Casos de dengue na cidade de São Paulo chegam a 7.230

A cidade de São Paulo já registra 7.230 casos de dengue este ano, com a confirmação de quatro mortes, segundo os dados do boletim de arboviroses da prefeitura da cidade, divulgado na quarta-feira (18). No mesmo período do ano passado, houve 10.292 casos confirmados e no ano inteiro foram 11.920, com dois óbitos.

De acordo com as informações da prefeitura, todos os casos de morte são de pessoas residentes na zona norte da capital.

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Fiocruz alerta para ressurgimento do sorotipo 3 da dengue.Capital paulista descarta dengue em 15 mortes investigadas neste ano.Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya.Uma morte é de uma mulher, de 19 anos de idade, sem comorbidades, moradora de Santana, com início dos sintomas em 18 de abril e internação em um hospital privado no dia 22 do mesmo mês. Ela morreu no dia seguinte.

Outro óbito é de um idoso de 94 anos de idade, com comorbidades, também residente em Santana, com início dos sintomas em 9 de abril, sendo internado em um hospital privado no dia 13 do mesmo mês, e morrendo no mesmo dia.

Também foi registrada a morte de uma mulher de 47 anos, com comorbidades, residente na região da Casa Verde/Cachoeirinha, com início dos sintomas em 16 de janeiro e data do óbito no dia 24 de janeiro. A outra morte foi de uma mulher de 31 anos, moradora da Vila Maria, que apresentou sintomas em 5 de abril, foi internada em um hospital privado e morreu cinco dias depois.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), disse, por meio de nota, que tem investido continuamente no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses. Uma das ações teve início em abril com a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, inicialmente em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue.

“Mais de 14 mil armadilhas já foram instaladas. Os equipamentos são montados para que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis pela disseminação da doença, distribuam o produto em seus criadouros após contato com o larvicida das armadilhas, a fim de eliminar o mosquito ainda em estágio larval”, informou a secretaria.

Ações

No dia 10 de maio, a Secretaria de Saúde realizou uma ação para intensificação de combate ao mosquito com visitas em 7 mil imóveis. No dia 18 de maio, a secretaria reforçou a frota de combate ao mosquito com mais sete picapes leves com equipamentos de dispersão dos inseticidas, dobrando a capacidade operacional na região.

No sábado (20), a prefeitura realizou o segundo mutirão de combate à dengue, com mais de 95 mil ações, entre visitas casa a casa, para identificação e eliminação de criadouros, nebulização com inseticida e orientações à população local sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“Simultaneamente aos movimentos, a SMS reforça que o apoio da população é fundamental para combater os focos do mosquito, com medidas como: guardar pneus em locais cobertos, lavar os potes de águas dos animais com esponja e sabão, duas vezes por semana; eliminar ou furar os pratinhos dos vasos de plantas; furar, tampar ou guardar em local protegido da chuva os demais recipientes que possam acumular água, tampar ralos, vasos sanitários, barris, tambores, tanques e caixas d’água; limpar calhas e lajes, manter as saídas de água desobstruídas; deixar latinhas, potinhos e outros recipientes recicláveis em local coberto”, recomenda a secretaria.

Fonte Agência Brasil – Read More

Câmara concluirá votação de novas regras fiscais nesta quarta-feira

O plenário da Câmara dos Deputados continua nesta quarta-feira (24) a análise da proposta que estabelece novas regras fiscais para as despesas da União, o chamado arcabouço fiscal. A medida substituirá o atual teto de gastos.  

O texto-base foi aprovado na noite de ontem por 372 votos a favor, 108 contrários e uma abstenção. Para concluir a tramitação na Câmara, os deputados ainda precisam analisar os destaques, que ainda podem modificar trechos da proposta.  

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Câmara aprova texto-base do novo marco fiscal.Com inclusão de gatilhos, Câmara vota arcabouço fiscal nesta quarta.Assim que concluída a votação, a matéria segue para o Senado. Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a medida deve ser analisada ainda neste semestre pelos senadores. 

Principais pontos 

O relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), estabeleceu gatilhos para obrigar o corte e a contenção de gastos no caso de descumprimento da meta fiscal. A proposta estabelece o chamado sistema de bandas para o resultado primário, estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada anualmente, e critérios para a correção das despesas públicas. O modelo prevê um piso e um teto para os gastos do governo.  

Na primeira versão do texto, Cajado havia proposto a aplicação direta do limite de crescimento real da despesa de 2,5% para 2024. O texto foi modificado após acordo entre líderes partidários para condicionar o crescimento ao desempenho da receita do ano.  

A cada ano haverá limites da despesa primária reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também por um percentual do quanto cresceu a receita primária descontada a inflação. 

O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Para o próximo ano, o período considerado para a correção das despesas será julho de 2022 a junho de 2023. Segundo o relator, a medida permitirá a aplicação das novas regras no Orçamento de 2024, com um valor já realizado. O governo havia proposto considerar somente a inflação de 2023, fazendo uma estimativa para o valor anual. 

