SP: fechamento de turmas dificulta retorno de adultos à educação

Atualmente, São Paulo tem 1.167 salas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A modalidade é fundamental para possibilitar a continuidade dos estudos, especialmente para quem precisou deixar a escola. O tema está em debate na Câmara de Vereadores do município a partir de levantamento, apresentado pelo vereador Carlos Celso Gianazzi, que mostra que, nos últimos quatro anos, mais de 300 turmas foram fechadas. Com a redução da oferta de locais, chegar até a escola se soma ao desafio de seguir com a formação educacional.

Numa rotina corrida, Ducenizia Santana dos Santos prepara-se para mais um dia de aula no ensino médio. São raros os dias em que ela consegue passar em casa, depois do trabalho, para ver as filhas antes de seguir para a escola, onde fica até as 23h. Trabalhadora doméstica, aos 33 anos ela decidiu voltar a estudar depois de 14 anos distante da sala de aula.

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Formação de professores será prioridade no grupo de educação no G20.Psicanalista diz que mundo de tsunami digital requer nova educação.“Eu me levanto às 6h da manhã porque as minhas filhas entram às 7h na escola. Eu levanto, faço o café, faço lanche pra elas. ‘Vamos, vamos que estão atrasadas!’. Aí, depois, faço uma coisa, outra coisa, quando penso que não, já acabou o tempo e eu tenho que correr para o serviço. Não é sempre que venho em casa, porque no decorrer do dia sempre tem alguma coisa a mais pra gente fazer. Então decido ir pra escola direto”, conta.

Depois de um dia inteiro de trabalho, os desafios para Ducenizia continuam, antes mesmo de chegar à sala de aula. Da casa dela até a escola são 30 minutos de caminhada. Percurso que ainda precisa fazer a pé, mesmo morando na maior cidade do país. Isso porque a oferta de ônibus é limitada. Se esperar, ela chega atrasada. São mais de 2 quilômetros caminhando, mesmo com escolas do lado de casa.

“Com todo esse material [da audiência], a gente vai encaminhar depois as ações, os encaminhamentos irão para o Tribunal de Contas do Município, para o Ministério Público, pra gente ter uma ação concreta e evitar esse desmonte da EJA na cidade de São Paulo”, declarou.

A audiência foi realizada em conjunto com a Câmara Federal em Brasília. “É com uma política de bolsa EJA que a gente vai dar garantias para que aquele estudante que está na vulnerabilidade tenha condições efetivas de retornar ao estudo, à educação, à escola”, destacou a deputada federal Luciene Cavalcante.

André Sapanos, professor do EJA e especialista em direitos humanos, explica que esses problemas prejudicam o aprendizado na sala de aula. “Os estados, em todo o território nacional, têm feito polos de EJA. E esses pólos normalmente ficam distantes das casas dos estudantes. Então, quando a escola fica distante, ou do local de trabalho, ou da sua residência, complica um pouco o acesso à escola”, avaliou.

A Secretaria Municipal de Educação disse, em nota, que a demanda por EJA caiu depois da pandemia e, por isso, as turmas foram transferidas para outras escolas. O órgão disse ainda que atende a toda a demanda de matrículas para essa modalidade de ensino.

Ainda de acordo com a prefeitura, “com a obrigatoriedade de estudos a partir dos 4 anos de idade, espera-se a diminuição de matrículas e turmas de adultos para a modalidade de EJA, uma vez que os estudantes se formam na idade recomendada”.

Assista à reportagem da TV Brasil.

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Focus: mercado eleva para 2,18% projeção do crescimento da economia

O mercado financeiro está mais otimista com relação à economia do país. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto – PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país – aumentou de 2,14% para 2,18%, entre a semana passada e esta.

Há quatro semanas, a previsão era de crescimento de 1,26%. O resultado mantém uma sequência de sete semanas de alta nas expectativas. O boletim Focus apresenta semanalmente as projeções para os principais indicadores econômicos do país.

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Famílias chefiadas por pessoas negras são mais atingidas pela fome.Reajustes das mensalidades deixam estudantes sem opção .Para o ano de 2024, a expectativa é de crescimento de 1,22% do PIB. Há uma semana, o mercado previa crescimento de 1,2%. Para os anos subsequentes (2025 e 2026), o mercado projeta altas de 1,83% e de 1,92%, respectivamente.

Inflação

O mercado está mais otimista também com relação à inflação oficial do país, com queda nos índices esperados para 2023 e 2024. Para o ano corrente, as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,12 (estimativa divulgada na semana passada) para 5,06, conforme divulgado no boletim desta semana.

Apesar de as expectativas estarem melhores do que as divulgadas há uma semana, as projeções ainda estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

A expectativa de inflação para 2024 caiu de 4% para 3,98%, entre a semana passada e esta semana; e se manteve estável (3,8%) em 2025. Para 2026, espera-se uma inflação de 3,72%.

Juros e câmbio

Com relação à taxa básica de juros (Selic), principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, as expectativas do mercado financeiro se mantém estável, em 12,25% para 2023; em 9,5% para 2024; e em 9% e 8,75% para 2025 e 2026, respectivamente.

Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, conforme definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto de 2022, e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A previsão do mercado para a para a cotação do dólar se manteve estável na comparação com a semana passada – em R$ 5 para o final de 2023; e em R$ 5,10 para 2024.

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Canabidiol: em favelas do RJ, maioria depende de ajuda para tratamento

Seis em cada dez moradores de favelas do Rio de Janeiro que fazem terapia com óleo de maconha dependem de doações de organizações não governamentais para fazer o tratamento. 

Segundo o levantamento realizado com 105 moradores de favelas pela ONG Movimentos, das 63 pessoas que usam o óleo, 66,67% recebem o insumo medicinal de ONGs ou instituições.

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STJ decide que paciente tem direito a receber canabidiol da União.Fiocruz destaca número de pesquisas sobre potencial de canabinoides.Pacientes protestam no CFM contra resolução que limita canabidiol.Outra forma de obter a substância é por associações de pacientes (20,63%), de amigos ou parentes (6,35%), de liminar (3,17%) ou importação direta pelo paciente (3,17%).

De acordo com Ricardo Fernandes, da ONG Movimentos, a pesquisa mostra que nas favelas também há pacientes que usam derivados de maconha.

“Nossa pesquisa mostra que tem um número significativo de pessoas que faz uso do óleo de canabidiol. Pessoas de fora da favela vão ficar muito surpresas com as informações que a pesquisa traz. O uso do canabidiol ainda tem um recorte muito elitista, por isso o preço é tão elevado”.

Acesso

Mas, muitos não têm condições de pagar pelo remédio e precisam ter acesso de forma gratuita ou subsidiada. Fernandes diz que o processo para obtenção do remédio através do Sistema Único de Saúde (SUS) é burocrático, o que faz com que muitos tenham que recorrer à ajuda de ONGs e outras instituições.

Segundo o estudo, apesar de 60 das 63 pessoas que usam óleo terem prescrição médica, apenas seis conseguiram autorização judicial para o produto. Algumas unidades da federação regulamentaram a distribuição gratuita desse tipo de medicamento, facilitando o acesso dos pacientes, como São Paulo, Paraná, Alagoas, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

“Isso evidencia as burocracias que existem para que a pessoa consiga todo esse processo através do SUS gratuitamente. Hoje o SUS tem algumas formas de disponibilizar o óleo, só que é um processo extremamente burocrático, difícil e não possível para muitas pessoas das favelas, diante de suas necessidades físicas e das necessidades de documentação para se apresentar”.

Mesmo os medicamentos obtidos através das ONGs nem sempre são gratuitos. Algumas pessoas têm que arcar com parte do custo, como o frete.

“Algumas ONGs conseguem fazer com que os óleos cheguem às pessoas de forma 100% gratuita, mas tem ONGs que precisam que as pessoas se responsabilizem pelo menos pela taxa de frete, porque o óleo vem de outro pís”.

O óleo de canabidiol ou de THC é usado por 60% dos entrevistados, mas não é a única forma de uso medicinal da maconha. Outros usos registrados são o cigarro de maconha (18,1%), chás (0,95%) e alimentos (0,95%).

Perfil

O tratamento do transtorno do espectro autista é o principal motivo (52,2%) para o uso dos derivados de maconha, seguido por epilepsia (12,39%), sintomas de ansiedade (12,39%), sintomas de depressão (7%) e dores (5%).

Em relação à religião daqueles que usam esses medicamentos, chama atenção o fato de que 28% são evangélicos. “Minha mãe é evangélica, da Igreja Universal, e hoje recebe o óleo de um projeto do Complexo do Alemão. Ela sofria de dores por causa da Chikungunya que lhe davam desespero. Hoje tem uma outra qualidade de vida. Ela fala dentro da igreja, que faz uso do canabidiol, um óleo que vem da maconha”, conta Ricardo Fernandes.

Entre as outras religiões: 24% são católicos, 10% professam religiões de matriz afro-brasileiras e 3% declararam ter outra fé. Há ainda 35% que declararam não ter religião.

A pesquisa termina com recomendações às autoridades públicas: a regulamentação e fortalecimento das associações que produzem substâncias derivadas da maconha, a aprovação de legislação federal que garanta a distribuição de substâncias derivadas da maconha pelo SUS, o fomento a iniciativas canábicas em favelas e periferias e a revisão da Resolução 327/2019 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece os critérios para a concessão de autorização sanitária para importação, fabricação e comercialização de produtos derivados de maconha para fins terapêuticos.

“O SUS precisa entender o quanto é vital a produção de óleos em grande escala para que as pessoas possam ter mais acesso. E também o fortalecimento das associações que já fazem esses óleos, que já têm a liberação de seus estados e municípios para fazer o óleo, porém não têm incentivos e não conseguem fazer numa escala que atenda a toda a população”, afirma Fernandes.

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Tortura é prática disseminada pelo Estado, dizem especialistas

Um homem morto asfixiado com gás no porta malas de uma viatura policial, dedos de pessoas presas fraturados por agentes penitenciários, policiais carregando um rapaz com mãos e pés amarrados com cordas e um ajudante de pedreiro desaparecido há dez anos após abordagem policial. Os casos parecem saídos do período da ditadura militar no país, mas estão no passado recente da democracia brasileira.

