasaram o plantio da safra de verão e agora impactam também o desenvolvimento da lavoura de inverno.

Abril registra segunda pior performance econômica de microempresas

Pandemia, juros altos e auxílio emergencial menor, ajudaram a puxar o indicador para baixo

 A atividade econômica das microempresas e dos trabalhadores autônomos atingiu, em abril desse ano, o segundo pior resultado para o mês, desde 2015. A performance ruim foi apontada pelo Índice SumUp do Microempreendedor (ISM), desenvolvido pela SumUp, fintech de soluções financeiras diversificadas para microempreendedores e profissionais autônomos.

No mês passado, o índice ficou em 75,05 pontos, o que representa uma queda de 8,88% em relação a abril de 2020 e de 7,36% em comparação a março de 2021. A piora no indicador, aferido pelo ISM, pode ser atribuída à insegurança econômica devido, ainda, à pandemia do coronavírus, assim como pela redução no valor pago pelo auxílio emergencial e pelo aumento dos juros no País.

“O ISM funciona como um termômetro do mercado e da economia. Em abril, com o descontrole da pandemia, somado à redução do auxílio emergencial e o aumento dos juros, vimos, novamente, a piora no indicador, chegando a sua segunda menor marca para o mês, desde 2015”, explica Carlos Grieco, head de pagamentos da SumUp.

Criado para medir a atividade econômica, o ISM se baseia em dados de negócios de empreendedores informais, além de micro e pequenas empresas em todos os estados brasileiros e em mais de 30 ramos de atividades distintos.

“Em 2020, perdemos quase 9 milhões de postos de trabalho segundo o IBGE. Por isso, começamos 2021 com menos gente recebendo salário, o que levou a uma diminuição do consumo. Além disso, tivemos a volta das medidas restritivas e o fechamento do comércio. A conjuntura fez com que a atividade econômica recuasse, e mostrou que a economia não está se recuperando”, finaliza Renan Pieri, professor da Fundação Getúlio Vargas e responsável por elaborar o índice.

Arrecadação de Impostos cresce


A indústria, que representa 11% do PIB, mas paga um terço de todos os impostos, é a mais prejudicada pelos ônus tributários.

Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), ressaltou que a arrecadação da União de R﹩ 574 bilhões nos primeiros quatro meses de 2021, 13,94% maior do que no mesmo período de 2020, demonstra haver espaço para uma racionalização dos impostos, por meio de uma reforma tributária ampla. “Os dados divulgados hoje (20/05) pela Receita Federal evidenciam que, em plena pandemia, a sociedade e os setores produtivos seguem transferindo imenso volume de dinheiro ao Estado, sem a devida contrapartida em serviços e benefícios”.

Cervone também citou os dados específicos de São Paulo, onde a arrecadação federal, em abril, foi de R﹩ 63 bilhões, com acréscimo real de 38,76% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2021, a receita relativa aos contribuintes paulistas dos impostos da União foi de R﹩ 257,8 bilhões, o que significa 12,78% a mais do que nos primeiros quatro meses de 2020. “A arrecadação específica dos tributos estaduais também tem crescido, registrando valores recordes, mas, apesar disso, o Governo Dória majorou o ICMS este ano. A medida foi adotada por decreto, o que contraria a Constituição. Por isso, estamos lutando na Justiça para reparar o erro”, frisou o dirigente da FIESP/CIESP.

O setor mais afetado com excessiva carga de impostos é a indústria, que, embora represente 11% do PIB nacional, recolhe um terço do total no País. “Por isso, defendemos uma reforma tributária ampla, que estabeleça isonomia entre todos os ramos de atividade, simplifique e desburocratize a arrecadação, acabe com a taxação de investimentos e exportações e inclua o ICMS, sendo este último item essencial para pôr fim à guerra fiscal”, pondera Cervone.

O dirigente ressalta que o Brasil está na contramão do mundo. “Enquanto os Estados Unidos destinaram US﹩ 300 bilhões para o fomento da indústria, a China está devolvendo a ela 40% dos investimentos feitos e a Europa posterga os pagamentos ou difere os impostos, em reconhecimento ao papel do setor na recuperação da economia mundial, continuamos aqui sufocando as fábricas com um sistema tributário que desestimula a economia”, conclui.

Movimento Empresa Júnior lança projeto para alavancar pequenos negócios

A Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), que representa o Movimento Empresa Júnior (MEJ) em todo o país, vai lançar o projeto Salve Um Negócio. O objetivo é prestar consultoria a pequenas empresas, segmento que foi impactado pela crise decorrente da pandemia da Covid-19. Em 2020, a iniciativa envolveu 400 pequenas empresas e rendeu R﹩ 95 mil em investimentos direto. A meta este ano cerca é beneficiar de 800 empresas e gerar R﹩ 200 mil em aporte.

