Transpetro anuncia três novos concursos para admissão ao longo de 2024

A Transpetro (Petrobras Transporte S.A.) anunciou, nesta sexta-feira (29), a realização de concursos públicos para admissão de pessoal de terra e mar. São 207 vagas, das quais, 154 para os níveis médio e superior do quadro de terra e 53 para o quadro de mar. Os aprovados serão admitidas na empresa ao longo de 2024.

As inscrições podem ser feitas até 30 de outubro no site do  Cesgranrio, organizador do concurso. As provas serão realizadas em dezembro, e o resultado final será divulgado no dia 5 de março. O último concurso público da Transpetro foi em 2018.

A empresa tem atualmente 5.065 empregados – 3.273 do quadro de terra e 1.781 do quadro de mar. A diferença é pessoal ligado diretamente à diretoria da Transpetro, informou à Agência Brasil o gerente executivo de Recursos Humanos da companhia, Alexandre Almeida.

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Concurso público unificado terá 6,5 mil vagas em 20 órgãos .Advocacia-Geral da União é autorizada a realizar concurso público.Nos três editais lançados, a Transpetro inovou ao dobrar para 10% o percentual de vagas estabelecido por lei para pessoas com deficiência, além de garantir 20% dos postos para candidatos negros de ambos os sexos. A ideia é compor também um cadastro de reserva, que poderá ser utilizado de acordo com a necessidade da companhia.

Importância

Almeida destacou a importância das vagas que estão sendo abertas na Transpetro. Segundo ele, hoje, a empresa tem duas questões fundamentais, que são balizadoras para os concursos: há necessidade de reposição de pessoas, porque houve processos de aposentadoria e de desligamento, por interesse do próprio empregado, e porque a empresa trabalhava muito com empregados cedidos pela Petrobras. “Então, uma parte desse pessoal novo a gente foca exclusivamente para recomposição dos nossos times de trabalho, mas já pensando no horizonte de crescimento da empresa, que está desenvolvendo novos serviços para atender a Petrobras e também outras empresas do setor de petróleo que estão atuando atualmente no Brasil.”

Ele destacou que há um déficit significativo de marítimos no quadro de operação de navios da empresa e que é preciso repor esse efetivo com brevidade, porque isso impacta diretamente na possibilidade da empresa operar”. Para poder navegar, um navio da Transpetro precisa estar com todas as funções preenchidas na hora em que a embarcação zarpa. “A ausência de um marítimo obriga a segurar outra pessoa no lugar dele, e isso faz o que a gente chama de dobra”. Ou seja, a pessoa que tinha a expectativa de desembarcar acaba sendo impedida de fazê-lo. “A minha necessidade hoje de repor esses empregados do quadro de mar aponta na reposição do efetivo.”

A Transpetro ainda não está levando em conta ainda a construção de navios, porque isso depende da aprovação e inclusão de novas embarcações no planejamento estratégico da Petrobras. Essa discussão ainda está sendo travada internamente. Se houver sinalização positiva a respeito, a Transpetro rediscutirá o dimensionamento do efetivo de mar. Hoje, a companhia opera uma frota de 26 navios.

Regionalização

Outro destaque dos editais é a realização de provas regionais para o pessoal de terra, o que permite que os candidatos escolham a região onde pretendem trabalhar. Nas vagas do quadro de mar, a disputa é nacional.

De acordo com Almeida, a intenção é que pessoas possam se candidatar para admissão nas localidades onde a Transpetro opera. A empresa atua em diversas cidades e, às vezes, é difícil, por exemplo, movimentar um empregado que é de São Paulo para uma cidade no interior ou para dentro da Floresta Amazônica. “A adaptação desse empregado é mais difícil”. Com o concurso sendo regional, a ideia é valorizar de fato as pessoas do entorno das instalações da empresa ou, na melhor das hipóteses, do estado ou região onde ela vive, para que, “não, necessariamente, se acabe exportando pessoas para essas instalações”.