Neste Dia de Apoio às Vítimas da Tortura – 26 de junho – especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a tortura é uma prática estrutural no país e que não aparece apenas em casos isolados. 

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Vítimas de tortura na ditadura pedem memória e providências.Governo reativa Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura .“Eu entendo essas práticas como tortura e maus tratos. Sem dúvida nenhuma, o que a gente testemunha no Brasil, enquanto tortura e maus tratos, tem relação direta com o nosso passado ditatorial. E eu iria até mais longe, tem relação direta com o nosso passado escravista”, disse Gabrielle Abreu, coordenadora executiva de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. 

Para ela, há uma linha de continuidade no que diz respeito à tortura e maus tratos que remonta à escravidão, aos séculos passados, e perpassa pelo século 20, tendo a ditadura como uma oportunidade que a tortura teve no Brasil de se aprimorar, se alastrar e se tornar praticamente um código de conduta não explícito dos agentes das forças de segurança pública no Brasil. 

“Esse episódio em que o homem foi amarrado, suspenso, pelas mãos e pelos pés, me remeteu ao pau de arara, que era um instrumento de tortura muito utilizado pela ditadura e foi muito usado também na escravidão contra homens e mulheres, negros e negras, que foram escravizados”, acrescentou. Segundo a historiadora, tem um fio de continuidade que é preciso romper o quanto antes. “Senão, a história do Brasil vai se tornar uma história de tortura, de maus tratos, de violência e, acima de tudo, uma história de impunidade”, enfatizou. 

Divulgado em abril deste ano pelo Instituto Vladimir Herzog, o monitoramento das recomendações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelou que o item que recomenda ao estado brasileiro a criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura apresentou retrocesso. A CNV investigou violações de direitos humanos cometidas na ditadura militar. 

“Em relação à tortura e maus tratos, o retrocesso é completo. O estado atual é de muita negligência desses instrumentos [de combate e prevenção à tortura], a gente encontrou quase um terreno de terra arrasada mesmo e está num estado da coisa pior do que quando a CNV concluiu seus trabalhos”, revelou Gabrielle. 

Do total de 29 recomendações da CNV, apenas duas foram realizadas (7%) e seis parcialmente realizadas (21%), totalizando aproximadamente 28%. As não efetivadas e retrocedidas conformam a maioria de cerca de 72%, sendo 14 não realizadas (48%) e sete retrocedidas (24%), o que revela uma situação preocupante, segundo o Instituto Vladimir Herzog. 

Prevenção

Um dos itens considerado realizado é o que diz respeito à introdução da audiência de custódia para prevenção da prática da tortura e de prisão ilegal. Apesar da implantação dessas audiências, entidades de direitos humanos ouvidas pela Agência Brasil apontaram ineficiência do mecanismo no combate a violações do estado

De acordo com o relatório, a ausência de responsabilização dos agentes públicos que cometeram graves violações de direitos humanos na ditadura é um dos pilares da contínua impunidade que impera no país em relação aos que atentam contra os direitos humanos e a democracia. 

“A gente passa pela ditadura, não responsabiliza, sequer identifica os torturadores, os agentes públicos da ditadura, não se faz qualquer investigação e a gente chega nesse presente onde a tortura é totalmente naturalizada no Brasil. É difícil chocar as pessoas, independente das práticas cometidas serem bárbaras e cruéis, não há grande sensibilização pública porque a gente já entrou no modo de naturalização muito nocivo dessas práticas”, disse Gabrielle. 

Caso recente em que um suspeito foi amarrado pelos pés e mãos com corda por policiais militares durante sua prisão por furto já teve desdobramento na justiça paulista que o tornou réu. Já os policiais, que estão afastados das atividades operacionais, seguem ainda em investigação para apurar “eventuais excessos”, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). 

Vídeos da abordagem mostram Robson Rodrigo Francisco com as mãos amarradas aos pés, de forma que não permitia que ele ficasse em pé, nem sentado. As imagens mostram que ele é arrastado pelo chão dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois carregado por dois policiais militares, segurando-o pela corda e pela camiseta. Ainda amarrado, ele é colocado no porta-malas de uma viatura. 

“O caso do Robson é um exemplo de muitos outros que acontecem no estado de São Paulo e em outros lugares do país, em que a ausência de uma política institucional que objetive a mudança de cultura dentro das corporações policiais e, ao mesmo tempo, mecanismos que permitam a fiscalização dos estabelecimentos, a detecção e a apuração dessas práticas [faz com] que [situações assim] continuem se repetindo na nossa história, nos momentos atuais, como ocorreram durante a ditadura”, disse a coordenadora auxiliar do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, Surraily Youssef. 

Problema estrutural 

O Brasil tem ainda uma justiça de transição inacabada. Muitos dos relatos de tortura e violência que aconteceram na ditadura militar ainda não foram apurados, apesar da existência da Comissão da Verdade, avaliou Youssef. “O cenário hoje é que a tortura ainda é uma realidade no país. E por que ela é ainda uma realidade? Porque a gente precisa fortalecer os mecanismos institucionais de apuração e de detecção da tortura”, disse. Para ela, a prática de tortura no país ainda é estrutural e é preciso uma mudança de cultura dos agentes estatais de segurança e de sua maneira de atuação. 

