Turquia tem segundo turno das eleições presidenciais neste domingo

Os turcos voltam às urnas no próximo domingo (28) para o segundo turno das eleições presidenciais, que podem reconduzir Recep Tayyip Erdogan ao cargo de presidente. Mas os resultados obtidos no primeiro turno por Kemal Kılıçdaroğlu, principal adversário do atual chefe de Estado, não deixam antever um desfecho simples.

O voto curdo pode ter papel relevante, pois a comunidade representa 10% da população. E essa tem sido uma das bases de Kemal Kılıçdaroğlu.

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Turquia terá segundo turno nas eleições presidenciais.Comissão Europeia enviará 1 bilhão de euros à Turquia e Síria .No segundo turno, o candidato da oposição adotou discurso contra os imigrantes, o que tem levado ao descontentamento dos curdos.

Apesar disso, o principal partido curdo continua a apelar ao voto em Kılıçdaroğlu, para evitar que Erdogan vença e torne o país uma ditadura completa, afirmam.

Os cursos, grupo étnico do Oriente Médio, é formado por cerca de 30 milhões de pessoas. A maioria, cerca de 14 milhões, vive no Leste da Turquia, numa região chamada de Curdistão turco. Os demais, cerca de 16 milhões, vivem no Iraque e em partes da Síria e do Irã.

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Saúde e FAB entregam remédios a comunidades ribeirinhas no Amazonas

O Ministério da Saúde e a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciam nesta sexta-feira (26) o envio de medicamentos para comunidades ribeirinhas do município de Barcelos e do distrito de Moura, localizados ao longo do Rio Negro, no Amazonas. A previsão é que 14 mil remédios sejam entregues até 4 de junho, incluindo antiinflamatórios, antibióticos, anti-hipertensivos, contraceptivos e analgésicos. 

Em nota, o ministério informou que um hospital de campanha da FAB será montado em uma das três balsas utilizadas na operação. Os trabalhos começam no distrito de Moura, onde a embarcação permanece até o próximo domingo (28), seguindo para Barcelos, onde fica de 31 de maio a 4 de junho. Durante o período, aproximadamente 450 pessoas devem ser atendidas todos os dias. 

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Ministério da Saúde antecipa multivacinação no Amazonas.Ministério da Saúde descarta suspeita de gripe aviária em humano no ES.Na ação, serão oferecidos atendimentos para as seguintes especialidades médicas: ortopedia, pediatria, ginecologia, clínica médica, dermatologia, proctologia, fisioterapia e odontologia. Também serão ofertados serviços nas áreas de psicologia e assistência social, além de exames preventivos de colo de útero e exames laboratoriais e de imagem (raio-x e ultrassonografia).  

Os agendamentos, de acordo com o ministério, devem ser realizados por meio das secretarias de saúde de cada região. 

 

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Terremoto atinge Leste do Japão, mas sem alerta de tsunami

Um forte terremoto atingiu o Leste do Japão nesta sexta-feira (26), mas não houve alerta de tsunami, de acordo com a emissora pública NHK.

O tremor ocorreu às 19h03 (horário local), com magnitude de 6,2, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão, abalando edifícios em Tóquio, bem como nas províncias vizinhas, mas não houve relatos imediatos de grandes danos.

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Técnicos da Coreia do Sul inspecionarão usina de Fukushima 1, no Japão.Embaixador do Japão no Brasil espera que G7 seja um passo para a paz.O epicentro foi perto da prefeitura de Chiba, a leste de Tóquio, a uma profundidade de 50 quilômetros.

Imagens da NHK mostraram prédios tremendo perto do Aeroporto Internacional de Narita, em Chiba. As autoridades aeroportuárias estavam verificando danos em suas pistas, disse a NHK.

A Companhia Ferroviária do Leste do Japão disse que suspenderia alguns serviços de trem em Chiba.

Terremotos são comuns no Japão, uma das áreas mais sismicamente ativas do mundo. O Japão é responsável por cerca de um quinto dos terremotos mundiais de magnitude 6 ou superior.

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Petrobras pede reconsideração para explorar Foz do Amazonas 

A Petrobras protocolou, nessa quinta-feira (25), no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um pedido de reanálise da licença ambiental para exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. A estatal quer que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença. 

A empresa petrolífera precisa da autorização ambiental do Ibama para iniciar a perfuração do poço exploratório do bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Amapá. 

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Marina Silva: decisão contra licença da Petrobras será respeitada .Petrobras quer dobrar unidades com planos de ação em biodiversidade.Ibama nega licença para Petrobras perfurar poços na foz do Amazonas.A exploração é uma fase do empreendimento em que a petrolífera avalia o potencial comercial do bloco, verificando se a jazida realmente existe e qual o perfil do óleo e gás existentes ali. Só então a empresa decide se começa a produzir ou não petróleo naquela área. 

No pedido de concessão da licença ambiental, a Petrobras se compromete a garantir 12 embarcações, sendo duas delas a serem mantidas de prontidão ao lado da sonda para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.