Em momentos de contração econômica, o gasto não poderá aumentar mais que 0,6% ao ano acima da inflação. Dessa forma, o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida 

De 2025 em diante, os limites de cada ano serão encontrados usando o limite do ano anterior corrigido pela inflação mais a variação real da receita, sempre obedecendo os limites inferior (0,6%) e superior (2,5%). 

Gatilhos 

Chamado de Regime Fiscal Sustentável pelo relator, o projeto prevê que, no caso de descumprimento das metas, haverá contingenciamento (bloqueio) de despesas discricionárias. O projeto de Cajado estabelece a adoção, no ano seguinte ao descumprimento, de medidas automáticas de controle de despesas obrigatórias, como a não concessão de aumento real de despesas obrigatórias e a suspensão de criação de novos cargos públicos e da concessão de benefícios acima da inflação. 

Caso o descumprimento aconteça pelo segundo ano consecutivo, novas proibições serão acrescentadas às existentes, como o aumento de salários no funcionalismo público, admissão ou contratação de pessoal e realização de concurso público (nos últimos dois pontos, a exceção é para reposição de cargos vagos). 

Segundo Cajado, o reajuste real do salário mínimo estará fora dos gatilhos e terá aumento acima da inflação. Inicialmente, havia previsão de também retirar o Bolsa Família do limite de gastos. No entanto, o deputado manteve o benefício sujeito às normas gerais para que seja reajustado acima da inflação. 

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também estará submetido às regras de limite de gastos. O ponto foi uma das divergências entre os parlamentares durante a votação, que defendiam a inclusão da complementação da União ao fundo nas exceções da proposta. 

Punição 

O texto aprovado não criminaliza gestores públicos. Atualmente, o descumprimento dos contingenciamentos e dos gatilhos é considerado uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal. 

*Com informações da Agência Câmara 

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Brasil e Reino Unido anunciam aportes em projeto ambiental na Amazônia

O governo britânico anunciou, nesta quarta-feira (24), aporte de 2 milhões de libras, cerca de R$ 12,3 milhões, a projeto na Floresta Amazônica. O anúncio foi feito em visita do ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly, à estação de pesquisa do AmazonFACE. A estrutura fica cerca de 80km ao norte de Manaus, e lá estão sendo montadas as torres do programa na Floresta Amazônica.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, participou da visita nessa terça-feira (23).

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Rei Charles III pede a Lula que Brasil cuide da Floresta Amazônica.Lula anuncia aliança com Indonésia e Congo por florestas tropicais.Professora da UFRJ cria monitoramento diário de incêndios florestais.Com o valor anunciado hoje, o Reino Unido soma 7,3 milhões de libras (R$ 45 milhões) de apoio ao AmazonFACE, desde 2021. O governo brasileiro investiu R$ 32 milhões por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A liberação dos recursos foi anunciada pela ministra Luciana Santos durante a visita.

De acordo com o MCTI, os resultados do AmazonFACE vão ajudar a comunidade científica internacional a compreender melhor como a maior floresta tropical pode ajudar na mitigação das mudanças climáticas globais, bem como aumentar a precisão de sua vulnerabilidade ao aquecimento global. “A iniciativa tem contribuição central para respostas mais apropriadas no alcance das metas globais do clima”, acrescentou o ministério.

“O AmazonFACE é o principal projeto de cooperação científica entre os dois países. O Reino Unido é o segundo maior parceiro de ciência e tecnologia do Brasil, sendo que nos últimos sete anos houve cooperação em pelo menos 700 iniciativas bilaterais de pesquisa”, destacou o ministério.

O AmazonFACE é coordenado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em cooperação internacional com o governo britânico e implementado pelo Met Office – o serviço de meteorologia britânico.

O experimento se propõe a responder a seguinte questão global: “Como as mudanças climáticas afetarão a Floresta Amazônica, a biodiversidade que abriga e os serviços ecossistêmicos que ela fornece à humanidade?”.

Para isso, o AmazonFACE avalia a capacidade de resposta da floresta tropical a níveis elevados de dióxido de carbono (CO₂) e os impactos deste processo para o clima global, a biodiversidade e os ecossistemas. Ou seja: como a floresta reage ao aumento de concentração de CO₂ para entender seu papel dentro do contexto das mudanças climáticas.

Tecnologia Face

O experimento utiliza a tecnologia FACE (Free Air Carbon Dioxide Enrichment), ou enriquecimento de gás carbônico ao ar livre, em português. A tecnologia FACE libera ar enriquecido com gás carbônico sobre uma vegetação e monitora suas respostas. Ainda de acordo com o ministério, isso vai ajudar a entender como o aumento do CO₂ modifica folhas, raízes, solo, ciclo da água e dos nutrientes da Floresta Amazônica. O impacto ao redor da área do experimento na Amazônia será mínimo e todo o carbono liberado será compensado com o plantio de árvores em áreas de fronteira com o desmatamento. A tecnologia existe desde os anos 1990 e já foi aplicada em projetos em florestas temperadas nos Estados Unidos e na Austrália e no Reino Unido. O AmazonFACE é o único em floresta tropical.