Para Youssef, dados das audiências de custódia, nas quais a Defensoria Pública atua na defesa de pessoas presas em flagrante, demonstram que em muitos casos há relatos de violência policial, prática de tortura e outros maus tratos. Informação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra ainda que o órgão recebeu, desde 2005, mais de 85 mil denúncias de tortura ou tratamento cruel, desumano e degradante nas audiências de custódia. 

“Muitas vezes há uma desconsideração da prática da tortura que não é física, que é psicológica também, que é marcada por uma série de mobilização de estereótipos, de ameaças, de xingamentos e que isso também pode provocar o sofrimento intenso e que pode ser qualificado como tortura”, acrescentou. 

O relatório Pontos Cegos da Tortura – elaborado pela Defensoria durante a pandemia de covid-19, quando as audiências de custódia foram suspensas no estado de São Paulo – concluiu que a grande maioria dos autos de prisão em flagrante não tinha juntado o exame de corpo de delito, o que contrariava recomendação do CNJ. 

Após análise de 602 autos de prisão em flagrante de março de 2021 – realizados na Baixada Santista e na capital – a Defensoria concluiu que em menos de 2% dos casos foi realizado o exame de corpo de delito, juntado o laudo ou feito registro fotográfico, que são documentos essenciais para averiguação da prática de violência e tortura. 

“Apesar da resolução do CNJ determinar que, mesmo que a audiência de custódia tivesse suspensa, deveria existir uma análise do laudo pericial de todas as pessoas presas em flagrante, acompanhada da fotografia dessas pessoas, para que houvesse uma mínima identificação de prática de violência ou tortura, a gente percebeu que isso não foi feito pelo judiciário paulista”, disse a defensora. Segundo ela, esse resultado aponta que não houve uma preocupação clara em entender esse mecanismo institucional como essencial para averiguar as práticas de violência. 

A compreensão da tortura como estrutural também abrange as condições a que os presos são submetidos nas unidades penitenciárias, como ausência de acesso à alimentação, a bens materiais e superlotação, o que é realidade no país. 

Vítimas

O combate à tortura deve ser feito por uma série de mecanismos que possam funcionar de forma articulada, mas que tenham como centralidade a ampliação da narrativa daquela pessoa que é vítima de tortura, de acordo com Youssef. 

“Não é à toa que o dia 26 é chamado de Dia de Apoio às Vítimas de Tortura, porque é só a partir do momento que a gente dá centralidade para narrativa dessas vítimas que é possível se pensar [em] mecanismos de apuração, de reparação e apoio psicológico a essas vítimas. Esse é um fator muito importante de ser pensado quando a gente pensa nos mecanismos institucionais”, disse. 

Entre os mecanismos citados pela defensora estão as audiências de custódia, sua institucionalização e ampliação dos espaços de escuta das vítimas; o fortalecimento das perícias e dos fluxos de investigação das denúncias, principalmente tendo em vista que hoje essa investigação é feita pelo próprio batalhão, no caso das polícias militares; e o fortalecimento de mecanismos tanto de controle social, quanto o mecanismos institucionais de inspeções e supervisão dos estabelecimentos de privação de liberdade. 

“Além disso, obviamente, pensar em outra cultura dentro das corporações policiais, e isso passa por organização de cursos de formação para esses policiais, e que exista a participação, inclusive, de pessoas que já foram vítimas de violência e que possam trazer essa perspectiva, curso de direitos humanos, cursos práticos para esses profissionais”, apontou. 

Ela acrescentou que o combate a violações passa ainda por corregedorias fortalecidas e institucionalização do uso das câmeras corporais, não só na Polícia Militar, mas na Polícia Civil. Segundo ela, o uso das câmeras por policiais, que ainda não é disseminado pelo país, ajuda a compreender que muitas das abordagens policiais são acompanhadas de práticas de tortura e de violência.  

Reparação e memória 

Pensar na apuração de tortura também é pensar em mecanismos de memória, segundo a defensora pública, como desculpas públicas e indenizações. “Não é só quando há uma responsabilização criminal do agente que se pensa em mecanismo de reparação de prática de tortura. É preciso repensar também a própria maneira como o Estado repara, de reconhecer a prática, de realizar pedidos de desculpas públicas, de construir espaços onde essas pessoas possam ter apoio psicológico, porque a violência de tortura é para sempre, ela vai deixar marcas”. 

“O Estado reconhecer a violência é o primeiro passo para a gente começar a transformar essa realidade estrutural que, desde antes da ditadura militar, a gente vive e que afeta determinadas pessoas que são mais vulneráveis: pessoas negras, pobres, periféricas, mulheres”, acrescentou. 

A coordenadora do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, a advogada Carolina Barreto Lemos, avalia que a não responsabilização por violações de direitos humanos é algo que marca a história do país.

“É uma história de muitas anistias. A não responsabilização passa o recado é de que está tudo bem, de que não é algo pelo que as instâncias e as autoridades precisam responder e que as pessoas não precisam ser responsabilizadas por isso”, disse. 

