Pesquisa revela que desmatamento ameaça Mata Atlântica

A Mata Atlântica sofreu a derrubada de 20.075 hectares (ha) de floresta no período de um ano, entre  outubro de 2021 e de 2022, o correspondente a mais de 20 mil campos de futebol. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, pesquisa realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 

Embora o número represente queda de 7% em relação ao detectado em 2020-2021 (21.642 hectares), a SOS Mata Atlântica avalia que o desmatamento está ainda em um patamar elevado. A área desmatada no último ano é a segunda maior dos últimos seis anos e está 76% acima do valor mais baixo já registrado na série histórica, que foi de 11.399 hectares entre 2017 e 2018. 

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Mata Atlântica tem maior número de espécies ameaçadas, diz pesquisa .Pesquisas contribuem para aumento de trilhas na Mata Atlântica.“Houve uma pequena queda de 7%, mas a gente considera que é uma situação de estabilidade, é uma variação muito pequena em um patamar alto, acima de 20 mil hectares, que é um valor para a Mata Atlântica muito alto se a gente entender que é um processo cumulativo de 500 anos de desmatamento. É um dado muito preocupante. São 55 hectares perdidos por dia”, disse o diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto. 

Dados da entidade apontam que o bioma é lar de quase 70% da população e responde por cerca de 80% da economia do Brasil, além de produzir 50% dos alimentos consumidos no país. 

Estados mais desmatados 

O levantamento aponta que o desmatamento está concentrado em cinco estados: Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nos três primeiros, Guedes revela que o desmatamento é resultado da expansão – em grande escala – da agricultura e da pecuária. Ressalta que são regiões de fronteira agrícola ainda em abertura. 

“No Paraná e em Santa Catarina [tem-se] uma região de fronteira agrícola que a gente considera consolidada, mas que persiste com desmatamento comendo as bordas das matas. Um aumento da área cultivada ali sempre comendo pela borda um pedacinho em cada lugar, são muitos desmatamentos pequenos, mas ainda muito relevantes que acumulam milhares de hectares”, indicou. 

Cinco estados acumulam 91% do desmatamento: Minas Gerais (7.456 ha), Bahia (5.719 ha), Paraná (2.883 ha), Mato Grosso do Sul (1.115 ha) e Santa Catarina (1.041 ha).

Oito estados registraram aumento no desmatamento (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe) e nove mostraram redução (Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo). 

Em relação aos municípios, dez concentram 30% do desmatamento total no período. Desses, cinco estão situados em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e quatro na Bahia. 

Apenas 0,9% das perdas deu-se em áreas protegidas, enquanto 73% ocorreram em terras privadas, o que, segundo a entidade, reforça que as florestas vêm sendo destruídas, sobretudo para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas, além da especulação imobiliária – nas proximidades das grandes cidades e no litoral – que também é apontada como outra das causas principais. Guedes citou, também, “uma nuvem de pequenos desmatamentos” espalhados pela expansão urbana e crescimento de infraestrutura e de turismo ao redor das grandes cidades da Mata Atlântica e no litoral. 

Para ele, esse quadro de desmatamento é inaceitável para um bioma tão ameaçado e que é fundamental para garantir serviços ecossistêmicos, como a conservação da água, além de evitar tragédias como a ocorrida no litoral norte de São Paulo, em que houve deslizamento de terras e enxurradas. https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-03/um-mes-apos-tragedia-familias-de-sao-sebastiao-vivem-incerteza 

Combate

A principal medida para combater o desmatamento na Mata Atlântica é uma fiscalização mais rigorosa, sugeriu Guedes, com respeito à Lei da Mata Atlântica e ao Código Florestal. “Porque a maior parte dessas áreas desmatadas [é de] desmatamentos ilegais. Se a gente tem a ilegalidade, quais são os caminhos? O aumento da fiscalização e os órgãos ambientais tanto federais quanto estaduais e municipais atuando de maneira mais rigorosa”, acentuou. 

Na área rural, outras ações consideradas importantes incluem o embargo de áreas desmatadas, que os créditos públicos e privados parem de financiar fazendas que estão desmatando e a interrupção das vendas do que é produzido nessas áreas de desmatamento ilegal. 

“Tem um papel para o setor privado que é não comprar matéria-prima proveniente de área desmatada. Então, a gente tem produção de soja, de cana-de-açúcar, de carne de gado em áreas desmatadas e a gente precisa que as empresas cumpram as suas metas de desmatamento zero e parem de comprar”, afirmou. No entorno urbano, ele aponta que os planos diretores das cidades podem colocar limites para expansão, além de criar áreas protegidas, parques e reservas. 

