Desenrola Fies chega a 343,1 mil acordos em todo o país

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O programa de renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Desenrola Fies, obteve a marca de 343,1 mil solicitações de adesão ao programa até a última segunda-feira (29). Renegociações representam R$ 655 milhões de retorno para os cofres públicos.

No fim de maio, o Comitê Gestor do Fies (GT-Fies) anunciou o adiamento do fim do prazo para adesão ao Desenrola Fies, conforme a Resolução nº 59, de 23 de maio de 2024, publicada no Diário Oficial da União. Com isso, os estudantes de ensino superior interessados têm até 31 de agosto deste ano para aderir ao programa.

Desenrola Fies 

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MEC publica edital de inscrições para o Fies.O Desenrola Fies é destinado a ajudar na renegociação de contratos de financiamento fechados até o fim de 2017. As parcelas atrasadas devem ser anteriores a 30 de junho de 2023. Os descontos e condições variam de acordo com o perfil do estudante, de acordo com a Serasa. 

Os interessados podem buscar atendimento Ministério da Educação (MEC), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

* Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão.

 

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Esportes: Duda e Ana Patrícia se garantem nas oitavas do vôlei de praia

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As brasileiras Duda e Ana Patrícia deram mais uma demonstração de que são fortes candidatas ao ouro no torneio feminino de vôlei de praia dos Jogos de Paris (França) após derrotarem as espanholas Liliana e Paula por 2 sets a 0 (parciais de 21/12 e 21/13) em apenas 35 minutos de partida nesta terça-feira (30). Com este resultado as atuais líderes do ranking mundial da modalidade confirmaram a classificação para as oitavas de final da competição.

Duda e Ana Patrícia, que estrearam na capital francesa com um triunfo por 2 sets a 0 sobre as egípcias Abdelhady e Elghobashy, ainda têm um compromisso pela fase classificatória: na próxima quinta-feira (1) medem forças com as italianas Gottardi e Menegatti a partir das 15h (horário de Brasília).

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Equipe feminina conquista bronze na ginástica artística em Paris.Beatriz Dizotti avança à final inédita do Brasil na natação em Paris.Vôlei de praia: Carol e Bárbara voltam a vencer e avançam às oitavas.“[Vencer] é sempre importante para os cruzamentos futuros, ainda que acredite que nas Olimpíadas isso muda muito, porque as chaves nem sempre acabam do jeito que achamos. É importante olhar para nossa caminhada. Para nós é importante se classificar em primeiro. Temos mais um jogo ainda. É jogo a jogo, e ficamos felizes a cada passo. Vamos curtir esse momento e pensar na próxima. Independentemente da forma que sairmos da chave, vamos ter que continuar fazendo nosso melhor”, analisou Ana Patrícia após a partida desta terça.

Também nesta terça, Carol Solberg e Bárbara Seixas também avançaram para as oitavas do torneio de vôlei de praia. As brasileiras garantiram a classificação após superarem as lituanas Monika Paulikiene e Aine Raupelyte por 2 sets a 0 (parciais de 21/13 e 21/14).

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Pesquisa usa drone e IA para monitorar descarte ilegal de resíduos

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Trabalho coordenado pelo engenheiro Marcelo Musci, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), campus zona oeste, publicado recentemente na Revista de Gestão Social e Ambiental, utiliza drones e inteligência artificial (IA) para monitorar o descarte ilegal de resíduos sólidos em áreas remotas. 

De acordo com os pesquisadores, o descarte se agrava em locais de difícil acesso, como encostas, terrenos baldios, margens de rios e áreas florestais, contribuindo para a degradação do meio ambiente e oferecendo risco aos catadores e garis. 

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Pesquisadores buscam conhecimentos tradicionais para avanço científico.Falta de base de dados é desafio para automatizar pesquisas ambientais.O estudo é financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Em entrevista à Rádio Nacional, Marcelo Musci explicou que o drone é usado para localizar os detritos de lixo em locais de difícil acesso, onde a visão humana não consegue observar. 

Segundo Marcelo, os detritos, além de poluir, provocam riscos de deslizamentos de terra, e contribuem para a proliferação de ratos, baratas e outras pragas urbanas.

“Se você coloca um drone, tem uma visão melhor do local, coisa que satélite não dá para fazer porque a imagem de satélite, além de ser muito cara, a resolução não é tão boa como a de um drone”, explicou. 