Também são compromissos da empresa manter cinco aeronaves para monitoramento, transporte e resgate, além de 100 profissionais especializados na proteção de animais, estrutura nacional para proteção da costa, articulação com países da região, sistemas avançados de contenção de óleo, sistema de bloqueio de vazamentos de poços (Capping), estrutura dedicada de coordenação e resposta a emergências e tratamento de animais em caso de vazamento.

O atendimento à fauna em eventuais desastres seria feito por duas bases: uma existente em Belém e outra no Oiapoque (AP), que será ampliada.

“Trata-se de uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses. Somente após a perfuração desse poço, se confirmará o potencial do bloco, a existência e o perfil de eventual jazida de petróleo”, informa a Petrobras em nota. 

Segundo a empresa, a efetiva produção de petróleo e gás na região dependerá de novo procedimento de licenciamento ambiental, com estudos e projetos ambientais mais detalhados. 

“A estrutura de resposta a emergência apresentada pela Petrobras neste projeto é a maior dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas bacias de Campos e Santos”, diz a nota da empresa. 

O presidente da companhia, Jean Paul Prates, afirmou que o “processo foi conduzido com a máxima diligência pelas equipes de sustentabilidade e meio ambiente da Petrobras, que trabalha desde quando assumiu a concessão da ANP [Agência Nacional de Petróleo] para executar todas as etapas do programa exploratório da concessão federal do bloco FZA-M-59”. 

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Após 10 anos, assassinato da radialista Lana Micol segue impune

Há exatos dez anos, a radialista Lana Micol Cirino Fonseca, então coordenadora da Rádio Nacional do Alto Solimões, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foi assassinada em frente à casa do companheiro, o sargento Alan Bonfim Barros, em Tabatinga, no Amazonas. A cidade fica na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Lana tinha 30 anos de idade e foi enterrada em Manaus.

Para os familiares da radialista, o que ficou foram os sentimentos de revolta diante da incompetência e da falta de disposição da polícia para solucionar o caso, marcado, como tantos outros no Brasil, pela banalização das agressões e da morte violenta de mulheres. “Eu falei para o delegado: doutor, e aí, você não tem nada a me dizer sobre a minha irmã? Ele: depois que mataram sua irmã, mataram dez. Eu falei: tomara que a décima primeira não seja sua parente”, desabafou a instrutora de direção de veículos, Lia Rebeca Cirino Fonseca, irmã de Lana.

Saudade

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Justiça começa a ouvir testemunhas do assassinato da radialista Lana Micol.A radialista Kátia Franco, que trabalhou com Lana, a descreve como uma “menina com espírito de adolescente, mas, ao mesmo tempo, uma mulher que buscava muito os direitos das mulheres”. Um dos sonhos da colega assassinada era a abertura de um centro de apoio a mulheres vítimas de violência, em Tabatinga. Ela já fazia questão de inserir debates e realizar entrevistas sobre o tema na rádio que coordenava. Outra bandeira de Lana era a causa indígena. O encantamento que tinha com a cultura de alguns povos originários causava, inclusive, estranhamento entre os familiares.

“Lana foi uma pessoa muito importante na minha vida, pela experiência que tinha no rádio, com o pai dela, que era um grande radialista. Ela me orientou muito sobre como trabalhar no rádio, e eu descobri esse amor pelo rádio” lembrou Kátia.

“Esse jeito dela, de menina, adolescente, mulher, fazia com que a gente conseguisse trabalhar de uma forma muito leve. Lana era isso. No seu sorriso, era uma mulher muito leve. No seu jeito de trabalhar, uma pessoa muito leve”, acrescentou.

 Antônio Moisés Fonseca e Lia Rebeca Cirino Fonseca, familiares da radialista da Empresa Brasil de Comunicação assassinada em 2013, Lana Micol. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lana era descrita como uma profissional de excelência e muito dedicada ao seu ofício, no qual embarcou por influência do pai, também radialista. Trocava o português por línguas indígenas em suas transmissões no rádio e também estimulava indígenas a mostrar obras de sua autoria no festival de música promovido pela rádio.

Dar a notícia do assassinato de Lana na Rádio Nacional do Alto Solimões foi das tarefas mais árduas para Kátia e para a equipe que dividia os estúdios com a colega. Centenas de ouvintes que a admiravam foram para a frente do hospital em que foi atendida para aguardar informações sobre o caso.

“Muitas pessoas chorando. Muitas pessoas, naquele momento, sabendo o que tinha acontecido e como tinha acontecido. Foi um envolvimento muito grande. O sinal da rádio chegava, muitas pessoas das comunidades vieram para saber realmente o que tinha acontecido e acompanhar tudo”.

Segundo Kátia, o velório de Lana teve grandes filas para uma última despedida. Ao mesmo tempo, lamentou a dureza da realidade da região, onde a morte da colega não é um episódio fora da curva. “O fato em si, do assassinato, não foi algo tão indiferente à nossa realidade. É triste falar isso, mas já sabíamos de casos de homicídios envolvendo mulheres em [situação de] violência doméstica. Tanto que era, como disse, uma das lutas para a Lana, porque ela tinha conhecimento dessas situações e ela queria trabalhar alguns projetos que ela tinha, de combater isso”.