Ele avalia que os mecanismos legais estão em risco, a exemplo da Medida Provisória (MP) 1.150, aprovada pela Câmara dos Deputados, que pode contribuir com a destruição do bioma. 

“A essência da MP é adiar as etapas para implementação do Código Florestal, então ela adia os prazos, retira as penalidades dos produtores que não se registraram no CAR (Cadastro Ambiental Rural). Na prática, o que significa é que o Código Florestal não é implementado e a gente não começa a restauração das florestas desmatadas ilegalmente. Isso já tem uma consequência para a Mata Atlântica e para todos os biomas brasileiros, que é atrasar a restauração”, analisou o especialista. 

Biomas

O Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do MapBiomas e que complementa os dados do Atlas da SOS Mata Atlântica, teve o primeiro dado de um ano completo e mostrou que o desmatamento total pode ser quase quatro vezes maior que o documentado até o momento. A base de dados do SAD é mais ampla, o que permite observação mais detalhada. 

O Atlas, que considera desmatamentos a partir de três hectares e avalia a conservação dos maiores remanescentes de matas maduras, revela que há 12,4% da área original do bioma. Já o SAD, que abrange remanescentes acima de 0,5 hectare, incluindo florestas maduras e matas jovens em regeneração, mostrou cobertura florestal do bioma de 24%. 

Alertas

O levantamento dos desmatamentos identificados entre janeiro e dezembro de 2022 – realizado a partir do Sistema de Alertas de Desmatamento – registrou 9.982 alertas no ano, somando 75.163 hectares perdidos entre florestas maduras e jovens. A área total perdida, portanto, seria quase quatro vezes maior do que a contabilizada pelo Atlas, o que demonstra ameaça tanto às matas jovens quanto às maduras do bioma. 

Sobre essa diferença, a fundação explicou que, enquanto o Atlas oferece uma “fotografia” anual do estado de conservação dos grandes fragmentos florestais, que são de maior importância para a biodiversidade, e pretende embasar políticas de longo prazo para a conservação do bioma, os dados do SAD são divulgados semanalmente visando gerar uma documentação completa para cada alerta de desmatamento, buscando maior celeridade e eficácia nas ações dos órgãos responsáveis por combater e fiscalizar o desmatamento.

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Governadores querem mais debate sobre reforma tributária

A maior parte dos chefes de Executivo estaduais que participam do Fórum de Governadores, nesta quarta-feira (24) em Brasília, tem uma “avaliação positiva” da proposta de reforma tributária que tramita no Congresso Nacional. O apoio, no entanto, depende ainda da finalização do texto que será apresentado pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

O Fórum de Governadores é um espaço de reunião entre os chefes de Executivo estaduais, para tratar assuntos de interesse comum aos entes federativos.

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Reforma tributária deve ser votada ainda neste semestre na Câmara.Haddad defende reforma tributária progressista em documento ao FMI.Carta dos municípios cobra reformas tributária e previdenciária.Ao deixar o encontro, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que o tema reforma tributária consumiu boa parte dos debates entre todos os governadores. “A maioria é favorável. É importante deixarmos isso claro”, disse ao ressaltar ser ainda necessário compreender, com maior precisão, os impactos econômicos a serem sentidos nas unidades federativas.

Para tanto, o governador gaúcho considera fundamental que a matéria não avance a toque de caixa pelo Parlamento. Segundo ele, os governadores “não querem uma votação rápida de um texto pouco discutido”, em especial com relação a pontos de preocupação apresentados pelos governadores, como o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e os fundos de participação.

Boa vontade

Sobre os debates feitos durante o fórum, Leite disse que “até o momento há [entre os governadores] mais pontos de convergência do que de divergência”, e que há também “boa vontade do grupo para entender que há de se fazer concessões de parte a parte”, mas que tudo dependerá da União que, segundo ele, tem um histórico de criar contribuições sem dividi-las com os estados.

“Ela [a União] tende a impor despesas aos estados, mas sem contrapartidas. Com isso, nosso olhar é sempre de desconfiança”, complementou.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, viu também, entre os governadores, “uma ambiência muito positiva” em relação à reforma tributária. “Vários atores estão conspirando para que haja essa reforma”, disse ao deixar o fórum.

Mendes, no entanto, avalia que a reforma tributária só obterá sucesso se vier acompanhada de uma reforma administrativa. “Se não fizermos uma reforma administrativa para os estados custarem menos para os cidadãos, a esperança com a reforma tributária será ledo engano”, disse.