De acordo com o coordenador da pesquisa, se a IA for programada para detectar lixo, em vez de casa abandonada, por exemplo, vai colocar um marcador virtual em volta daquele ponto do vídeo onde se programou que tem lixo depositado. Se treinada, essa tecnologia pode identificar até resíduos menores, como lixo orgânico.

Rede neural

O estudo usa uma rede neural baseada no funcionamento do cérebro humano. No caso do estudo, a IA foi treinada para detectar detritos ensacados, restos de obras da construção civil, pedaços de madeira e objetos abandonados.

“Você treina a rede apresentando fotografias do que você quer que a rede identifique. É colocada então uma marcação do que ela localizou no pedaço de vídeo. Se você treinar essa rede com resíduos orgânicos, menores, o drone terá que ter uma altura menor para localizar. Combinando isso, a tecnologia pode localizar o que você quiser”, explicou.

Marcelo Musci disse que, na Europa, a tecnologia já é usada para localizar detritos em rios poluídos nas cidades. No Brasil, ainda não existem trabalhos sobre o tema. 

O drone tem autonomia de bateria de 20 minutos a 30 minutos. “Ele não pode se afastar muito da costa, a não ser que você vá com um barco. Tem um certo limite para fazer isso. Em lagoas pequenas, contudo, como a Laguna da Barra da Tijuca, ele pode detectar lixo. Pode ser ampliado para rios, lagoas, basta você treinar”.

Enchentes

O professor disse que se a tecnologia for treinada para detectar lixo flutuante em rios, pode evitar que esse resíduo acumule e interrompa canais de escoamento, agravando enchentes, como as ocorridas no Rio de Janeiro em janeiro deste ano. 

“A tecnologia pode ajudar nesse sentido. A ferramenta é nova mas está sendo subutilizada”, disse. Segundo ele, faltam pessoas com expertise para ampliar a utilização da tecnologia.

O estudo foi realizado em várias regiões da zona oeste da cidade, incluindo arredores do campus universitário, e conseguiu identificar e rotular imagens contendo vestígios de descarte irregular, com eficácia de 92%. De um total de 4.169 objetos, apenas 338 não foram identificados pela máquina.

Embora os pesquisadores estejam ainda refinando a técnica, pretendem propor parcerias futuras com a GEO-Rio, órgão da prefeitura carioca responsável pelo monitoramento de encostas, informou Marcelo. 

* Colaborou Carol Pessoa, da Rádio Nacional

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Polícia Federal indicia governador do Rio de Janeiro

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A Polícia Federal (PF) indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mas não informou os detalhes do indiciamento, nem os crimes que estão sendo imputados a ele, já que o inquérito está sob segredo de Justiça. Pelo mesmo motivo, nem o Superior Tribunal de Justiça (STJ) nem a Procuradoria-Geral da República (PGR) deram informações sobre o caso.

Em dezembro de 2023, a Operação Sétimo Mandato, da PF, cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar supostas propinas em contratos para projetos sociais do governo do estado.

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TRE-RJ absolve Cláudio Castro e mantém mandato de governador do Rio.Castro não foi alvo de mandados da operação, mas, na ocasião, o governo do estado informou que a Sétimo Mandato não trazia nenhum novo elemento à investigação, que já transcorria desde 2019, e que não havia nenhuma prova contra o governador.

Nesta terça-feira (30), a assessoria de imprensa do governo do estado divulgou nova nota, na qual informa que a defesa de Castro está entrando com pedido de nulidade do relatório do inquérito que indicia o chefe do governo fluminense.

“Causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos. As informações que sustentam a investigação são infundadas e a defesa reitera que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a ser vazados, o que vem sendo contestado junto aos tribunais superiores em razão de sua absoluta inconsistência”, afirma o texto.

A nota diz ainda que o governador confia na Justiça e que está seguro de que tudo será esclarecido até o fim do processo legal.

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Propostas para o Plano Clima serão debatidas nos biomas brasileiros

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A partir desta semana, a população poderá participar de debates em plenárias com entidades da sociedade civil e especialistas sobre a elaboração do Plano Clima, que trará subsídios para a política climática brasileira até 2035.

Serão realizadas audiências públicas nos seis biomas brasileiros: Caatinga, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa, além do Sistema Costeiro Marinho.