Relembre o caso

No momento do crime, o casal e a filha mais nova da comunicadora, de 7 anos, tomavam banho de piscina, diante do portão da residência. Dois homens chegaram em uma motocicleta e efetuaram os disparos. Lana foi atingida várias vezes.

Ela foi levada ao Hospital de Guarnição de Tabatinga pelo namorado, mas não resistiu aos ferimentos. Além da menina, deixou outro filho, de 11 anos. Este ano, eles completam 17 e 21 anos, respectivamente.

A Agência Brasil esteve no município, em fevereiro e março deste ano, para verificar se o caso andou na Justiça. Conforme relataram Lia e o pai de Lana, o dono de autoescola Antônio Moisés Fonseca, não houve nenhuma novidade na esfera judicial. O conjunto de provas, na avaliação do magistrado responsável, era insuficiente para incriminar e condenar o ex-marido da vítima, Edimar Ribeiro, à devida pena.

Edimar foi apontado como o mandante do crime e chegou a ficar detido preventivamente por 90 dias, mas conseguiu o direito de aguardar o julgamento em liberdade. A polícia precisaria refinar a investigação e apurar melhor os indícios e provas para elucidar o que aconteceu.

“O juiz devolveu o processo para a polícia. Disse que estava incompleto e não tinha condição. Eu fui lá falar com o juiz e ele disse: não posso fazer nada, está incompleto”, disse Fonseca. Ao longo de toda a entrevista, o pai da radialista parecia prestes a desabar, tamanho o carinho que tinha pela filha, sua companheira de todas as horas.

Lana já havia reagido às ameaças que recebeu de Edimar. Formalizou queixa à polícia, conseguiu uma medida protetiva contra o ex-marido, o que permitiu que tivesse relativa proteção. Por outro lado, não garantiu o fim das ameaças até meses antes de seu assassinato. Ele a agrediu enquanto eram casados, conforme ela mesma e parentes denunciaram às autoridades.

A atmosfera de mistério que permeia o caso permanece até hoje, já que houve ainda um segundo fato que chamou a atenção dos familiares da radialista e de todos que o continuaram acompanhando: Edimar foi assassinado por pistoleiros, quase sete anos depois da morte da ex-mulher, em 2 de março de 2020, durante um suposto assalto em Tabatinga. Segundo o pai de Lana, um dos homens que teriam participado da execução da radialista também foi morto, o que aumenta as indagações sobre as circunstâncias do homicídio da radialista.

“O que não mataram foi o que dirigiu [a motocicleta]”, ressaltou o pai de Lana, sinalizando que se sabe a autoria do crime, embora não tenha havido desfecho.

“A gente escuta várias histórias sobre o caso”, disse Lia. “Na verdade, é o que eu falei para [a imprensa]: aqui em Tabatinga, o pessoal é cego, mudo e surdo. Todo mundo sabe de tudo, mas ninguém vê, ninguém fala, ninguém escuta nada”, emendou ela, em relação à impunidade.

Na viagem da reportagem ao município, os familiares da empregada da EBC revelaram que o namorado de Lana, Alan Bonfim Barros, passou a ficar sob sua suspeita por conta do comportamento que adotou após a morte da radialista. A família de Lana reparava no comportamento “duvidoso” do sargento, que não parecia alguém que acabava de se perder um grande amor, e sim um homem preocupado em garantir que ficaria com os bens da companheira recém-falecida. A reportagem também tentou entrevista com Alan, mas ele se recusou a concedê-la.

Uma outra hipótese sobre o assassinato, que não diz respeito a feminicídio, é a de que Lana teria incomodado poderosos da região, devido às coberturas envolviam denúncias de crimes, e ao espaço que dava a povos indígenas. A primeira delegada que assumiu o caso, Fernanda Cavalcante da Costa, descartava essa possibilidade. A motivação seria outra. Ela entendia que Lana era uma figura querida na comunidade e que não teria provocado ninguém nesse contexto.

Radialista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) assassinada em 2013, Lana Micol. Foto: Lana Micol/Facebook – Lana Micol/Facebook

Em Atalaia do Norte, Tabatinga e Benjamin Constant, um aspecto que chama a atenção é a estrutura de serviços públicos disponíveis tanto para apuração como para julgamento dos crimes de Tabatinga e entorno. A rotatividade de magistrados é algo que provoca lentidão na tramitação de processos. A reportagem tentou falar com duas juízas que atuam nos municípios da região, mas ambas se recusaram a conceder entrevista.

Pelas estatísticas tabuladas da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, em 2022, o estado teve 12 casos enquadrados como feminicídio, o maior patamar dos últimos quatro anos. Os anos de 2021 e 2023 somam dois casos cada, enquanto 2019 registrou apenas um, de Atalaia do Norte.

Violência da região

Investigar informações por iniciativa própria, já que a polícia se omitia, não era uma opção para as colegas de Lana, apesar da indignação com o congelamento da apuração oficial. Como explicou Kátia, isso significaria correr riscos demais, incluindo perder a vida.

A também radialista e funcionária da EBC Magda Calipo chegou à Rádio Nacional do Alto Solimões como parte do quadro da Radiobrás, em 2005. No lugar das declarações sobre a violência, a radialista preferiu falar do que ficou de positivo a partir de sua experiência, em sua jornada como profissional de comunicação. “A primeira coisa que a gente fez foi uma nova sede, porque [a antiga] ficava bem no meio do mato. Nós construímos um novo espaço, na avenida principal de Tabatinga, a cidade do Alto Solimões, que é a mais movimentada”, lembrou.