Apoio conceitual

Segundo o governador do Piauí, Rafael Fonteles, “todos governadores apoiam conceitualmente a reforma tributária”. Porém, no entendimento dele, será melhor avaliá-la em seus detalhes”, o que deverá ser feito nas próximas semanas.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também defendeu uma análise mais minuciosa do texto a ser apresentado. “Não podemos receber um prato feito como se fosse um produto final”, disse. Na avaliação dele, é errado “demonizar o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços], como se [o seu fim] fosse a solução para o Brasil. Não é”, afirmou.

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Supremo enviará a Lula nomes para duas vagas no TSE

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira (24) a lista quádrupla a ser enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a escolha de dois advogados para cadeiras efetivas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições.

A lista é formada pelos advogados Edilene Lobo, ligada ao PT de Minas Gerais; André Ramos Tavares, ministro substituto no TSE; Floriano de Azevedo Marques, ligado ao ministro Alexandre de Moraes, e a advogada Daniela Borges.

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TSE rejeita multar Bolsonaro por propaganda antecipada em 2022.STF inicia julgamento de mais 131 investigados por atos golpistas .Ministro do STF muda voto e desfaz maioria contrária à revista íntima .Com a definição dos nomes, a lista será enviada formalmente à Presidência da República, e caberá ao presidente Lula escolher dois dos quatro nomes sugeridos. Não há prazo legal para a escolha.

As vagas foram abertas na semana passada, após a saída dos ministros Sérgio Banhos, que ficou no cargo por quatro anos e não pode continuar na função por ter cumprido período máximo permitido de dois biênios, e Carlos Horbach, que poderia ser reconduzido por mais dois anos, mas optou por não figurar entre os nomes que concorrem à permanência.

De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico.

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Moraes nega vínculo trabalhista entre motorista e aplicativo Cabify

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou uma decisão da Justiça do Trabalho de Minas Gerais que reconheceu vínculo de emprego entre um motorista de aplicativo e a plataforma Cabify.

No entendimento de Moraes, a decisão descumpriu precedentes do Supremo sobre a matéria. Para o ministro, a relação entre o motorista e a empresa é comercial e se assemelha aos casos de transportadores autônomos.

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PSOL representará contra Magno Malta no Senado e no STF.Motoristas de aplicativos, como Uber e 99, fazem greve em todo o país.“A interpretação conjunta dos precedentes permite o reconhecimento da licitude de outras formas de relação de trabalho que não a relação de emprego regida pela CLT, como na própria terceirização ou em casos específicos”, entendeu o ministro.

No processo, a plataforma argumentou que serviço dos motoristas não se enquadra como veículo empregatício. No entendimento do Cabify, o profissional dirige para clientes cadastrados, sem exigência mínima de faturamento e número de viagens.

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Prefeitura do Rio orienta empresas interessadas em atuar no Réveillon

A prefeitura do Rio já começou os preparativos para a festa de fim de ano. O primeiro passo é o Caderno de Encargos e Contrapartidas para o Réveillon 2024, lançado por meio da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro, a Riotur. Nele, estão todas as informações técnicas exigidas à realização do evento que, pela primeira vez, ocorrerá em dez bairros.

No próximo réveillon, turistas e moradores da cidade poderão se divertir também na Praça Mauá, na região portuária do Rio e na Praça das Juras, em Bangu, na zona oeste. Segundo a prefeitura, a inclusão da Praça Mauá foi para celebrar a revitalização da região. Os outros locais são as Praias de Copacabana e Flamengo, na zona sul; o Piscinão da Praia de Ramos, a Praça do Conjunto Habitacional IAPI da Penha, o Parque Madureira, Praia da Bica, na Ilha do Governador, na zona norte; a Praia de Sepetiba, na zona oeste; e Praia da Moreninha, na Ilha de Paquetá, no nordeste da Baía de Guanabara.

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SP: edital para propostas de arte de rua recebe inscrições até julho.Rita Lee dará nome ao novo espaço do Parque Olímpico do Rio de Janeiro.A prefeitura afirmou que o Caderno de Encargos, publicado na edição desta quarta-feira (24) do Diário Oficial do Município, “é uma orientação às empresas que pretendem apresentar propostas para a organização e a realização do réveillon em todos os palcos, incluindo queima de fogos de artifício obrigatoriamente nos bairros de Copacabana, Flamengo (em balsas) e Penha (no alto da Igreja), além de programação musical variada”.