– Acredito muito no potencial do projeto, principalmente pelo seu duplo impacto, fazendo a diferença para quem precisa, tanto para o empreendedor que consegue entender as oportunidades de crescimento do negócio, como para os empresários juniores que estão tendo vivência empresarial e aprendendo na prática -, Gabrielly Silva Musso, coordenadora do Salve Um Negócio, que cursa Administração na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

O suporte acontece por meio de uma metodologia desenvolvida pela Brasil Júnior com auxílio de parceiros e mantenedores – que são empresas que investem e que tornam esse projeto viável. Neste ciclo, os focos das mentorias serão com temas sobre contingenciamento de custos e oportunidades de crescimento. Todo o processo acontecerá de forma online.

Os Pequenos Empreendedores que se interessarem receber o projeto gratuito, devem entrar em contato com empresas juniores do seu estado, que realizem o serviço desejado. A empresa que desejarem fazer doação, como forma de contribuir para com o projeto, podem utilizar o link:http://grifa.me/campanha/salve-um-negocio .

O Movimento Empresa Júnior (MEJ), que conta com a representação da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), conta, atualmente, com 1.300 empresas juniores no país, reunindo quase 30 mil empresários juniores. Em 2020, o faturamento global do segmento chegou a R﹩ 49 milhões.

Crescimento do setor de Construção Civil

Construção Civil: O financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos – sem incluir o financiamento com o FGTS – registrou um recorde, com um valor superior a 81 mil unidades financiadas em março deste ano. Quantidade excepcional, considerando que a média mensal de 2020 foi de 35 mil, tendo atingido, em dezembro, um pico de 55 mil. Este volume de financiamento foi beneficiado pelas baixas taxas de juros nas operações de crédito ao setor.

Um conjunto de indicadores vem mostrando o bom desempenho deste segmento.
A evolução do emprego formal na construção civil, com os dados do CAGED, foi de 106 mil no final de 2020. Já superou 113 mil em março deste ano, mantendo boas perspectivas para o todo o primeiro semestre. Este é um dos setores que mais emprega no país. Emprega mais do que o agronegócio, que mantém a perspectiva de uma boa performance para este ano. As residências em oferta pela indústria da construção civil estão em declínio. Continua em alta a produção de aço laminado, indicando o vigor desta indústria. O setor participa com 6% do PIB, podendo atingir uma participação superior a esta taxa neste ano. Em abril, utilizando os dados da FGV, foi registrado uma forte e importante reversão nos índices de confiança e de expectativas dos empresários que estavam apresentando valores negativos.

A demanda por produtos do setor continua forte. Os preços dos produtos utilizados pelo segmento continuam em alta. O custo dos insumos, mostrados pelo INCC/FGV, mantém-se elevado. O consumo de cimento continua intenso e o seu preço segue ainda em processo de elevação. O CUB (Custo Unitário Básico), que determina o custo global da obra, obtido através de pesquisa junto aos compradores, que no caso são as construtoras, avança também em alta.

Entretanto, o sucesso deste setor, fazendo que sejam superadas dificuldades como a da elevação no preço dos insumos, deve-se às baixas taxas de juros dos contratos de financiamento. Estas taxas mantêm atraente estas linhas de crédito. É importante que as autoridades monetárias observem este processo, e que mantenham um acompanhamento sobre a dinâmica da taxa de juros que é utilizada como referência para o setor. Estar atento ao desempenho deste setor é relevante para não diminuir o atual desempenho da indústria da construção civil, segmento fundamental para a geração de empregos e para o crescimento do país. O segundo semestre deste ano poderá ser crucial para determinar a realidade desta indústria pelos próximos anos.

Agostinho Celso Pascalicchio, doutor em Ciências; mestre em Teoria Econômica pela University of Illinois at Urbana-Champaingn/USA. Bacharel em Ciências Econômicas (FEA-USP) e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie nas áreas de economia, economia da energia e engenharia econômica/finanças.

Bitcoin movimentou o equivalente a R$ 9,4 bilhões em janeiro de 2021 no Brasil

Enquanto uma das mais famosas criptomoedas conquista cada vez mais investidores no país, especialista dá dicas para quem quer estrear no mercado

O cenário de investimentos em criptomoedas teve uma expansão significativa no Brasil nos últimos anos. O Bitcoin, em especial, considerado uma das principais criptomoedas, vem se tornando cada vez mais popular. Milhares de empresários no país têm preferido este investimento ao invés de apostar em empresas, considerado mais seguro. E a geração entre os 18 e 35 anos é a que mais tem influência sobre esses números.

