Barroso toma posse na presidência do Supremo Tribunal Federal

O ministro Luís Roberto Barroso será empossado nesta quinta-feira (28) no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele cumprirá mandato de dois anos e ficará no cargo até outubro de 2025. Barroso substituirá Rosa Weber, que presidiu ontem (27) a última sessão da Corte.

A posse está prevista para começar às 16h e deverá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, além de outras autoridades dos Três Poderes.

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Rosa Weber se despede do STF e abre nova vaga para indicação de Lula.Fim do marco temporal: STF define indenização para ocupantes de boa-fé.Ministro Luis Roberto Barroso é eleito presidente do STF.A cerimônia contará com a presença da cantora Maria Bethânia, convidada por Barroso para cantar o Hino Nacional. Cerca de mil pessoas foram convidadas.

Barroso também vai presidir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O vice-presidente do STF será o ministro Edson Fachin.

Perfil

Barroso chegou ao Supremo em 2013. Ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012 ao completar 70 anos. 

O ministro nasceu em Vassouras (RJ), é doutor em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos.

Antes de chegar ao Supremo, atuou como advogado privado e defendeu diversas causas na Corte, entre elas a interrupção da gravidez nos casos de fetos anencéfalos, pesquisas com células-tronco, união homoafetiva e a defesa do ex-ativista Cesare Battisti. 

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Boca Juniors e Palmeiras jogam pela semifinal da Libertadores

Boca Juniors (Argentina) e Palmeiras medem forças, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (28) no estádio da Bombonera, pela ida da semifinal da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.

Nos últimos anos o Palmeiras tem sido figurinha carimbada na semifinal da competição continental. Nos anos de 2020 e de 2021 chegou à final e se sagrou campeão, e em 2022 caiu diante do Athletico-PR na semifinal.

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Mesmo com um a menos, Flu arranca empate com o Inter na Libertadores.Ouvidoria acompanha investigações sobre morte de torcedor do São Paulo.Ex-jogador da NBA diz que esporte é um microcosmo do mundo.O Alviverde ainda está na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. A equipe paulista ocupa a 2ª colocação, atrás apenas do líder Botafogo. No momento a vantagem do líder é de sete pontos, distância essa que o time do técnico Abel Ferreira tentará tirar até o final da competição. Neste contexto a equipe entra em campo para definir seu futuro na competição internacional.

Para isso terá que superar traumas recentes contra seu adversário desta quinta, o Boca Juniors. Isso porque o clube argentino eliminou o Palmeiras em três edições da Libertadores desde 2000: na final daquele mesmo ano, na semifinal de 2001 e na semifinal de 2018. Para chegar à semifinal desta edição o Verdão deixou pelo caminho o Atlético-MG nas oitavas e o Deportivo Pereira (Colômbia) nas quartas.

AMANHÃ É DIA DE DECISÃO! 💪

🆚 Boca Juniors-ARG
🏟 La Bombonera
⏰ 21h30#AvantiPalestra pic.twitter.com/kWyG5ZjBxy

— SE Palmeiras (@Palmeiras) September 27, 2023

O Palmeiras deve ir a campo com: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Mayke, Artur e Rony.

Já o Boca Juniors vive um momento conturbado nos últimos tempos. Sem vencer a Libertadores desde 2007 (em cima do Grêmio), o Boca vem amargurando algumas campanhas ruins e eliminações difíceis. A equipe foi vice-campeã duas vezes nesse período sem títulos, em 2012 para o Corinthians e em 2018 para o River Plate (Argentina). Agora os torcedores esperam que o clube possa dar a volta por cima e retornar aos momentos de glória.

No seu caminho até a semifinal deixou para trás equipes como Nacional (Uruguai), nas oitavas, e Racing (Argentina), nas quartas. Já no Campeonato Argentino a equipe está na 9ª posição do Grupo B, com duas vitórias, um empate e três derrotas.