Embora tenha os locais já determinados, será permitido à empresa interessada sugerir pontos adicionais para a queima de fogos. A decisão, no entanto, caberá à comissão julgadora. “Não serão aceitas propostas que não contemplem todos os bairros já definidos”, informou a prefeitura.

Pedra de Guaratiba, na zona oeste, onde ocorreu festa em edições anteriores, não foi incluída no Caderno de Encargos, mas a prefeitura já prometeu uma celebração no local. “Devido a limitações de espaço e logística, foi feita a opção pela instalação de uma estrutura mais robusta em Bangu, com capacidade para receber um número maior de moradores com conforto e segurança.”

Copacabana

A tradicional festa de Copacabana, que já atraiu mais de 2,5 milhões de pessoas, terá um palco principal e, preferencialmente, mais dois palcos satélites. Já a proposta inicial nos outros bairros prevê apenas um palco. “Um ponto fundamental para a escolha do vencedor é que os proponentes apresentem um projeto com linguagem unificada, fazendo com que toda a cidade esteja na mesma sintonia”, orientou a prefeitura.

As empresas interessadas na seleção podem solicitar o Caderno de Encargos e Contrapartidas a partir desta quinta-feira (25) por e-mail.

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Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil deve assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo o chanceler, o governo brasileiro está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que desequilibrariam as negociações.

“Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

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Brasil condena invasão da Ucrânia, mas é contra isolamento da Rússia.O chanceler Mauro Vieira lembrou que o país já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional.

“Estamos cientes de que há diferentes expectativas e visões na região em relação à integração, mas estamos também convencidos de que há denominadores comuns, a começar pelo reconhecimento da necessidade de trabalhar conjuntamente com nossos vizinhos imediatos para fazer frente aos múltiplos desafios que compartilhamos”, disse Vieira.

Conflito Rússia e Ucrânia

Viera destacou ainda que o país adota um “equilíbrio construtivo” na posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo condenando a invasão do território ucraniano e criticando o que chamou de “cancelamento” da Rússia pela comunidade internacional, o que dificultaria o diálogo pelo fim da guerra.

Durante a cúpula do G7, realizada no último fim de semana em Hiroshima, no Japão, havia previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrasse com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro não ocorreu. A organização de uma reuniãoentre Brasil e Ucrânia foi inicialmente um pedido do país europeu.

Balanço

O ministro das Relações Exteriores disse que já se encontrou com 90 interlocutores estrangeiros e que o presidente Lula manteve conversas com representantes de 30 países. O chanceler citou ainda negociações com os países sul-americanos sobre segurança das fronteiras e com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas.  

*Com informações da Agência Câmara 

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Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol

A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol no último domingo (21), mostra que este não é um fato isolado. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas brasileiros no futebol europeu, dentro e fora de campo, mas que não se limitam ao Velho Continente. Eles também avançaram no Brasil.

Daniel Alves, Taison, Dentinho, Neymar, Roberto Carlos, Malcom, Richarlison, Hulk. Todos eles já foram vítimas de racismo na Europa, de bananas atiradas no gramado a sons que imitam os de um macaco nas arquibancadas. A mesma Espanha na qual Vinicius Júnior tem sofrido com manifestações racistas e de ódio foi palco de boa parte destes ataques.

Confira a linha do tempo:

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Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente.Vinicius Júnior pede punições a responsáveis por agressões racistas.Governo repudia racismo contra Vini Jr. 

“Isso [repetição de ataques a Vinicius Júnior] reflete anos e anos de leniência das autoridades espanholas com o racismo. Especialmente nos campos de futebol, não é apenas Vinícius Júnior que tem sofrido, mas outros jogadores pela Europa também, como o [atacante belga Romelu] Lukaku, vítima de racismo em abril e expulso por reagir contra os xingamentos racistas [na Itália, onde defende a Inter de Milão]. Existe um histórico [de racismo], com mais de 20 anos, com jogadores negros brasileiros e de outros países”, destacou Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em depoimento ao programa Stadium, da TV Brasil.

“O Vinícius tem sido uma voz quase isolada na luta contra o racismo no Campeonato Espanhol. As instituições espanholas fazem olhos de mercadores e não tomam atitudes e políticas duras contra o racismo. Das dez denúncias feitas pelo Vinicius [desde 2021], três foram arquivadas pela liga espanhola. Isso faz com que a liga seja uma aliada do racismo na Espanha”, completou Santana, que é autor do livro “Desculpas, meu ídolo Barbosa”.