O Cointrader Monitor, que analisa criptomoedas no Brasil, compilou dados de 32 plataformas nacionais e registrou uma movimentação de 49.216,55 bitcoins em janeiro deste ano. Isso equivale a R$ 9,4 bilhões, e representa 76% de crescimento em relação a janeiro de 2020. A Receita Federal já criou códigos específicos para a declaração de moedas digitais no imposto de renda, acompanhando esta mudança no mercado.

Grandes nomes internacionais da consultoria financeira já sentem a diferença no mercado. Nate Geraci, presidente da consultora ETF Store, revelou que 90% dos mais jovens registrados na plataforma preferem o Bitcoin ao ouro. O bilionário Tim Draper, em uma entrevista para a Fox Business, afirmou que o investimento em criptomoedas é mais importante para os mais jovens, apresentando uma oportunidade de investir sem precisar do sistema bancário atual, que chamou de “antiquado”.

No final de 2020, o Bitcoin deu um novo salto de valores, que já vinha em alta há três anos. A pandemia causou uma volatilidade em ações tradicionais pelo mundo todo, o que favoreceu a busca pela criptomoeda. “Anteriormente, em momentos mais flutuantes, investidores buscavam ações seguras como em dinheiro e ouro, segundo a reportagem, mas hoje, o Bitcoin tem sido um diferencial relevante entre as opções, mesmo que seja um mercado volátil por si só”, comenta o empreendedor e especialista em criptoativos Francisley Valdevino da Silva, CEO da empresa Intergalaxy SA, uma das grandes referências do mercado nacional. 

Dicas de Investimento

As criptomoedas vêm democratizando o acesso a investimentos, mostrando-se cada vez mais favoráveis a jovens empresários com rendas não tão altas, o que os faz ver os Bitcoins como um grande potencial para empreender e crescer. Por ser um mercado recente e diferenciado do tradicional, é preciso entrar no ramo das criptomoedas com um pensamento novo. Silva dá algumas dicas para quem quer começar a investir em Bitcoin.

1 – Estude sobre o mercado: É muito importante que dedique o seu tempo ao estudo do mercado. O ramo é novo, porém possui uma grande volatilidade. “Então, antes de comprar qualquer moeda, entenda bem onde você está pisando”, comenta o especialista.

2 – Segurança: Preze sempre pela segurança de suas criptomoedas. Se você tem interesse nas operações de trade, poderá deixar seus valores em corretoras especializadas neste trabalho. “Porém, é imprescindível que você tenha uma carteira digital para armazenar suas criptomoedas”, explica Silva.

3 – Pick one: Escolha uma moeda que conheça e tenha tempo para estudá-la e analisá-la. “Além disso, antes de escolher uma empresa para negociar suas criptomoedas, observe quesitos como tempo de mercado, transparência e reputação”, sugere.

4 – Pés no chão: É importante sempre ter uma reserva que não seja parte do valor usado para as criptomoedas. Esteja com os pés no chão e não aplique mais do que está disposto a perder. O mercado é volátil e os picos de valorização podem mudar muito. 

5 – Sem risco, sem lucro: Nenhum caminho na área financeira é totalmente livre de riscos. Não existem fórmulas mágicas. “Os retornos são bem grandes, e os riscos são proporcionais, havendo sempre o risco de perder capital. É fundamental que o investidor conheça e esteja preparado para essas peculiaridades que envolvem o mercado”, completa o CEO da Intergalaxy.

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Alterações na Taxa Selic: o que muda para o pequeno poupador?

Não é novidade que o brasileiro médio tem uma dificuldade grande de guardar dinheiro, principalmente porque o nível de renda não é dos melhores e falta conhecimento sobre educação financeira.

A pandemia, à parte seu imenso desastre do ponto de vista humano, mostrou a muitas famílias que poupar parte da renda era possível: a geração de poupança doméstica alcançou 15% do PIB em 2020, contra 12,5% em 2019.

O crescimento acima comentado foi puxado pela “poupança forçada”, originada a partir da situação vivida com o novo Coronavírus, e pelas rodadas de auxílio emergencial oferecidas pelo governo justamente para enfrentar a crise humanitária gerada pela pandemia.

Em meio a este cenário de poupar mais, atravessamos um período em que a rentabilidade dos investimentos conservadores está nos patamares historicamente mais baixos já vistos na economia brasileira, efeito de uma Taxa Selic bastante baixa.

Como a Taxa Selic influencia a vida do pequeno poupador?

Depois de chegar a 2% ao ano, a Taxa Selic agora voltou a subir, chegando a 3,5% ao ano depois da reunião do início de maio de 2021. Com isso, o retorno dos investimentos conservadores, como a poupança, títulos públicos, CDBs, entre outros, vai aumentar em proporção semelhante.