Para ela, esse contexto contribui de maneira enorme para naturalização de atos de tortura e maus tratos, no entanto, não houve nenhuma reparação simbólica no país em relação ao período da ditadura militar. “Seria uma forma de romper com essa prática que ficou tão visibilizada na ditadura. A responsabilização teria sido uma forma de simbolicamente dizer ‘nós não aceitamos a prática de tortura no Brasil’ e, no entanto, mesmo nesse caso, houve uma anistia que novamente vem naturalizar isso como algo que não tem problema torturar pessoas presas”, acrescentou. 

A advogada avalia que não houve ruptura pós ditadura militar em relação à violência nas situações de privação de liberdade. “A tortura continua tão disseminada quanto [antes], mas menos visibilizada porque agora ela volta a atingir aquele sujeito que historicamente foi atingido e que sofre com uma forma de desumanização e naturalização da periclitação de suas vidas”, disse, referindo-se à população negra e pobre. 

“Tem algo bem anterior, inclusive à própria ditadura, que é aquilo que marca essa política criminal de encarceramento em massa: o racismo estrutural. A desumanização de pessoas pobres e negras é algo que naturalizou historicamente as práticas de tortura no Brasil desde a escravidão”, disse a advogada. 

Controle externo

Em relação aos mecanismos de prevenção e tortura no país, ela avalia que o controle externo é fundamental para alcançar tal objetivo. “Sem controle externo, não tem como combater ou prevenir. Porque, se existe a ideia de que aquele local está longe do olhar do público, que ele não está sujeito a um controle externo nem à fiscalização, você cria todas as condições para que a tortura aconteça e para que não haja responsabilização, porque inclusive não será sequer denunciada, nem conhecida”, finaliza. 

Ela ressalta a importância da atuação dos órgãos que estão previstos por lei para a fiscalização da execução da pena, que são a Defensoria Pública, o Ministério Público e poder judiciário. “É fundamental um trabalho sistemático e qualificado de prevenção dessas práticas por meio da ação fiscalizatória, que é você fazer as visitas não anunciadas, chegar de surpresa das unidades para ver o que está acontecendo de fato”, citou. 

Lembrando do Robson, que foi amarrado por cordas, do Genivaldo, que foi morto após asfixiamento no porta malas de uma viatura policial, das pessoas presas que tiveram seus dedos quebrados, Lemos ressalta que é fundamental que os poderes deem uma resposta à sociedade. “No caso do rapaz que foi acorrentado pelas mãos e pés e carregado, já teve uma resposta muito ruim por parte das autoridades, inclusive dizer que aquilo não é tortura, então isso já traz uma preocupação.”

“A gente tem que pensar em ações de não repetição. As polícias precisam ter protocolos, e também responsabilizarem seus agentes administrativamente a partir desses protocolos. Porque, se existe um protocolo em uma polícia de que é permitido acorrentar e carregar o sujeito daquela forma, esse protocolo precisa ser revisto. E, se não existe, então precisa apurar e responsabilizar [os agentes]”, disse. 

Além disso, a advogada avalia a necessidade de rever a forma que esses agentes estão sendo formados “porque eles não estão fazendo isso a partir do nada, tem alguma coisa institucionalmente que está sendo colocada para eles para atuarem dessa maneira”.

Fonte Agência Brasil – Read More

Educação: Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

Da Agência Brasil –

Começa nesta terça-feira (27) o prazo de inscrição no Programa Universidade para Todos (Prouni) para o segundo semestre. Os interessados em participar do processo seletivo terão até o dia 30 de junho para fazer as inscrições, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

O resultado da primeira chamada está previsto para o dia 4 de julho e o da segunda chamada, para 24 de julho. Caso os candidatos não tenham sido selecionados nas chamadas regulares, o programa oferece uma nova oportunidade, pela lista de espera. Para tanto, será necessário ao candidato manifestar interesse nos dias 14 e 15 de agosto. A divulgação da lista de espera será no dia 18 de agosto.

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MEC divulga cronogramas do Sisu, Prouni e Fies .Enem tem mais de 4,6 milhões de pré-inscrições.Educação é a base fundamental para o crescimento de um país, diz Lula.O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo – integrais e parciais (50%) – em instituições particulares de educação superior, para cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

Para se inscrever no programa, o candidato precisa ter participado da edição de 2021 ou de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e tenha obtido pontuação igual ou superior a 450 pontos na média das notas.

Além disso, é necessário que não tenha zerado na nota de redação, e que o candidato não tenha participado do Enem na condição de treineiro – situação em que a participação é feita para fins de autoavaliação de estudantes que ainda não concluíram o Ensino Médio.

Para fins de classificação e eventual pré-seleção no Prouni, o Ministério da Educação utiliza a edição do Enem em que o participante obteve o melhor desempenho.

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Agência Brasil – Read More

Acadêmicos da Asa Norte é campeã do carnaval do DF 2023

A escola de samba Acadêmicos da Asa Norte foi a campeã do grupo especial nos desfiles do carnaval fora de época do Distrito Federal, que ocorreram na sexta-feira (23) e no sábado (24), na Passarela Marcelo Sena, no Eixo Cultural Ibero-americano.

