Geometria e arte cinética compõem retrospectiva de Sérvulo Esmeraldo

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Desde a observação das formas da natureza até os trabalhos que se movem a partir do contato do corpo do espectador. geometrias que começaram a ganhar forma no interior do Ceará, ganharam consistência em São Paulo e chegaram a maturidade na França. Os quase 70 anos de carreira do artista Sérvulo Esmeraldo recebem uma exposição panorâmica que abre nesta quarta-feira (30), no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da capital paulista.

A mostra traz xilogravuras que Esmeraldo produziu ainda no início da carreira, na década de 1950, baseadas em elementos como folhas e conchas. Os trabalhos mais recentes têm data próxima dos anos finais de vida do artista, que morreu em 2017. São esculturas em metal, com formas geométricas e cores bem definidas. Em algumas, as sombras também fazem parte da composição. “Você tem horas, quando você está a uma certa distância, você nem consegue perceber muito bem o que é o objeto e o que é a sombra. É um caminhar de linhas que dialogam”, comenta Marcos Lontra, que assina a curadoria ao lado de Dodora Guimarães Esmeraldo, viúva do artista.

Curadora Dodora Guimarães Esmeraldo, por Rovena Rosa/Agência Brasil

Sombras e movimento

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Mundo do teatro celebra hoje os 100 anos de Barbara Heliodora .É esse tipo de pensamento estético que, segundo o curador, o artista trabalhou em grandes obras elaboradas para marcar o espaço público, como o Interceptor Oceânico, na Avenida Beira Mar, em Fortaleza.

“Quando ele começa a fazer esculturas públicas, isso passa a ter um valor maior ainda, porque a própria luz do sol movimenta a sombra. E ao movimentar essa sombra, cada momento do dia é uma escultura diferente. Então, ele começa a criar essas interferências na paisagem”, detalha Lontra.

A passagem de mais de 20 anos pela França, que teve início com uma bolsa de estudos oferecida por aquele país, também faz parte da mostra. Foi nessa etapa que Esmeraldo se tornou um dos pioneiros da arte cinética, em que os trabalhos do artista produzem movimento a partir do contato com o corpo do espectador, pela transmissão de energia eletroestática.

Nesses trabalhos, em que Esmeraldo se conecta com outros artistas de seu tempo, como os também latino-americanos Jesus Raphael Soto e Cruz-Diez, o curador vê um tanto daquele menino observador, que passou a infância no interior do Cariri. “Quando ele era criança, os ciganos iam para os alambiques concertar os tachos de cobre que faziam rapadura e deixavam aqueles fragmentos de solda. Ele, com isso, criava pequenas engenhocas e colocava nas canaletas de irrigação. Então, tinha essa coisa de como ele observava o movimento. Aí, começa a aparecer a ideia do cinético, do movimento”, relaciona o curador a respeito dos trabalhos da série Excitáveis.

Mostra Sérvulo Esmeraldo no CCBB-SP, por Rovena Rosa/Agência Brasil

Retorno às linhas

No retorno ao Brasil, no final da década de 1970, o artista teve que se adaptar a um ritmo diferente da vida nos grandes centros. “Quando ele volta para o Ceará, não conseguia mais trabalhar com acrílico, porque não tinha. Ele não podia trabalhar com mármore. A única mina de mármore que tinha ali perto, no Rio Grande do Norte, foi inundada para construir um açude. Então, ele se concentra no metal. Aí, no metal ele se reinventa, começa a trabalhar com essas linhas e com essas cores. E isso são alusões ao que ele fazia no início, no Crato”, conta Lontra.

Exposição Sérvulo Esmeraldo: Linha e Lu, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Dodora Guimarães Esmeraldo – Rovena Rosa/Agência Brasil

As esculturas em acrílico são outra marca do período que Sérvulo passou na Europa, quando se aventurava por materiais ainda pouco usados pelas artes. Apesar das diferenças que aparecem ao longo da trajetória do artista, o curador afirma que nunca há um abandono completo do que Esmeraldo fazia anteriormente, mas, sim, um acúmulo. E atravessando todo o trabalho, Lontra vê o olhar do menino que se deslumbrava com as formas e movimentos do mundo.