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Efeitos do clima extremo são tema do Caminhos da Reportagem de domingo.Plataforma garantirá participação social no Plano Clima.A abertura desta etapa do processo de participação social no Plano Clima será realizada nesta terça-feira (30), em Brasília. Haverá plenárias presenciais no Recife (1/8), Teresina (2/8), Imperatriz (MA) e Macapá (8/8), Campo Grande (14/8), finalizando em São Paulo e Porto Alegre, no dia 15 de agosto. A caravana será liderada pelos ministros Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República; e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Segundo o Secretário Nacional de Participação Social, Renato Simões, o Plano Clima vai consolidar em um único documento os compromissos internos e externos do governo brasileiro para enfrentar as mudanças climáticas.

“O governo brasileiro quer transformar esse tema em um tema de diálogo da sociedade para que a gente entenda que o que acontece, desde as enchentes do Rio Grande do Sul à seca na Amazônia, passando pelos incêndios no Pantanal, pelos problemas no cerrado, em cada bioma, a gente começa a ver sinais de exaustão das condições ambientais desses biomas, seja um assunto da sociedade”, disse Simões, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).  

As contribuições apresentadas devem ser incluídas na versão preliminar do documento, que será apresentado em novembro, durante a COP29, no Azerbaijão. O documento final será concluído em 2025, após a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Todo o processo de formulação de instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima será apresentado na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em Belém (PA), em novembro do próximo ano.

Plataforma

O Plano Clima, lançado em junho, também está recebendo propostas da população por meio da plataforma digital Brasil Participativo até o dia 26 de agosto. Qualquer pessoa pode apresentar três propostas e votar em até 10 propostas de outros participantes.

Também é possível fazer comentários sobre as propostas. Para participar, é preciso fazer o login com a senha do Gov.br. As 10 propostas mais votadas de cada um dos 18 temas definidos pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima poderão ser incorporadas ao texto após análise do governo federal.

“São 23 áreas que estão sendo discutidas, tanto nos aspectos da mitigação quanto de adaptação perante a essas mudanças, que vão ser submetidas a um debate, como foi no Plano Plurianual”, explica Simões.

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No Rio, exposição traz fotos de atletas olímpicos em treinamento

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A sintonia das atletas da ginástica rítmica do Brasil, a concentração no salto ornamental de Ingrid Oliveira, o voo de Rayssa Leal, no skate.

Essas são algumas das cenas de habilidade física, de compromisso e de paixão capturadas pela lente do fotógrafo carioca Gustavo Malheiros.

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Beatriz Dizotti avança à final inédita do Brasil na natação em Paris.Ana Luíza Caetano e Marcus D’Almeida vão às oitavas do tiro com arco.Paris: Calderano vence de virada e avança às oitavas do tênis de mesa.Durante meses, Gustavo e sua equipe caíram na estrada e percorreram os centros de treinamento de atletas brasileiros olímpicos, em Aracaju, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. A ideia: documentar as jornadas cotidianas de treinos rumo aos jogos, em Paris.

O resultado da aventura que envolveu perseverança e dedicação pode ser visto na exposição Olímpicos, em cartaz, no Museu Histórico Nacional, no centro do Rio de Janeiro, e em livro. São 35 fotografias em preto e branco que registranm uma delegação brasileira de atletas que, pela primeira vez na história brasileira, é majoritariamente de mulheres.

Gustavo Malheiros conta que este é o terceiro trabalho dele dedicado aos atletas olímpicos brasileiros. Ele também acompanhou a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e Tóquio 2020.

“Gosto sempre de contar a história dos atletas, que é uma história de superação, é muito esforço que eles tem que ter. No Museu Histório Nacional, a gente colocou 35 fotos em tamanho bom, bem iluminadas e a cenografia ficou super bonita. Fizemos uma sala, chamei um compositor, o Marcos Santos, e ele fez uma música linda. Então, o restante das fotos do livro são uma projeção com a música, no ritmo da música e eu acho que ficou muito bem resolvido”, ressaltou o fotógrafo.

Com mais de 50 anos de carreira, Milton Guran – fotógrafo e antropólogo brasileiro – é o curador da exposição. Para ele, a mostra celebra a resiliência e a determinação destas mulheres atletas extraordinárias. “É interessante, porque o vigor, a exelência técnica, a precisão, a perseverança são características imprescindíveis dos atletas de alto rendimento. E são também qualidades que o Gustavo traz para o trabalho dele. E esse trabalho das Olimpíadas não é diferente: ele apontou atletas e ele se envolve no que está acontecendo”, disse Guran.

Entre as vinte modalidades retratadas, estão também: canoagem, judô, badminton, natação, volêi de praia e ciclismo.

A exposição Olímpicos fica em cartaz até 29 de setembro. A entrada é gratuita.