A agremiação conquistou, no fim da tarde deste domingo (25), o primeiro lugar da competição com 268,40 pontos no julgamento de quesitos como bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, fantasias, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira. 

Comemoração da escola Acadêmicos da Asa Norte, vencedora do Carnaval de Brasília 2023. Foto Antônio Cruz/ Agência Brasil

A Associação Recreativa e Cultural Águia Imperial de Ceilândia ficou em segundo lugar, com 267,20 pontos. E a tradicional Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc) ficou em terceiro lugar, com 267,10 pontos. A Vila Planalto e a Bola Preta ficaram na última e na penúltima posições do grupo especial, respectivamente. 

Presidente da Acadêmicos da Asa Norte há seis anos, o niteroiense Jansen de Mello, de 77 anos, comemorou a vitória e pediu ajuda para carregar o troféu, pois disse que o prêmio “pesa muito”. “A gente faz carnaval para ganhar. A gente faz a festa, mas faz mesmo para ganhar.”

Com a vitória de 2023, a Acadêmicos da Asa Norte conquistou o quarto título seguido da agremiação, que, agora, passa a ter oito campeonatos ao todo. Brincadeiras à parte, Jansen de Mello revelou o segredo que motivou a comunidade vermelho e branco durante os nove anos em que as escolas de samba não desfilaram no Distrito Federal. “A gente sempre fez eventos pequenos para não deixar o samba morrer”, declarou. 

A escola levou para a avenida o enredo campeão Mulheres pretas do Brasil. A agremiação contou a história de mulheres que se destacam na História do Brasil, além da mulher simples e trabalhadora. Os compositores do samba-enredo vencedor são Diego Nicolau, Juninho Sambista, Tem-Tem Jr, Marcus Lopes, Marcelinho Santos, Richard Valença, Valtinho Botafogo, Romeu Almeida, Yago Pontes, Issac Sousa e Junior Fionda.  

Rainha da bateria da Acadêmicos da Asa Norte desde 2019, Gilmara Santos, a Gil, exaltou a representatividade das mulheres negras. “Eu venho representando esse enredo maravilhoso falando de mulheres pretas. Eu, como uma mulher negra, sei da importância disso à frente desta bateria. É muita representatividade”, disse emocionada.

Segundo lugar e acesso

O presidente da Águia Imperial de Ceilândia, Gilmar Leite, conhecido como Pará, lamentou o vice-campeonato. “O título é sempre mais importante do que um segundo lugar. Nós trabalhamos com muita luta para gente chegar onde chegou. E a comunidade apoiou imensamente”. 

O presidente da Aruc, Rafael Fernandes, falou sobre o resultado final do júri e da decepção da escola cruzeirense. “Tem que olhar para frente. Não é o que a gente esperava, com certeza, mas a gente vai seguir trabalhando. É o que nos cabe. É a nossa responsabilidade”. 

A Unidos de Vicente Pires conquistou o título do grupo de acesso de Brasília e subirá, em 2024, para o grupo especial das escolas de Samba do Distrito Federal. A escola levou para avenida o enredo Nas águas sagradas desperta a Senhora da fertilidade do espelho de Oxum ao reflexo da força da mulher

Carnaval 2023

Ao todo, a Passarela Marcelo Sena, que homenageia o sambista vocalista da banda Coisa Nossa, morto em janeiro deste ano, recebeu 13 agremiações e shows neste fim de semana. 

Apesar do frio das últimas noites, o público e os carnavalescos marcaram presença na passarela e lotaram as arquibancadas instaladas pelo governo do Distrito Federal. 

O desfile foi viabilizado com investimento de R$ 7 milhões com recursos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, mais R$ 5 milhões em editais e do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O secretário adjunto de Cultura e Economia Criativa, Carlo Alberto Júnior, destacou o trabalho de mais de dois anos para trazer o carnaval dos barracões de volta às ruas de Brasília após quase uma década.

“Foi a apoteose da concretização de vários sonhos. Desde 2019, estamos regularizando a parte burocrática das escolas [de samba], a documentação, elaboramos a Escola de Carnaval para aprenderem a fazer, desde a confecção de fantasias, o samba-enredo, preparação de baterias. Depois, houve a luta para conseguir os recursos financeiros até a gente chegar, na sexta feira, e ver o brilho nos olhos de cada integrante, de cada escola, e ver o pessoal vibrando”, declarou o secretário. Para 2024, o plano do órgão é realizar desfiles no aniversário de 64 anos de Brasília, em 21 de abril. “O céu será o limite. Vamos juntar o aniversário da cidade com o desfile”, prometeu. 

O curador da Escola de Carnaval no DF, carnavalesco Milton Cunha, foi o mestre de cerimônias das apresentações dos 13 desfiles do carnaval fora de época de Brasília, nos dois dias do evento. Acostumado a comentar os grandes carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo, Cunha enalteceu o samba no pé e a participação e emoção do público “Achei o sambódromo daqui organizado e glamouroso. Em termos de espetáculo, as 13 comunidades entraram querendo se exibir, cantando seus sambas. Eles aproveitaram muito bem a possibilidade existir. Ali, eles viraram artistas, dançarinos, compositores, músicos, ritmistas, é uma maravilha. Então, eu acho que a organização esteve ótima e as comunidades estavam deslumbrantes. Foi uma super retomada. Um grande recomeço”, vibrou o carnavalesco.