Brasil

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O racismo no esporte mais popular do mundo, porém, não se limita à Europa. No Brasil, a prática avança de maneira preocupante. Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%.

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injúria racial como

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Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente.Vinicius Júnior pede punições a responsáveis por agressões racistas.Governo repudia racismo contra Vini Jr. crime de racismo, que já era considerado delito no país, pela Lei 7.716, de 1989. O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para 2023 indica punição a casos de discriminação, que pode variar de uma advertência até a perda de pontos.

No país, um dos casos mais marcantes ocorreu em 2014, envolvendo o hoje ex-goleiro Aranha. À época no Santos, ele foi alvo de ofensas racistas de torcedores do Grêmio na partida de ida do confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena do time gaúcho, em Porto Alegre. Os xingamentos, inicialmente, não constaram na súmula do árbitro Wilton Pereira Sampaio, sendo feito um adendo ao documento, enfim citando a ocorrência. Em decisão inédita, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (SJTD) excluiu o Tricolor do torneio nacional antes mesmo do jogo de volta.

De lá para cá, apesar do aumento dos casos, não houve igual punição. Em agosto de 2021, o Brusque chegou a perder três pontos durante a Série B do Campeonato Brasileiro, por causa de ofensas racistas de um dirigente ao atacante Celsinho, do Londrina, em duelo no Estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC). Em novembro, porém, o STJD acabou devolvendo os pontos ao clube de Santa Catarina.

“Na minha opinião, deveria constar no regulamento dos campeonatos que quaisquer manifestações preconceituosas implicariam na perda imediata dos pontos daquela partida, sendo passível de rebaixamento caso se repitam. Já está passando a hora de a Fifa [Federação Internacional de Futebol] se manifestar seriamente. É muito bonito fazer campanha e dizer que todos são iguais no futebol, quando esses casos acontecem tantas e tantas vezes”, analisou o jornalista Cláudio Nogueira, responsável por livros como “Futebol Brasil Memória” e “Esporte: Usina de Sonhos e Milhões”, também ao Stadium.

Em nível continental, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ampliou, no ano passado, as punições por racismo em jogos dos torneios que organiza. As alterações foram motivadas por ofensas sequenciais a torcedores e atletas brasileiros em partidas fora de casa durante o primeiro semestre. A multa mínima passou de R$ 150 mil para R$ 500 mil, com possibilidade de o time enquadrado ter de atuar com parte das arquibancadas fechadas ou sem público.

Patrocínios

Se dentro de campo as punições dependem das entidades desportivas, fora dele há o entendimento de que as marcas que cedem os nomes aos clubes e eventos devem pressionar por ações contra o preconceito. Após o caso envolvendo Vinicius Júnior, a organização Sleeping Giants Brasil acionou os 20 patrocinadores da liga espanhola nas redes sociais.

Segundo o diretor executivo da organização, Leonardo Leal, somente dois (Santander e Puma) se manifestaram até a publicação desta reportagem.

“Quando [patrocinadores] associam uma marca ao evento, eles também, querendo ou não, associam-se aos casos de racismo que acabam acontecendo. Como a liga não toma providências, pedimos ajuda desses patrocinadores, que têm muito poder na instituição, inclusive financiam o campeonato, para que deem voz às denúncias de racismo e a liga, finalmente, tome providências. Ficamos aguardando o posicionamento proativo delas no último domingo, dia que aconteceu o caso e o debate tomou as redes. Quando consumimos uma empresa, não consumimos apenas seu produto, mas também a ideia, a visão dessa empresa para o mundo”, declarou Leal à Agência Brasil.

“Acho que uma analogia que cabe muito é em relação às plataformas [redes sociais]. Elas acabam não agindo sobre conteúdos de ódio e desinformação, por isso acionamos os patrocinadores, já que a principal entidade não se move. Com a liga espanhola é o mesmo caso. Isso demonstra que se não for pelo follow the money [siga o dinheiro, na tradução literal do inglês], por pressionar quem financia jogos, campeonatos ou qualquer organização que acabe promovendo discurso racista ou odioso, não vemos muitas escapatórias ou mesmo responsabilizações desses agentes odiosos”, concluiu o diretor da Sleeping Giants.