“Antes de ser um artista da geometria, ele é um artista da observação, da pesquisa e da essência”, resume.

Visitação

A exposição Linha e Luz, com 110 obras de Sérvulo Esmeraldo, vai até o dia 20 de novembro. O CCBB abre todos os dias, exceto terças-feiras, das 9h às 20h. A entrada é gratuita.

Agência Brasil –

Polícia identifica responsável por despejo irregular no Rio Guandu

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A empresa Burn Indústria e Comércio, que atua no ramo de higiene e limpeza, com sede em Queimados, na Baixada Fluminense, é a responsável, de acordo com a Polícia Civil, pelo despejo irregular de produto presente nos detergentes no Rio Guandu, que provocou a paralisação da captação de água para tratamento, na segunda-feira (28), deixando sem abastecimento de água quase 11 milhões de pessoas. A previsão é que o abastecimento fique normalizado nas próximas 48 horas.

A empresa vai responder por crime ambiental e a multa aplicada pode chegar a R$ 50 milhões. O vice-governador do estado do Rio, Thiago Pampolha, que também responde pela Secretaria de Meio Ambiente, disse que a empresa Burn Indústria e Comércio será punida de forma exemplar.

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Estação do Guandu volta a operar com 100% de capacidade no Rio .Cedae retoma abastecimento de água da estação de tratamento Guandu.Lançamento criminoso causou espuma no Rio Guandu, diz Inea .“Nós vamos usar todos os agravantes que fizerem sentido para que a gente possa punir de forma exemplar, na medida e na proporção que o caso exige, sem cometer injustiças, mas dando o exemplo. O estado do Rio não pode aceitar esse tipo de crime ambiental de forma pacífica, precisamos realmente aqui de muita energia do estado”, afirmou o vice-governador.  A empresa opera também na fabricação de produtos têxteis para uso doméstico. Na página da Burn Indústria e Comércio, ela é descrita como empresa de pequeno porte, que tem 20 funcionários registrados em sua folha.

A Polícia Civil vai pedir também a interdição da empresa. Outras fábricas serão visitadas, nesta quarta-feira (30), para identificar se houve mais despejos que provocaram a paralisação da Estação de Tratamento (ETA) Guandu.

Burn

A Burn esclarece que não há nenhuma relação entre a sua fábrica de Queimados, na Baixada Fluminense, e a presença de material químico na bacia do Rio Guandu. A unidade opera com tecnologia de ponta e de padrão internacional, seguindo os mais rigorosos procedimentos de controle, onde o manuseio da matéria-prima é automatizado e em ambiente de circuito fechado, ou seja, sem qualquer escoamento ou ligação com a rede pluvial.

Além disso, tem todas as licenças necessárias e destinação ambientalmente correta de seus resíduos, estando sob monitoramento e controle permanente dos órgãos ambientais competentes.

Cabe ressaltar que a fábrica está a 11 quilômetros de distância do sistema do Guandu seguindo o fluxo do rio, e adota uma série de iniciativas sustentáveis, como sistema de reuso de água da chuva, iluminação por fontes renováveis e selo EU Reciclo. A empresa também contratou laboratório especializado para coleta e análise da água e está colaborando com as investigações, à disposição das autoridades.

Matéria alterada às 8h57 para acréscimo de informação (três últimos parágrafos)

Agência Brasil –

Noite desta quarta-feira terá Superlua Azul

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A noite desta quarta-feira (30) será de Superlua Azul. A Blue Moon –  termo utilizado para a segunda lua cheia do mês – terá, hoje, uma versão maior e mais brilhante. É que ela estará em seu ponto de órbita mais próximo da Terra, o chamado perigeu.