Os desfiles das escolas de samba do grupo especial do DF foram transmitidos ao vivo pela TV Brasil. Os vídeos das transmissões estão disponíveis no site especializado O Carnavalesco, tanto o da sexta-feira, quanto o do sábado.
 

Fonte Agência Brasil – Read More

São Paulo promove ações para prevenir queda de idosos

A prefeitura de São Paulo inicia nesta segunda-feira (26) a Semana de Prevenção de Quedas de idosos. O evento, que ocorre até o dia 30, pretende chamar atenção para a importância da atividade física para essa parcela da população.

A Secretaria de Esportes e Lazer do município destaca que, com o envelhecimento, aumentam os riscos de queda de idosos devido a fatores como a diminuição da força muscular, alterações no equilíbrio e na coordenação motora, bem como a presença de doenças crônicas.  

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Into faz recomendações para prevenir queda de idosos.Violências contra idosos podem ter diferentes facetas.Especialistas alertam para “tsunami” de doentes idosos com câncer.“Nesse sentido, a atividade física desempenha um papel crucial na prevenção desses acidentes, fortalecendo o corpo, melhorando a mobilidade e a estabilidade, e aumentando a confiança dos idosos em suas habilidades físicas”, destaca a pasta. 

Durante a Semana de Prevenção, ocorrerão diversas atividades, como palestras com especialistas na área da saúde, que tratarão de estratégias de prevenção, exercícios específicos e adaptação do ambiente domiciliar para evitar acidentes.   

O evento é aberto a todas as faixas etárias, com participação gratuita. É necessário, no entanto, fazer inscrição prévia pelo link: https://forms.gle/P8fjbgTMg5fDdtaj8

As atividades ocorrerão no Centro Esportivo São Mateus, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa da Vila Clementino, no Centro Esportivo Ipiranga, e no Centro Esportivo Santo Amaro. 

Medidas simples 

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) alerta que as maioria dos acidentes com idosos e que resultam e quedas ocorre dentro de casa, por causa de pisos escorregadios, tapetes, objetos deixados no chão e a baixa iluminação. Nas ruas, os principais obstáculos para os idosos são calçadas com desníveis, buracos e até mesmo as dificuldades no acesso aos degraus dos transportes públicos.

Medidas simples podem ajudar a evitar as quedas dentro e fora de casa, como a retirada dos tapetes, a instalação de barras de segurança nos banheiros e o uso de calçados antiderrapantes. 

Cinco regiões do corpo humano são as mais afetadas pela queda: o fêmur, a bacia, a coluna lombar, o punho e o ombro. 

Fonte Agência Brasil – Read More

Luisa Stefani fatura título de duplas femininas do WTA 500 de Berlim

A tenista brasileira Luisa Stefani conquistou o título de duplas femininas do WTA de Berlim ao lado da francesa Caroline Garcia neste domingo (25). Na decisão do torneio, disputado em piso de grama, as duas passaram pelas tchecas Marketa Vondrousova e Katerina Siniakova. O placar da final foi 2 sets a 1 de virada por 4/6, 7/6 (10-8) e 10 a 4 [match tiebreak]), em pouco mais de uma hora e quarenta minutos de partida.

É CAMPEÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ! 🏆🎾🇧🇷

Luisa Stefani é campeã do @WTA 500 de Berlim 🇩🇪

Ao lado de Caroline Garcia 🇫🇷, Luísa vence de virada dupla da Rep. Tcheca 🇨🇿 Vondrousova / Siniakova por 2 sets a 1 (4/6-7/6-10/8)

QUE CONQUISTA ESPETACULAR! 😍 pic.twitter.com/xUfZ0PUV0x

— Time Brasil (@timebrasil) June 25, 2023

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Brasileiro Feminino: São Paulo derrota Palmeiras e alcança semifinal.Palmeiras recebe Botafogo no grande jogo da 12ª rodada do Brasileiro.Em jogo de superação, Fluminense derrota Bahia no Maracanã.“Muito feliz com o título aqui em Berlim. Ótima semana. Jogo com emoção hoje, salvei alguns match points, um pouco de altos e baixos, mas no final terminamos firme e fortes, o que é o mais importante […]. Obrigado pela torcida de todos, o que é o mais importante”, declarou a brasileira após a conquista.

O resultado recolocou Luisa no top 15 do ranking mundial de duplas. Atual número 21 do mundo, ela deverá subir para o 14º posto.

Após passar praticamente um ano afastada em recuperação de uma grave lesão no joelho, Stefani faturou nesse ano os títulos do Australian Open, nas duplas mistas ao lado do compatriota Rafael Matos, do WTA 500 de Abu Dhabi (Emirados Árabes), nas duplas femininas com a chinesa Zhang Shuai, e do WTA 500 de Adelaide (Austrália), nas duplas femininas ao lado da norte-americana Taylor Townsend.