Ouça na Radioagência:

 

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Centrais sindicais unem-se em protesto contra alta da taxa de juros

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Centrais sindicais e sindicatos de diversas categorias protestaram, nesta terça-feira (30), contra a manutenção da taxa de juros do Banco Central (BC), a Selic, em patamar elevado. A manifestação foi em frente ao prédio do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, região central da cidade. Intitulado Menos Juros, Mais Empregos, o protesto também pediu a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

“A taxa de juros, no atual patamar de 10,5% ao ano, a segunda maior do planeta, é criminosa. Elimina investimento produtivo, e promove a maior transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”, criticou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.

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Taxa de juros afeta investimentos industriais em inovação.Juros do cartão de crédito sobem e atingem 429,5% ao ano em junho.Para as centrais sindicais, Campos Neto tem argumentado de maneira mentirosa para manter a taxa em patamar elevado. “Entre eles [argumentos], questões fiscais, maior equilíbrio da economia e controle da inflação. No entanto, todos os indicadores econômicos do país têm apresentado expressiva melhora desde o início de 2023, entre eles a queda da inflação e o crescimento econômico e do nível de empregos”, diz a CUT.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ressaltou a união entre as centrais sindicais e o fato de o protesto ter ocorrido em todas as capitais do. “Apesar da chuva em São Paulo, as centrais sindicais manifestaram sua oposição à taxa de juros existentes no país. Nós acreditamos que reduzir a taxa de juros é gerar mais empregos, alavancar a produção nacional, as indústrias e ao mesmo tempo o consumo e o comércio”, disse Juruna.

Os protestos desta terça-feira ocorrem por ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que define a taxa de juros no país. As reuniões do Copom são realizadas a cada 45 dias.

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Vôlei de praia: Carol e Bárbara voltam a vencer e avançam às oitavas

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A dupla de vôlei de praia Carol Solberg e Bárbara Seixas cravou a segunda vitória seguida na Olimpiada de Paris, debaixo de um forte calor na Arena Torre Eiffel. No duelo contra a parceria de Monika Paulikiene e Aine Raupelyte, representantes da Lituânia, as brasileiras venceram com tranquilidade por 2 sets a 0, parciais de 21/13 e 21/14.

O resultado garantiu a dupla do Brasil nas oitavas de final da competição com uma rodada de antecedência. Os dois primeiros de cada grupo, e os dois melhores terceiros colocados avançam diretamente para as oitavas de final. Os outros times que ficarem no terceiro lugar disputam a repescagem. Carol e Bárbara lideram temporariamente o Grupo E. Logo mais, às 16h (horário de Brasília), as brasileiras Ana Patrícia e Duda, líderes do ranking mundial, encaram as espanholas Liliana Fernández Steiner e Paula Soria Gutiérrez, em partida da segunda rodada do Grupo A. 

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Ana Luíza Caetano e Marcus D’Almeida vão às oitavas do tiro com arco.Beatriz Dizotti avança à final inédita do Brasil na natação em Paris.Paris: Calderano vence de virada e avança às oitavas do tênis de mesa.FESHOW! 👊

A Raupelyte tem altura (1,97m), mas gigantes somos nós!

Bárbara Seixas/Carol Solberg 🇧🇷 2 x 0 🇱🇹 Paulikiene/Raupelyte (21/13, 21/14)

Classificadas para a fase eliminatória, e a vaga direta nas oitavas quase garantida!

Quem tá comemorando?#VôleiEmParis2024 pic.twitter.com/S5Aq4Awy11
— Vôlei Brasil (@volei) July 30, 2024

“Todo calor que a gente estava esperando em Paris chegou. Mas nós somos brasileiras, estamos mais acostumadas e preparadas. A gente percebeu que elas estavam sentindo cansaço por causa do calor, e aproveitou para acelerar o jogo em momentos que estava bem. Deu certo, e a gente conseguiu uma vitória muito importante.”, afirmou Bárbara Seixas, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil.

A parceria brasileira fecha a primeira fase jogando contra a dupla Stam e Schoon, da Holanda, na sexta-feira (2), ao meio-dia, no horário de Brasília. O duelo deve definir a liderança do grupo.

“O jogo contra a dupla da Holanda é sempre muito duro, bem parelho. Elas sacam muito bem, não desistem nunca. Agora é se preparar com tudo para buscar esse primeiro lugar na chave. Esse jogo vale muito para a gente, todos jogos são muito importantes nos Jogos Olímpicos e vamos com tudo para cima”, disse Carol Solberg.
 