Para o quadro de terra, dois concursos contabilizam 64 vagas para nível médio, em 13 cargos, e 90 para nível superior, distribuídas em 28 funções. Outro certame é destinado ao quadro de mar, com 53 vagas para oficiais, suboficiais e guarnição. O processo seletivo terá validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

No quadro de terra, os profissionais de nível médio terão remuneração inicial de R$ 5.563,90 e os profissionais de nível superior, de R$ 12.739,70. Os empregados do quadro de mar têm remuneração e benefícios no mesmo patamar dos vigentes no mercado marítimo. Para as vagas de empregados que trabalham embarcados, a remuneração, incluindo gratificação, pode chegar a R$ 15.410,02, valor que corresponde ao do rendimento do 2º oficial de náutica ou do 2º oficial de máquinas.

Os admitidos terão direito ainda a outros benefícios, entre os quais plano de carreira; auxílio-creche ou auxílio acompanhante; benefício educacional; assistência multidisciplinar de saúde; benefício farmácia; plano opcional de previdência complementar e programa de assistência especial, destinado a pessoas com deficiência.

Provas e documentos

Para os cargos de nível médio do quadro de terra, haverá provas de conhecimentos básicos de português e matemática e de conhecimentos específicos.

Para os cargos de nível superior do quadro de terra, a avaliação envolve português, inglês e conhecimentos específicos. Para os candidatos ao cargo de advogado, está prevista ainda prova discursiva.

As avaliações do quadro de mar envolvem testes de conhecimentos básicos e específicos para cada cargo, bem como avaliação física.

A empresa

Operando 49 terminais (28 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e a maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina.

A companhia presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e às demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da companhia conta com mais de 180 clientes.

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Funk vira tema de exposição em museu carioca

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O Museu de Arte do Rio (MAR) abre, nesta sexta-feira (29), a exposição “Funk: um grito de ousadia e liberdade”. A mostra tem como enfoque a manifestação cultural carioca, abordando sua história, sonoridade, dimensão coreográfica, seu papel na matriz da cultura urbana e periférica e seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos. 

A exposição ocupará duas salas do museu, uma será dedicada ao soul, estilo musical norte-americano que influenciou o ritmo carioca e também o estilo de alguns brasileiros, através das festas realizadas nos anos 70 e 80. “Eram essas festas, feitas em clubes de bairros, que precederam o funk de hoje”, afirma o curador-chefe do MAR, Marcelo Campos. 

A segunda sala é dedicada aos bailes das favelas cariocas, que se espalham nos dias de hoje por diversas comunidades.  

“A exposição está bem surpreendente. A gente reuniu uma quantidade grande de artistas que lidam com o universo do funk. Ela tem partes interativas, muito vídeo, muito som, muita cor. E também muita imagem que mostra um Rio de Janeiro dos anos 70 e imagens que retratam os bailes de favela [de hoje em dia]. Temos artistas brilhantes, jovens que estão no cotidiano da cidade e que agora fazem parte do museu”, afirma Marcelo Campos.  

Serão exibidos mais de 900 itens, de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros, entre eles, Bauer Sá, Januário Garcia, Maria Lígia Magliani, Thaís Iroko, Guilherme Kid, Thiago Ortiz, Melissa Oliveira, Bárbara Wagner, Maxwell Alexandre, Herbert, Vincent Rosenblatt, Blecaute, Gê Vianna, Manuela Navas, Fotogracria, Emerson Rocha, Panmela Castro e Bruno Lyfe.  

 Exposição “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”, no Museu de Arte do Rio (MAR), região portuária da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

A artista Thaís Iroko, nascida e criada no morro do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte da cidade do Rio, participa da exposição com uma obra que mistura estética da favela com elementos do Egito Antigo, chamada Relíquia das Relíquias. 