“Eu fiz a seleção de servidores que trabalhariam com a gente, inauguramos a nova sede. Contratei algumas pessoas em que vi potencial de rádio e, entre essas pessoas, estava Lana Micol. Foram anos de luta incansável, principalmente por eu ser uma mulher solteira, na época, em um lugar extremo, de tríplice fronteira. Era um lugar bem machista, eu tive que quebrar vários paradigmas do local, para que os funcionários me respeitassem. Foi interessante a experiência, mas muito gratificante. Foi uma equipe que cresceu junto”.

A jornalista Mara Régia comanda o icônico Viva Maria, programa de rádio da EBC que aborda pautas relacionadas aos direitos das mulheres. Ela pontua que o tráfico de drogas atua com intensidade na chamada Rota Solimões, por onde escoam entorpecentes. Também foi nessa região, no Vale do Javari, que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados a mando de uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, garimpo e pesca ilegal. “Quando eu estive lá, eu tive a oportunidade de ouvir a audiência do meu programa. As pessoas diziam: aqui a bala tem nome e endereço certo. A gente sabe que a execução é uma constante”.

Para Mara, nem sempre é do interesse da polícia elucidar certos crimes e diz que a população se sente abandonada pelo poder público. “Falta tudo. Além da insegurança, da falta de uma política pública consequente, que se mostre eficiente no combate à criminalidade, você tem também a influência da cocaína na região”, pontuou, lembrando ainda das dificuldades comuns a lugares isolados como Benjamin Constant, como acesso a hospitais e abastecimento de comida.

O governo federal anunciou, após o assassinato de Lana Micol, que abriria um centro de referência para mulheres, em Tabatinga, mas isso nunca saiu do papel.

Foram solicitados posicionamentos do Ministério das Mulheres e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania sobre a possibilidade de construção de uma unidade da Casa da Mulher Brasileira, ou providência semelhante, na região de Tabatinga. O primeiro ministério não deu nenhuma resposta e o segundo afirmou que se trata de um assunto que não é de sua responsabilidade.

Programação na rádio

Radialista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) assassinada em 2013, Lana Micol. Foto: Lana Micol/Facebook – Lana Micol/Facebook

Nesta sexta-feira (26), a programação da Rádio Nacional do Alto Solimões (96,1 FM), Nacional da Amazônia (OC 11.780KHz, 6.180KHz) e Nacional de Brasília (980 AM) lembram, ao longo da programação, os dez anos da morte de Lana Micol. Serão especiais de hora em hora, apresentados pela jornalista Mara Régia, além de uma edição especial do Viva Maria (confira aqui).

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Rússia volta a atacar Kiev durante a noite

Pela décima 13ª vez neste mês, Kiev é alvo de ataques aéreos. Segundo as forças ucranianas, foram interceptados mais de 20 drones lançados pela Rússia durante a noite e a madrugada desta sexta-feira (26), tanto na capital quanto em Dnipro e outras regiões do Leste do país.

“Outro ataque aéreo a Kiev. É o 13º consecutivo desde o início de maio. E, como sempre, à noite. Desta vez, o ataque foi feito por bombardeiros Tu-95MS, da região do Cáspio, provavelmente por mísseis de cruzeiro X-101”, escreveu no Telegram o governador regional da cidade de Kiev.

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Lula relata nova conversa com Xi Jinping sobre Ucrânia.Rússia acusa Ucrânia de ataque a um dos seus navios em águas turcas.Zelensky acredita que Rússia vai ser derrotada como foram os nazistas.De acordo com as autoridades regionais, não há vítimas, mas os destroços dos mísseis interceptados danificaram o telhado de um centro comercial. Foram abatidos dez mísseis disparados do Mar Cáspio, 23 drones Shahed de fabricação iraniana e dois drones de reconhecimento lançados pelas forças de Moscou, nos ataques noturnos à capital Kiev, à cidade de Dnipro e às regiões do Leste.

As autoridades ucranianas, citadas pela Reuters, indicaram que a Rússia lançou um total de 17 mísseis e 31 drones nos ataques, que começaram por volta das 22h de quinta-feira e continuaram até as 5h desta sexta. Vários drones e mísseis atingiram alvos nas regiões de Kharkiv e Dnipropetrovsk, mas não há registo de mortes.

“Foi uma noite muito difícil. Foi barulhento – o inimigo lançou um ataque em massa na região com mísseis e drones”, disse Serhiy Lysak, governador regional de Dnipropetrovsk, no Telegram. “Dnipro sofreu”.

A Rússia tem intensificado os ataques de mísseis e drones sobre a Ucrânia este mês, visando principalmente instalações de logística e infraestrutura, antes de uma esperada contraofensiva ucraniana. Segundo Lysak, várias casas, carros e empresas privadas, incluindo uma de transporte e um posto de gasolina, ficaram danificados.

O governador da região de Kharkiv também relatou danos a várias casas particulares e instalações industriais.