Infraestrutura

Segundo o ministério, para executar o experimento, estão em construção os anéis (plots) em um território reservado para pesquisa na Floresta Amazônica. Cada anel tem 16 torres de 35 metros de altura e 30 metros de diâmetro, que circundam cerca de 50 árvores adultas. É por meio dessas torres que será liberado o ar com CO₂. Nelas também serão acoplados sensores de monitoramento que medem a concentração de CO₂ no ar. No total, serão seis anéis. Cada anel terá também um guindaste com cerca de 50 metros de altura que permitirá aos cientistas coletar materiais e observar o que acontece acima da copa das árvores.

A previsão é colocar os seis anéis em operação no início de 2024. O empreendimento científico tem o desafio de montar a infraestrutura da plataforma de pesquisa com a tecnologia FACE.

*Com informações do MCTI

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Especialistas defendem envolvimento de brancos no combate ao racismo

Nesta quarta-feira (24) tem jogo do Real Madrid, mas a principal estrela do clube merengue não estará em campo. O atacante brasileiro Vinícius Júnior, alvo de ataques racistas no último domingo (21), não treinou ontem devido a um desconforto no joelho. A dor maior, no entanto, não é física. O jogador tenta se recuperar emocionalmente do que que viveu no Estádio Mestalla, na partida contra o Valência. Enquanto o craque se poupa, o combate inegociável contra o racismo, dentro e fora dos estádios, parece ser o melhor antídoto contra o delito, classificado como crime contra a humanidade pelo Direito Internacional.  De acordo com pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, além das ações das instituições governamentais, é urgente o envolvimento de brancos na luta antiracista.

“Esperar, aguardar não é mais possível. O verbo de agora é agir”, frisa o coordenador da Pós-Graduação em Jornalismo Esportivo da Faculdades Hélio Alonso (Facha), Leandro Lacerda, defendendo uma medida enérgica contra torcedores e clubes envolvidos em episódios de preconceito racial. “Eles precisam ser responsabilizados de forma contundente, inclusive responder criminalmente, porque é um caso que extrapola a esfera esportiva. Agora, os clubes também têm que ser responsabilizados com perda de mando de campo, de pontos, etc. Se um estádio inteiro está a gritar cantos racistas, então aquele lugar não oferece segurança para se praticar o futebol”, defende Lacerda.

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ONU condena racismo contra Vini Jr. e cobra ações.Federação Espanhola anula cartão vermelho dado a Vinicius Júnior.Brasil e Espanha querem providências imediatas contra o racismo.Já Thales Vieira, sociólogo e coordenador-executivo do Observatório da Branquitude, sugere que a Fifa ou a Uefa proíba times espanhóis de participar de competições internacionais. “A gente não sabe o que vai acontecer, mas o Movimento Negro não vai deixar que esse seja mais um caso que amanhã vai todo mundo esquecer”. 

O sociólogo destaca que o racismo diário está vinculado ao processo histórico. “A colonização deixou marcas profundas nas sociedades para os negros. Os escravocratas têm dificuldade em conviver com a diversidade racial sem hierarquizar ou animalizar os outros, que são vistos como inferiores e despojados da própria condição de humanos. Não à toa, o insulto é macaco”, esclarece.

“As manifestações do movimento afro-americano Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) costumam ter pessoas brancas à frente para servir de proteção aos negros contra a repressão policial. É este tipo de comportamento, protegendo as vítimas desse processo, que precisamos”, defende Thales Vieira, ressaltando que a prática é o critério da verdade. “Cansado de textos prontos, até o ChatGPT é capaz disso”.

Repercussão

“Mono, mono, mono”. O vocábulo espanhol – cuja tradução é macaco –  é a palavra preferida dos racistas. O ex-jogador Roberto Carlos, em 1997, quando atuava pelo mesmo Real Madrid, também foi alvo do mesmo xingamento, que chegou a ser rabiscado no carro do então galáctico. Em 2014, uma banana foi atirada pelos adeptos do Villareal ao campo, fruta que foi comida, ironicamente, por Daniel Alves, quando atuava pelo Barcelona, mesma cidade onde está preso há mais de 80 dias sob a acusação de estupro.

“Agora, houve uma repercussão mais intensa”, analisa o professor Leandro Lacerda, destacando que Vini Jr. se trata de um jogador de seleção brasileira, titular no clube mais poderoso do mundo. “Foi covarde, asqueroso. Mais uma vez, a vítima foi acusada de ser responsável pelo que aconteceu. No estádio, imitações de macaco e cânticos racistas. Mas nada disso parece importar”, afirma, acrescentando que o brasileiro foi agredido em campo, revidou, recebeu, sozinho, cartão vermelho. “O VAR omitiu as informações da agressão original. Ele recebeu um mata-leão dentro de campo. O igualmente agressor sequer recebeu advertência. Por que?”, questiona.