“O Baile do Egito é um baile da minha comunidade e é a obra que eu trago para essa exposição. Eu já vinha sonhando com a Relíquia das Relíquias antes de eu ser chamada para a exposição. Eu já queria cruzar essa arquitetura egípcia que está nos museus, nas relíquias espalhadas pelo mundo, com a minha pesquisa no funk”, conta a artista. 

De acordo com o MAR, o público poderá ainda interagir com algumas instalações, ouvir músicas e dançar. Logo na noite de abertura, nesta sexta, está previsto um baile funk com atrações como Jonathan da Provi, MC Cacau e Afrofunk Rio. 

Agência Brasil –

Rio anuncia operação conjunta com governo federal contra crime na Maré

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta sexta-feira (29) operação conjunta com o governo federal contra a facção criminosa que atua no Complexo da Maré. O anúncio foi feito depois de reunião de Castro com o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli. 

Os detalhes da parceria não foram divulgados, mas a ação deverá contar com a participação de homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal, no entorno do conjunto de favelas da zona norte da capital.

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Governo cria 100 mil bolsas para capacitar agentes de segurança.Criminosos lançam explosivo contra ônibus e ferem três no Rio.O pedido para usar agentes da Força Nacional de Segurança na ação já foi feito pelo governador, mas ainda não foi divulgada uma data para o envio da tropa, que depende de autorização do governo federal. 

A Operação Maré é resposta a uma investigação da Polícia Civil que captou, com o auxílio de drones, imagens de criminosos armados treinando táticas de guerrilha dentro de um centro de lazer no complexo de favelas. 

“Não haverá uma ocupação, serão incursões e asfixia a essas atividades criminosas”, disse Castro. “Será uma operação baseada no que a inteligência disser que tem que ser feito, com os equipamentos necessários e com a integração necessária. Sobretudo com muito uso de tecnologia. E estamos criando um comitê permanente integrado, para que as inteligências [estaduais e federais] possam trocar informações”. 

Segundo Capelli, o governo federal apoiará o estado do Rio no que for necessário. “Se o crime está cada vez mais organizado e estruturado no país, o Poder Público precisa estar também cada vez mais integrado e unido para combater esse que é um desafio nacional”, disse. 

Capelli explicou que, em eventual uso da Força Nacional no Rio, os agentes não farão incursões nas comunidades e que esse trabalho ficará a cargo das polícias fluminenses. “Isso ainda vai ser definido num planejamento, mas a Força Nacional vai cumprir papel de retaguarda, de apoio”. 

A ação também envolverá o cumprimento de mandados de prisão já que, segundo o governador, vários suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso que controla a venda de drogas na Maré estão sendo indiciadas e caberá ao Ministério Público pedir sua prisão. “Na hora em que saírem esses mandados, haverá forças-tarefas para o cumprimento deles”. 

Castro explicou ainda que a Operação Maré poderá envolver ações em outros territórios do estado do Rio.

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SC: tensão em terra indígena aumenta após decisão sobre marco temporal

Os indígenas do povo Xokleng, que vivem na Terra Indígena (TI) Ibirama-Laklãnõ, na região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, denunciam que estão sofrendo ameaças de não indígenas desde a derrubada da tese do marco temporal, pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com um dos nove caciques, Tucun Gakran, as ameaças são constantes e feitas diretamente por agricultores que ocupam áreas reivindicadas historicamente pelos indígenas.

O conflito ocorre desde que os indígenas tiveram suas terras reduzidas, primeiro por uma ação de integração promovida pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e, depois com a construção da Barragem do Norte, no início da década de 1990, quando o povo Laklãnõ teve parte de seu território inundado. Foi somente em 1998 que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) deu início ao processo de revisão da demarcação da TI Ibirama-Laklãnõ, para que houvesse uma reparação do confinamento ao que o povo Xokleng acabou sofrendo do próprio Estado.

Durante o processo, agricultores que ocuparam as terras retiradas dos indígenas passaram a questionar judicialmente a ampliação da TI, de 15 mil hectares para 37 mil hectares, que abrangem os municípios de Vítor Meireles (48,78%), José Boiteux (35,78%), Doutor Pedrinho (3,58%) e Itaiópolis (2,38%).