André e George sofrem primeiro revés

Mais cedo a dupla André e George foi superada na segunda rodada do torneio olímpico. Os brasileiros não fizeram um bom jogo diante da parceria de Cuba, formada por Noslen Diaz e Jorge Alayo, e foram derrotados por 2 sets a 0, parciais de 21/13 e 21/18. Eles voltam a jogar na próxima às 10h de quinta-feira (1) contra Partain e Benesh, parceria dos Estados Unidos, em duelo que vai fechar a fase de grupos. No momento André e George estão na terceira posição na chave D e precisam da vitória para manter as chances de avançar.

“Eles jogaram melhor, sacaram melhor. Não colocamos nossos adversários sob pressão. Deixamos que eles ficassem muito livres. Temos um jogo importante na próxima rodada, brigando pela classificação. Mas nos Jogos Olímpicos todas as partidas são importantes. Vamos pra cima buscar essa vitória”, afirmou André.

André/George 🇧🇷são superados por Diaz/Alayo 🇨🇺. Time vai buscar classificação para as oitavas na quinta, contra os americanos Partain/Benesh 🇺🇸. #voleidepraia #jogosolimpicos #paris2024 #VôleiEmParis2024 pic.twitter.com/G0OV2t6ot3

— Vôlei Brasil (@volei) July 30, 2024

“Hoje não jogamos bem e acabamos perdendo. Na próxima rodada temos um jogo muito duro. Contra o time americano, o jogo é um pouco mais rápido, então vai depender muito do nosso saque. Vamos parar, estudar e ver onde podemos melhorar. E vamos com tudo.”, disse George.

Reportagem da Agência Brasil – Read More

Brasileiros querem punição severa a candidato que usa notícias falsas

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A 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), entre os dias 4 e 10 de julho com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, revelou que 88% dos brasileiros são favoráveis à punição dos candidatos que usam ou se beneficiam de notícias falsas durante as eleições. A punição mais defendida, para 52% das pessoas ouvidas, é a impugnação da candidatura; 14% defendem multa em dinheiro; 12% defendem suspensão da campanha eleitoral por um período; 10% consideram que a propaganda eleitoral deve ser suspensa por completo e 3% indicaram apenas uma repreensão pública. Segundo a pesquisa, as notícias falsas ou Fake News são um dos temas que mais chamam atenção no período eleitoral e 73% da população quer punições severas a quem se aproveitar dessa prática. 

A pesquisa, inédita, procurou investigar o pensamento dos brasileiros sobre o grau de envolvimento nas campanhas eleitorais que vão começar dentro duas semanas praticamente. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dia 16 de agosto será dada a largada da propaganda eleitoral geral. Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto é passível de multa. Nessa data, 16 de agosto, também é o último dia para os tribunais regionais eleitorais listarem as emissoras que transmitirão a propaganda eleitoral gratuita de candidatas e candidatos de municípios onde não há emissoras de rádio e TV.  A exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito em rádio e TV vai de 30 de agosto a 3 de outubro. A contagem é feita considerando-se os 35 dias anteriores à antevéspera do 1º turno, e em municípios onde haverá 2º turno, a propaganda em rádio e TV ocorrerá de 11 a 25 de outubro.

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Pré-candidaturas de pessoas LGBT+ à eleição municipal já somam 299.Considerando o início das campanhas, a pesquisa apontou que o desempenho das candidatas e candidatos na campanha eleitoral e nos debates chega a 17% na escolha dos eleitores. Para 43% dos entrevistados, as propostas apresentadas são determinantes na hora do voto e para 29% a experiência administrativa conta de maneira favorável aos eleitores. Para 29% dos pesquisados, a decisão de voto vai acontecer na reta final da campanha, depois do último debate. Para 9%, isso acontecerá no dia da eleição.

Fake News

A pesquisa apontou que mais da metade da população, ou seja, 59%, já recebeu algum tipo de Fake News e 30% responderam que já se sentiram prejudicados por notícias falsas, enquanto que 25% declararam já ter bloqueado uma pessoa ou ter sido bloqueado em grupos do WhatsApp por causa de conflitos, brigas e discussões relacionados aos candidatos nas últimas eleições. Para também 59% dos entrevistados que vivenciaram bloqueios ou saída de grupos do WhatsApp por discussões políticas acham que isso se repetirá neste ano.