Inicio de semana con trabajos en @bocapredio 🔛

🔜 Palmeiras#DaleBoca 🔵🟡🔵 pic.twitter.com/Np9Bo3eaXQ

— Boca Juniors (@BocaJrsOficial) September 25, 2023

O técnico Jorge Almirón testou uma escalação sem o jovem Valentín Barco, um dos destaques do time na competição. Os outros destaques do Boca são o goleiro Sergio Romero, o atacante Edinson Cavani e o ponta Lucas Janson. Além disso ainda conta com o atacante Benedetto, que marcou três gols no Palmeiras em 2018. Entretanto, ele não vive um bom momento e deve começar no banco de reservas.

Sendo assim, o Boca deve entrar em campo com: Romero; Blondel, Figal, Marcos Rojo e Fabra; Medina, Pol Fernández e Ezequiel Fernández; Advíncula, Cavani e Lucas Janson.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Boca Juniors e Palmeiras com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

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Legalização do aborto volta ao debate público com julgamento no STF

A descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez, que começou a ser julgada virtualmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na madrugada do dia 22 de setembro, é tema polêmico tanto entre grupos mais conservadores que se opõem à legalização, como os evangélicos, quanto entre movimentos de esquerda e mais progressistas. 

A presidente do STF, ministra Rosa Weber, é relatora do processo e registrou, na sexta-feira (22), o voto a favor de que a prática não seja considerada crime. O ministro Luís Roberto Barroso pediu que o julgamento fosse suspenso e levado ao plenário físico. A nova data ainda não foi marcada. 

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STF julgará descriminalização do aborto no plenário presencial.Rosa Weber libera descriminalização do aborto para julgamento.Uma em cada sete mulheres, aos 40 anos, já passou por aborto no Brasil.Nesta quinta-feira (28) é celebrado o Dia de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe. A Frente de São Paulo contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto convoca partidos, movimentos e coletivos para ato unificado a favor da pauta. A concentração começa às 17h no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). 

Na América Latina, diversos países já legalizaram o procedimento. Em 2012, enquanto o Brasil ainda decidia se o aborto de anencéfalos era crime ou não – o STF decidiu que não -, o Uruguai já legalizava a prática, independentemente da situação da gestante e da concepção. Em 2020, 2021 e 2022, a Argentina, o México e a Colômbia, respectivamente, se juntaram ao Uruguai.

A descriminalização é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende que seja um direito de todas, sem limite de idade gestacional, e que se opte preferencialmente pelo aborto medicamentoso, com misoprostol e mifepristona, proibido no Brasil.

Na região metropolitana de São Paulo, a pauta ganhou destaque neste mês. A Câmara Municipal de Santo André promulgou a Lei nº 10.702, proibindo que qualquer órgão da administração local, direta ou indireta ou autarquia “incentive ou promova a prática do aborto”. O Artigo 128 do Decreto-lei nº 2.848 diz que não se pune o médico que executa o procedimento para salvar a gestante e em caso de estupro da mulher. A Lei nº 10.702 foi uma proposta do vereador Márcio Colombo (PSDB). No Brasil, o aborto é considerado legal em casos de gestação decorrente de estupro, risco de vida à gestante e anencefalia fetal.

Julgamento moral 

Para a médica ginecologista e obstetra Helena Paro, a postura de profissionais mais conservadores quanto ao direito ao aborto em qualquer circunstância é um elemento que gera negligência em consultórios e hospitais, estendendo-se até mesmo às pacientes que estão respaldadas pela lei. A médica trabalha há cerca de seis anos com aborto legal e afirma que a atividade devolveu a ela “o sentido da vida”, pois se sente bem ao ajudar jovens. Helena citou uma paciente atendida há poucos dias que engravidou após ser vítima de estupro. Ela conta que, se a jovem mantivesse a gestação que não queria e nem programou para ter, reduziria a quase zero as chances de realizar o sonho de cursar arquitetura.