Como os indígenas estavam destituídos da terra quando a atual Constituição Federal foi promulgada, a derrubada da tese do marco temporal garante que a reparação do tamanho da área sejaa finalizada. Segundo Tucun Gakran, esse entendimento é que tem motivado as ameaças. “Alguns colonos têm falado isso publicamente, que, se acontecer de a terra ser demarcada, vai haver banho de sangue.”

Em 2018, o educador Marcondes Namblá foi assassinado a pauladas, e as imagens de uma câmera de segurança que registrou o crime revelaram a intolerância e tensão existentes na região. Segundo Tucun, a preocupação com a integridade dos povos que vivem ali será debatida entre os caciques assim que todos retornarem de Brasília, onde acompanhavam os debates dobre a tese do marco temporal.

Fonte Agência Brasil – Read More

Desenrola Brasil conclui leilão com R$ 126 bi em descontos oferecidos

O Programa Desenrola Brasil concluiu nessa última quarta-feira (26) o leilão para os credores darem os lances de maiores descontos para renegociação de dívidas negativadas bancárias e não bancárias, como conta de luz, água, varejo, educação, de pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), com dívidas de valores atualizados em até R$ 20 mil.

O programa concluiu o leilão com R$ 126 bilhões em descontos oferecidos para renegociação de dívidas. No total, 654 empresas participaram da etapa de leilão do programa, que alcançou 83% em desconto médio para a renegociação de dívidas. Foram ofertados descontos de R$ 59 bilhões para dívidas até R$ 5 mil e R$ 68 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. O lote que ofereceu o maior valor de desconto médio (96%) foi o do cartão de crédito.

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Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprova o Desenrola Brasil.Cerca de 6 milhões brasileiros já desnegativaram nomes após Desenrola.Em nova etapa, a prioridade da renegociação com a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO) será para as dívidas com valor atualizado até R$ 5 mil, que poderão ser renegociadas à vista ou em parcelamento. Já as dívidas que não tiverem acesso ao financiamento com garantia poderão ser pagas na plataforma, à vista, com o desconto oferecido pelo credor.

O volume financeiro que poderá ser renegociado, após descontos, é de R$ 25 bilhões, sendo R$ 13 bilhões para dívidas até R$ 5 mil e R$ 12 bilhões para aquelas com valor entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Já o número de contratos de dívidas negociadas pode chegar a 60 milhões – 51 milhões para dívidas até R$ 5 mil e 9 milhões para dívidas acima de R$ 5 mil. Nessa etapa, o Desenrola Brasil pode beneficiar 32 milhões de pessoas, das quais 21 milhões com a renegociação com a garantia do FGO.

Plataforma de renegociação

A abertura do Programa Desenrola para a população que se enquadre nas novas regras está prevista para o início de outubro. Nessa fase, será lançada a plataforma para que todos os interessados possam renegociar suas dívidas com descontos e pagá-las à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Para ingressar na plataforma e poder renegociar as dívidas é preciso fazer antes o cadastro no Gov.br em contas prata ou ouro.

Fonte Agência Brasil – Read More

Motoboys fazem paralisação em São Paulo

Motoboys e motoentregadores de São Paulo realizam paralisações pelos próximos 3 dias, a começar por esta sexta-feira (29), para reivindicar que os aplicativos para os quais trabalham, fazendo entregas, ofereçam melhores condições laborais e que reajustem os salários. Na capital paulista, a entidade à frente das articulações é o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), que organizou um ato na entrada da sede da IFood em Osasco, reunindo cerca de 200 pessoas.

A manifestação está sendo monitorada por aproximadamente dez agentes da Polícia Militar.