Na semana passada, foi lançada uma cartilha que traz orientações para as pessoas detectarem as notícias falsas das verdadeiras. A cartilha pode ser acessada aqui e, a partir dela, os internautas podem identificar facilmente boatos, Fake News e assim evitar desinformação, fraudes e manipulação de opiniões, muito comum em período de campanha eleitoral.

Eleições de Outubro

A maioria da população considera importante votar para prefeito e vereador nas eleições de outubro. Segundo a pesquisa, 68% da população tem muito interesse; 33% tem interesse. Para 93% da população, a escolha do prefeito é considerada importante e para 79% a eleição dos vereadores, os futuros componentes das Câmaras Municipais, deve ser levada à sério.   A escolha dos vereadores é muito importante para 36% dos entrevistas e importante para 43% deles.

Importância da eleição

As eleições majoritárias, para presidente, são consideradas mais importantes para 39% dos brasileiros; 20% para a escolha de prefeitos e 7% para a escolha de governadores. Para 17% da população, não há diferença entre as eleições nas três esferas, a federal, a estadual e a municipal.

Eleição na rotina

Para 63% dos entrevistados, as eleições municipais são consideradas como parte da rotina das pessoas- Antonio Augusto/Ascom/TSE

Para 63% dos entrevistados, as eleições municipais podem ser consideradas como parte da rotina das pessoas, onde 34% disseram que o tema está muito presente nos ambientes de convívio social; 29% responderam que o tema é citado com relativa frequência e 35% afirmam que “ainda não se fala quase nada” sobre eleição e sobre os candidatos.

Mídias

A pesquisa identificou que a televisão (37%) e as redes sociais (30%) seguem isoladas como os meios mais utilizados para se informar sobre as eleições. Em seguida, as conversas com amigos, parentes, portais, blogs e sites de notícias na internet aparecem com 10% como os meios usados para saber novidades das eleições. Nos números agregados da pesquisa, os meios digitais lideram com 43%; o rádio com 4%, WhatsApp com 3% e jornal impresso com 2%.

A hora da escolha

A pesquisa também identificou as fontes de informação consideradas “mais importantes” para ajudar os eleitores escolherem de maneira correta as candidatas e os candidatos às prefeituras municipais. Para 22% dos entrevistados, assistir aos debates entre os candidatos na televisão é relevante para definir as escolhas; 16% consideram importante acompanhar as informações dos candidatos nas mídias sociais; 14% disseram que é importante acompanhar as notícias no rádio, televisão e jornais. Para 11% dos entrevistados, é importante as conversas com amigos e a família para definir o voto e para apenas 1% é importante receber orientações da igreja, do padre, do pastor ou outro guia espiritual.  Para 5% dos entrevistados é importante ouvir os candidatos nos eventos de rua e 4% disseram que é importante acompanhar as notícias dos candidatos pelo WhatsApp.

Quem fica e quem sai

De acordo com as entrevistas realizadas, as pessoas se dividem quando o assunto diz respeito à continuidade ou mudança nas administrações municipais. 33% das pessoas ouvidas disseram preferir votar em um candidato que dê continuidade à forma como a cidade está sendo gerida; 31% disseram que optariam por um candidato “que mude um pouco a forma de administrar, mantendo algumas coisas e mudando outras e 30% responderam que desejam uma candidata ou candidato que “mude totalmente a forma de administrar o município”. Para 39% dos entrevistados há preferência de votar naquela candidata ou naquele candidato “que tenha experiência política, mas que ainda não foi prefeita ou prefeito; 24% darão preferência a nomes “novos na política” e 25% votaria em quem já foi prefeito ou prefeita.

Religião e o voto

A pesquisa indicou que 36% das pessoas consideram a religião como fator importante na escolha dos candidatos e para 43% dos evangélicos ou protestantes a religião do candidato é importante, enquanto que para os católicos o percentual é 31%. Entre os evangélicos e protestantes, 28% preferem votar num candidato que seja da mesma religião, e esse percentual cai para 16% entre os católicos.

Problemas

Para 55% dos entrevistados, a saúde pública é a área que deveria ser prioridade para os futuros prefeitos e prefeitas. Em segundo lugar, com 10% das respostas, está o núcleo emprego, renda e educação. Para 9% das pessoas ouvidas, a segurança pública deve ser prioridade. Com 3% das respostas, a prioridade deveria focar no trânsito, no transporte público e combate à corrupção.