“O sofrimento maior é o do estigma e o de morrer na clandestinidade”, resume a profissional, que é professora de Medicina e integrante do Nuavidas, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais.

Helena afirma que grupos contrários à descriminalização pressionam quem é a favor e, no seu caso, apresentam questionamentos a órgãos públicos. “A gente tem um Estado laico, mas também uma cruz nas paredes dos salões das sedes dos Poderes”, afirma, fazendo referência ao símbolo colocado nesses locais e à interferência do cristianismo na tomada de decisões e na proposição de leis. A ginecologista argumenta que “o aborto que mata é o clandestino”.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto 2021, estima-se que 5 milhões de mulheres tenham feito aborto em todo o país. A proporção é de que uma em cada sete já fez o procedimento até os 40 anos de idade, sendo que 81% delas têm religião, o que sugere que, mesmo com suas crenças, consideram ser mais urgente resolver a gravidez por não desejarem dar à luz a uma criança que não querem naquele momento. O estudo indica que muitas das mulheres têm religião de linha conservadora e, mesmo assim, fazem o aborto, ainda que não compartilhem a decisão com outras pessoas. Para movimentos a favor da legalização, a atitude revela hipocrisia.

Perigos e barreiras

Os movimentos feminista e mulherista chamam a atenção para o fato de que o aborto clandestino coloca as mulheres em situação de maior vulnerabilidade e, por essa razão, defendem que se trata de uma questão de saúde pública. Essa associação pode ser observada por meio de outro dado da pesquisa nacional: 43% delas precisam ser hospitalizadas após o procedimento.

O risco do aborto feito de modo improvisado, sem a proteção legal e, portanto, sem assistência adequada de profissionais de saúde, pode levar à morte e, nesse cenário, a maioria é negra. De acordo com o mais recente levantamento oficial do país, 64% das mulheres que perderam a vida após tentar fazer um aborto não especificado – termo mais usado para os abortos clandestinos – tinham esse perfil, tendo como base o intervalo de 2012 a 2021. De 2012 a 2019, mais de 192 mil mulheres foram internadas após abortos não especificados ou após a tentativa dar errado.

A advogada Letícia Vella, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, avalia que, se a mentalidade do país fosse outra, o acesso seria mais fácil até para quem tem, atualmente, direito a fazer um aborto. “As barreiras são inúmeras”, observa.

Ela citou, entre essas barreiras: poucos serviços que oferecem consultas para que se chegue à possibilidade de realização do procedimento; objeção de consciência por parte dos profissionais; limite de idade gestacional; autorização judicial, quando não é necessária; e desconfiança na palavra das mulheres. Citou ainda tentativas de verificar a compatibilidade da idade gestacional com a época da violência (estupro) e a desconsideração de doenças crônicas.

Relato

A designer Ísis* tinha 39 anos e saía há um mês com seu companheiro, apesar de o conhecer há anos, quando descobriu a gravidez indesejada. O relacionamento era tão recente quanto o emprego que conseguira. Pela lei que vigora hoje no Brasil, Ísis não poderia realizar um aborto. Ela chegou a tomar a pílula do dia seguinte para evitar a gravidez, mas não funcionou.

A ajuda chegou por meio de pessoas de sua confiança, em sua maioria mulheres que indicaram contatos para a compra de substâncias abortivas. Ísis também consultou um médico para saber como deveria tomar o medicamento, que adquiriu com dinheiro guardado na poupança, e para conhecer os riscos. Ela contou com o apoio do companheiro, que teve receio de que ela morresse ou ficasse com sequelas após o procedimento.

“Também conheço uma moça que, mesmo tendo dinheiro, quase não conseguiu abortar. Ela estava grávida de gêmeos. Só soube quando foi verificar no exame transvaginal”, conta Ísis, acrescentando que o aborto de um dos fetos não foi feito com sucesso e que ela precisou recorrer a doses de mifepristona, que obteve por meio de um coletivo feminista.