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Motoboys pressionam por melhor acordo com empresas de aplicativo .Justiça manda Loggi reconhecer vínculo trabalhista com motoboys.Ainda pela manhã, um comboio de trabalhadores partiu do antigo endereço da entidade até a sede da empresa de delivery. No início da tarde, os motoboys fizeram um almoço coletivo em frente ao local, como parte do protesto.

“Vocês acham justo a forma de escravidão que estão praticando com a gente?”, provocou uma liderança do movimento, usando alto-falante, em meio a faixas estendidas e motocicletas estacionadas.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do sindicato, Gilberto Almeida, disse que a greve já conta com a adesão de trabalhadores da categoria em 12 estados, e que a quantidade de manifestantes poderia ser mais expressiva se os trabalhadores não corressem risco de serem bloqueados como punição por participar dos atos.

“É um protesto contra toda a precarização que a categoria vem vivendo e também pelo GT [grupo de trabalho] em que as empresas se negaram a construir um acordo coletivo com os sindicatos, o que traria segurança e benefícios para os trabalhadores”, destacou, referindo-se ao grupo de trabalho criado pelo governo federal, composto também por representantes das plataformas, a fim de tentar facilitar negociações entre as partes, e que se reuniu, pela primeira vez, em 5 de junho.

“A nossa principal bandeira é um reajuste nas horas trabalhadas, pois estamos há 7 anos sem receber nada de reajuste”.

Ainda segundo o diretor sindical, as empresas propuseram pagar aos trabalhadores entre R$ 12 e R$ 17 por cada hora trabalhada, mas a categoria pede que o valor fique em torno de R$ 35 por cada hora online, ao invés de o cálculo ser feito com base em hora trabalhada. “As empresas não querem entender [os direitos que a classe profissional reclama], não querem procurar entender, não querem aproximação com os sindicatos, justamente porque a gente é a parte organizada e bate de frente e leva a voz dos trabalhadores a lugares onde ele, sozinho, não consegue levar”, afirmou.

Na avaliação de Almeida, a falta de disposição das empresas é ainda maior no caso dos trabalhadores de base de São Paulo, e “o que importa para as plataformas é manter o olho no lucro e evitar tudo que supostamente as desvie de seu plano de negócios”.

Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) disse que respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm abertos seus canais de diálogo com motoristas e entregadores. 

A Amobitec disse que tem participado de forma construtiva do GT criado pelo governo para propor uma regulação para o trabalho executado por intermédio de plataformas tecnológicas, e já apresentou diversos documentos e propostas.

“Reforçamos nosso interesse em continuar colaborando para a construção de um modelo regulatório equilibrado, que busque ampliar a proteção social dos entregadores e motoristas e garantir a segurança jurídica da atividade”, diz a associação.

Fonte Agência Brasil – Read More

Sobrevivente de atentado contra Marielle Franco lança livro

Mais de meia década após o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, um crime ainda hoje sem solução, a única sobrevivente do atentado, ocorrido na noite de 14 de março de 2018, lança um livro documental sobre a trajetória política interrompida da vereadora carioca.

Ex-assessora de Marielle Franco, a jornalista Fernanda Chaves estava no carro alvejado por disparos de fuzil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Em coautoria com a socióloga Priscilla Brito, que também trabalhou com a vereadora, elas publicam a obra Marielle Franco, Nesse lugar da política: um mandato interrompido, cujo pré-lançamento ocorre nesta sexta-feira (29), em Brasília.

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Rosa Weber vota contra entrega de dados do Google sobre Marielle.Ato no Rio lembra os 2 mil dias sem solução para o caso Marielle.Grafite com rosto de Marielle é pichado em Petrópolis.O período destacado para compor o livro vai desde a campanha eleitoral, em 2016, quando Marielle foi eleita vereadora, até a noite do dia 14 de março de 2018, quando ela e Anderson foram mortos em uma emboscada logo após participarem de evento sobre ativismo e empreendedorismo para jovens negras, na Casa das Pretas, na Lapa.