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Amamentar mais de um ano reduz risco de câncer de mama

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Estudo publicado na Revista Cancer Medicine indicou que cada 12 meses de aleitamento materno pode reduzir em 4,3% a possibilidade de desenvolver câncer de mama. “E isso é cumulativo: a cada nascimento, esse risco reduz 7%”, disse à Agência Brasil a coordenadora de Assistência do Banco de Leite Humano do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), Maíra Domingues.

Segundo a pesquisa, isso acontece em mulheres de diferentes países, rendas, idades, entrada na menopausa, grupos étnicos e idade do primeiro parto em todo o mundo. “O que a gente tem são diversas evidências robustas que revelam esse dado de redução do câncer de mama”, explicou Maíra.

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Pesquisa associa Bolsa Família a menor mortalidade por câncer de mama.Amamentação ajuda a prevenir câncer de mama e outras doenças.Pesquisa investiga reprogramação celular contra câncer de mama.Ela informou que o Banco de Leite Humano sempre recomenda o aleitamento materno, como preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), durante seis meses, de forma exclusiva e, após seis meses, até dois anos ou mais, de forma continuada.

“São justamente [com] esses dois anos ou mais [que se] ganha a proteção para o câncer de mama. Muitas famílias perguntam por que é preciso amamentar por dois anos ou mais se o bebê está fazendo alimentação em casa. Porque amamentar vai muito além de alimentar a criança. Amamentar é proteção não só para a criança, mas também para a mulher. Esses benefícios se estendem para ela”.

A coordenadora sustentou que a recomendação do IFF/Fiocruz é esta: que a criança pode ser amamentada por dois anos ou mais também para proteger contra o câncer de mama.

Ela reforçou que amamentar traz outros benefícios a curto, médio e longo prazos para mãe e a criança. Além do laço afetivo com o filho, a mulher se beneficia pela redução do risco de câncer de ovário, de ter diabetes e algumas doenças cardiovasculares.

Para as crianças, ela destacou a proteção contra doenças diarreicas e infecções respiratórias, como pneumonia; melhor formação e desenvolvimento da região orofacial; desenvolvimento da linguagem; redução do risco de má oclusão dentária; redução de doenças mais à frente, como obesidade e diabetes, entre outras.

Há, ainda, estudos que mostram que o leite humano tem células-tronco que trazem outra dimensão, inclusive, terapêutica. “O fato de o leite humano ter células-tronco mostra o quanto esse alimento tem um potencial enorme, que vai muito além da alimentação da criança”.

Risco relativo

Além de contribuir para o desenvolvimento do vínculo afetivo entre mãe e filho, amamentar gera diversos benefícios para a saúde infantil e materna, entre os quais está a diminuição do risco de ter câncer de mama.

O mastologista do Hospital do Coração, Afonso Nazário, esclareceu, entretanto, que esse não é um risco absoluto e individual, mas relativo para uma população. “Suponha que o risco de certa população, para ter câncer de mama, é de 100 casos para cada 100 mil mulheres. Quando o risco relativo diminui 4%, essa redução é sobre a população geral. Se o risco relativo de câncer de mama aumenta 20%, não é que ela, a pessoa, vai ter 20% mais de risco. É em relação à população geral. Se determinada população tem 100 casos de câncer para 100 mil mulheres, quando o risco aumenta 20%, vai ter 120 mulheres – 20 a mais – para cada 100 mil”, explicou.

Nazário esclareceu que mulheres que amamentam pelo menos um ano têm 4% menos risco em relação à população em geral. Se agregar um novo parto, essa dimensão aumenta mais 7%. Isso resultaria em 11%, mas não é um risco absoluto daquela mulher, mas em relação à população geral. O mastologista destacou que esse efeito protetor é quando a mulher está em idade jovem, abaixo de 35 anos e, principalmente, abaixo de 25 anos, porque o epitélio mamário é mais suscetível ao câncer nessa fase da vida. O especialista frisou que “tudo que aumenta o risco, quanto mais jovem a mulher, maior o impacto”, afirmou. Acima de 35 anos, o efeito protetor da amamentação deixa de existir.

Ao se tornar mãe antes dos 25 anos, o risco relativo de câncer de mama na pós-menopausa reduz em 35% em comparação com as mulheres que nunca tiveram filhos. Depois disso, as chances de desenvolver a doença passam a aumentar.

Afonso afirmou, contudo, que o efeito protetor da amamentação durante mais de um ano ocorre, inclusive, em formas agressivas de câncer de mama (caso de tumores triplo-negativos, quando detectados precocemente). O risco pode diminuir em cerca de 20%.