Fonte Agência Brasil – Read More

Futebol de cegos: seleção avança à semi de Grand Prix Internacional

A seleção brasileira de futebol se classificou antecipadamente à semifinal do Grand Prix Internacional, em São Paulo, ao derrotar a Inglaterra. O nome do jogo foi Raimundo Nonato, que marcou os dois gols da vitória, no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP). É a primeira vez que a competição, organizada pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) ocorre na América do Sul.  Pentacampeão paralímpico, o Brasil busca o bicampeonato no Grand Prix. O país foi campeão ano passado, na edição do México, em sua estreia no torneio.

“Estamos trabalhando da melhor maneira possível. Estou muito feliz por contribuir com mais dois gols. A Inglaterra usa muito a força. Foi um jogo muito brigado e pegado, mas deu certo no final”, disse Nonato, que assumiu hoje a artilharia do torneio, pois já marcara dois gols contra o Japão.

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Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol.Basquete: alvo de racismo na Espanha, Yago Mateus enaltece Vini Jr..Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação.NINGUÉM PARA ESSA SELEÇÃO! 🙅‍♂️⚽️

Brasil vence Inglaterra e avança à semifinal do Grand Prix de futebol de cegos no CT Paralímpico.

Saiba mais aqui: https://t.co/sDk4goCBSe#LoteriasCaixa pic.twitter.com/wrwaZSpTUF
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) May 24, 2023

Com a segunda vitória seguida – a primeira foi contra o Japão, por 3 a 0 – a seleção chegou aos seis pontos e assumiu a liderança do Grupo B que tem ainda o Chile. Na chave A estão França, Argentina, Tailândia e Itália. O formato da disputa prevê jogos de todos contra todos dentro do próprio grupo. Os dois melhores de cada chave jogam as semifinais na sexta-feira (26) e, no sábado (27) os classificados disputarão a medalha de ouro.

“Todas as seleções que jogam contra o Brasil tentam tirar um ponto nosso. A Inglaterra nunca foi fácil. É um time forte fisicamente. O importante é que vencemos, rodamos os atletas e estamos andando com o nosso processo de renovação, com muitos jogadores da base. Vamos fazer o melhor para continuar na busca pelo título, em casa”, afirmou o treinador Fábio Vasconcelos, em depoimento ao site do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB).

Abrimos o placar contra a Inglaterra com ele, sempre ele: NONATO!!! Alô, @everaldomarques!

🇧🇷 BRA 1 x 0 ING 🏴󠁧󠁢󠁥󠁮󠁧󠁿 pic.twitter.com/eyTkaXW7yT

— CBDV (@cbdvoficial) May 24, 2023

Ciclo Paralímpico

O Brasil é o único pentacampeão paralímpico, com cinco ouros consecutivos desde os Jogos de Atenas (2004). A modalidade era chamada de futebol de cinco até os Jogos de Tóquio.

A participação do país no Grand Prix Internacional faz parte da preparação rumo a Paris 2024. Serão oito equipes na capital francesa, sendo que quatro já asseguram presença: França, Turquia, Marrocos e China.

As duas principais competições da seleção este ano, classificatórios para Paris 2024, serão a Copa do Mundo, em agosto, em Birmingham (Inglaterra) – inserida dentro da programação dos Jogos Mundiais da IBSA – e os Jogos Parapan-Americanos, em novembro, em Santiago (Chile).

Para confirmar sua vaga, o Brasil terá de ficar entre os três primeiros colocados do Mundial ou conquistar o Parapan.

Fonte Agência Brasil – Read More

Walk Free: Brasil ocupa 11º lugar no ranking mundial de escravidão

No Brasil, estima-se que 1.053.000 pessoas vivam em um cenário de escravidão contemporânea, o que coloca o país em 11º lugar no ranking mundial, em números absolutos, na comparação entre 160 países. E o que se tem, como resposta das autoridades, em termos de nível de proteção das vítimas, é um conjunto robusto de medidas. Esses são algumas das colocações que constam do relatório Índice Global de Escravidão 2023, da organização internacional de direitos humanos Walk Free.

A escravidão contemporânea abrange uma série de fatores, como trabalho forçado, a escravidão por dívida, o casamento forçado, práticas de escravidão e análogas à escravidão e tráfico de pessoas. Trata-se de um termo para classificar situações que podem estar presentes em diversos segmentos de atividade econômica, ou seja, pode ir do setor de confecção de roupas ao de agricultura e mineração, por exemplo. Outros contextos em que pode se instalar são as residências e os espaços destinados ao acolhimento de refugiados, destaca a entidade.