“Eu não estava preocupada em morrer, estava preocupada em parir sem ter planejado. Eu tinha pouquíssimo tempo no emprego. Imagina a confusão”, afirma.

 

*O nome da entrevistada foi trocado para preservar sua identidade.

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Mesmo com um a menos, Flu arranca empate com o Inter na Libertadores

Mesmo jogando por mais de 45 minutos com um homem a menos, o Fluminense mostrou muita força para arrancar um empate de 2 a 2, na noite desta quarta-feira (27) no estádio do Maracanã, no confronto de ida das semifinais da Copa Libertadores, partida que teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

🇭🇺⚽🇦🇹 Empate no Maracanã! @FluminenseFC e @SCInternacional ficaram no 2-2 no jogo de ida da Semifinal da CONMEBOL #Libertadores.#GloriaEterna pic.twitter.com/vhgaYZq23H

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 28, 2023

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Ouvidoria acompanha investigações sobre morte de torcedor do São Paulo.Ex-jogador da NBA diz que esporte é um microcosmo do mundo.São Paulo segura o Fla e conquista título inédito da Copa do Brasil.Agora, o Tricolor das Laranjeiras e o Colorado voltam a medir forças a partir das 21h30 (horário de Brasília) da próxima quarta-feira (4) no Beira-Rio para definir quem avança para a grande decisão da competição continental. O outro finalista será decidido no confronto entre Palmeiras e Boca Juniors (Argentina).

Expulsão no primeiro tempo

Os 67.515 torcedores que compareceram ao Maracanã acompanharam um grande espetáculo no primeiro tempo, no qual tanto Fluminense como Internacional buscaram o gol desde o minuto inicial. Nos primeiros oito minutos de partida o equatoriano Enner Valencia teve duas oportunidades claras de marcar.

Mas o Tricolor queria a vitória e respondeu com um gol logo aos nove minutos, quando Arias venceu duelo com Renê e ficou com a bola para tocar para John Kennedy, que rolou para o argentino Germán Cano finalizar de primeira para vencer o goleiro Rochet.

😉🇭🇺 Você piscou e já tem gol de Germán Cano na Semifinal CONMEBOL #Libertadores!

@FluminenseFC à frente do @SCInternacional no @maracana. pic.twitter.com/AaXiFThBon

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 28, 2023

A alegria da torcida tricolor virou apreensão aos 17 minutos, quando Valencia recebeu com liberdade, driblou o goleiro Fábio e tocou para o fundo do gol. Porém, o lance foi anulado por causa de posição de impedimento do centroavante. Dois minutos depois quem quase marcou foi Keno, que, após boa tabela com Cano, bateu cruzado para defesa com o pé de Rochet.

A partida continuou aberta, com oportunidades de lado a lado, até os 44 minutos, quando Samuel Xavier dividiu a bola de forma imprudente com Valencia para receber o segundo amarelo no jogo e ser expulso.

Com um a menos o Fluminense se desorganizou e o Colorado conseguiu marcar com o espanhol Mallo de cabeça para ir para o intervalo em igualdade.

🙌🇦🇹 Empate do @SCInternacional! No último lance do primeiro tempo!

⚽ O espanhol Hugo Mallo fez seu primeiro gol com a camisa colorada. pic.twitter.com/wHb0gwPVFl

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 28, 2023

Cano decisivo

Em vantagem numérica o Internacional tomou conta das ações na etapa final, e chegou a superar o goleiro Fábio aos nove minutos com Mercado de cabeça. Mas o lance foi anulado pelo juiz, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), por causa de toque na mão do zagueiro na hora da finalização. Mas o Colorado continuou tentando e chegou à virada aos 18 minutos com um belo gol. Maurício tocou para Valencia, que fez um corta luz para deixar a bola para Alan Patrick, que teve sangue-frio para driblar Marcelo antes de finalizar.