Musa inspiradora de uma das canções mais conhecidas do mundo, composta por Richard Rodgers e Lorenz Hart, a Blue Moon – enquanto música – foi eternizada em vozes como as de Frank Sinatra, Elvis Presley, Ella Fitzgerald e Billie Holiday.

Menor distância

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Superlua pode ser novamente vista nesta quinta-feira.Planetário do Rio de Janeiro tem programação para observar Superlua.Superlua será visível na noite desta terça-feira.A maior aproximação entre a Terra e a Lua será às 22h35 – no horário de Brasília – quando a Lua estará a  357.181 quilômetros da Terra. Segundo o Observatório Nacional, a distância média até nosso satélite natural é de cerca de 384.400 quilômetros.

Astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento explica que a Superlua ocorre de uma a seis vezes por ano, mas em alguns casos a proximidade é ainda maior porque a órbita da Lua é elíptica e não circular.

Brilho

Esse ponto de maior proximidade ocorre quando ela se encontra no perigeu, como na noite de hoje. O ponto mais afastado chama-se apogeu. “Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta”, explica Josina Nascimento.

Próxima do horizonte

Segundo a astrônoma, todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o Sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.

Josina acrescenta que uma boa hora para observar a Superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol, ou no dia seguinte, antes do nascer do Sol. Nessa posição, ela parecerá ainda maior, podendo apresentar “belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera”.

“O evento de uma Superlua atrai ainda mais os olhares para o céu, nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa, porque é visível a olho nu”, finalizou a astrônoma.

Agência Brasil –

Dinamarca pode doar R$ 110 milhões para Fundo Amazônia

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Em reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o governo dinamarquês sinalizou nessa terça-feira (29), em Brasília, a intenção de doar R$ 110 milhões para o Fundo Amazônia entre os anos de 2024 e 2026.  

Com isso, a Dinamarca pode se tornar o quarto doador do fundo, que hoje conta com recursos da Noruega,  Alemanha e da Petrobras. Porém, as verbas ainda precisam ser aprovadas pelo parlamento dinamarquês.   

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Fundo Amazônia faz 15 anos; BNDES quer maior presença de países ricos.Governo da Suíça anuncia doações para o Fundo Amazônia.União Europeia fará doação de 20 milhões de euros para Fundo Amazônia.Em declaração conjunta com o governo da Dinamarca, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou que o dinheiro deve ajudar a “financiar projetos e iniciativas que contribuam para a redução do desmatamento, a proteção da biodiversidade, a melhoria das condições de vida das comunidades locais e a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil”.  

Ainda segundo o comunicado, o ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global da Dinamarca, Dan Jørgensen, elogiou os esforços recentes do Brasil na restauração e manejo sustentável das florestas e no combate ao desmatamento.  

Desmatamento

Dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) mostram uma redução de 41% no desmatamento na região da Amazônia Legal entre janeiro e abril deste ano se comparado com o ano passado, apesar do desmatamento no cerrado ter crescido 14% no mesmo período.

O ministro dinamarquês e Marina Silva ainda se comprometeram a intensificar os esforços para combater o desmatamento, a desertificação, a degradação dos solos e a seca, bem como restaurar terras degradadas. Além disso, concordaram que “políticas destinadas à redução do desmatamento considerem os desafios sociais e econômicos”.  

O Fundo Amazônia já recebeu – em doações – R$ 3,396 bilhões desde 2008. Desse total, 93% foram doados pelo governo da Noruega (R$ 3,189 bilhões), 5,7% pelo governo da Alemanha (R$ 192 milhões) e 0,5% pela Petrobras (R$ 17 milhões). 

Criado em 2008, o Fundo Amazônia deve financiar ações para reduzir o desmatamento e a degradação florestal. Ao todo, já foram financiados 102 projetos, sendo 60 já concluídos, com R$ 1,51 bilhão desembolsado. 