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Jogo eletrônico simula escravidão e reforça racismo.Pesquisa mostra forte desigualdade racial na grande mídia brasileira.Especialistas defendem envolvimento de brancos no combate ao racismo.De acordo com o relatório, o Brasil ocupa o 9º lugar no ranking do continente americano, em termos de resposta do Poder Público, no contexto do resgate das vítimas desse tipo de exploração. Embora a Walk Free qualifique as ações brasileiras como “fortes”, a entidade ressalta que o país, assim como o Estados Unidos, acaba sabotando esse conjunto de medidas, ao forçar pessoas a situações que vão “além das circunstâncias que as convenções internacionais consideram aceitáveis” de abuso, como o trabalho obrigatório imposto a detentos. Ainda no recorte das Américas, o Brasil entra na categoria intermediária, quando a análise diz respeito ao patamar de vulnerabilidade à escravidão.

Para comparar a estrutura de que lançam mãos os governos, diante da problemática da escravidão contemporânea, a organização leva em conta aspectos como mecanismos que o Poder Judiciário mantém para evitar mais casos e o apoio oferecido a vítimas, a fim de que possam sair do ciclo de violação de direitos. Outro elemento que pode afetar a colocação dos países no ranking é o modo como governo e empresariado que atua no país reagem perante os casos, se param de fornecer bens e serviços envolvidos com a cadeia de escravidão, boicotando quem a alimenta. No grupo com as melhores conduções da questão, estão países como Reino Unido, Austrália, Holanda, Portugal e Estados Unidos.

Escravidão contemporânea

Em setembro de 2022, a Walk Free já havia divulgado que, em todo o mundo, calcula-se que 50 milhões de pessoas eram submetidas a condições que configuravam escravidão contemporânea, em 2021, sendo 12 milhões de crianças e a maioria (54%) de mulheres e meninas. Desse total, imagina-se que 27,6 milhões eram vítimas de trabalho forçado e 22 milhões estavam em um contexto de casamento forçado, também encarado pela Organização das Nações Unidas como uma forma de escravidão.

No total, são tabulados dados de 160 países. Dez países aglutinam dois terços das vítimas: Índia, China, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Indonésia, Nigéria, Turquia, Bangladesh e Estados Unidos.

Os países com mais prevalência, tendo em vista a população, são a Coreia do Norte, Eritreia, Mauritânia, Arábia Saudita e Turquia. Já os que registram menos ocorrências são Suíça, Noruega, Alemanha, Holanda e Suécia. No caso da Coreia do Norte, calcula-se que haja 104,6 pessoas a cada 1 mil, em situação de escravidão contemporânea.

No Brasil, o auditor fiscal do trabalho Lucas Reis, que atua em Santa Catarina, comenta que uma sequência de eventos, ao longo dos últimos anos, enfraqueceram a salvaguarda de direitos dos trabalhadores. Uma das referências que tem em mente ao fazer a crítica é a reforma trabalhista, articulada e consolidada pelo ex-presidente da República Michel Temer, que, para ele, “rebaixa” condições de trabalho.

“Não teve nenhum dado positivo da reforma trabalhista”, sintetiza.

A falta de concursos públicos para o cargo de auditor fiscal é outra particularidade que vai na contramão do enfrentamento às violações de direitos humanos. Como noticiou a Agência Brasil, no mês passado, a mais recente lista de trabalho análogo à escravidão incluiu 132 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas.

A Agência Brasil solicitou posicionamento ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre o documento da Walk Free e aguarda retorno.

 

Fonte Agência Brasil – Read More

Em 1993, Tina Turner dedicou a música The Best para Ayrton Senna

Em 1993, o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994) venceu o Grande Prêmio da Austrália. Após a vitória, ele foi ao show da cantora Tina Turner, que faleceu nesta quarta-feira (24) aos 83 anos de idade. Durante o show, Tina Turner reconheceu o piloto brasileiro na plateia e o chamou para o palco, onde disse: “sou realmente sua fã”. E dedicou a ele um de seus maiores hits: The Best (o melhor). Trechos do encontro entre a rainha do rock e um dos maiores nomes do esporte brasileiro podem ser encontrados facilmente na internet.

Nesse show, Senna esteve acompanhado por sua então namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, que hoje recordou esse momento. “Eu aprendi a ouvir e admirar a Tina porque o Ayrton a amava. O poder e a força dela é inexplicável. Neste dia, na Austrália, eu tive a chance de abraçar a mulher mais cheirosa que já conheci”, escreveu a apresentadora nas redes sociais.