Golaço de camisa 🔟!

🇦🇹 Alan Patrick vira o jogo para o @SCInternacional na Semifinal da CONMEBOL #Libertadores. pic.twitter.com/98acm7KeGT

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 28, 2023

Porém, mesmo em desvantagem numérica e no placar o Fluminense não se entregou. Após a bola ser levantada na área pelo colombiano Arias aos 32 minutos, o zagueiro conseguiu cabecear na direção de Cano, que pegou de virada para garantir o empate final.

🇭🇺 Tudo igual de novo no @maracana! Mais uma vez, Germán Cano para o @FluminenseFC.

⚽ 1️⃣1️⃣ gols na CONMEBOL #Libertadores. pic.twitter.com/kxwvNUbLJt

— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 28, 2023

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Lula e Campos Neto passarão a se encontrar periodicamente, diz Haddad

O primeiro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, transcorreu em clima cordial, disse nesta quarta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o titular da Fazenda, Lula combinou reuniões periódicas com Campos Neto daqui para a frente.

“A reunião foi excelente, uma reunião de trabalho, muito boa, muito produtiva, cordial. A conversa transcorreu muito bem”, disse Haddad, que participou do encontro, ao retornar ao Ministério da Fazenda. Com uma hora de atraso, a reunião começou por volta das 18h30 e acabou por volta de 19h45.

Essa foi o primeiro encontro entre Lula e Campos Neto desde que o presidente da República tomou posse. A conversa ocorreu por iniciativa do presidente do BC e foi mediada por Haddad, que se reúnem em média uma vez a cada 45 dias.

Classificando a conversa “de alto nível”, Haddad disse que o encontro serviu para construir relações. “Foi um encontro institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas”, disse.

Sobre uma possível conversa em relação aos juros básicos, objeto de críticas públicas de Lula a Campos Neto desde o início do ano, o ministro desconversou e disse que os dois não trataram de tópicos específicos. “O presidente [Lula] deixou claro o respeito que tem pela instituição [Banco Central]. A reciprocidade foi muito boa da parte do Campos Neto”, limitou-se a dizer o ministro.

No início do ano, Lula e Campos Neto tiveram uma relação tensa, com o presidente da República criticando a demora do Banco Central em baixar a Taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 13,75% ao ano entre agosto de 2022 e agosto deste ano e atualmente está em 12,75%. Em junho, Lula tinha classificado de “irracional” o nível dos juros.

A crítica mais recente ocorreu no início deste mês. Em evento em Fortaleza, o presidente afirmou que ia “continuar brigando” para os juros caírem.

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CPIs do MST, das Americanas e do futebol terminam sem conclusão

Após meses de trabalho, três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) da Câmara dos Deputados terminaram sem votação do relatório final ou indiciamento de responsáveis.

As comissões foram instaladas em maio para investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), inconsistências contábeis no Grupo Americanas e manipulação de resultados de partidas de futebol.

CPI do MST

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Resumo de parecer da CPI do MST acusa movimento de irregularidades.Câmara instala CPIs para investigar MST, Americanas e apostas.O prazo de funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) terminou nesta terça-feira (26) sem a votação do relatório final.

Estava prevista a discussão e votação do parecer do deputado Ricardo Salles (PL-SP) nessa terça-feira (26), o que não ocorreu por causa de um pedido de vista. Um pedido de prorrogação da comissão até a próxima quinta-feira (28) chegou a ser encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira.

Na semana passada, ao apresentar o relatório, Salles pediu o indiciamento de 11 pessoas. Entre elas, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias; de José Rainha, líder da Frente de Luta Campo e Cidade; e do presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva.

O relator acusou o movimento de práticas de abusos contra assentados e privilégios de dirigentes, além de se apropriar de recursos públicos. Para o deputado, não há necessidade, no momento, de ampliar a destinação de áreas para a reforma agrária. “Crimes graves têm sido cometidos, não apenas contra os produtores rurais, mas, também contra os mais humildes integrantes desses grupos e movimentos de luta pela terra”, disse o relator, na apresentação do parecer.