O primeiro efeito direto da Selic, portanto, será presenciado na rentabilidade dos investimentos mais comuns e acessíveis, remunerando melhor o dinheiro guardado e, assim, motivando mais brasileiros a guardar dinheiro.

Por outro lado, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já acumula alta de 6,1% no acumulado de 12 meses (até março de 2021), acima do teto estipulado pelo sistema de metas (5,25%).

Na prática, o efeito da inflação em alta já vem sendo sentido pelas famílias brasileiras, com muitos produtos essenciais variando bastante de preço nos supermercados e lojas, um desafio extra para manter o objetivo de guardar dinheiro.

Tudo mais caro significa ter que usar mais renda para suprir as necessidades de consumo, diminuindo o potencial para criar uma reserva. Por outro lado, com a Selic em alta, a inflação tende a arrefecer, porque o crédito ficará mais caro e será desencorajador para muitos brasileiros.

Visão – poder econômico

Com menos dinheiro à disposição, o brasileiro comprará menos, o que tende a trazer os preços novamente para baixo e mitigar a alta da inflação. Essa é a teoria, pelo menos. O controle financeiro bem feito e um orçamento doméstico organizado são essenciais para atravessar bem esta fase.

Vale o reforço: guardar dinheiro fica ainda mais importante em momentos assim, pois essa reserva é o que fará diferença em situações semelhantes no futuro. Mas atenção: a caderneta de poupança não é recomendada, sua rentabilidade é muito baixa e existem opções melhores e igualmente simples e seguras.

Além de se conscientizar sobre a importância de guardar dinheiro independentemente do movimento da Taxa Selic ou da inflação, é igualmente importante buscar aprendizado sobre educação financeira e praticar novos hábitos envolvendo organização, orçamento e planejamento.

Por Conrado Navarro, sócio e especialista em finanças pessoais na fintech Grão

Não é novidade que o brasileiro médio tem uma dificuldade grande de guardar dinheiro, principalmente porque o nível de renda não é dos melhores e falta conhecimento sobre educação financeira.

A pandemia, à parte seu imenso desastre do ponto de vista humano, mostrou a muitas famílias que poupar parte da renda era possível: a geração de poupança doméstica alcançou 15% do PIB em 2020, contra 12,5% em 2019.

O crescimento acima comentado foi puxado pela “poupança forçada”, originada a partir da situação vivida com o novo Coronavírus, e pelas rodadas de auxílio emergencial oferecidas pelo governo justamente para enfrentar a crise humanitária gerada pela pandemia.

Em meio a este cenário de poupar mais, atravessamos um período em que a rentabilidade dos investimentos conservadores está nos patamares historicamente mais baixos já vistos na economia brasileira, efeito de uma Taxa Selic bastante baixa.

Como a Taxa Selic influencia a vida do pequeno poupador?

Depois de chegar a 2% ao ano, a Taxa Selic agora voltou a subir, chegando a 3,5% ao ano depois da reunião do início de maio de 2021. Com isso, o retorno dos investimentos conservadores, como a poupança, títulos públicos, CDBs, entre outros, vai aumentar em proporção semelhante.

O primeiro efeito direto da Selic, portanto, será presenciado na rentabilidade dos investimentos mais comuns e acessíveis, remunerando melhor o dinheiro guardado e, assim, motivando mais brasileiros a guardar dinheiro.

Por outro lado, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já acumula alta de 6,1% no acumulado de 12 meses (até março de 2021), acima do teto estipulado pelo sistema de metas (5,25%).

Na prática, o efeito da inflação em alta já vem sendo sentido pelas famílias brasileiras, com muitos produtos essenciais variando bastante de preço nos supermercados e lojas, um desafio extra para manter o objetivo de guardar dinheiro.

Tudo mais caro significa ter que usar mais renda para suprir as necessidades de consumo, diminuindo o potencial para criar uma reserva. Por outro lado, com a Selic em alta, a inflação tende a arrefecer, porque o crédito ficará mais caro e será desencorajador para muitos brasileiros.

Visão – poder econômico

Com menos dinheiro à disposição, o brasileiro comprará menos, o que tende a trazer os preços novamente para baixo e mitigar a alta da inflação. Essa é a teoria, pelo menos. O controle financeiro bem feito e um orçamento doméstico organizado são essenciais para atravessar bem esta fase.

Vale o reforço: guardar dinheiro fica ainda mais importante em momentos assim, pois essa reserva é o que fará diferença em situações semelhantes no futuro. Mas atenção: a caderneta de poupança não é recomendada, sua rentabilidade é muito baixa e existem opções melhores e igualmente simples e seguras.

Além de se conscientizar sobre a importância de guardar dinheiro independentemente do movimento da Taxa Selic ou da inflação, é igualmente importante buscar aprendizado sobre educação financeira e praticar novos hábitos envolvendo organização, orçamento e planejamento.