Ucrânia

De acordo com autoridades russas e agências de comunicação social, a Ucrânia também teria atacado duas regiões no Sul da Rússia com um míssil e um drone. Segundo fontes citadas pela Reuters, na cidade russa de Krasnodar uma explosão destruiu um prédio residencial e de escritórios.

A causa da explosão não foi identificada, mas os veículos de comunicação dizem que teria sido um ataque de drone, com base em imagens de um aparelho que sobrevoou a cidade.

“Todos os serviços de emergência trabalham no local. A causa do incidente está sendo investigada. Os moradores devem ficar calmos”, escreveu o presidente da Câmara de Krasnodar, Yevgeny Naumov, no Telegram.

Na região vizinha de Rostov, o governador local informou que um míssil ucraniano foi derrubado ontem pela defesa aérea perto de Morozovsk, onde há uma base aérea russa.

“Na área de Morozovsk, um sistema de defesa aérea disparou, destruindo um míssil ucraniano”, disse o governador Vasily Golubev.

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Esquemas de manipulação têm consequências arrasadoras, diz pesquisador

A operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), revelou a existência de esquemas de manipulação de resultados de partidas de futebol para favorecer apostadores que contavam com a participação de jogadores das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Para entender um pouco mais sobre este esquema fraudulento, a Agência Brasil conversou com o professor da pós-graduação em Direito Desportivo da PUC-PR Tiago Horta, que é membro do Comitê de Defesa do Jogo Limpo do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

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Agência Brasil explica o esquema de manipulação em jogos de futebol.Governo vai editar medida provisória para regular apostas esportivas.Para advogado, apostador comum é o mais prejudicado com manipulações.Durante a entrevista o especialista em integridade esportiva afirma que a decisão do Governo Federal de regulamentar o mercado de apostas esportivas no país é positiva, mas não é o bastante. É fundamental estabelecer, em todo o território nacional, um sistema de integridade forte.

Além disso, o pesquisador entende que as consequências dos escândalos revelados através da Operação Penalidade Máxima são devastadoras e que, para amenizar um pouco os estragos causados, as punições devem ser exemplares, para que a indústria do futebol não caia em descrédito.

Agência Brasil: Em dezembro de 2018 foi publicada a LEI Nº 13.756, que liberou a atuação das Casas de Apostas esportivas no Brasil. Dessa data até hoje, como se constituiu o universo das apostas esportivas no Brasil?
Tiago Horta: A lei 3.756 de 2018 surgiu no sentido de tentar integrar o Brasil ao que estava acontecendo no contexto internacional. As apostas já eram uma realidade em grande parte do mundo, inclusive no Brasil. Era um mercado em crescimento, mas que até então ficava meio obscuro. A própria lei de contravenções penais já mencionava a questão das apostas, proibindo que sites desta natureza fossem hospedados no Brasil.

Porém, essa legislação abriu uma brecha para que esses sites operassem a partir de fora do Brasil, o cenário que se mantém em sua maioria até hoje. A lei legaliza a questão das apostas de cotas fixas esportivas, mas fica faltando uma regulamentação. Porém, o Governo anterior não teve interesse de mexer com o tema e essa realidade acabou se prolongando até os dias de hoje.

A lei trouxe algumas situações interessantes. Por exemplo, na questão dos patrocínios ela abriu uma espécie de caixa de Pandora. Antes tínhamos alguns ensaios de algumas empresas que tentavam ingressar no esporte, anunciando na TV, com tentativas de anúncio em manga da camisa de um clube, mas tudo de forma discreta. Não se falava ainda que era site de apostas, usavam outro tipo de nomenclatura. Mas, a partir de 2018, eles se sentiram à vontade para isso, o que levou a que hoje, no futebol brasileiro, praticamente todos os grandes clubes das Séries A e B tenham algum tipo de patrocínio de sites de apostas. Os anúncios nas emissoras de TV também são muito presentes. Essa foi uma das principais consequências da falta de regulamentação.

A falta de regulamentação levou à falta de limites na questão dos patrocínios. Qual o limite do patrocínio em relação ao uso de atletas? O mercado busca no momento uma espécie de autorregulamentação, propondo que atletas com menos de 25 não sejam mais utilizados. O mesmo acontece com a possibilidade de atletas firmarem parcerias privadas com sites de apostas. Não existe um regramento que libere ou proíba. O desafio é muito grande nesse sentido. É necessário realmente ser verificada essa situação, para que, a partir da regulamentação, tenhamos, ao menos, um conhecimento das regras. A partir daí as autoridades poderão cobrar o cumprimento delas.

No meu entendimento a regulamentação não é a solução final para manter a integridade do esporte, mas penso que a regulamentação pode ser um dos fatores que ajudarão na construção de um sistema forte de integridade.