Agência Brasil –

Dificuldade em identificar criminosos propicia arrastões no Rio

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A dificuldade em identificar participantes de arrastões é um dos fatores que propiciam a ocorrência desses crimes na cidade do Rio de Janeiro, principalmente nos arredores de grandes eventos em áreas públicas. A avaliação é de especialistas em segurança pública ouvidos pela Agência Brasil.

Os arrastões – que se caracterizam por roubos e furtos cometidos por vários ladrões, simultaneamente, contra muitas vítimas – ganharam destaque nos noticiários do Rio de Janeiro, novamente, no último fim de semana, durante o show do DJ Alok, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, em comemoração ao centenário do Hotel Copacabana Palace.

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Megaestrutura e mau tempo esperam público para show em Copacabana.Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 500 pessoas foram conduzidas para delegacias, suspeitas de participação em crimes. Dezessete adultos foram detidos; e 15 menores, apreendidos. A PM apreendeu ainda 150 objetos como soco-inglês, canivetes, tesouras, chave de fenda, faca, estilete e facão.

Para o coronel Robson Rodrigues, antropólogo e consultor de segurança pública, o Rio de Janeiro, por sua vocação turística, tem grande apelo para eventos que concentram muito público, o que, de certa forma, favorece a ocorrência de arrastões. Para ele, que já foi chefe do Estado-Maior Geral da Polícia Militar do Rio, essa forma de crime é “extremamente calculada, muito oportunista e precisa, sim, de uma certa sofisticação, por mais primário que possa parecer o criminoso”.

Tática

Rodrigues explica que faz parte da estratégia dos ladrões buscar locais com grande concentração de pessoas. “É uma grande oportunidade porque o criminoso otimiza as suas ações. Com poucos minutos, ele consegue seu intento criminoso e fazer um grande número de vítimas.”

Outra característica, segundo o coronel, é criar a difusão do medo. “Para deixar as vítimas mais fragilizadas. Elas vão ficar paralisadas e oferecer rapidamente os seus pertences”.

Na avaliação do ex-chefe do Estado-Maior da PM, a dificuldade em identificar os criminosos é o grande elemento facilitador para a ocorrência dos arrastões. “Eles apostam que, em um número maior, algazarra, alvoroço, muitos não vão ser identificados”. Para o coronel, as forças de segurança precisam trabalhar com inteligência para evitar o crime e também identificar os responsáveis, uma vez que os delitos aconteçam.

“Além do policiamento ostensivo, são necessárias outras tecnologias, como utilização de drones com câmeras, para que os dados visuais possam chegar a quem está na retaguarda”, indica.

“Não só a visualização, mas que tenha também todo um planejamento por parte das instituições, policiais de pronto e outras estratégias de cerco rápido, sem prejudicar a população. Essa identificação de possíveis criminosos vai ser facilitada [por essas ações]”, conclui.

Na avaliação do antropólogo Paulo Storani, capitão veterano do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM do Rio de Janeiro, a dificuldade em prender e identificar participantes de arrastões favorece a ocorrência de outros ataques coletivos. “A lei penal, por mais que possa ser dura em relação à pena, nunca é aplicada na sua integralidade. Então, isso faz com que o criminoso se sinta estimulado a continuar na atividade criminosa”.  

Para Storani, a polícia acerta quando faz ações preventivas, como revistas nos arredores de grandes eventos e buscas em ônibus que chegam à zona sul do Rio de Janeiro vindo de outras regiões da cidade.

“Mas toda vez que há uma atividade como essa, há uma massa de crítica contra a atividade policial, como se [a polícia] estivesse intervindo no direito de ir e vir da população, mas que, na verdade, estaria tomando preventivos para que fatos como esse não ocorresse”, avalia.

Associação de moradores

O advogado Horácio Magalhães, presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, considera que funcionou bem o esquema de revistas feito pela PM, que apreendeu dezenas de armas brancas. Ele admite que é difícil para as autoridades de segurança coibir totalmente a prática dos arrastões.