“É uma cena brutal, um filme de terror [a lembrança do momento do crime], e a falta de justiça só aumenta essa dor. Mas eu vou continuar falando disso. No dia 14 de março de 2018, todos nós perdemos. Eu perdi uma amiga, uma chefe, uma comadre. Os cariocas perderam uma vereadora, as mulheres trabalhadoras periféricas negras, as mulheres lésbicas, todas perderam uma representante batalhadora e forte, uma mulher que estava ali por muitas mulheres e com muitas mulheres”, relata a jornalista ao falar sobre o crime.

Para Fernanda Chaves, tem momentos que são mais fáceis outros mais difíceis ao processar a cena do atentado na memória. “Não apenas por ser uma sobrevivente, mas por ser uma cidadã brasileira, eu preciso continuar exigindo a justiça. E aí, nesse sentido, eu tenho que continuar é falando desse dia, né? Falando desse dia, dessa noite de horror”, acrescenta.

Marielle vereadora

“Cria” da Comunidade da Maré, complexo de favelas no Rio de Janeiro, é nesse mesmo lugar que Marielle dá início à sua trajetória de defesa aos direitos humanos e entra para a história política e social do Brasil e do mundo, já que o crime teve uma repercussão mundial. O livro de Fernanda Chaves e Priscilla Brito traz ao mundo fatos que precedem o assassinato da vereadora. A extensa pesquisa foi conduzida pela psicóloga Ana Marcela Terra, também ex-assessora de Marielle, e reuniu vasto material biográfico, como registros fotográficos, textos e discursos. Toda a reunião do material é fruto de uma construção coletiva para documentar a trajetória de Marielle.

“Eu sentia muita necessidade, sobretudo quando dou entrevistas, de ter um lugar em que tivesse essa documentação mesmo organizada, da atuação de Marielle vereadora, de tudo que o mandato dela propôs, debateu e disputou dentro daquela Casa, porque são temas que seguem, até mais do que nunca, pertinentes na vida da sociedade. Muita gente me perguntava ‘como é que eu faço pra achar todos os artigos de Marielle?’. O livro nasce dessa necessidade também”, disse Chaves. Mas a obra evita ser uma mera documentação dos principais destaques da campanha e do mandato de Marielle, e busca entrecortar essa memória com contextualização e relato de bastidores sobre como funcionava o mandato, com uma equipe repleta de mulheres e pautas as mais diversas.

“O livro faz parte de um projeto maior de resgate de memória do PSOL, dessa gestão atual da Fundação Lauro Campos, ligada ao partido, que investiu muito na construção da memória do partido e, obviamente, a Marielle é uma figura importantíssima no partido. A gente também quis mostrar essa Marielle como mulher de partido”.

Ainda sem data para o lançamento oficial em livrarias, a obra sobre Marielle será inicialmente distribuída para a militância do PSOL durante o congresso do partido, este fim de semana, em Brasília, numa tiragem limitada. A expectativa é que parcerias com editoras viabilizem uma tiragem maior ao longo do próximo período.

Investigações

Em julho, uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, no Rio de Janeiro, acusado de obstruir as investigações sobre a execução de Marielle e de Anderson. A prisão foi decorrência de uma delação premiada de Élcio de Queiroz, que confessou ter participado do crime, e que também revelou que o ex-policial militar Ronnie Lessa foi mesmo o autor dos disparos. Apesar do envolvimento dos três executores ser agora conhecido pela investigação, nunca se chegou aos mandantes do crime.

“A gente tem hoje em dia um outro patamar da situação com relação à investigação desse caso, um tratamento mais acertado. Para solucionar um crime político é preciso ter vontade política. Isso traz um conforto maior agora”, disse Fernanda sobre o avanço das investigações em 2023. Apesar disso, e mesmo após a imensa repercussão do caso, a vida dos defensores de direitos humanos no Brasil segue sob risco, aponta a jornalista.