Agência Brasil: Muitas pessoas ainda não compreendem como se dão as apostas investigadas. De forma sintética, quais as modalidades de apostas oferecidas? E qual a razão de as apostas em cartões amarelos ganharem protagonismo nas investigações conduzidas pelo Ministério Público?
Tiago Horta: O mercado de apostas ainda está engatinhando no Brasil. Ganhou força nos últimos quatro anos. Então, ainda é tudo parte de um grande aprendizado. Os mercados relacionados a um evento esportivo são variados. Você tem, por exemplo, o mercado de resultados, de quem vai vencer a partida, que é similar à loteria esportiva. Além disso, há o mercado de gols, de quantos gols serão marcados no jogo. Existem variações desses mercados, relacionadas aos tempos do primeiro e do segundo tempo de um jogo: Quem vai ganhar no primeiro tempo? Quem vai ganhar no segundo tempo? Esses seriam os mercados mais populares, nos quais há mais liquidez, mais dinheiro correndo. Porém, há outros mercados que geram interesse dos apostadores, como o de quem vai marcar o gol, ou de cartões amarelos, de escanteios. Há pessoas que se interessam em apostar nesses mercados secundários, pois acreditam que, eventualmente, pode ser mais vantajoso.

Sobre a questão dos cartões amarelos, entendo que ela ganhou relevância porque, no entendimento dos manipuladores, para manipular o resultado final de uma partida é necessário cooptar um grupo de atletas. Dentro dessa noção de fraudes é importante saber que os manipuladores nem sempre conseguem alcançar êxito em suas tentativas.

Aí entra a questão dos cartões. Para fraudar uma situação de cartão amarelo basta cooptar um único atleta. Esse acordo é mais pontual, acaba sendo mais fácil de ser alcançado. Além disso, esses atletas se sentem constrangidos de manipular o resultado de uma partida, o resultado final de um jogo. Mas quando os aliciadores propõem uma fraude em uma situação de cartão, muitas vezes eles conseguem convencer os atletas, afirmando que aquela é uma situação que não gerará um grande dano ao resultado da partida.

O grande problema é que, a partir do momento no qual o atleta aceita isso pela primeira vez, ele está na mão do aliciador. Então dificilmente conseguirá sair disso. Ele fica suscetível a receber ameaças e chantagens. Por isso a educação é algo tão importante. Os atletas precisam aprender sobre o risco de ingressarem nisso e da importância de refutarem qualquer proposta neste sentido.

Agência Brasil: Algo que chama a atenção de muitas pessoas é o envolvimento de jogadores das Séries A e B nestes crimes, isto porque há a percepção de que estes atletas possuem bons vencimentos. O que explica este envolvimento?
Tiago Horta: A grande questão é que, quando estamos lidando com atletas, temos que lembrar que estamos lidando com pessoas, não com máquinas. A questão dos vencimentos mostra muito isso. Há dois fatores que considero muito importantes aqui. O primeiro é que não há uma uniformidade de salários baixos ou altos. O Flamengo, por exemplo, tem uma faixa de vencimentos, enquanto o elenco do Cuiabá tem outro. São muito discrepantes as realidades salariais e, dentro dos próprios elencos, também há atletas que recebem salários muito diferentes uns dos outros.

O segundo fator é que os atletas estão inseridos em um contexto familiar, de amigos. Esses atletas, às vezes para ajudar algum conhecido ou de alguma forma influenciados, podem ser levados a praticarem esse tipo de fraude. Essas fraudes de cartão amarelo acontecerão mesmo nos campeonatos mais importantes, aqueles que terão liquidez nos mercados de cartões, que terão dinheiro suficiente correndo para que se justifique a prática dessas fraudes. Muito dificilmente jogos de Séries C ou D oferecerão esse tipo de mercado, pois não movimentarão dinheiro suficiente para que as apostas possam acontecer nesses mercados sem levantar maiores suspeitas.

Agência Brasil: Na sua avaliação, quais os prejuízos que o clima de desconfiança causado pela revelação de esquemas de fraudes traz para o futebol brasileiro?
Tiago Horta: Entendo que a situação é devastadora. O mal tem que ser cortado pela raiz. Os exemplos punitivos devem ser exemplares, não se pode passar a mão na cabeça do atleta num momento como este, pois todo o ambiente é colocado em risco, toda a indústria do futebol fica ameaçada. Basta notar a perplexidade das pessoas nos últimos dias, a preocupação e o sentimento de desconfiança que aumentou de forma absurda. O futebol, o esporte como um todo, tem dois pilares fundamentais: a credibilidade e a imprevisibilidade. Esses dois pilares têm de ficar de pé, para o bem de toda a indústria esportiva (patrocínio, contratos de atletas, contratos de TV, etc). Caso um desses pilares seja quebrado, o sistema inteiro vem abaixo.

Penso que os tribunais esportivos estão com uma postura lenta em relação ao que tem sido noticiado pela imprensa. Além disso, há a denúncia do Ministério Público de Goiás que nomeia vários jogadores. A partir do momento em que há um jogador sobre o qual paira uma suspeita de participação em um esquema fraudulento, é totalmente inviável que esse jogador continue atuando. Não é cercear o direito de defesa de ninguém, mas todos esses jogadores deveriam ser suspensos preventivamente, não podendo atuar até que os fatos sejam plenamente esclarecidos. Isso tudo porque todo um sistema está em risco e não podemos considerar que a simples presunção de inocência desses atletas seja mais importante do que todo um sistema. Temos que manter a credibilidade e a imprevisibilidade. Essa deve ser a prioridade número um. Posteriormente esses atletas terão a possibilidade de se defenderem, e aqueles que conseguirem provar sua inocência devem voltar a jogar. Já os demais, penso que não devem.