“Se valendo da condição numérica, os criminosos se aproveitam disso para cometer crimes de oportunidade. Fica até difícil para as forças de segurança reprimi-los, pois ao serem abordados, se dispersam rapidamente”, aponta. Para ele, “exceto pelo réveillon, o bairro não comporta mais eventos dessa magnitude”.

O Instituto de Segurança Pública (ISP), autarquia ligada ao governo do estado que reúne dados sobre criminalidade, não produz registros específicos sobre ocorrência de arrastão, pois não se trata de uma tipificação criminal. Já em relação ao total de roubos registrados na região metropolitana do Rio, nos primeiros seis meses deste ano foram 51.934 casos, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado (59.229).

Policiamento

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria estadual de Polícia Militar informou que “de acordo com o público previsto em um determinado evento, a estratégia aplicada pelo comando da corporação segue atrelada às análises de planejamento, sempre com o objetivo de diminuir os principais índices de criminalidade registrados durante sua realização, preservando a segurança da população”.  

Além disso, a PM ressaltou que em celebrações culturais de grande magnitude, unidades especiais do Comando de Policiamento Especializado e do Comando de Operações Especiais também são empregadas no policiamento. Equipes do Batalhão de Ações com Cães e do Batalhão de Polícia de Choque atuam em conjunto com agentes de Rondas Especiais e Controle de Multidões e do Regimento de Polícia Montada, formando um cinturão de segurança mais coeso e, segundo a PM, proporcionando dinamismo às equipes policiais.

A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Civil para comentar sobre a ocorrência de arrastões, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.

Agência Brasil –

Entidades desportivas devem proteger crianças e adolescentes

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A proteção integral de crianças e adolescentes é um dos princípios que orientam as novas diretrizes para entidades que promovem práticas desportivas a este público.

As regras estabelecidas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30).

Para atuarem no setor, as entidades devem ter inscrição obrigatória nos Conselhos Municipais e do Distrito Federal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), onde também devem registrar os programas de formação desportiva, seja de natureza educacional; de participação, que promove a integração social; ou de rendimento. As novas regras trazem orientações conforme a natureza do programa.

A medida estabelece que as entidades de desporto educacional, ou de participação, terão que promover avaliação de saúde e prestar assistência integral à saúde, além de incentivar o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, com realização também de atividades pedagógicas e desenvolvimento de pesquisas para melhoria dos serviços prestados.

No caso das entidades de desporto de rendimento, passa a ser obrigatória a gratuidade dos testes seletivos, que devem acontecer no período de férias do ano letivo escolar, com duração máxima de 15 dias. A participação de adolescentes nos testes só é permitida a partir dos 14 anos de idade, com autorização assinada pelos pais, ou responsáveis legais, após realização de exame clínico.

A permanência dos adolescentes nos programas é condicionada à realização regular de avaliação integral à saúde, aproveitamento escolar satisfatório, além da contratação de seguro de vida e saúde. Também foram estabelecidas regras sobre o alojamento, que deverá ser formalizado por meio de contrato, além de ter autorização judicial, para casos em que o atleta adolescente precise permanecer por mais de 15 dias.

Agência Brasil –

Projeto que regula captura de CO2 é aprovado em Comissão do Senado

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O projeto de lei que regulamenta a captação e o armazenamento geológico do dióxido de carbono (CO2) no Brasil foi aprovado nesta quarta-feira (30), por unanimidade, na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado. 

O projeto foi aprovado em caráter terminativo, ou seja, ele poderá ser enviado para Câmara dos Deputados sem necessidade de passar pelo plenário do Senado, desde que não haja recurso apresentado à Secretária-geral da Mesa da Casa.

A tecnologia para se captar CO2 e armazená-lo embaixo da terra é uma das apostas de cientistas para a redução da emissão de gases do efeito estufa que tem provocado o aquecimento da terra e as mudanças climáticas.  