Na terça (23), o Comitê de Competição da Federação de Futebol da Espanha decidiu tornar sem efeito o cartão vermelho dado ao brasileiro Vinicius Júnior na derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0. Além disso, a entidade comunicou que fechou por cinco jogos o setor da arquibancada Mario Kempes, no qual estavam os torcedores que proferiram insultos racistas contra o jogador da seleção brasileira, e multou o Valencia em 45 mil euros.

“Foi uma violência atroz”, analisa Thales Vieira, lembrando que a repercussão só alcançou este tamanho por conta da reação intensa e imediata de Vinícius Júnior. “Os companheiros de equipe – Courtois, Modric e outros jogadores – podiam ter abandonado o campo. “Dos amigos e aliados contra o racismo espera-se uma reação mais fria, calculada e estratégica, o próprio Ancelloti [técnico] podia ter retirado o time inteiro dentro de campo diante daquela circunstância”.

Fonte Agência Brasil – Read More

Jogo eletrônico simula escravidão e reforça racismo

Um jogo eletrônico em que o usuário é um “proprietário de escravos” estava disponível até o início da tarde desta quarta-feira (24) na plataforma do Google Play. O jogador era estimulado a obter “lucro” e contratar guardas para evitar rebeliões. Havia até uma opção para que o usuário explorasse sexualmente as pessoas colocadas sob seu poder dentro do mundo virtual.

O jogo mostrava imagens de pessoas acorrentadas, inclusive um homem negro, que aparecia coberto de grilhões em uma estética semelhante a um desenho animado. Na capa, uma gravura histórica retratava um homem branco, em roupas elegantes, ao lado de um homem negro escravizado seminu.

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ONU condena racismo contra Vini Jr. e cobra ações.Pesquisa mostra forte desigualdade racial na grande mídia brasileira.Especialistas defendem envolvimento de brancos no combate ao racismo.O Simulador de Escravidão tinha, segundo a própria plataforma, sido baixado mil vezes até a manhã desta quarta-feira (24). Um desenvolvedor de nome Magnus Games apresenta-se como criador deste e de outros jogos disponíveis no Google Play. Os perfis nas redes sociais não permitem identificar com clareza qual seria a empresa ou pessoa por trás do produto.

Racismo grosseiro

A historiadora e psicanalista Mariléa de Almeida vê “racismo grosseiro” no jogo. “Naturalizando a escravização, a desumanização desses corpos negros, como se brincar e fazer um jogo, como se isso não tivesse efeito sobre as pessoas negras, identificadas na sua ancestralidade, mas sobretudos nas pessoas que estão jogando”, enfatizou a pesquisadora, que faz parte da rede de Historiadorxs Negrxs.

Para a historiadora, o produto “reforça os estereótipos, usa de todo o estereótipo racial e da desumanização produzida pelo racismo para o conjunto da população negra para fazer um jogo”.

A especialista lembra que o chamado racismo recreativo é uma conduta que foi tornada crime a partir de lei sancionada em janeiro que equiparou o crime de injúria racial ao de racismo.

Na avaliação de Mariléa, as pessoas ainda sentem que há espaço para esse tipo de conduta devido à construção histórica de que pessoas negras não são seres humanos iguais aos demais. “Esse crime sustenta, do ponto de vista histórico, a naturalização de corpos negros como sendo desumanizados, objetificados”, enfatiza.

“Essa mentalidade, que se expressa no próprio psiquismo que valida as pessoas se engajarem em um jogo desses, sem perceberem o horror. Sem sentirem um horror, um incômodo”, acrescenta Mariléa sobre as razões para que seja possível a criação e o uso desse tipo de produto.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o Google e aguarda resposta.

Repercussão

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) publicou em sua conta no Twitter que entrará com representação no Ministério Público por crime de racismo pedindo a prisão dos responsáveis.

“A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a urgência de regulação do ambiente digital”, disse o parlamentar que é relator do PL das Fake News (PL 2630/220).

🚨URGENTE! DENÚNCIA CHOCANTE! A Play Store, loja de aplicativos do Android, tem um “jogo” chamado SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO, no qual a “brincadeira” consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas. É desumano, nojento, estarrecedor. É CRIMINOSO! 👇🏿

A @unegrobrasilpic.twitter.com/QHi8oaaSOi

— Orlando Silva (@orlandosilva) May 24, 2023

Texto ampliado às 15h30

Fonte Agência Brasil – Read More

Chuva forte coloca Recife em alerta máximo e suspende aulas

A cidade do Recife entrou em estágio de alerta máximo nesta quarta-feira (24) em razão das fortes chuvas registradas. De acordo com o centro de operações local, os alagamentos causam ocorrências em diversos pontos, impactando a rotina da capital pernambucana. Nas últimas horas, o volume de chuva registrado chegou a 75,85 milímetros (mm), o equivalente a 23% da média histórica de todo o mês de maio, que é de 328,90 mm.