Agência Brasil: Que ações podem ser tomadas (por CBF, Governo, etc) para evitar estes crimes? A regulamentação das apostas pode ser um caminho?
Tiago Horta: Todos têm um papel no combate à manipulação de resultados. Porém, devemos ter clareza de que não vamos acabar com a manipulação de resultados, mas devemos tomar uma série de medidas para prevenir a ocorrência e saber de que forma atuar quando os casos vierem à tona. E essa atuação deve ser assertiva. Principalmente no âmbito esportivo, existe muita dúvida em relação ao que fazer, de que forma agir. Nesta questão os diferentes atores relacionados ao setor de apostas esportivas têm que trabalhar juntos, cada um dentro do seu âmbito de atuação: as autoridades públicas, a CBF, as demais federações esportivas, os clubes e também as empresas privadas, que podem contribuir com soluções de compliance (para garantir que as regras sejam seguidas), de monitoramentos de sites de apostas, com canais de oferecimento de canais de denúncia e com produção de investigações privadas. Existem várias ferramentas. Isso tudo tem que ser estruturado dentro de um sistema. Não adianta achar que uma ação isolada das autoridades públicas resolverá o problema, ou somente uma ação das entidades esportivas.

O trabalho de prevenção talvez seja o fator mais importante. Fazendo um bom trabalho de prevenção se evita a participação, a entrada, de grande parte desses atletas e árbitros em esquemas de manipulação de resultados. É um trabalho que deve ser liderado pelas entidades esportivas tanto de administração do desporto (federações, CBF) como pelas entidades de prática desportiva (que são os clubes). Todos eles têm que trabalhar em âmbito nacional. Não adianta achar que o poder público fará isso sozinho. Mas isso também demanda investimento das entidades esportivas, que muitas vezes se omitem de tomar as providências necessárias, pois afirmam que será caro. Mas elas devem compreender que é necessário cumprir sua parte, enquanto o poder público atuará da forma que está atuando agora, nos casos nos quais a educação não conseguiu gerar a consciência nas pessoas envolvidas (atletas, árbitros, dirigentes) de que não deveriam praticar fraudes.

Hoje não temos um ambiente construído para um trabalho preventivo, e todas as demais iniciativas de combate ao problema não estão consideradas dentro de um sistema. Uma federação, por exemplo, pode contratar um sistema de monitoramento para detectar as fraudes, e eles não sabem dar sequência a essa iniciativa. O que fazer com essa informação agora? A prevenção e o combate passam pela construção de sistemas estruturados de integridade. Não adianta achar que uma iniciativa isolada e construída de qualquer forma resolverá o problema.

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Pesquisa mostra por que brasileiros deixam escola

Quando deixou Araioses, no Maranhão, de ônibus e percorreu mais de 2 mil quilômetros até Brasília, em 2017, Maria de Fátima Santos, então com 18 anos de idade, sonhava engatar em uma profissão no comércio e voltar aos estudos. Aos 15 anos, Maria de Fátima tinha abandonado a escola, no quinto ano fundamental, para ajudar em casa.

Ela trabalhava no interior maranhense como diarista. Os livros não tinham espaço, nem eram prioridade na rotina da jovem. Hoje, em Brasília, a escola é só um sonho distante. Atualmente, perto dos 25 anos de idade, ela vive da coleta de objetos no lixo de condomínios para conseguir algum recurso, pagar o aluguel e mandar ao menos R$ 50 para a mãe, que ficou em Araioses.

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Deixar a escola em plena juventude não é raro no Brasil, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Depois dos 16 anos, apenas 15% estão em salas de aula.

”Os dados são fortes. Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para interrupção dos estudos. 

“Um número muito alto de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola que, muitas vezes, não tem elementos de atratividade para os jovens e certamente esses números se agravaram durante a pandemia”, afirmou Lucchesi.

O levantamento mostrou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam.

Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixar de estudar é a gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%.

Preparo

O levantamento revela também que a maioria dos jovens acima dos 16 anos de idade considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.

O levantamento foi realizado com uma amostra de 2.007 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram feitas entre 8 e 12 de dezembro do ano passado.

Entre as pessoas que responderam a pesquisa, 23% disseram que a alfabetização deveria ser prioridade para o governo, seguida pela instituição de creches (16%) e pela ênfase no ensino médio (15%).

A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% quando se fala de educação privada.

Entre os fatores para aumentar a qualidade, os mais citados são o aumento do salário dos professores, mais capacitação deles e melhores condições das escolas.

Avaliação

Pelo menos 23% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a consideraram ótima ou boa. A educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados.

Para Rafael, Lucchesi, a pesquisa traz uma dura reflexão sobre a necessidade de aumentar a qualidade da educação e também a atratividade da escola e, “como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade”.

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MDH quer empresas comprometidas com luta antirracista

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, disse nesta quinta-feira (25), que planeja uma política nacional para empresas privadas se comprometerem a combater o racismo e outras violações dos direitos humanos. Há um foco especial naquelas envolvidas no mercado esportivo profissional, depois dos ataques racistas sofridos pelo jogador Vini Jr. na Espanha.