O relator da matéria senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) defendeu que o projeto vai estabelecer “um marco legal efetivo para a implementação de tecnologia voltada para redução das emissões de gases causadores de efeito estufa”, permitindo a “descarbonização de alguns setores cujo processo de produção de bens ou os custos envolvidos não permitem a descarbonização por outros meios”. 

Veneziano citou, como exemplo, os setores de cimento, o petroquímico, o siderúrgico, de produção de fertilizantes, de refino do petróleo, entre outros, que podem usar a tecnologia de captação de CO2 para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.  

CCS

A Captura e o Armazenamento de Carbono ou CCS (Carbon Capture and Storange, na sigla em inglês) retira da atmosfera atualmente cerca de 40 milhões de toneladas (Mt) de CO2 por ano, segundo a Agência Internacional de Energia (IAE).

A agência internacional afirma que a tecnologia de CCS está em rápida expansão e estima que, até 2030, 1,6 bilhão de toneladas (Gigatonelada, Gt) de CO2 estejam sendo capturados da atmosfera e armazenados embaixo da terra para combater o aquecimento global, chegando a 7,6 Gt de CO2 por ano em 2050. 

Para nível de comparação, em 2022, o mundo emitiu 36,8 Gt de CO2 na atmosfera. Ou seja, o total que foi retirado da atmosfera e armazenado segundo estimativa da IAE (40 Mt) representa algo em torno de 0,1% do que o mundo emitiu em CO2 no ano passado.

Agência Brasil –

França proíbe uso de túnica muçulmana nas escolas

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Os conservadores franceses aplaudiram nesta segunda-feira (28) a decisão do governo de proibir as crianças de usarem a abaya [foto], uma túnica usada por algumas mulheres muçulmanas, nas escolas públicas, mas a medida também atraiu críticas.

A França, que impôs uma proibição estrita de símbolos religiosos nas escolas públicas desde que as leis do século 19 eliminaram qualquer influência católica tradicional do ensino público, tem alterado as diretrizes para lidar com uma crescente minoria muçulmana.

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Proibição ao uso de véu leva a protesto contra discriminação.“Nossas escolas são continuamente submetidas a testes e, nos últimos meses, as violações da laicidade aumentaram consideravelmente, em particular com [alunos] vestindo trajes religiosos como abayas e kameez”, disse o ministro da Educação, Gabriel Attal, em coletiva de imprensa para explicar a proibição.

O chefe do partido conservador Os Republicanos, Eric Ciotti, acolheu rapidamente a medida, sublinhando que seu grupo a solicitou repetidamente.

Mas Clementine Autain, deputada do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, criticou o que chamou de “polícia da moda” e uma medida “característica de uma rejeição obsessiva aos muçulmanos”.

O sindicato de diretores escolares SNPDEN-UNSA saudou a medida, dizendo que o que precisava acima de tudo era de clareza, disse seu secretário nacional, Didier Georges, à Reuters.

“O que queríamos dos ministros era: sim ou não?” Georges disse sobre a vestimenta: “Estamos satisfeitos porque foi tomada uma decisão. Teríamos ficado igualmente felizes se a decisão tivesse sido autorizar a abaya.

“Estávamos preocupados com um forte aumento [no número de alunos] que usam a abaya. E acreditamos que não era nosso papel arbitrar, mas sim do Estado”, disse ele, falando de preocupações com a segurança dos diretores.

Em 2004, a França proibiu o uso do véu nas escolas e aprovou a proibição do uso do véu que cobre todo o rosto em público em 2010, irritando alguns membros da sua comunidade muçulmana de cinco milhões de habitantes.

Reportagem adicional de Bertrand Boucey e Ingrid Melander

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Grupo Wagner confirma enterro de Prigozhin em cerimônia privada

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Os restos mortais do líder mais conhecido do grupo Wagner foram enterrados nesta terça-feira (29), em um cemitério da sua cidade natal, São Petersburgo.

A informação foi veiculada pelo serviço de imprensa do grupo mercenário russo através da rede social Telegram, onde surgiram igualmente imagens da cerimônia fúnebre e do local onde Yevgueny Prigozhin foi sepultado, alegadamente perto do jazigo de seu próprio pai.