A morte da cantora, atriz e dançarina Tina Turner foi lamentada hoje por diversas personalidades e celebridades em todo o mundo.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (24), a secretária da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, foi comunicada sobre a morte de Tina Turner. Na entrevista, ela destacou que Tina foi um ícone da música. “Essa é uma notícia muito triste. Era uma grande fã de Tina Turner”. E acrescentou, “é uma perda imensa para as comunidades que a amavam e, com certeza, para a indústria da música. Sua música continuará viva”.

O Globo de Ouro, uma das mais conhecidas premiações do mundo do cinema e da televisão, publicou em suas redes sociais uma mensagem lamentando a morte. “Que notícia triste hoje. A cantora, atriz, dançarina e autora Tina Turner faleceu – descanse em paz”.

O ex-astro da NBA, o esportista Magic Johnson, escreveu que Tina tinha muita energia em suas apresentações e era uma verdadeira artista. “Ela criou o modelo para outras grandes artistas como Janet Jackson e Beyoncé e seu legado continuará através de todos os artistas performáticos e de muita energia”, escreveu. “Descanse em paz, uma das minhas artistas favoritas de todos os tempos, a lendária rainha do rock n’ roll Tina Turner. Eu a vi muitas e muitas vezes e, sem dúvida, ela deu um dos melhores shows ao vivo que eu já vi”.

O cantor Mick Jagger, da banda Rolling Stones, que já cantou com Tina em diversas ocasiões, também lamentou sua morte. “Estou tão triste com o falecimento de minha maravilhosa amiga Tina Turner. Ela era verdadeiramente uma artista e cantora extremamente talentosa. Ela era inspiradora, calorosa, divertida e generosa. Ela ajudou-me tanto quando eu era jovem e nunca a esquecerei”.

“Estou tão, tão triste ao saber do falecimento de Tina Turner, a icônica lenda que abriu o caminho para tantas mulheres no rock”, escreveu Gloria Gaynor. “Ela fez com grande dignidade e sucesso o que poucos sequer teriam ousado fazer no seu tempo e nesse gênero de música. Choro a morte dela com os seus inumeráveis fãs em todo o país e em todo o mundo”, acrescentou. 

A atriz Zezé Motta escreveu em suas redes sociais: “Sofreu pacas, deu a volta por cima, fez sucesso, marcou o nome na história. Vai na paz”. 

“Simply the best. Tina Turner foi uma mulher extraordinária que marcou o soul com vocais ásperos e magnetismo. Conquistou o mundo todo. Fez sucesso estrondoso nos palcos e fora dele não se intimidou na luta contra o racismo e a violência doméstica. Deixa inspiração e saudades”, escreveu o deputado estadual Eduardo Suplicy. 

O Museu da Imagem e do Som (MIS), que está promovendo uma exposição em homenagem à artista, lamentou a morte da cantora. “A rainha do rock n’roll superou abusos e conquistou o mundo já depois dos 40 anos, quando poucos acreditavam que ainda seria possível estourar de maneira tão grandiosa quanto ela fez”, escreveu o MIS-SP. “Com sua voz única a energia contagiante, Tina Turner deixou não apenas sua marca na indústria da música, mas também nos corações e mentes de todos que a admiravam. Nós do MIS desejamos que a obra desta grande artista continue a mover gerações”.

A ministra brasileira da Cultura, Margareth Menezes, postou um vídeo em suas redes sociais de uma apresentação em que imitou a cantora em um programa na TV. “Fiquei sem palavras. A Rainha Tina nunca passará. Devemos a ela a maior representatividade da mulher negra no pop rock mundial. Será uma inspiração eterna! Te amo, Tina. Espero que algum dia se batize uma estrela no céu com seu nome!”. 

Anna Mae

Anna Mae Bullock nasceu em 26 de novembro de 1939, em Nutbush, no conservador estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Começou sua carreira artística em 1957 sob o nome de Little Ann, ao lado de Ike Turner, com quem foi casada numa relação abusiva entre os anos de 1962 e 1978.

O nome pelo qual ficaria mundialmente conhecida só surgiu em 1960, Tina Turner, com o lançamento do single A Fool in Love. Mas foi somente 24 anos depois, já divorciada de Turner, é que Tina ganhou projeção e o seu primeiro Grammy.

Sua morte foi confirmada hoje por suas redes sociais. “Com a sua música e a sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhares de fãs em todo o mundo e inspirou as estrelas do amanhã. Hoje nos despedimos de uma amiga querida, que nos deixou sua maior obra: a sua música”, escreveram em sua conta oficial no Instagram. A causa da morte ainda não foi informada.

Fonte Agência Brasil – Read More