Para o ministro, é preciso posicionamento mais contundente daqueles que movimentam a parte econômica do esporte. “O que cabe ao nosso ministério é pensar em políticas globais, que possam dar conta desse problema de maneira mais ampla. Uma das grandes questões que envolvem o Vini Jr. é a conivência com os atos racistas daqueles que organizam o futebol. Não foi a primeira vez, isso acontece há muito tempo”, disse ele durante uma conferência promovida pela Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro..

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Rio e Brasília têm manifestações contra racismo e em apoio a Vini Jr. .Ministério da Igualdade Racial estuda criar Disque Racismo.Vinicius Júnior pede punições a responsáveis por agressões racistas.“O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania está planejando desde o início da gestão uma política nacional de direitos humanos para as empresas. Isso envolve um compromisso dos patrocinadores e das empresas de mídia de seguir certas regras e procedimentos que exijam um respeito aos direitos humanos por parte dos clubes, da torcida, dos fornecedores. É preciso que se crie uma política institucional”.

Segundo Silvio de Almeida, o fato de as grandes empresas investirem em negócios esportivos fora do Brasil permite que os compromissos assinados aqui tenham reflexos em outras partes do mundo.

“As empresas multinacionais têm políticas de direitos humanos que se aplicam em outros países que elas atuam. O que queremos fazer principalmente é que essas grandes empresas participem dessa construção da política nacional e possam influenciar toda a cadeia produtiva em que elas estão envolvidas”.

Fonte Agência Brasil – Read More

Desenvolver o futebol feminino é prioridade do governo, diz ministra

A ministra do Esporte, Ana Moser, afirmou nesta quinta-feira (25) que a prioridade do governo federal no futebol é desenvolver o segmento feminino da modalidade. Apesar de ser chamado de país do futebol, a modalidade ainda é incipiente entre as mulheres.

A ponta de lança desse projeto é justamente a candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo feminina de futebol, em 2027. A realização do evento conta com apoio direto da Presidência da República.

“O foco do investimento em futebol do governo federal é o futebol feminino. Essa estruturação está sendo organizada com o objetivo de os clubes terem campeonatos o ano inteiro, com estrutura de formação, iniciação no esporte com metodologia própria, estádios mais amigáveis para as mulheres. A Copa do Mundo seria a coroação [desse projeto]”, afirmou Moser em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Em março, o governo federal lançou a Estratégia Nacional para o desenvolvimento do futebol feminino no país. O programa, sob responsabilidade do Ministério do Esporte, prevê medidas de promoção do desenvolvimento do futebol profissional e amador no país, ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola.

Entre as ações, o programa pretende fomentar a participação das mulheres em posições de gestão, na arbitragem e na direção técnica de equipes, além da instalação de centros de treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes pedagógicas adaptadas às necessidades femininas. O decreto determina que, até outubro, seja publicado um diagnóstico da situação atual do futebol feminino no país e um plano de ações até 2025 para a implantação da estratégia.

Racismo

A ministra do Esporte também comentou sobre os ataques racistas direcionados ao jogador Vinicius Júnior, do Real Madrid, no fim de semana, um episódio que ganhou repercussão global e se tornou um incidente diplomático entre Brasil e Espanha.

“O copo transbordou, mas ele vem enchendo há muito tempo. Não é sem tempo a explosão de indignação que houve no Brasil, na sociedade, nas instituições, no governo”, observou.

Segundo Ana Moser, é preciso que medidas sejam adotadas no âmbito esportivo, com adoção efetiva de protocolos de combate ao racismo, definido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), mas também abordagens diplomáticas, como a que o Brasil adotou ao pressionar o governo espanhol por medidas de reparação ao caso do jogador brasileiro. “O que se pode fazer, diplomaticamente, está sendo feito”.

Bolsa Atleta

Na entrevista, Ana Moser também defendeu a ampliação do alcance do programa Bolsa Atleta, para contemplar mais modalidades. Mesmo assim, ela celebrou a edição 2023 do programa, que contemplou um total de 7.868 esportistas, o maior número de pagamentos realizados na história do programa, que teve início em 2005. O número de bolsas de 2023 é 20% superior ao registrado na edição 2022, com 6.419 bolsas.

O Bolsa Atleta é um programa do governo federal voltado para esportistas que tenham mais de 14 anos de idade e é considerado uma das maiores iniciativas de patrocínio direto em todo o mundo. O programa é dividido em cinco categorias: Nacional (que pagará R$ 925 mensais a 5.134 atletas), Internacional (que destinará 1.431 bolsas de R$ 1.850), Estudantil (com 567 auxílios de R$ 370), Atleta de Base (para 378 atletas que receberão R$ 370) e Olímpico e Paralímpico (com 358 contemplados no valor de R$ 3.100).

Outra medida legislativa em andamento é a inclusão da regra que permite que beneficiárias do Bolsa Atleta possam continuar recebendo o benefício durante a gestação e até seis meses após o nascimento da criança. O projeto de lei com a mudança já foi aprovado na Câmara dos Deputados, no início do mês, e está em análise no Senado.  

Fonte Agência Brasil – Read More