Equipes da prefeitura trabalham para amenizar impactos da chuva – Prefeitura do Recife/Twitter

“A previsão do tempo indica possibilidade de chuvas moderadas no Recife nas próximas 24 horas. As equipes municipais estão mobilizadas e monitorando a situação. As aulas foram suspensas na rede municipal de ensino e a população deve procurar sair de casa apenas em caso de necessidade”, destacou o centro, por meio de nota.

Abrigos

A prefeitura do Recife abriu cinco abrigos para acolher pessoas que precisem deixar suas casas provisoriamente. Os espaços recebem demandas espontâneas e encaminhamentos da Secretaria Executiva de Defesa Civil e estão situados nas seguintes áreas: CSU Bidu Krause – Avenida 11 de agosto SN; Escola Paulo Sexto VI – Rua Guaíra, 200, Linha do Tiro; Escola Diná de Oliveira – Rua São Mateus, s/n, Iputinga; Escola Célia Arraes – Rua José Noya, 117, Várzea; e Igreja Batista de Coqueiral – Rua Coripós, 91, Coqueiral.

Serviços

“Devido às fortes chuvas nesta quarta-feira, alguns serviços municipais oferecidos pela prefeitura do Recife tiveram atendimento presencial alterados”, informou a prefeitura. No Procon Recife, localizado no bairro da Boa Vista, não haverá expediente nos postos de atendimento do órgão localizados nos centros comunitários da Paz, os chamados Compaz (Ariano Suassuna, no Cordeiro; Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha;  Dom Helder, no Coque). As agências de emprego, escolas profissionalizantes e salas do empreendedor do Recife também não vão funcionar.

Museus e teatros estarão fechados nesta quarta-feira, “para evitar deslocamentos e garantir a segurança de funcionários e público”. Também foi cancelado, em razão das chuvas, o concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, que seria realizado na noite de hoje, a partir das 20h, no Teatro de Santa Isabel.

Defesa Civil

A Defesa Civil do Recife mantém plantão permanente e pode ser acionada pelo telefone 0800 081 3400. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas. A orientação é que moradores de áreas de risco fiquem atentos e acionem o órgão em caso de necessidade. “A população deve ficar atenta aos canais digitais da prefeitura do Recife, que estarão sempre atualizados sobre a situação”, destacou o órgão.

Fonte Agência Brasil – Read More

Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

O Flamengo enfrenta o Ñublense (Chile), a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (24) no Estádio Municipal de Concepción, com a missão de somar pontos que lhe permitam encaminhar a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Para isto, o Rubro-Negro terá que voltar a vencer na competição continental. Após estrear com derrota de 2 a 1 para o Aucas (Equador) fora de casa, o rubro-negro bateu o Ñublense por 2 a 0 no Maracanã e ficou no 1 a 1 com o Racing (Argentina). Com isso, o Fla ocupa a vice-liderança do Grupo A da competição com 4 pontos. A liderança é do Racing, que na última terça-feira (23) superou o Aucas por 2 a 1 para chegar aos 10 pontos.

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Libertadores: Paulinho decide e Atlético-MG vence para continuar vivo.Flamengo e Palmeiras lideram lista de clubes com maior receita em 2022.Vinicius Júnior pede punições a responsáveis por agressões racistas.Porém, mesmo tendo vencido os chilenos na partida disputada no Maracanã, o técnico argentino Jorge Sampaoli deixou claro, em entrevista coletiva, que não espera facilidade, ainda mais atuando fora de casa: “[O Ñublense é um] time que joga muito bem […]. É um time que tem qualidade de jogo e que maneja muito bem a bola”.

O Mengão trabalhou nesta terça (23), no Estadio Huachipato-CAP, com foco na partida de amanhã, diante do Ñublense, pela @Libertadores! 🔴⚫ #VamosFlamengo #CRF

Marcelo Cortes /CRF pic.twitter.com/eUPGrWN579

— Flamengo (@Flamengo) May 23, 2023

Um importante “reforço” para esta partida pode ser o uruguaio Arrascaeta, que desfalcou o Flamengo no último domingo (21) em partida do Campeonato Brasileiro contra o Corinthians. O meio-campista, que ficou fora de combate por causa de dores na coxa direita, participou do treino realizado na última terça (23) já em solo chileno.