No requerimento de criação da CPI do MST, parlamentares afirmaram que a intenção era investigar o “real propósito [das invasões], assim como dos seus financiadores”. Participaram da comissão deputados de partidos como PP, PL, União Brasil, MDB, Republicanos e PSDB, além de partidos de esquerda, como PSOL.

A criação foi solicitada pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), que presidiu os trabalhos. Na avaliação do parlamentar, houve aumento de invasões desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

CPI das Americanas

Outra CPI que também concluiu as investigações foi a do Grupo Americanas. Apesar de o relatório final ter sido aprovado por 18 votos a 8, não foram apontados responsáveis pelo rombo de R$ 20 bilhões na gigante varejista.

Alguns integrantes da comissão disseram que houve uma tentativa de “blindar” os principais acionistas da empresa, Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles – que não foram ouvidos pela comissão. Em carta à CPI, o ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez, apontava o envolvimento dos controladores na fraude.

Já o relator, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), justificou que não há elementos suficientes para indiciamentos pelo prejuízo milionário e que os inquéritos abertos pela polícia estão em andamento. “Não tem comprovação e não deu tempo para sermos inquisidores, fazer papel de polícia, juiz e promotor”, disse. “Não tenho a coragem de acusar pessoas antes das investigações, a cada dia saem novos fatos”, reiterou o parlamentar.

Chiodini sugere a criação de leis para combater crimes empresariais e melhorar a fiscalização do mercado de capitais, entre elas a instituição do crime de infidelidade patrimonial para quem causar dano ao patrimônio de terceiros em gestão de empresa, com pena de detenção e multa.

Em janeiro, o Grupo Americanas revelou inconsistências fiscais de R$ 20 bilhões e dívidas da ordem de R$ 43 bilhões. Na ocasião, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial do grupo, composto pelas empresas Americanas S.A., B2W Digital Lux e JSM Global. Elas são responsáveis por marcas como as Lojas Americanas, Americanas.com, Submarino, Shoptime, Hortifruti, entre outras.

CPI da Manipulação de Resultados

Iniciada em 18 de maio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre manipulação de partidas de futebol terminou nesta terça-feira (26) sem votar o relatório final do deputado Felipe Carreras (PSB-PE).

Quatro deputados pediram vista do parecer, o que impediu a votação. Os parlamentares Wellington Roberto (PL-PB), José Rocha (União-BA), Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) e Márcio Marinho (Republicanos-BA) não concordaram com as conclusões do relator e o andamento das investigações, como, por exemplo, a não responsabilização de empresas de apostas, conhecidas como bets. O presidente da comissão, deputado Julio Arcoverde (PP-PI), encerrou a discussão e a comissão.

O relator Felipe Carreras disse que o Ministério Público e a Polícia Federal não identificaram indícios suficientes para incriminar as empresas.

Ele disse ainda que pretende levar adiante os projetos de lei propostos no relatório: obrigatoriedade de gestores, dirigentes ou treinadores dos clubes de comunicarem às autoridades competentes a prática do crime de corrupção desportiva, sob pena de responsabilização penal; e a tipificação criminal da conduta de explorar loteria de apostas de quota fixa sem prévia outorga de órgão competente.

“O futebol brasileiro, e o esporte de maneira geral, está muito exposto à prática criminosa de manipulação de resultados, em razão do crescimento do mercado de apostas esportivas”, afirmou Carreras.

Os trabalhos da comissão deveriam ter encerrado no dia 15 de setembro. Foram prorrogados por mais 12 dias, porém não houve consenso entre os integrantes.

A comissão foi criada após investigações do Ministério Público de Goiás (MPGO) revelarem, em abril, a manipulação de resultados em seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. De acordo com o MPGO, os atletas envolvidos receberiam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil por pênaltis cometidos, escanteios e cartões amarelos e vermelhos nas partidas. A manipulação de resultados daria vantagem a apostadores.