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Rio terá oficinas gratuitas de dança em julho

Com classificação a partir de 16 anos e atividades gratuitas, a primeira edição do Festival em MovimentoRio de Janeiro está com inscrições abertas pela Plataforma Sympla. A estreia será dia 4 de julho próximo, com oficinas no Centro Coreográfico do Rio, no bairro da Tijuca.

O festival objetiva apresentar a diversidade da dança contemporânea feita nas ruas, nas comunidades e em encontros artísticos. Um percentual das vagas está reservado para pessoas transgêneras e com deficiência (PCDs). O evento se estenderá até 22 de julho. Serão ao todo 280 vagas, distribuídas por 14 oficinas. Haverá também uma roda de conversa aberta ao público.

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Estudo indica que temporais estão mais frequentes no Rio de Janeiro.A curadoria é assinada pelos dançarinos Flora Baltz, idealizadora do projeto, e Romec, que têm vasta experiência em práticas corporais e carregam grande pluralidade artística. Flora disse à Agência Brasil que, no futuro, a ideia é tornar o festival itinerante. Romec afirmou que a intenção é percorrer diferentes regiões do país, realizando a cada ano o festival em um estado diferente.

“Mas a gente aproveitou a oportunidade do edital da prefeitura do Rio de Janeiro e vai oferecer três semanas de aulas gratuitas, de terça a sexta-feira, para dançarinos e profissionais da dança e, aos sábados, aulas abertas para o público em geral”, adiantou Flora. O projeto Em Movimento foi contemplado pelo Programa de Fomento Carioca – Foca 2022, da prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura.

O festival contará com a participação de 13 professores facilitadores que são atuantes no Rio. Flora e Romec (Guilherme Andrade) idealizaram uma abertura ao evento para que professores possam apresentar suas próprias pesquisas no campo da dança. Dois exemplos são Renata Versiani, que dará oficina de Movimentação Singular, e Jacki Karen, que mostrará a Oficina Rebolativa, inspirada no funk.

A terceira semana do festival é dedicada a danças que surgiram no Rio em diferentes gerações. “A gente vai oferecer aulas de charme, dança que surgiu nos anos de 1980, na zona norte, aulas de passinho, que surgiu nos anos 2000, nas favelas cariocas, e o ritmo do funk”, disse Flora Baltz.

Abrindo espaço

Aos sábados, 50% das vagas são prioritárias para pessoas com deficiência. “A gente convidou professores que dão aulas pensando nessa abordagem de incluir pessoas com deficiência”, frisou. No primeiro sábado, a professora Moira Braga, cega, dará a oficina Consciência Corporal. Na semana seguinte, será a vez de Lilian Isídio ministrar a oficina de Dança Contemporânea. Ela estagia na Pulsar Companhia de Dança, voltada a pessoas com deficiência. Um tradutor e intérprete de libras estará presente para auxiliar deficientes auditivos inscritos nos encontros.

Durante a semana, 10% das vagas serão prioritárias para pessoas transgêneras. “A gente está querendo abrir esse espaço para que todas as pessoas se juntem em um espaço só”, salientou. A princípio, cada pessoa vai poder se inscrever em três aulas.

Festival Em Movimento movimentará o Rio de Janeiro até 22 de julho. O dançarino Feijão será uma das atrações (Arquivo pessoal)

“A gente quer dar chance para todo mundo, para quem quiser chegar, chegar. Estou animadíssima”, avaliou Flora. Cada turma terá 20 vagas, sendo três prioritárias para pessoas transgêneras.

Estilos diferentes

O festival visa aproximar dançarinos que praticam diferentes estilos de movimentos, promovendo um intercâmbio de técnicas, vivências, diálogos, experiências, pesquisas e estratégias, sempre buscando práticas corporais distintas, vindas das diversas regiões do Rio. Serão oferecidas sequências de três aulas regulares de diferentes estilos, direcionadas a jovens a partir de 16 anos, sempre de terça a sexta-feira, com a duração de uma hora e trinta minutos cada.

Ao todo, os profissionais que estarão compartilhando seus conhecimentos são André Feijão (Locking Funk Soul Brasil); Valéria Monã (Danças Afro-Brasileiras), Titii Silva (Freettyle); Laranjinha (Passinho Foda); Salasar Júnior (Handstyles); Renata Versiani (Movimentação Singular); Lenna Siqueira (Afrohouse e Afro-Contemporâneo); DandaraPatroclo (Improvisação); Lilian Isídio (Dança Contemporânea); Jacki Karen (Oficina Rebolativa); VN (Passinho Foda); Jeff Antônio (Charme); e Moira Braga (Consciência Corporal).

Como ferramenta de democratização, serão disponibilizados auxílios-transporte para pessoas de baixa renda, inscritas em mais de uma oficina.

Fonte Agência Brasil – Read More

Agência Brasil errou

Por erro da Agência Brasil, publicamos nesse sábado (24), às 14h37, a matéria Parque de Madureira ganha placa em homenagem ao compositor Monarco, mas essas informações referem-se a um fato ocorrido em 2021. A matéria foi despublicada neste domingo (25). Pedimos desculpas aos nossos leitores.
 

Fonte Agência Brasil – Read More