E a presença de Arrascaeta, um exímio articulador de jogadas, pode ser de grande importância para o Rubro-Negro conseguir fazer algo que Sampaoli destacou em sua última entrevista: ter a capacidade de criar oportunidades de gol diante de defesas muito fechadas. “Quando os espaços são reduzidos, o time tem que ter a tranquilidade de criar esses espaços, para depois estar no momento de os jogadores de qualidade definirem a partida”, declarou o treinador.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Ñublense e Flamengo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

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Pesquisa mostra forte desigualdade racial na grande mídia brasileira

O coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa (Gemaa) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), professor João Feres Júnior, disse que a desigualdade racial é brutal no jornalismo brasileiro, embora haja também desigualdade de gênero. A afirmação foi feita ao comentar a pesquisa Raça, Gênero e Imprensa: Quem Escreve nos Principais Jornais do Brasil?, feita pelo grupo e divulgada neste mês. 

A pesquisa mapeou o perfil dos profissionais que escrevem nos três maiores jornais impressos do país, Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo, e teve colaboração da Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação, associação que se dedica a combater a escassez de oportunidades para profissionais negros neste mercado. Conforme a pesquisa, os jornais analisados mantiveram a maioria branca identificada em estudo feito em 2021, atingindo 84,4%, o que indica a existência de forte desigualdade racial.

O segundo grupo mais numeroso no jornalismo brasileiro são os pardos (6,1%), seguidos dos pretos (3,4%), amarelos (1,8%) e indígenas (0,1%).

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Ministério da Igualdade Racial estuda criar Disque Racismo.Federação Espanhola anula cartão vermelho dado a Vinicius Júnior.Brasil e Espanha querem providências imediatas contra o racismo.João Feres Junior observou que, quando se trata de textos de opinião, considerados o “filé do menu” jornalístico, a sobrerrepresentação de jornalistas brancos sobe para 90%. “Em editoriais, alcança 100%, caso do Estadão”, ressaltou o professor. Em O Globo, são 93% e, na Folha, 86% de brancos. “Não tem só uma subrrepresentação brutal de negros escrevendo nos jornais mas, também, em termos de espaço de maior poder nos jornais”, observou.

“As mulheres brancas até ganham dos homens como colunistas, com maior tempo escrevendo, enquanto os homens brancos ocupam quase exclusivamente as categorias com mais frequência de aparição na grande mídia, e os negros ficam na categoria de aparecer uma vez ou duas, menos frequentes”. Ou seja, não há muito colunista negro na grande mídia, acrescentou.

Considerando o perfil de raça e gênero, observa-se nos três jornais que a maioria dos textos é assinada por homens brancos, seguidos de mulheres brancas, enquanto uma pequena parcela envolve homens negros e mulheres negras, nessa ordem. Para os pesquisadores, isso denota um problema da invisibilização de grupos sociais na produção das narrativas e informações que levam à formação de opinião. Segundo a sondagem, mulheres brancas lideram entre os colaboradores mais frequentes (acima de 16, de 11 a 15 e de 6 a 10 textos no período pesquisado relativo a 2021), enquanto homens e mulheres pretos encontram-se na faixa de mais baixa frequência (de 1 a 5 textos no período).

O estudo indica que a desigualdade da distribuição geral se reproduz de modo similar pelas temáticas abordadas. A exceção são notícias relacionadas a esportes, cujos textos têm seis vezes mais autores homens que mulheres.

Gênero e idade

Há também desigualdade de gênero nos jornais pesquisados. As mulheres representam um terço do total de profissionais de imprensa nos três veículos, com fatia de 36,6%, enquanto os homens detêm 59,6%. Outro dado interessante mostra que as mulheres se concentram nas faixas de idade mais baixas, enquanto os homens estão, em maioria, nas faixas etárias a partir de 50 anos. A pesquisa aponta duas hipóteses para explicar esse dado: “o desequilíbrio observado pode ter a ver com a mudança cultural em prol de maior igualdade de gênero, que afetaria mais as categorias de entrada, ou seja as mais jovens, e os jornais têm mecanismos internos que promovem a exclusão de mulheres ao longo da carreira”. João Feres Júnior afirmou que não dá para saber qual é a causa verdadeira dessa diferença, mas admitiu que pode ser uma combinação das duas hipóteses.

O Estado de S. Paulo tem a maior proporção de pessoas acima de 60 anos (20%), seguido pela Folha (15%) e O Globo (10%). Em todos, esse grupo é composto majoritariamente por homens, revela a pesquisa.

Solução

João Feres Júnior afirmou que a solução para a desigualdade racial e de gênero nos veículos da grande mídia é os jornais contratarem mais pessoas negras e estabelecerem um equilíbrio de gênero maior. “Não tem outra coisa. É política de ação afirmativa para aumentar a participação de homens e mulheres negros”. Para o professor, a questão mais gritante que precisa ser resolvida é a representação dos negros e também dos pardos no jornalismo brasileiro.

Ele aponta uma intensidade da subrrepresentação dos jornalistas negros, “que se pode chamar de discriminação, ou intensidade da dominância branca nesses espaços; o fato é que a hegemonia branca aumenta na medida em que você caminha para os espaços de maior poder e prestígio no jornal, que são os colunistas e, depois, os editoriais”.