Nas mulheres com câncer de mama que apresentam mutações hereditárias, chamadas mutações BRCA1, a amamentação também reduz a manifestação da doença em cerca de 22% a 50%. “Mesmo nascendo com uma mutação agressiva, tem como diminuir esse risco”, disse. Amamentação e estilo de vida são fatores que contribuem para isso.

O médico do Hcor citou estudo feito pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Amazonas (Ufam), no ano passado, com populações ribeirinhas e de Manaus. A pesquisa revelou que não existe taxa de mortalidade de câncer de mama nas populações indígenas.

Foram analisados vários dados, incluindo idade, gestação, parto e amamentação. “A única coisa que a gente achou como efeito protetor foi a amamentação”,  afirmou.

Os dados das mulheres indígenas foram comparados aos das mulheres de Manaus e o único fato diferente é que as indígenas amamentam durante cinco ou seis anos, em média. “Isso é muito maior do que a população não indígena. É um efeito protetor absurdo”, opinou. Mulheres da capital amazonense também amamentam os filhos, mas não chegam a esse número. Mesmo as indígenas que vão morar em Manaus mantêm a cultura de amamentar os filhos muito tempo e não têm câncer de mama.

Teorias

Membro da Comissão de Mastologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o médico Guilherme Novita disse que as mulheres que amamentam têm menos câncer de mama do que as que não amamentam. Acredita-se que isso acontece por duas coisas. “Durante o período da amamentação, o ovário da mulher fica em uma fase de dormência em que não produz os hormônios do ciclo menstrual. Normalmente, quando a mulher está amamentando, não tem menstruação. A gente sabe que os hormônios do ciclo menstrual causam alterações nas células mamárias, do tipo proliferação de células e posterior descamação. E isso favorece que surja um câncer ali no meio”, opinou.

Outra teoria diz que, quando a mulher amamenta, em especial em uma fase mais jovem, ocorrem algumas modificações no nível das células mamárias que tornariam essa célula mais estável e menos suscetível a agentes ambientais oncológicos. Essa teoria é menos aceita, segundo Novita.

Leite materno beneficia mães e filhos, afirmam  especialistas –  foto- Agência Brasília

A grande questão, segundo o médico, é que não se estudou mulheres que tiveram gravidez a termo e amamentaram. “Geralmente, eles separam o muito do muito pouco. Comparam mulheres que tenham tido vários filhos, acima de três, principalmente de comunidades rurais onde o acesso à prevenção de gravidez é mais difícil, que têm idade do primeiro parto mais cedo, com mulheres de cidades grandes, que têm mais acesso a métodos anticoncepcionais que, geralmente, não têm filhos em idade muito jovem e têm número menor de filhos ou que nunca tiveram filhos. Quando se faz essa comparação, você vê que as mulheres que tiveram mais filhos têm menos câncer de mama. A gravidez previne câncer de mama e a amamentação também previne. Quanto, a gente não sabe”, acentuou.

Benefícios

O médico estimou que estudos sobre benefícios da amamentação das mulheres têm que ser vistos com cuidado porque, muitas vezes, estão comparando mães de populações rurais, com hábitos e expectativas de vida diferentes, com populações urbanas.

“Se pegar um país em desenvolvimento, encontrará predomínio maior de uma população rural, gestações mais precoces, mais gestações, mais amamentação. E as pessoas não têm expectativa de vida longa por questões de falta de cuidados básicos, como saneamento, e acabam tendo menos câncer de mama”, frisou.

Na avaliação de Novita, ninguém defende que a mulher amamente exclusivamente para se prevenir de câncer de mama. “Não amamentar também não é um risco tão alto. O fato de não terem filhos ou não terem amamentado não muda tanto, principalmente se os filhos [vieram] após os 35 anos de idade. O maior benefício da amamentação é, realmente, a nutrição da criança, ainda mais em um país como o Brasil em que, em alguns lugares, há dificuldade de alimentar. É fundamental para o desenvolvimento e diminuição da mortalidade infantil”, acentuou.

Um benefício adicional da amamentação acaba sendo a redução do câncer de mama. Destacou, entretanto, que “é um benefício não tão fundamental assim. Não precisa você indicar amamentação para prevenção de câncer”. O especialista concordou, entretanto, que amamentar reduz o risco de câncer de mama, “mas transformar isso em números é muito difícil de ser feito. A gente sempre recomenda a amamentação”, finalizou.

Reportagem da Agência Brasil – Read More