“É um quadro preocupante é um quadro preocupante há muitos anos, né? O Brasil vinha dando passos importantes na promoção e proteção dos direitos humanos e seus defensores, mas toda essa política foi desmontada no governo Bolsonaro, com a paralisação e extinção de conselhos e de políticas públicas. Mesmo que ele tenha saído de cena e tenha assumido um governo que tem compromisso com direitos humanos, é uma agenda que precisa ser reconstruída”.

Fonte Agência Brasil – Read More

Prefeitura do Rio amplia acesso à profilaxia ao HIV

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) alcançou este ano a marca de 6.360 usuários cadastrados no serviço de saúde para uso da medicação de pré-exposição ao HIV, sendo 4.524 pacientes com prescrição da rede pública.

Segundo a pasta, o número é um marco dentro da elaboração de políticas públicas para prevenção do HIV. Qualquer unidade de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) pode prescrever o uso de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) e, após avaliação médica, o procedimento é realizado em 166 unidades. Até o momento, já foram entregues mais de 7,7 mil medicamentos na cidade.

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PrEP: tratamento preventivo é alternativa no combate ao HIV no Brasil .Medicamento injetável é nova opção de prevenção contra HIV no Brasil .Para garantir o acesso da população indicada ao tratamento, a rede municipal de saúde do Rio ampliou o número de unidades dispensadoras da medicação para a profilaxia pré-exposição ao HIV, que saiu de três em 2020, para 166 em 2023. Além de oferecer o serviço em horário diferenciado no Centro Municipal de Saúde Rocha Maia, em Botafogo, de domingo a domingo, das 7h às 22h, com ambulatório especializado, atendendo os usuários sem necessidade de agendamento.

“A ampliação do serviço é um marco importante para promoção da saúde e um avanço dentro da estratégia para prevenção do HIV. Os pacientes com indicação para o uso do PrEP têm acesso garantido, o que possibilita maior qualidade de vida. Além da ampliação das unidades dispensadoras, ter um centro municipal com horário de funcionamento diferenciado pode fazer toda diferença na vida de usuários, que por alguma razão não conseguem comparecer nas unidades que funcionam em horário comercial”, disse, em nota, Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária da SMS.

O que é PrEP

PrEP consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo HIV, mas que estão extremamente vulneráveis ao vírus. São os casos de casais – tanto hetero quanto homoafetivos – em que apenas um dos parceiros vive com o vírus; gays e outros homens que fazem sexo com homens; pessoas trans e travestis; pessoas que usam drogas; pessoas privadas de liberdade; profissionais do sexo. Outras situações devem ser avaliadas pelo médico.

Esses pacientes passam pela avaliação do profissional de saúde na unidade de atenção primária para verificar o risco de infecção e os critérios de indicação da PrEP. O objetivo da profilaxia pré-exposição ao HIV é diminuir o risco da infecção pelo vírus, com o uso de um comprimido por dia realizado de forma contínua. A medicação não previne demais infecções sexualmente transmissíveis e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção.

PEP

PEP é a profilaxia pós-exposição e consiste no uso de medicações antirretrovirais pelo período de 28 dias para diminuir o risco de infecção pelo HIV, após acontecer exposição ao vírus, seja por relações sexuais desprotegidas, situações de violência sexual ou acidentes com material biológico.

A pessoa exposta deve procurar rapidamente uma unidade de saúde, seja de urgência e emergência (hospitais e UPAs) ou de atenção primária, para uma avaliação. O profissional solicitará a realização de testes rápidos para o HIV, sífilis e hepatites virais. De acordo com os resultados e com a avaliação de risco feita pelo profissional de saúde, será indicado ou não o uso da medicação. Todas as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro contam com as medicações e testes necessários para a realização desse procedimento.

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Pesquisa mostra desconhecimento sobre prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é o tipo que mais mata a população feminina, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um estudo do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), encomendada pela farmacêutica Pfizer, ouviu 14 mil mulheres e ela mostra que ainda há um grande desconhecimento do assunto.