Feres disse que é preciso resolver também a questão da subrrepresentação de gênero, pois as mulheres também são subrrepresentadas, embora não tanto quanto os negros. As mulheres estão mais representadas nas categorias mais jovens do que nas velhas. Segundo o professor, estes são os achados mais importantes da pesquisa. Ele propõe a criação de uma política de inclusão que atinja metas, ou estabeleça cotas. “Por exemplo, fixar que, em cinco anos, tenhamos 20% ou 30% de negros”. Para Feres Júnior, não adianta ficar só no discurso: é preciso realizar.

A pesquisa reforça o papel do jornalismo na reprodução simbólica da sociedade brasileira e na informação política dos cidadãos, “tão fundamental para o funcionamento do regime democrático”. Para ele, subrrepresentação de pretos e pardos nos grandes jornais evidencia a existência de um grave problema de ordem cultural, social e política que parece não ter sido combatido por medidas de inclusão e diversidade nas redações.

Retrato

Na avaliação da coordenadora de Igualdade Racial da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Valdice Gomes, a pesquisa mostra de maneira clara que negros e mulheres são minoria nas redações da grande mídia, e o estudo do Gemaa/Uerj confirma o retrato que vem sendo feito sobre o perfil racial da imprensa brasileira. “Isso só mostra o quanto os jornalistas negros vêm denunciando e reivindicando políticas e ações afirmativas também no segmento de comunicação. O perfil traçado só vem provar o quanto o jornalismo feito por esses veículos é prejudicial para a própria população. Não é representativo da sociedade brasileira, quando se sabe que a maioria da população, 56%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são pessoas negras.”

Valdice chamou a atenção também para o fato de a maioria da população brasileira ser formada por mulheres. “E um jornalismo feito com esse perfil retratado na pesquisa mostra que a realidade da sociedade brasileira não está sendo mostrada de forma mais verdadeira. Isso prejudica o jornalismo que está sendo feito”. De acordo com a jornalista, as pautas raciais e de gênero, quando são abordadas, não vêm com a qualidade necessária. “É um jornalismo prejudicial, não só pelo perfil dos profissionais que fazem, mas também pelas fontes que são ouvidas e apresentadas. Nem a população está representada nas fontes e, muito menos, pelos profissionais. E isso, logicamente, é prejudicial para a sociedade e não contribui para a redução do racismo, nem do machismo.”

Segundo Valdice, é por essa razão que a Fenaj luta tanto para que ações afirmativas, políticas de equidade racial e de gênero ocorram também nos veículos de comunicação. Há alguns anos, jornalistas negros denunciavam a situação, mas não havia pesquisas. “Eram situações que a gente sentia na pele, porque vivia a realidade. Hoje, existem pesquisas. Então, não tem desculpa para que os veículos de comunicação deixem de promover tais políticas. Hoje, eles têm esses números, têm esses dados.”

Para Valdice, o que é preciso é que os empresários do setor entendam e demonstrem vontade e interesse de contribuir com uma sociedade melhor. O jornalismo é um bem social e, se é um bem social, tem que estar a serviço da maioria da sociedade brasileira. “Enquanto ele [jornalismo] tiver esse perfil, não estará contribuindo para a melhoria da sociedade, para uma sociedade mais democrática, mais justa e menos racista.”

Passo à frente

A professora Dione Moura, diretora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), não demonstrou surpresa ante a pesquisa da Gemaa. “Os dados não surpreendem, embora contrariem o que deveria ser. Não causam surpresa, nem espanto, porque espelham desigualdade de gênero e raça da sociedade brasileira, mas contrariam o nosso desejo. Não só meu, enquanto pesquisadora, jornalista e mulher negra, mas de uma grande coletividade, nosso desejo de que as instituições deem um passo à frente, no sentido da igualdade de gênero e da redução da desigualdade racial.”.

De acordo com Dione, o fato de a sociedade brasileira ser desigual não permite que empresas de qualquer setor digam que, já que a sociedade é desigual em termos de raça e gênero, nós também seremos. “Não. A função das instituições é dizer que a sociedade brasileira tem desigualdade de gênero e raça e nós, enquanto instituições de mídia, iremos no sentido contrário e vamos promover políticas de igualdade de gênero e racial. Por isso, esse dado contraria, porque vai no sentido de algo que a gente já poderia ter feito.”

Dione afirmou, no entanto, que não se pode esperar um movimento natural. “Temos que ter ações afirmativas para os processos seletivos de jornalistas mulheres e mulheres negras e também indígenas e quilombolas. Precisamos desse movimento de inclusão, que não será natural, assim como não foi natural o processo de escravização do povo negro, nossos antepassados, no continente africano”. Segundo ela, só uma ação social pode corrigir os resultados da que foi a escravização no Brasil e em toda a América Latina. “Não sairemos disso sem uma ação incisiva.”