*Com informações da Agência Câmara

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Comissão adia de novo votação de projeto contra casamento homoafetivo

Pela segunda vez, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados adiou a votação da proposta que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro adiamento ocorreu na semana passada, após acordo entre deputados da base do governo e da oposição. Desta vez, o relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para analisar as manifestações dos membros do colegiado.

“Gostaria de pedir que nos desse mais um tempo, em respeito aos que honrosamente falaram aqui e até aos que nos desrespeitaram, para provar que não há retaliação e não estamos aqui para impor nada”, disse nesta quarta-feira (27).

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Comissão adia votação sobre proibição do casamento homoafetivo.MPF pede arquivamento de projeto que proíbe casamento homoafetivo.Entidades LGBTQIA+ criticam iniciativa contra união homoafetiva.No parecer, Eurico defende a aprovação do Projeto de Lei 5167/09, que diz que relação entre pessoas do mesmo sexo não pode ser equiparada a casamento ou família.

Ele sugere a inclusão no Artigo 1.521 do Código Civil do seguinte trecho: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar.” Atualmente, o Artigo 1.521 enumera os casos em que o casamento não é permitido, como união entre pais e filhos ou entre pessoas já casadas.

Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que os casamentos homoafetivos são equiparados às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar.

Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família, nem qualquer formalidade exigida para que ela seja considerada como tal. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem casamentos homoafetivos.

Caso seja aprovado na comissão, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter conclusivo. Ou seja, não precisaria ir ao Plenário para nova aprovação, passando diretamente para apreciação do Senado. Só iria ao Plenário se ao menos 52 deputados assinassem um recurso nesse sentido.

A próxima votação na comissão está marcada para o dia 10 de outubro.

A proposta divide os parlamentares. Os contrários argumentam que trata-se de um projeto inconstitucional.

Na avaliação da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), o texto muda legislação com o objetivo de derrubar uma interpretação constitucional. “Isso não existe, é uma proibição para o casamento”, disse, acrescentando que já são aceitas no mundo diversas configurações familiares. “Esta Casa foi feita para garantir direitos e não para retirar direitos”, afirmou.

Os defensores da proposta, como deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), afirmam que a Constituição já determina que casamento é apenas união estável entre homem e mulher. “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à liberdade do texto constitucional”, apontou.

*Com informações da Agência Câmara

Fonte Agência Brasil – Read More

Ministro diz que não há necessidade do horário de verão

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (27) que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão em 2023. Segundo ele, os reservatórios das usinas hidrelétricas estão na melhor condição de armazenamento de água dos últimos anos.

“O Horário de Verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”, explicou Silveira em entrevista no Palácio do Planalto.

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Bares e restaurantes pedem retomada do horário de verão.Ministério de Minas e Energia não vê necessidade para horário de verão.Segundo ele, o governo avalia, em algumas regiões específicas, a necessidade de acionamento de usinas térmicas. “O grande desafio é o equilíbrio constante entre a contratação de energia mais barata, para dar modicidade tarifária para o consumidor, e a garantia do suprimento”, disse, reafirmando que o país tem tranquilidade na geração de energia.

Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia informou que os dados sobre suprimento energético do país não indicam necessidade de implantação do horário de verão em 2023, em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo. Empresários do ramo de bares e restaurantes, porém, já pediram o retorno da medida.

Criado em 1931, o horário de verão foi extinto pelo governo federal em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.

Fonte Agência Brasil – Read More

Anistia Internacional critica mortes na BA em confrontos com a polícia

A Anistia Internacional divulgou, nesta quarta-feira (27), nota pública criticando o governo da Bahia pelo número de mortes registradas no estado em confrontos com policiais.