Segundo o levantamento, 60% das mulheres ouvidas acreditam que a principal medida para a detecção precoce do câncer de mama é o autoexame. Na verdade, ele é importante, mas é a mamografia que é capaz de detectar tumores menores. 

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Pesquisadores depositam patente no INPI para tratar câncer de mama.Médico mostra importância da mamografia para prevenir câncer de mama.Ficou claro que apenas metade das mulheres com idade entre 40 e 49 anos fez mamografia nos últimos 18 meses, quando o indicado nessa faixa etária é fazer o exame todo ano.

Prevenção contra o câncer

Os números foram divulgados nessa quinta-feira (28), no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, em uma ação do Coletivo Pink – Por um Outubro para Além do Rosa, que marca o início da campanha de prevenção contra o câncer de mama. 

Uma mama gigante, instalada no parque, apresenta, em seu interior, uma exposição sobre mulheres que vêm mudando a história da doença.

“Eu tive câncer de mama aos 27 anos. Eu estou há cinco anos acompanhando bem de perto. Meu médico falou que eu estou curada. É difícil pra gente, como paciente, porque o trauma é tão grande que é difícil falar: ‘estou curada’. Mas eu me sinto curada, me sinto saudável e agora estou acompanhando”, relatou a cantora Karen Stephanie.

Sobre o desconhecimento da população feminina sobre a prevenção da doença, a diretora médica da Pfizer, Adriana Ribeiro, acredita que a solução é a educação.

“Realmente, [é preciso educar] toda a população sobre o seu cuidado, sobre a importância de fazer os exames preventivos e também desmistificar o câncer, porque muitas vezes as pessoas não vão [ao médico] com medo do que possa ter no resultado do exame”, explica.

18 mil mortes

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é que – entre 2023 a 2025 – sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no país, e que a doença cause 18 mil mortes. No Brasil, a média de idade das mulheres com a doença é de 53 anos, cerca de 10 anos a menos que nos Estados Unidos, por exemplo. A incidência é maior nas regiões Sul e Sudeste. 

Entre os fatores de risco estão envelhecimento, genética, reposição hormonal, histórico familiar, menopausa tardia, gravidez a partir dos 35 anos e uso de anticoncepcional oral, além de sedentarismo, obesidade e álcool.

“Tem que ter acesso à mamografia para conseguir fazer o diagnóstico, de preferência antes que esse tumor seja palpável, porque, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, disse a oncologista Solange Sanches, do Hospital A.C. Camargo, referência em tratamento de câncer em São Paulo.

 

 

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Quase um mês após atropelamento, ator Kayky Brito recebe alta

O Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, divulgou nesta sexta-feira (29) uma nota informando que o ator Kayky Brito recebeu alta. Ele foi atropelado na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, no início do mês. Imagens de câmeras de segurança captaram o momento exato do acidente, bem como a reação das pessoas que estavam no quiosque de onde o ator saiu momentos antes.

Ao todo, foram 28 dias de internação. O acidente provou politraumatismos e traumatismo craniano no ator de 34 anos. De acordo com o Hospital Copa D’Or, as lesões foram corrigidas com sucesso, e Kayky Brito encontra-se em condições de prosseguir com o processo de reabilitação em sua residência.

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Polícia descarta culpa de motorista no atropelamento de Kayky Brito.Exatamente há uma semana, o ator havia recebido alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ficou por três semanas, e foi transferido para um leito normal. Na ocasião, o boletim médico informou que ele estava consciente, conversando com os familiares e cooperando no processo de reabilitação ortopédica.

Investigação

Na última terça-feira (26), a 16ª Delegacia de Polícia Civil decidiu arquivar o caso. As investigações apontaram que o motorista Diones Coelho da Silva dirigia a cerca de 48 quilômetros por hora (km/h), abaixo da velocidade máxima permitida no local, que é de 70km/h. Um laudo revelou também que ele não teve tempo hábil para reação, pois o carro estava a menos de 10 metros de distância do ator quando ele tentou atravessar a via.

Fonte Agência Brasil – Read More