Respeito

Na opinião da professora, os três jornais que analisados na pesquisa merecem, por seu papel histórico, todo o respeito da comunidade de leitores, mas podem gerar mais respeito ainda na medida em que passarem a incluir em seus processos seletivos, desde a fase de estágio, uma política de igualdade racial e de gênero. “Isso também é obrigação da instituição, contemplando jornalistas negros, de povos indígenas e de comunidades quilombolas”. Dione deixou claro que não é a jornalista negra que vai ter emprego que ganha. O leitor, o espectador, o internauta do veículo de imprensa vão ganhar uma visão diferente de mundo.

Órfã de pai aos 5 anos, criança negra, Dione Moura dependia do trabalho da mãe costureira para estudar. Graças a uma pessoa benemérita da família, que pagou sem aparecer, ela conseguiu bolsa de estudos aos 15 anos para o curso científico e pôde se formar. Tudo o que sofreu fez com que ela se tornasse uma mulher que pensa na inclusão e que busca bolsas de estudo para os seus estudantes. “Porque, aos 15 anos, tive que fazer isso”.

De acordo com Dione, uma instituição de imprensa que perde uma pessoa com essa experiência está privando seu leitor, seu internauta, dessa visão de mundo. “Essa inclusão não é só para quem é incluído. A jornalista negra que não está na mídia não pode contribuir com o que sabe, com sua experiência, com asua visão de mundo mais diversificada e historicizada. É o leitor, quem acompanha a empresa pelo Instagram, todos perdem. Essa é a questão”.

Segundo a professora, o mesmo ocorre com a jornalista indígena. Dione propõe que as empresas de comunicação invistam mais em postos de trabalho para mulheres, porque as jornalistas brancas que estão nessas instituições também não se encontram no melhor dos mundos. “Há muita precarização, terceirização”. Ela disse esperar que as empresas jornalísticas decidam empregar mais mulheres, jornalistas negras e indígenas porque o leitor vai atrás onde elas estão. “É preciso perceber que a perda não é só do excluído, mas de quem exclui também”, afirmou.

Fonte Agência Brasil – Read More

Procon verifica queda média de 5% no preço da gasolina no Rio

Uma vistoria do Procon-RJ em pontos de venda de combustíveis do Rio de Janeiro encontrou 14 estabelecimentos que não repassaram, aos clientes, as reduções de preços praticadas pela Petrobras.

A autarquia estadual de defesa do consumidor fiscalizou 300 estabelecimentos entre segunda-feira (22) e terça-feira (23), em vários municípios fluminenses.

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Governo lança canal de denúncias sobre preço de combustíveis.Canal recebe mais de mil denúncias de preços abusivos de combustíveis.Segundo o Procon-RJ, os estabelecimentos terão dez dias para explicar por que não reduziram o valor de seus produtos. Um dos locais, um depósito na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, baixou o valor do botijão de gás (13 kg) de R$ 118 para R$ 95 na hora da vistoria.

A maioria dos estabelecimentos, no entanto, apresentava redução de preços. A média da queda dos valores da gasolina verificada foi de 5% em relação aos preços mostrados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana anterior.

O valor médio da gasolina verificado no Grande Rio foi de R$ 5,19, enquanto o gás de botijão teve preço médio de R$ 90,20 na região.

“Identificamos uma redução progressiva dos valores dos combustíveis, mostrando que a medida está sendo eficaz. Constatamos uma redução média de 5% nas gasolinas e de 7% no diesel”, informou o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.

A ação do Procon-RJ foi motivada por uma solicitação da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), para que Procons de todo o país fiscalizassem os pontos de venda de combustíveis.

Fonte Agência Brasil – Read More

PF prende acusados de enviar cocaína para Europa em navios

Policiais federais cumprem, nesta quarta-feira (24), quatro mandados de prisão preventiva contra acusados de tráfico internacional de drogas no Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de integrar um grupo criminoso especializado no envio de cocaína pura para a Europa em navios. 

Entre os alvos da ação desta quarta-feira, estão dois mergulhadores profissionais, que escondiam a droga nos navios. 

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Pesquisa do Ipea aponta falha em ações criminais por tráfico de drogas.Operação da PF investiga tráfico de drogas no Aeroporto de Guarulhos.PF faz operação para desarticular tráfico internacional de drogas.Também estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. As diligências estão sendo cumpridas em endereços nos municípios de Niterói e Magé, no Grande Rio. 

Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo é vinculado à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. As investigações mostraram que a organização armazena a droga em favelas cariocas. 

Com o apoio de funcionários que atuam do Porto do Rio de Janeiro, o grupo descobria os navios que tinham destino à Europa. Então, os mergulhadores escondiam a droga nos cascos dessas embarcações. 

Quase 1,5 tonelada de cloridrato de cocaína (a forma pura da droga) foi apreendida durante as investigações pela PF. 

Fonte Agência Brasil – Read More