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Líder mercenário russo está em lista de passageiros de avião que caiu.Rússia diz que testes genéticos confirmam morte de Prigozhin.Estiveram presentes na cerimónia apenas familiares e membros do círculo íntimo do líder do Wagner. O Presidente Vladimir Putin, de quem Prigozhin seria alegadamente próximo, não compareceu.

A discrição do funeral contrasta com as honras militares a que Prigozhin e outros líderes do grupo Wagner teriam direito enquanto heróis da Rússia. 

O serviço de imprensa do Wagner convidou “todos os que se quiserem se despedir a visitar o cemitério de Porokhovskoye, de São Petersburgo”.

Suspeita de atentado

A morte de Prigozhin, aos 62 anos, foi confirmada após análise de DNA dos restos humanos de 10 pessoas, encontrados entre os destroços do avião Embraer em que seguiam e que caiu no dia 23 de agosto, perto de Moscou, quando se dirigia a São Petersburgo.

Antes da queda várias testemunhas ouviram pelo menos uma explosão. Análises norte-americanas têm afastado a probabilidade do aparelho ter sido abatido por um míssil e a hipótese de uma bomba tem ganhado força.

O chefe do grupo Wagner tinha incompatibilidades com as chefias militares russas, depois de acusa-las por diversas vezes e de forma pública de falhas e incompetência operacional. A lista de suspeitos pela queda do aparelho incluem essas chefias militares, bem como o próprio presidente russo, Vladimir Putin.

No final de junho, o grupo Wagner e Prigozhin tinham desafiado o poder russo, abandonando em peso os campos de batalha da Ucrânia e invadindo território russo, chegando a ameaçar Moscou.

Putin, de quem Prigozhin era próximo até essa revolta, falou em “traição”, mas acabou por aceitar a transferência dos milicianos Wagner para a Bielorrússia. A maioria dos analistas considerou então que, depois desta afronta, a vida de Prigozhin estava por um fio.

O Kremlin negou qualquer envolvimento na queda do aparelho e diz que as investigações serão rigorosas.

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Militares anunciam golpe no Gabão e prendem presidente reeleito

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Oficiais das Forças Armadas do Gabão, país africano produtor de petróleo, disseram ter tomado o poder nesta quarta-feira (30) e colocado o presidente Ali Bongo em prisão domiciliar, depois que o órgão eleitoral do país localizado na África Central anunciou que ele havia conquistado um terceiro mandato.

Em um anúncio feito durante a noite pela televisão, oficiais graduados declararam que os resultados das eleições foram anulados, as fronteiras foram fechadas e as instituições estatais foram dissolvidas. Eles disseram que representavam todas as forças de segurança e de defesa do Gabão.

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União Africana suspende Níger, um mês após golpe militar.Centenas de pessoas saíram às ruas da capital Libreville para comemorar na manhã seguinte ao anúncio feito durante a noite, que parecia ter sido filmado do palácio presidencial, conforme as imagens da televisão.

Em outra declaração lida em rede nacional de televisão, os oficiais militares disseram que haviam detido Bongo, que assumiu em 2009 o lugar de seu pai, Omar, que governava o Gabão desde 1967. Os opositores dizem que a família fez pouco para compartilhar a riqueza do petróleo e da mineração do país com seus 2,3 milhões de habitantes.

Se bem-sucedido, o golpe seria o oitavo na África Ocidental e Central desde 2020. O último, no Níger, ocorreu em julho. Oficiais militares também tomaram o poder em Mali, Guiné, Burkina Faso e Chade, apagando as conquistas democráticas desde a década de 1990.

Crise institucional

Os oficiais, que se autodenominam Comitê de Transição e Restauração das Instituições, disseram que o Gabão estava “passando por uma grave crise institucional, política, econômica e social” e afirmaram que a eleição de 26 de agosto não foi transparente ou confiável.