Levantamento da organização aponta 86 mortes em operações policiais no período de dois meses, o que significa quase duas mortes por dia. Somente em setembro, foram 52 mortes registradas.

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Cinco pessoas morrem após confrontos com policiais na Bahia.Dino diz que Bahia apresenta cenário desafiador em segurança pública .Três suspeitos da morte de Mãe Bernadete são presos na Bahia.A organização, que atua na defesa dos direitos humanos, pede a responsabilização dos envolvidos nas esferas federal e estadual.

“A Anistia Internacional Brasil exige a ação contundente das autoridades em âmbito estadual e federal, para responsabilização de todos os envolvidos nas ações que levaram a essas mortes, incluindo cadeias de comando. Para isso devem ser instauradas investigações céleres, imparciais e efetivas, os agentes que tiveram participação direta devem ser afastados e as armas utilizadas acauteladas”, diz a nota.

O estado da Bahia vive uma onda de violência, com registros de tiroteios quase diários. Nesta quarta-feira (27), por exemplo, dois homens foram mortos em uma ação da polícia em Lauro de Freitas. De acordo com a Polícia Civil, a dupla tinha armas, munições e granadas e atiraram contra os agentes.

No dia 15 de setembro, um policial federal foi morto em uma operação contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. Antes, em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, havia sido assassinada no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador.

Para a Anistia Internacional, o combate às drogas e ao crime organizado “não podem ser usados como justificativas para graves violações de direitos humanos por parte do Estado”.

Na segunda-feira (25), o governador Jerônimo Rodrigues reuniu-se com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, para solicitar reforços.

Dino garantiu a ampliação de recursos para compra de equipamentos e tecnologias, com o objetivo de fortalecer as operações conjuntas. Equipes da pasta estarão até esta quinta-feira (28) em Salvador para visitas técnicas.

Fonte Agência Brasil – Read More

AGU lança observatório para fortalecer a democracia

A Advocacia-Geral da União (AGU) lançou nesta quarta-feira (27) o Observatório da Democracia. O grupo não terá atividade judicial e vai produzir estudos, debates e publicações acadêmicas sobre o fortalecimento da democracia.

O grupo de estudo será vinculado à Escola Superior da AGU e terá eixos temáticos sobre temas como democracia participativa e fortalecimento das instituições democráticas, separação dos Poderes e desafios das democracias contemporâneas para garantir o direito à informação e a liberdade de expressão.

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Moraes diz que desinformação na internet põe em risco a democracia.Luiz Marinho diz que sindicatos frágeis enfraquecem democracia.O observatório será composto por advogados públicos, representantes da sociedade civil e especialistas e será presidido pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

No evento, Lewandowski defendeu que a democracia deve ser a defesa dos direitos humanos e garantia de condições dignas de vida aos brasileiros. Ele citou o árduo caminho para o país alcançar a democracia, que vive constantes ameaças com a difusão de fake news e os ataques de 8 de janeiro. 

“Esperamos contribuir para que possamos realizar aquela promessa do constituinte de 1988 de construir uma sociedade mais igual, mais justa, mais fraterna e mais solidária, mas para isso é preciso que nós estejamos firmes e vigilantes para proteger a nossa democracia”, afirmou. 

Uma das propostas de Lewandowski é que o observatório desenvolva indicadores para medir os avanços no acesso à saúde, ao meio ambiente e às liberdades civis e políticas, como o direito ao voto.

Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, o observatório pretende promover a proteção contra ameaças ao Estado Democrático de Direito. 

“Por anos a fio, a democracia e a política foram desvalorizadas e criminalizadas em processo crescente e autoritário que culminou aos ataques ao sistema eleitoral em 2022 e às sedes dos Três Poderes no infame 8 de janeiro”, afirmou. 

Em janeiro deste ano, nos primeiros dias do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a AGU criou a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia. A procuradoria é responsável pela adoção de medidas judiciais contra desinformação. 

Fonte Agência Brasil – Read More