Tiros foram ouvidos em Libreville após a declaração que anunciava a destituição de Bongo, mas as ruas estavam calmas antes do início das comemorações. Mais tarde, policiais se espalharam para proteger os principais cruzamentos da cidade.

Não houve nenhum comentário imediato do governo do Gabão.

Bongo, 64 anos, foi visto pela última vez em público votando no sábado (26). Ele havia aparecido em público antes da eleição com uma aparência mais saudável do que nas raras e frágeis aparições anteriores na televisão após ter sofrido um derrame em 2019.

Repercussão internacional

A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, disse que seu país, ex-governante colonial do Gabão, estava acompanhando a situação de perto.

O golpe cria mais incertezas para a presença da França na região. O país tem cerca de 350 soldados baseados no Gabão. As forças francesas foram expulsas do Mali e de Burkina Faso após golpes de Estado nesses países, em meio a uma onda de sentimento antifrancês, e os líderes golpistas do Níger também revogaram acordos militares com a França.

O Ministério das Relações Exteriores da China pediu que a situação no Gabão fosse resolvida pacificamente e disse que a segurança pessoal de Bongo, que visitou a China em abril, deve ser garantida.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também disse que estava preocupado com a situação e esperava que a situação se estabilizasse.

Região restrita

O Níger e outros países do Sahel (faixa latitudinal do continente africano entre o deserto do Saara e a região equatorial) têm lutado contra insurgências islâmicas que corroeram a fé em governos democráticos. O Gabão, que fica mais ao sul, na costa do Atlântico, não enfrentou os mesmos desafios, mas um golpe seria mais um sinal do retrocesso democrático em uma região volátil.

O descontentamento contra o controle de 56 anos da família Bongo no poder vinha crescendo no Gabão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A agitação violenta eclodiu após a contestada vitória de Bongo nas eleições de 2016 e houve uma tentativa frustrada de golpe em 2019, meses depois que o presidente sofreu um derrame no exterior, levantando dúvidas sobre sua capacidade de governar.

“Achamos que os soldados vão querer se agarrar ao poder e estabelecer um diálogo nacional de algum tipo para elaborar uma nova Constituição, enquanto tiram os leais [a Bongo] da burocracia”, escreveu François Conradie, principal economista político da Oxford Economics, em uma nota.

Os críticos de Bongo dizem que a família não conseguiu canalizar o petróleo e outras riquezas do Gabão para o desenvolvimento, enquanto cerca de um terço da população vive na pobreza.

O Gabão produz cerca de 200 mil barris de petróleo por dia, principalmente de campos que estão se esgotando. Entre as empresas internacionais que atuam no país estão a francesa TotalEnergies e a produtora anglo-francesa Perenco.

A mineradora francesa Eramet, que tem grandes operações de manganês no Gabão, disse que havia interrompido suas atividades.

Havia temores de agitação após as eleições presidenciais, parlamentares e legislativas, nas quais Bongo buscou um terceiro mandato contra 18 adversários.

Sua equipe rejeitou as alegações de fraude.

No entanto, a falta de observadores internacionais, a suspensão de algumas transmissões estrangeiras e a decisão das autoridades de cortar o serviço de internet e impor um toque de recolher noturno em todo o país após a votação levantaram preocupações sobre a transparência do pleito.

Os oficiais disseram que as instituições estatais que haviam dissolvido incluíam o governo, o Senado, a Assembleia Nacional, o Tribunal Constitucional e o órgão eleitoral.

Após o anúncio dos militares, o acesso à internet parece ter sido restaurado pela primeira vez desde a eleição de sábado.

O Centro Eleitoral do Gabão havia dito na quarta-feira que Bongo havia vencido a eleição com 64,27% dos votos e que seu principal adversário, Albert Ondo Ossa, havia garantido 30,77%.

*Reportagem adicional de Alessandra Prentice, Sofia Christensen, Sudip Kar-Gupta e Liz Lee

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